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Guia de Estudos da Unidade 1 - Citologia e Embriologia

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Citologia e Embriologia
UNIDADE 1
1
UNIDADE I
DISCIPLINA: CITOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Apresentação da Disciplina
Caro aluno (a), é com grande satisfação que o (a) recebemos como aluno (a) dos 
nossos cursos de graduação. Esperamos que este material seja-lhe uma grande fer-
ramenta de estudo contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem. Nesta pri-
meira unidade, você irá estudar as bases da Citologia, os conteúdos programáticos 
das unidades que são apresentados sob a forma de leitura de artigos, vídeos e ativi-
dades, com a finalidade de ajudá-lo (a) na compreensão do conteúdo.
Desta forma, é necessário que haja da sua parte, disciplina e comprometimento para 
realização das atividades propostas, assim, organize seu tempo para que os objetivos 
sejam alcançados com êxito, pois é importante que você faça a leitura dos materiais, 
para que a aprendizagem seja significativa. 
Você deve está se perguntando o motivo de estudar a disciplina de Citologia, não é? 
A disciplina de Citologia, nos cursos da área de saúde, faz parte do ciclo de conteúdos 
básicos, dando subsídios para informações de disciplinas posteriores, sem os quais 
muitas informações relevantes sobre processos patológicos e fisiológicos deixam de 
ser compreendidos em sua plenitude. Com isso, você vai adquirir um instrumento te-
órico e metodológico importante para a compreensão dos inúmeros processos vitais, 
possibilitando o desenvolvimento da capacidade de relacionar os conceitos teóricos e 
suas aplicações práticas em outras áreas da biologia e das ciências médicas.
Nos últimos anos, a Citologia vem apresentando grandes avanços que constituíram 
os pilares básicos para o conhecimento nas áreas das ciências biológicas e médica. 
Com os avanços tecnológicos, o estudo da célula como unidade estrutural e funcional 
dos organismos vem sendo ampliada, permitindo detalhar a estrutura, a forma, a or-
ganização e todo o processo de bioquímica celular.
Diante do exposto, convido você a penetrar no mundo das células e desfrutar deste 
universo!
Introdução à Citologia
Pare e pense: O que significa estar vivo? O que me diferencia de uma cadeira ou qual-
quer outro objeto? Talvez, esta pergunta venha acompanhada de inúmeras respostas, 
como: capacidade de reprodução, utilização de alimentos como fonte de energia, res-
postas aos estímulos ambientais, capacidade de excreção, entre outros. Porém, se 
pararmos pra pensar todos os exemplos acima só é possível graças a um fato básico: 
todos os seres vivos são formados por células.
2
Mas o que são células? De uma forma mais básica, célula é a menor unidade dos 
seres vivos, constituindo as principais unidades de vida. De uma forma mais ampla, 
entende-se por células, pequenas unidades das quais os organismos são feitos, con-
sistindo em uma solução aquosa de moléculas orgânicas envolvidas por uma mem-
brana. Sendo considerada a unidade básica do ser vivo, este pode ocorrer de forma 
isolada, caracterizando os seres unicelulares; ou podem formar arranjos, caracteri-
zando um ser vivo pluricelular. 
Para facilitar seu entendimento da estrutura celular, observe o desenho abaixo que 
representa uma célula e suas estruturas (Fig 1.):
Figura 1: Célula Fonte: http://sereduc.com/Zs3C2y
Caro (a) aluno (a), olhe para seu corpo e perceba que ele é formado por várias estru-
turas, com isso, é formado por inúmeras células, entretanto, essas células não são 
todas semelhantes, e sim, que podem ser muito diferentes umas das outras. Umas 
das diferenças observadas entre as células são o seu tamanho. Por exemplo: uma 
célula bacteriana quando comparada a uma célula do seu cabelo é cerca de 25 vezes 
menor em espessura. Outro exemplo, é a célula do ovo de sapo que mede cerca de 
1 milímetro. As células também se diferem nas suas necessidades químicas e ativi-
dades. Algumas destas precisam obrigatoriamente do oxigênio para sobreviver, para 
outras, a presença do oxigênio provoca sua morte. Certas células consomem apenas 
ar, luz solar e água como matéria-prima; outras necessitam de uma mistura comple-
xa de moléculas produzidas por outras células. É importante que você entenda que 
em um organismo unicelular (constituído por uma única célula), todos os processos 
vitais ocorrem dentro da célula, já num ser vivo pluricelular ocorrem modificações que 
especializam as células, existindo assim uma divisão de trabalho entre as células, 
permitindo que cada célula exerça uma determinada tarefa. 
