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Fisioterapia no acidente vascular cerebral Candidata: Allen Suzane de França Olá pessoal, bom dia. Hoje a nossa aula será sobre uma das doenças neurológicas mais prevalente, e uma das principais causas de incapacidade temporária e permanente, que é o acidente vascular cerebral, ou avc. Essa patologia 1 ROTEIRO DA AULA Definição Epidemiologia Etiologia Fisiopatologia Manifestações clínicas Avaliação Fisioterapêutica Objetivos Tratamento Fisioterapêutico Fisioterapia no AVC 2 Bom, hoje nós iremos conceituar o avc, conhecer sua epidemiologia, ou seja, como está sua distribuição no brasil e no mundo. Nós iremos conhecer suas principais causas, como ela acontece, ou seja, qual o mecanismo da lesão, quais os sinais e sintomas, como nós iremos avaliar esse paciente, quais os objetivos da fisioterapia para o paciente acometido por avc e qual o tratamento adequado para este paciente. 2 O que é o Acidente Vascular Encefálico - AVC? CONCEITO Fisioterapia no AVC 3 E para começar, eu gostaria de saber, o que vocês entendem por AVC? 3 Insuficiência neurológica aguda e focal que resulta da desordem na circulação cerebral; Qualquer doença vascular que cause isquemia ou hemorragia no hemisfério ou tronco encefálico; Sinais e sintomas dependem da área afetada. DEFINIÇÃO (CARR;SHEPHERD, 2008) Fisioterapia no AVC 4 Primeira causa de morte e incapacidade no Brasil; Segunda principal causa de morte no mundo; Acomete mais os adultos de meia idade e idosos; Mortalidade no Brasil: 51,8 : 100.000; Maiores de 80 anos correspondem a 35% das mortes. Os homens são os mais acometidos. EPIDEMIOLOGIA Fisioterapia no AVC 5 Doenças cardíacas; Infecção; Trauma; Neoplasia; Malformação vascular; Desordens imunológicas. ETIOLOGIA Fisioterapia no AVC 6 TROMBOSE EMBOLIA ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT CLASSIFICAÇÃO SUBARACNOIDE INTRACEREBRAL ISQUÊMICO HEMORRÁGICO Fisioterapia no AVC 7 AVC ISQUÊMICO - TROMBOSE Fisioterapia no AVC 8 AVC ISQUÊMICO - EMBOLIA Trombo formado em outro local (êmbolo) – coração Trombo se desprende e é bombeado junto com o sangue O trombo é levado para o cérebro – oclusão da artéria cerebral de pequeno calibre – isquemia Ausência de glicose e O2 – morte celular Fisioterapia no AVC 9 AVC ISQUÊMICO - AIT Ataque Isquêmico Transitório - AIT Oclusão temporária da artéria cerebral, sem causar dano Os sintomas duram menos de 24 horas Causado por microêmbolos ou hipotensão arterial sistêmica temporária Fisioterapia no AVC 10 Episódio breve de disfunção neurológica ocasionado por um distúrbio focal de isquemia do cérebro ou da retina, com sintomas clínicos durando tipicamente menos de 1 h e sem evidências de um infarto 10 AVC HEMORRÁGICO Sangramento no tecido cerebral causado por ruptura de aneurisma, HAS crônica ou malformação arteriovenosa. Elevação da PIC insuficiência do suprimento sanguíneo privação de glicose e O2 morte celular Mortalidade elevada – maiores danos Fisioterapia no AVC 11 AVC HEMORRÁGICO Hemorragia subaracnóide – 5% dos casos Hemorragia intracerebral – 15% dos casos Fisioterapia no AVC 12 20% 80% Fisioterapia no AVC ‹nº› 14 Fisioterapia no AVC FATORES DE RISCO A prevenção reduz os custos especialmente em reabilitação e hospitalização. Essa prevenção deve ocorrer em todos os níveis de atenção, sendo a maior ênfase na atenção básica, alcançando principalmente aqueles que já tiveram um primeiro AVC e minimizando, dessa forma, riscos de recorrência e maiores comorbidades em longo prazo. A prevenção em saúde pois possibilita o seguimento da população identificada de forma diferenciada e facilita o desenvolvimento de uma parceria entre os serviços de Saúde e seus usuários em torno do mesmo objetivo, ou seja, da eliminação ou da redução desses fatores de risco. 