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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CHOQUE Prof. Mestre. Enfermeira Naianne Machado Cavalcanti Caracteriza-se por um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de O2 , decorrentes de perfusão inadequada, induzindo hipóxia celular, hipóxia tissular e, eventualmente, falência de órgãos e sistemas. Pressão arterial sistêmica é inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos vitais e a função celular. CHOQUE CHOQUE CHOQUE AUMENTO DA ATIVIDADE SIMPÁTICA Aumento da contratilidade cardíaca Aumento da FC Aumento da PA (vasoconstrição) Aumento do DC COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA COMPENSAÇÃO RENAL ESTÁGIOS DO CHOQUE ALTERAÇÕES DA MICROCIRCULAÇÃO VASOCONSTRIÇÃO: FASE ISQUÊMICA DO CHOQUE. • Sensibilidade à isquemia (tolerância): Cérebro: 4 a 6 minutos - alteração do nível de consciência ocorre precocemente. Órgãos: 45 a 90 minutos - Insuficiência renal aguda, S.A.R.A. Pele e músculo esquelético: horas. ACHADOS CLÍNICOS NO CHOQUE CLASSIFICAÇÃO DOS CHOQUES CLASSIFICAÇÃO DOS CHOQUES CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE CHOQUE HIPOVOLÊMICO CONCEITO Distúrbio agudo da circulação caracterizado pela queda do volume circulante efetivo, ocasionando o desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos. Causas: hemorragias, desidratação, sequestro de líquidos, queimaduras, drenagem de grandes volumes líquidos. CHOQUE HIPOVOLÊMICO CHOQUE HIPOVOLÊMICO classificação CHOQUE HIPOVOLÊMICO MANIFESTAÇÕES CLINICAS PRECOCE Ansiedade, irritabilidade Hiperventilação Taquicardia Agitação, confusão Vasoconstricção periférica Lentificação do enchimento capilar Pele pálida, úmida e fria TARDIA Oligúria/anúria. Taquicardia severa Hipotensão arterial Alterações notáveis do nível de consciência e das respostas aos estímulos Disfunção de múltiplos órgãos (SDMO) CHOQUE SÉPTICO É uma condição grave sendo consequência da septicemia, ou seja, uma infecção generalizada. É causado quando microrganismos lançam toxinas que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado. As toxinas liberadas pelas bactérias provocam uma inflamação descontrolada no organismo paralisando órgãos como o fígado, os rins e os pulmões, o paciente entra em falência múltipla de órgãos e óbito. CHOQUE SÉPTICO É decorrente de uma infecção grave, disseminada para todo o organismo. Ocorre normalmente em ambiente hospitalar e acomete indivíduos com o sistema imune comprometido ou aqueles que realizaram procedimentos invasivos. Neste tipo de choque, uma infecção local é transmitida a outros tecidos pela corrente sanguínea, adquirindo assim caráter sistêmico (sepse). CHOQUE SÉPTICO Os agentes causadores da infecção são produtores de toxinas que induzem à produção de mediadores inflamatórios como interleucinas, bem como a síntese de óxido nítrico. Essas substâncias têm uma potente ação vasodilatadora, sendo uma resposta inflamatória é crucial para o combate a infecções locais. No entanto, em uma infecção sistêmica, uma vasodilatação generalizada diminui a RVP e, consequentemente a PA. CHOQUE SÉPTICO CHOQUE SÉPTICO Os sintomas do choque séptico passam por 2 etapas: choque quente e frio. No primeiro momento os sinais e sintomas são decorrentes da vasodilatação e o paciente apresenta a pele quente e seca, com a evolução da vasodilatação o plasma sanguíneo sai de dentro dos vasos, reduzindo o volume sanguíneo e daí os sintomas são parecidos com o choque hipovolêmico, pele fria e pegajosa. CHOQUE SÉPTICO Sepse: É a presença de disfunção ameaçadora à vida em decorrência da presença de resposta desregulada à infecção. As principais disfunções orgânicas são: Hipotensão Oligúria ou elevação da creatinina Relação PaO2/FiO2 < 300 ou necessidade de O2 para manter SpO2 > 90% Contagem de plaquetas < 100.000/mm³ Lactato acima do valor de referência Rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium; Aumento significativo de bilirrubinas CHOQUE SÉPTICO CHOQUE CARDIOGÊNICO CONCEITO Condição clínica caracterizada por hipoperfusão tecidual, a despeito de volume circulante adequado, devido a disfunção cardíaca. O coração é incapaz de manter DC suficiente para as necessidades metabólicas do organismo. Causas: Infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas e choques elétricos. CHOQUE CARDIOGÊNICO CHOQUE CARDIOGÊNICO Hipotensão Taquicardia Palidez cutânea Enchimento capilar lento Pulsos finos Sudorese fria Taquipnéia MANIFESTAÇÕES CLINICAS Insuficiência respiratória Sinais de Congestão Pulmonar: estertores pulmonares Turgência jugular Alterações de consciência: agitação, confusão, sonolência ou coma. CHOQUE NEUROGÊNICO CONCEITO É a má perfusão tecidual pela perda súbita do tônus vascular. Tônus vascular é um estado de ligeira contração mantido nos vasos sanguíneos pelo sistema nervoso autônomo, e é crucial para a manutenção da PA. A perda desse tônus de forma sistêmica causa dilatação das arteríolas, diminuição da RVP, e das vênulas, diminuindo o retorno venoso. Esse desequilíbrio hemodinâmico causa o choque. CHOQUE NEUROGÊNICO CAUSAS: Injúria no centro vasomotor no SNC, devido a: Anestesia geral profunda Uso de drogas ou fármacos que deprimem o SNC, Anestesia espinhal Lesão cerebral difusa que cause paralisia vasomotora. CHOQUE NEUROGÊNICO CHOQUE NEUROGÊNICO É o único choque que apresenta a bradicardia, todos os demais apresentam taquicardia. Isso ocorre por alteração na regulação do sistema nervoso autônomo. Outra característica é a pele rosa e quente. MANIFESTAÇÕES CLINICAS TRATAMENTO O tratamento em todos os tipos de choque inclui: TRATAMENTO O tratamento em todos os tipos de choque inclui TRATAMENTO TRATAMENTO Medicações vasoativas TRATAMENTO REFERÊNCIA KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 3ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. MANTOVANI, M. Suporte Básico e Avançado de vida no Trauma. Atheneu: São Paulo; 2005. OLIVEIRA, B.F.M. Trauma: atendimento pré-hospitalar. 3ªed. São Paulo: Atheneu; 2014.
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