Em geral, as células são muito pequenas para serem visualizadas a olho nu. Hoje, 
apesar da extrema diversidade dos seres vivos, conseguimos reconhecer que esses 
3
organismos têm algo em comum, algo que permite que eles sejam chamados de se-
res vivos. Tornou-se claro que esses organismos são formados por unidades básicas 
que permitem seu crescimento, reprodução, excreção, resposta a estímulos externos. 
 
Microscopia
Vimos, anteriormente, que todos os seres vivos são formados por células, alguns 
unicelulares, como as bactérias, outros pluricelulares, como você. Cada célula apre-
senta tamanho muito reduzido, medindo cerca de 5 a 20 micrometros (para que 
você entenda o que é micrometro é interessante que você acesse ao seguinte link: 
http://sereduc.com/opNwAP), portanto, invisíveis ao olho nu. Assim, essas células não 
eram visíveis até o século XXVI, quando o microscópio foi inventado. O surgimento 
de diferentes tipos de microscópios associados a uma elevação no nível de resolução 
de imagens biológicas possibilitou um surto amplificador no conhecimento da orga-
nização celular, contribuindo para o desenvolvimento científico. Porém, esse avanço 
foi gradativo e dependente dos avanços na produção das lentes de vidro. Mas, não 
pense que após o surgimento do microscópio este ganhou ascensão rápida. Para 
que você tenha idéia, por quase 200 anos, a microscopia óptica permaneceu um 
instrumento disponível apenas para indivíduos ricos e, foi apenas no século XIX que 
começou a ser amplamente utilizada para visualizar células. Com o avançar dos anos, 
foram criados outros microscópios que permitiram uma visualização ainda mais pro-
funda das células e dos seus componentes, entre eles podemos citar: microscópio de 
polarização, microscópio de contraste de fase, microscópio de fluorescência e micros-
cópios eletrônicos. Para aprofundar seus conhecimentos sobre histórico e evolução 
dos microscópios, recomendo a leitura do seguinte artigo: http://sereduc.com/aTR8xM
Porém, os mais comuns são: o microscópio óptico e o eletrônico. E qual seria a dife-
rença básica entre os dois? Quando comparados, o microscópio eletrônico apresenta 
um poder resolutivo muito maior por utilizar um feixe de elétrons em vez de um feixe 
de luz, o que aumentou nossa habilidade de visualizar detalhe das células, bem como, 
algumas de suas grandes moléculas. Para uma maior compreensão, observe no livro 
texto na página 26 e 46, a imagem dos microscópios de luz e eletrônico, respectiva-
mente.
Percebe-se então que o conhecimento sobre as células progridem, paralelamente, 
ao aperfeiçoamento dos métodos de investigação. Inicialmente, o microscópio óptico 
possibilitou o descobrimento das células e a elaboração da teoria de que todos os 
seres vivos são constituídos por células. Em seguida, foram surgindo técnicas para a 
identificação e localização de diversas moléculas constituintes das células.
Você já se perguntou como uma célula consegue ser visualizada no microscópio? 
Como uma célula de um determinado órgão consegue ser visualizada? Como ela ad-
quire uma forma? Uma coloração? Então, vamos entender! 
4
A preparação das células para a microscopia requer cuidados muito especiais, ou seja, 
as células passam por processos com a finalidade de melhor demonstração dos seus 
componentes, permitindo que a célula preserve estrutura microscópica e composição 
químicas, semelhantes que possuíam quando vivas. Após a coleta do material, a pri-
meira etapa para a obtenção de um preparado é a fixação, como o nome já presume. 