14 15 Fisioterapia no AVC MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FASE AGUDA Perda da consciência Alteração da visão - hemianopsia Paralisia – Paralisia Facial Hipotonia Anestesia Arreflexia Edemas periféricos MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fisioterapia no AVC ‹nº› FASE SUBAGUDA Recuperação do nível de consciência Hemiplegia/Hemiparesia do lado contralateral a lesão Hemianestesia Reflexos anormais Flacidez ou espasticidade MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fisioterapia no AVC ‹nº› FASE CRÔNICA Hemiplegia espástica Alterações da fala e linguagem Alterações cognitivas Déficit postural e de equilíbrio Alteração da marcha MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fisioterapia no AVC ‹nº› Pesquisar sobre os tipos de hemiplegia espastica 18 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Artéria cerebral anterior Artéria cerebral média Artéria cerebral posterior Área afetada Fisioterapia no AVC 19 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Artéria cerebral anterior Área afetada Fisioterapia no AVC 20 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Artéria cerebral média Área afetada Fisioterapia no AVC 21 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Artéria cerebral posterior Área afetada Fisioterapia no AVC 22 COMPLICAÇÕES Incontinência Úlceras de decúbito Pneumonia Trombose venosa profunda – TVP Problemas psicológicos: ansiedade, depressão, isolamento, irritabilidade Fisioterapia no AVC 23 COMPLICAÇÕES Subluxação do ombro - Paralisia de MS – 70% Síndrome ombro-mão – distrofia simpática reflexa: Dor no ombro, edema, sensibilização da mão e dedos, limitação dos movimentos da mão, rigidez das articulações metacarpofalangeanas (extensão) e interfalangeanas (flexão). Fisioterapia no AVC 24 HDA: Como surgiu? Quando? Quais os sintomas? História Pregressa: AVC anterior? AIT? História familiar: AVC? Cardiopatia? AIT? Comorbidades: diabetes, HAS. Hábitos de vida: fatores de risco. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ANAMNESE Fisioterapia no AVC 25 Inspeção global EXAME FÍSICO Padrão Postural Forma de Locomoção Fisioterapia no AVC 26 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Estado Mental (MEEM – 1994) Inspeção local EXAME FÍSICO Coloração da pele Edema Úlcera de decúbito Trofismo Deformidades Fisioterapia no AVC 27 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Palpação EXAME FÍSICO Tônus muscular – Escala de Ashworth Hipertonia Distonia Hipotonia Fisioterapia no AVC 28 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Palpação EXAME FÍSICO Força muscular ADM Manobras deficitárias Dor - EVA Sensibilidade: superficial, profunda e cortical combinada Fisioterapia no AVC 29 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EXAME FÍSICO Atividade reflexa – Reflexos superficiais e profundos Coordenação e equilíbrio – Escala de Berg Funcionalidade - Escala da Medida de Independência Funcional(MIF) Marcha Fala – Afasia de Broca/Wernicke Fisioterapia no AVC 30 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EXAME FÍSICO Fisioterapia no AVC 31 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Avaliação respiratória Ausculta pulmonar Padrão respiratório Frequência respiratória Expansibilidade torácica Eficácia da tosse Uso da musculatura acessória Qualidade de vida Fisioterapia no AVC 32 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Formulário Abreviado de Avaliação de Saúde 36 (SF-36) Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL) Escala Específica de Qualidade de Vida no AVE (SS-QOL) PROGNÓSTICO Etiologia Gravidade Localização Recorrência de AVC Idade Comorbidades Início do tratamento Motivação do paciente Participação da família Fisioterapia no AVC 33 TRATAMENTO EQUIPE MULTIPROFISSIONAL Fisioterapia no AVC 34 Médico Enfermeiro Fisioterapeuta Nutricionista Fonoaudiólogo Psicólogo Terapeuta Ocupacional Assistente Social TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Prevenir contraturas, deformidades, úlceras de decúbito e complicações respiratórias Inibir espasticidade Fortalecer musculatura Estimular movimento voluntário normal Estimular propriocepção e tato Recuperar marcha funcional Facilitar AVD’s OBJETIVOS Fisioterapia no AVC 35TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE AGUDA Condutas respiratórias: Manobras de higiene brônquica Manobras de reexpansão pulmonar Cinesioterapia respiratória Fisioterapia no AVC 36 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE AGUDA Condutas preventivas: Mudanças de decúbito Posicionamento do leito Fisioterapia no AVC 37 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE AGUDA Estimulação sensorial: Método rood Alongamentos e mobilizações passivas e ativo-assistido Exercícios ativo-assistidos e livres Fisioterapia no AVC 38 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE AGUDA Treino de transferências: Rolar (mudanças de decúbito) Sentar na beira da cama Transferência de peso sentado Da cama para a cadeira ou cadeira de rodas Fisioterapia no AVC 39 Método