Estaetapa tem como objetivo a fixação do material, onde evita a destruição da célula 
por suas próprias enzimas, além de impedir a atividade e a proliferação das bactérias 
e endurecer as células para que elas resistam melhor às etapas seguintes da técnica. 
Mas o que é utilizado para alcançar esse objetivo? Para que as células sejam fixadas, 
as soluções mais utilizadas são o formaldeído e glutaraldeído, estes se fixam às célu-
las por se combinares com os grupamentos amínicos das proteínas. Como os tecidos 
geralmente são macios e frágeis, mesmo após a fixação, eles necessitam ser envolvi-
dos em um meio de suporte antes de serem seccionados. Os meios mais comuns de 
emblocamento são ceras ou resinas. Na forma líquida, esses meios tanto permeiam 
como envolvem o ES tecido fixado, então podem ser endurecidos para formar um blo-
co sólido, que pode ser prontamente seccionado com um micrótomo, uma máquina 
com uma lâmina afiada que funciona como um fatiador de carne. Após essa etapa, os 
cortes podem ser corados com corantes orgânicos que têm alguma afinidade especí-
fica por determinados componentes subcelulares. 
De uma forma geral, para observarmos o material biológico, usamos uma série de pro-
cedimentos técnicos chamados de técnicas histológicas. São elas: fixação, inclusão, 
corte, coloração e montagem. Só após as células passarem por esses procedimentos, 
elas podem ser estudadas no microscópio óptico convencional. 
Outro eixo importante nessa linha de conhecimento foram as técnicas utilizadas nos 
estudos dos materiais biológicos. Para que você tenha um conhecimento mais apro-
fundado sobre as diferentes técnicas utilizadas para o estudo das células, recomendo 
a leitura do livro texto da página 57 a 68. Após a leitura, você irá conseguir identificar 
a técnica mais apropriada para cada tipo de células, bem como sua metodologia.
Mesmo com toda diversidade celular em termos de tamanho, forma e função, todas as 
células apresentam alguns componentes básicos.
Componentes químicos da célula
Você já parou para pensar do que é formado seu corpo? Do que são formadas nossas 
células? As células são compostas por água, proteínas, carboidratos, ácidos nucléi-
cos (DNA e RNA), lipídios, sais minerais e vitaminas. As moléculas que constituem 
as células são formadas pelos mesmos átomos encontrados nos seres inanimados. 
Porém, na origem e evolução das células, alguns tipos de átomos foram seleciona-
dos para a constituição das biomoléculas. Com exceção da água, existe nas células 
predominância absoluta dos compostos de carbono, extremamente raros na crosta da 
Terra, afirmando assim a teoria que afirma que a primeira célula e as que dela evolu-
íram selecionaram os compostos de carbono, cujas propriedades químicas são mais 
adequadas à vida. 
5
ÁGUA: A água é a molécula mais abundante na célula, constituindo 70% ou mais da 
sua massa total. Consequen¬temente, as interações entre a água e outros consti-
tuintes celulares são de importância central na química biológica. A água não é uma 
molécula inerte, com a única função de preencher os espaços; ao contrário disso, a 
água e seus íons influem na configuração e nas propriedades biológicas das macro-
moléculas. 
Você já deve ter percebido que a água consegue dissolver inúmeras substâncias, mas 
por qual motivo ela consegue exercer essa função? A molécula da água é um dipolo, 
sendo relativamente positiva no lado dos dois hidrogênios, e negativa, no lado do 
oxigênio; por essa natureza bipolar, a água é um dos melhores solventes conhecidos. 
Ou seja, ela tem a capacidade de se ligar com íons (já que são carregados eletrica-
mente) e com substâncias polares. Se possível, pare agora e tente fazer o simples 
experimento: Em três recipientes adicione água, no recipiente 1 acrescente açúcar, 
no recipiente 2 acrescente sal de cozinha e no 3 acrescente óleo. Misture os ingre-
dientes e observe o que ocorreu. A água conseguiu dissolver todos os solutos? Você 
irá perceber a forte influência da propriedade bipolar da água. Moléculas com alto teor 
de grupamentos polares são solúveis na água e são chamadas de hidrofílicas, como 
exemplos, a maioria dos hidratos de carbono. Em contrapartida, existem moléculas 
sem ou com poucos grupamentos polares e que, consequentemente, são insolúveis 
em água, portanto, hidrofóbicas, como exemplo, podemos citar os lipídios. 
Existem, também, macromoléculas, geralmente alongadas, que apresentam uma re-
gião hidrofílica e outra hidrofóbica. Tais macromoléculas são chamadas de anfipáti-
cas, as quais apresentam a capacidade de associar-se, simultaneamente, a água e 
a compostos hidrofílicos por uma de suas extremidades, e a compostos hidrofóbicos, 
pela outra extremidade. As moléculas anfipáticas exercem importantes funções bioló-
gicas, e estão presentes em todas as membranas biológicas.
Para facilitar e aprimorar s seus conhecimentos com uma maior facilidade recomendo 
a visualização obrigatória do vídeo. Este vídeo com tempo de duração de trezes mi-
nutos, aborda de maneira esquemática a característica bipolar da água.
Acredito que após a abordagem do conteúdo e visualização do vídeo, você consiga 
responder com mais propriedade ao questionamento acerca do experimento acima: 
Por qual motivo a água não conseguiu dissolver algum componente ou conseguiu 
dissolver outros do experimento acima? 
PROTEÍNAS: As proteínas são macromoléculas contendo um número variável de 
aminoácidos unidos por ligações peptídicas, são, portanto, polímeros de aminoácidos, 
os quais possuem na sua estrutura C, H, O, N (Figura 2)
 
https://www.youtube.com/watch?v=afyfaS77V-c
6
Figura 2: Representação molecular dos aminoácidos e ligação peptídica (Fonte: 
http://sereduc.com/XbSChu)
Você sabe me responder como um aminoácido se liga a outro para formar uma pro-
teína? Se não, não se preocupe, pois iremos aprender como essa magnífica ligação 
ocorre e sua importância para a célula. As ligações entre os aminoácidos acontecem 
entre os grupamentos amina e carboxila, sendo chamadas de ligações peptídicas, as 
cadeias assim constituídas chamam-se cadeias polipeptídicas e, ao atingirem certa 
dimensão, recebem o nome de proteína. As proteínas podem ser classificadas em 
duas categorias: as proteínas simples, cujas moléculas são formadas exclusivamente 
por aminoácidos, e as proteínas conjugadas, que se caracterizam pela presença, em 
suas moléculas, de uma parte não-proteica, denominada grupo prostético.
Do ponto de vista biológico, o conhecimento da forma tridimensional das moléculas 
protéicas em estado nativo é muito importante, pois é assim que, dentro da célula, as 
moléculas mostram atividade e reagem umas com as outras. Assim, a estrutura das 
moléculas protéicas é mantida pelos seguintes tipos de ligações e interações: ligação 
peptídica, interação hidrofóbica, pontes de hidrogênio e ligações dissulfeto. 