Bobath: inibir padrões anormais e estimular padrões normais Exercício de Ponte Tapping TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 40 Kabat: Cintura escapular (póstero-depressão/póstero-elevação) MS – primitiva - D2 (flexão-abdução-rotação externa) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 41 Kabat: MI – funcional – D1 (flexão-adução-rotação externa) MI – primitiva – D2 (flexão-abdução-rotação interna) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 42 Kabat: MI – funcional – D1 (flexão-adução-rotação externa) MI – primitiva – D2 (flexão-abdução-rotação interna) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 43 Treino de equilíbrio e controle postural: Sentado Transferência de peso Reação de equilíbrio Pequenos deslocamentos – grandes deslocamentos TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 44 Treinamento funcional: Sentar – ficar de quatro – engatinhar – ficar de joelhos – ficar de pé Deslocar-se, agarrar, manusear, mover, soltar Contenção do membro sadio Terapia do espelho TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 45 33 ensaios clínicos randomizados com treinamento de tarefa repetitiva, envolvendo 1.853 adultos que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) Resultado: melhora da função do membro superior e inferior, função manual, distância de caminhada e ambulação funcional Fisioterapia no AVC 46 Tentar encontrar outro artigo mais recente 46 Treinamento de AVD’s: Higienização Alimentação Vestimenta TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fazer adaptações Orientar paciente e familiares Prescrever órteses Fisioterapia no AVC 47 Treino de marcha: Barra paralela Escada de canto Obstáculos Suporte parcial de peso TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 48 Treino de marcha: Estimulação elétrica funcional (FES) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 49 Procurar artigo para fes e treino de marcha 49 Estimulação elétrica funcional (FES) Subluxação de ombro TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 50 50 Resultados: FES + Fisioterapia convencional é mais efetivo do que a Fisioterapia isolada em relação ao grau de subluxação. Fisioterapia no AVC 51 Tentar encontrar outro artigo mais recente 51 Hidroterapia Bad ragaz Halliwick Hidrocinesioterapia TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO FASE SUBAGUDA E CRÔNICA Fisioterapia no AVC 52 52 CARR, J. H; SHEPHERD, R. B. Reabilitação neurológica: otimizando o desempenho motor. São Paulo: Manole, 2008. UMPHRED, D. A. Reabilitação neurológica. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. ALMEIDA, S. R. Análise epidemiológica do Acidente Vascular Cerebral no Brasil. Revista Neurociências. 20(4): 481-482, 2012. LINDQUIST, A. R. R.; et al. Gait Training Combining Partial Body-Weight Support, a Treadmill, and Functional Electrical Stimulation: Effects on Poststroke Gait. Physical Therapy. 87(9): 1144-1154, 2007. REFERÊNCIAS Fisioterapia no AVC 53 Procurar artigo para fes e treino de marcha 53 BIRKENMEIER, R. L.; PRAGER, E. M.; LANG, C. E. Translating Animal Doses of Task-Specific Training to People With Chronic Stroke in 1-Hour Therapy Sessions: A Proof-of-Concept Study. Neurorehabil Neural Repair. 24: 620-625, 2010. COMBS, Stephanie A.; KELLY, Stephanie P.; BARTON, Rebecca; et al. Effects of an intensive, task-specific rehabilitation program for individuals with chronic stroke: A case series. Disabil Rehabil. 32(8): 669-678, 2010. DAVIES, P. M. Hemiplegia:tratamento para pacientes após AVC e outras lesões cerebrais. 2.ed, Barueri-SP: Manole, 2008. REFERÊNCIAS Fisioterapia no AVC 54 Procurar artigo para fes e treino de marcha/ acrescentar escalas de avaliação funcional e dispositivos auxiliares de marcha 54 Estudo de caso Paciente M. A. F., sexo feminino, 65 anos, com histórico de AIT, hipertensa, com diagnóstico clínico de AVC isquêmico, confirmado por TC, sofrido há 7 meses, chega a Clínica de Fisioterapia na UEPB apresentando como sequela, movimento reduzido do lado direito do corpo, com padrão flexor de MSD, dificuldade na fala e na compreensão, alteração de sensibilidade superficial e profunda em MID, alteração de equilíbrio estático e dinâmico e instabilidade na transferência de peso em MID. Diante deste caso, qual o diagnóstico cinético-funcional e o tratamento fisioterapêutico adequado para esta paciente?
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