Vamos começar a entender como funciona a configuração nativa, ou seja, a forma 
tridimensional que uma molécula apresenta nas condições de pH e temperatura exis-
tentes no organismos vivos. Vimos, anteriormente, que uma proteína é formada por 
uma sequência de aminoácidos, assim o número e a sequência dos aminoácidos em 
uma cadeia polipeptídica determinam sua estrutura primária, esta estrutura primária é 
mantida por ligações peptídicas. Porém, se essas fossem as únicas ligações existen-
tes, as moléculas das proteínas seriam dobradas ao acaso. No entanto, sabe-se que 
as cadeias polipeptídicas dobram-se de forma bastante regular e constante para cada 
tipo de proteína. Esse arranjo espacial definido e típico de cada proteína é conhecido 
como estrutura secundária. A cadeia contendo a estrutura secundária pode se dobrar 
novamente sobre si mesma formando estruturas globosas ou alongadas, adquirindo 
assim, uma estrutura terciária. Além disso, muitas proteínas são constituídas por vá-
rias cadeias polipeptídicas, que podem ser iguais ou diferentes. O modo específico 
7
pelo qual tais cadeias se juntam para formar a proteína tem onome de estrutura qua-
ternária da proteína. Se você não entendeu, comece a pensar em um fio de lã, esse fio 
de lã é formado por várias linhas, cada linha representa um aminoácido, a sequência 
específica forma a estrutura primária; agora imagine que se esse fio de lã se dobrasse, 
exemplificando assim, a estrutura secundária. Esse fio de lã pode se enovelar mais 
uma vez, dando exemplo a estrutura terciária. E por fim, se mostrar completamente 
enovelado entre si, demonstrando uma cadeia quartenária. Para maior ilustração, veja 
a animação no link: http://sereduc.com/2PVs0M
As proteínas são os componentes químicos mais diversificados da célula, devido ao 
fato de serem constituídas por 20 aminoácidos diferentes. Essa diversificação estrutu-
ral se reflete nas suas múltiplas funções biológicas, pois, os componentes macromo-
leculares das células, são dos mais multifuncionais. Além da atividade enzimática, as 
proteínas têm importante função estrutural, informacional, no movimento das células 
e, finalmente, uma pequena importância como fonte energética.
LIPÍDIOS: São moléculas celulares insolúveis em água e solúveis em solventes orgâ-
nicos. De acordo com suas funções principais, os lipídios celulares podem ser dividi-
dos em duas categorias: lipídios de reserva nutritiva e lipídios estruturais. Os lipídios 
estruturais têm papel relevante na manutenção da estrutura das membranas celula-
res, muitas das propriedades observadas nessas membranas decorrem das carac-
terísticas químicas e físicas dos lipídios (Não se preocupe, veremos posteriormente 
o conceito e constituição das membranas celulares). Os lipídios que exercem papel 
essencialmente estrutural, fazendo parte do sistema de membranas das células, são 
os fosfolipídios, glicolipídios e colesterol.
Já os lipídios de reserva nutritiva compõem-se de gorduras neutras, vale lembrar que 
os depósitos intracelulares de lipídios constituem-se quase exclusivamente por gor-
duras neutras. Estes depósitos ocorrem em quase todos os tipos celulares, havendo, 
porém, células especializadas para o seu acúmulo. Sabe que células são essas? As 
famosas células adiposas.
É importante que você compreenda que os lipídios têm menor diversidade funcional 
do que as proteínas e carboidratos. Têm principalmente função energética e estrutu-
ral. Sua atividade informacional é restrita a alguns hormônios esteróides.
CARBOIDRATOS: Os carboidratos, também chamados de polissacarídeos, são polí-
meros de monossacarídeos. Alguns são constituídos pela repetição de um único tipo 
de monossacarídeo, os homopolímeros. Outros polissacarídeos são constituídos por 
mais de um tipo de monossacarídeo. 
Os carboidratos podem exercer inúmeras funções no seu corpo. Podemos encontrá
-los associados à superfície externa da membrana celular desempenhando papel es-
trutural e informacional, muitas vezes fazendo parte das moléculas dos receptores 
de membrana. São encontrados também como reserva nutritiva, que a célula utiliza 
8
quando há necessidade metabólica, o glicogênio nos animais e o amido nos vegetais, 
atuando como um combustível para a realização das atividades celulares. As células 
ainda sintetizam polissacarídeos estruturais que fazem parte o glicocálice das células 
animais, da parede das células bacterianas e da parede das células vegetais. 
De uma forma geral, perceba que os carboidratos apresentam função energética, 
estruturais e informacionais, desempenhando um importante papel para o funciona-
mento celular. 
ÁCIDOS NUCLEICOS: Estes são formados pela polimerização dos nucleotídeos, 
cada nucleotídeo é formado por uma molécula de ácido fosfórico, uma de pentose e 
uma de base púrica e pirimídica. Os ácidos nucléicos são moléculas informacionais 
que controlam os processos básicos do metabolismo celular, a síntese de macro-
moléculas, a diferenciação celular e a transmissão da informação genética de uma 
célula para as suas descendentes. DNA? RNA? Já ouviu essas expressões? São 
os exemplos mais clássicos de ácidos nucléicos. Distinguem-se dois tipos de ácidos 
nucléicos: o desoxirribonucléico ou DNA e o ribonucléico ou RNA. No DNA, a pentose 
encontrada é a desoxirribose, e as bases são adenina, guanina, citosina e timina. No 
RNA, a pentose é a ribose, e existe uracila em substituição à timina; as outras bases 
são comuns aos dois tipos de ácidos nucléicos.
O DNA é o responsável pelo armazenamento e transmissão da informação genética. 
É encontrado, principalmente, nos cromossomos e, em pequenas quantidades, nas 
mitocôndrias (células animais) e cloroplastos (células vegetais). A molécula de DNA é 
composta por duas cadeias antiparalelas e complementares de nucleotídeos forman-
do uma dupla hélice. As bases púricas e pirimídicas de cada cadeia polinucleotídica 
situam-se dentro da hélice dupla, ocorrendo o pareamento entre timina e adenina 
(T-A) ou entre guanina e citosina (G-C), das cadeias complementares. Tais pares de 
bases estão unidos através de pontes de hidrogênio.
O RNA é um filamento único, raramente é encontrado sob a forma de filamentos du-
plos complementares. É o ácido nucléico mais abundante nas células eucarióticas. Do 
ponto de vista funcional e estrutural, são diferenciados três tipos de RNAs: 
• RNA de transferência (tRNA): O RNA de transferência ou transportador apre-
senta a função de transferir os aminoácidos para as posições corretas nas 
cadeias polipeptídicas em formação nos complexos de ribossomos e RNA 
mensageiro. Para isso, o tRNA possui a propriedade de se combinar com 
os aminoácidos e é capaz de reconhecer determinados locais da molécula 
de mRNA constituídos por uma sequência de três bases. Cada aminoácido 
apresenta uma sequência típica de três bases que são denominadas de có-
don. Por sua vez, a sequência de três bases no tRNA e que reconhece o có-
don chama-se anticódon. Para cada aminoácido existe pelo menos um tRNA.
• RNA mensageiro (mRNA): O mRNA é sintetizado nos cromossomos, repre-
sentando a transcrição de um segmento de uma das cadeias da hélice de 
9
DNA. Para que isso ocorra, os filamentos de um segmento da molécula de 
DNA separam-se temporariamente. No citoplasma, o mRNA será traduzido 
em uma proteína. É evidente que a molécula de mRNA é bem maior do que 
a da proteína formada, porque são necessários três nucleotídeos para co-
dificar um aminoácido. Além disso, muitas proteínas são sintetizadas com 
um segmento extra, formado por vários aminoácidos que são removidos no 
acabamento final da proteína.
• RNA ribossômico (rRNA): O RNA ribossômico é o tipo de RNA mais abun-
dante, constituindo 80% do RNA celular. Existe combinado com proteínas, 
formando partículas denominadas ribossomos. Quando presos a filamentos 
de mRNA, os ribossomos formam polirribossomos, local onde ocorre a sínte-
se de proteínas.
O vídeo intitulado por transcrição e tipos de RNA encontrado no link, com duração 
de 6:19 aborda como ocorre a formação de uma proteína e função de cada RNA, é 
de extrema importância que você assista para que cumpra com êxito as atividades 
propostas
Estudamos, até agora, o conceito geral de células e seus principais métodos de estu-
do, além de compreender seus principais componentes químicos, iremos finalizar esta 
unidade caracterizando os componentes básicos da célula, para que assim, você pos-
sa entender que os seres vivos apresentam características celulares distintas, bem 
como compreenda os assuntos das unidades posteriores.
Organização geral das células: Procariontes e Eucariontes
Com o advento do microscópio foi possível observar que existem formas de vida bas-
tante simples, como os organismos unicelulares, bem como, organismos mais com-
plexos, constituídos por comunidades celulares derivadas de uma única célula, atra-
vés do processo de divisão celular, os seres multicelulares, nos quais, os diferentes 
tipos celulares realizam funções específicas e são coordenados por sistemas de co-
municação. 
Para uma maior compreensão de certos conceitos abordados neste tópico, sugiro que 
vocêfaça a leitura do livro texto da página 14 a 20, além da visualização do vídeo 
– Células eucariontes e procarionte - disponível no link, para uma maior fixação do 
conteúdo. Este vídeo com duração de 8 minutos faz uma representação esquemática 
dos componentes celulares.
 
Além da diferença no número de células, foi possível observar, a partir da microscopia 
eletrônica, que as células apresentam uma nítida diferença na sua estrutura. Essa 
diferença está baseada na presença ou ausência de um núcleo para conter o seu 
DNA, sendo uma classificação simples, porém fundamental para todos os organismos 
vivos. Os organismos cujas células possuem um núcleo individualizado e delimitado 
por um envoltório nuclear são chamados de eucariotos, já os que não têm um núcleo, 
https://www.youtube.com/watch?v=h4U_KtkYoi0
https://www.youtube.com/watch?v=pggU6BdusNw
10
ou seja, cujos cromossomos não estão separados do citoplasma por membrana, os 
procariontes. Como será visto a seguir e nas bibliografias recomendadas, embora a 
complexidade nuclear seja utilizada para dar nome às duas classes de células, há 
outras diferenças importantes entre procariontes e eucariontes. 
Células procariontes
As células procariontes se caracterizam pela pobreza de membranas, nelas geral-
mente a única membrana presente é a membrana plasmática. O principal e único 
exemplo desse grupo são as bactérias, tendo a Escherichia coli, como a célula mais 
bem estudada, que por sua simplicidade estrutural e rápida multiplicação revelou-se 
excelente para estudos de biologia molecular. E onde encontramos esses seres pro-
cariontes, caro (a) aluno (a)? Os procariontes são os seres vivos mais numerosos, 
sendo encontrados em diversos nichos ecológicos, de lama quente de origem vulcâ-
nica ao interior de outros organismos vivos.
São células tipicamente esféricas, em forma de bastonetes ou espiraladas. Possuem 
uma camada protetora rígida, parede celular, por dentro da qual está a membrana 
plasmática, que delimita um compartimento simples contendo o citoplasma, que inclui 
o DNA. Por volta dessa membrana existe uma parede rígida com função de proteção 
mecânica, constituída por um complexo de glicosaminoglicanas. Externamente à pa-
rede existe, em todas as bactérias, um material viscoso que, muito frequentemente, 
se condesa para formar a cápsula bacteriana. 
Encontram-se, em geral, dois ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando 
regiões denominadas nucleoides. Essas células ainda apresentam na sua superfície 
externa prolongamentos, os flagelos e as fímbrias. Os flagelos servem para a locomo-
ção, sendo formados por monômeros da proteína flagelina; as fímbrias são mais cur-
tas, finas e rígidas que os flagelos e servem para manter unidas as células doadoras 
e a receptora durante a transferência unidirecional de DNA plasmidial, no processo 
de conjugação. As fímbrias não são responsáveis por transferir o DNA de uma célula 
para outra, servem apenas para fixar temporariamente bactéria doadora e a recepto-
ra no processo de conjugação. Observe na figura abaixo as estruturas encontradas 
numa célula bacteriana (Fig 3): 
 Figura 3: Célula bacteriana (Fonte: http://sereduc.com/QJu34b)
11
As bactérias se dividem por fissão da célula em duas, após duplicação do filamento 
circular de DNA. Muitas bactérias são portadoras de filamentos circulares de DNA me-
nores, os plasmídeos. Assista ao vídeo – divisão celular bacteriana no link. As ilustra-
ções vão permitir que você entenda bem como esse processo ocorre. Percebeu como 
uma bactéria se divide rapidamente? É por este motivo que um indivíduo infectado 
por bactérias pode rapidamente chegar à morte por conta desse rápido crescimento 
bacteriano. Além de sua rápida multiplicação, algumas bactérias diante de condições 
adversas do ambiente, possuem a capacidade de originar esporos, que são extrema-
mente resistentes às variações de temperatura e ao dessecamento.
Células eucariontes: 
As células eucarióticas, em geral, são maiores e mais elaboradas do que a procarion-
tes. Algumas vivem independentes, como organismos unicelulares, como as amebas 
e as leveduras; outras vivem em agrupamentos multicelulares. Todos os organismos 
multicelulares mais complexos – incluindo plantas, animais e fungos – são formados 
a partir de células eucarióticas. Por definição, todas as células eucarióticas possuem 
duas porções morfologicamente bem distintas – o citoplasma e o núcleo – entre as 
quais existe um trânsito constante de moléculas diversas. O citoplasma é envolto 
pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo envoltório nuclear. As células eucariontes 
apresentam-se divididas em compartimentos funcionais graças à presença de um sis-
tema complexo de membranas que cria microrregiões intracelulares especializadas, 
onde certas funções podem ser executadas com mais eficiência.
Observe atentamente a imagem abaixo e perceba que a célula eucarionte é como 
uma fábrica organizada, permitindo que a separação das atividades permita que as 
células eucariontes atinjam maior tamanho, sem prejuízo de suas funções (Fig 4).
 
Figura 4: Célula eucariótica (Fonte: http://sereduc.com/byrDP1)
Acredito que você tenha percebido a diferença brusca entre os dois tipos celulares. 
https://www.youtube.com/watch?v=Qo_rgueD-pY
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Dentre os principais compartimentos das células eucariontes estão o núcleo, o envol-
tório nuclear, os retículos endoplasmáticos, os endossomos, o aparelho de Golgi, os li-
sossomos, as mitocôndrias. Observe a estrutura de cada organela e compreenda que 
cada uma dessas desempenha uma função específica, por exemplo, as mitocôndrias 
realizam a oxidação de moléculas de alimento, já o retículo endoplasmático, o com-
plexo de Golgi e os lisossomos permitem que as células sintetizem moléculas com-
plexas para exportação a partir da célula e para inserção nas membranas celulares.
Perceba também que fora das organelas envoltas por membranas no citoplasma está 
o citosol, uma mistura concentrada de moléculas que realizam vários processos bio-
químicos essenciais. Outra característica das células eucariontes é possuir um citoes-
queleto fibrilar, responsável pelos movimentos celulares e pela manutenção da forma 
dessas células, essa propriedade é dada devido aos componentes desse citoesque-
leto formado por microtúbulos, filamentos intermediários e microfilamentos de actina.
 
Após observar a imagem acima e assistir ao vídeodisponível no link, tente descrever 
de maneira sucinta os principais componentes celulares, fazendo isso, você já vai se 
preparando para os conteúdos da próxima unidade, onde iremos estudar com uma 
maior profundidade as principais características e funções de cada componente de 
uma célula eucarionte.
Estamos chegando ao fim da unidade! De uma forma geral, estudamos nesta unidade 
quais são as características gerais das células, entendendo que são as unidades mais 
básicas da vida e responsáveis por tamanha diversidade de organismos existentes 
na Terra. Aprendemos que apesar das células serem minúsculas, seu estudo foi per-
mitido a partir do surgimento do microscópio, permitindo observar sua estrutura, bem 
como seu funcionamento; o que foi um grande avanço para as ciências da saúde, per-
mitindo o descobrimento de muitas informações sobre o diagnóstico e tratamento de 
várias doenças. Vimos também nesta unidade como ocorre a preparação de células 
e tecidos para visualização no microscópio. Por último, também abordamos os princi-
pais componentes químicos e estruturais de uma célula, diferenciando-as em eucari-
óticas e procarióticas. Espero que tenhamos alcançado o objetivo desta unidade com 
êxito e que os conteúdos disponibilizados tenham contribuído para o seu processo de 
aprendizagem.
Para finalizar essa etapa inicial, é hora de você colocar em prática os conteúdos vis-
tos e responder as atividades propostas no ambiente virtual. Otimize seu tempo, se 
organize e usufrua de todos os materiais disponibilizados, e como resultado, a etapa 
será finalizadacom sucesso.
https://www.youtube.com/watch?v=gyGWN_Vk2ps

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