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Noções básicas de Morfologia

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Português - Gramática 
 
 
 
 
NOÇÕES DE MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução……………………………….……………………………………………………...…….2 
 
Objetivos ……………………………………………………………………………………….……..2 
 
1. Morfologia…………………………………………………………………………….………..….2 
1.1. Elementos morfológicos………………………………………………………………….2 
1.2. Morfema Lexical e Gramatical…………………………………………………………...6 
 
Exercícios ……………………………………………………………………………………………10 
 
Resumo………………………………………………………………………………………………11 
 
Gabarito……………………………………………………………………..……………………….11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Na apostila sobre ortografia, vimos como é importante utilizar os sinais de 
pontuação e escrever as palavras corretamente para que haja compreensão na 
mensagem que emitimos. 
E, a partir de agora, estudaremos o conceito de Morfologia. Esse assunto 
integra a gramática da língua portuguesa e nos ajuda a entender como as palavras se 
estruturam, se organizam dentro de uma frase e uma oração, bem como os seus 
elementos. Além de estabelecer diferença entre morfema lexical e gramatical. 
Estudaremos quais são os elementos morfológicos, o que são sintagmas e 
como usá-los devidamente, bem como veremos o que é o núcleo do sintagma. Em 
seguida veremos o que são e como usar os morfemas lexical e gramatical. 
Objetivos 
• Compreender o conceito e as características da Morfologia; 
• Diferenciar Morfema Lexical do Gramatical. 
 
1. Morfologia 
Na morfologia, as palavras são analisadas de modo isolado, sem considerar a 
sua relação com outras dentro de uma frase ou oração. Então, você vai compreender 
que toda palavra possui partes dentro dela significativas denominadas de morfemas 
ou elementos mórficos. Tais elementos são pequenas partes da palavra que também 
possuem um significado. Além disso, você vai aprender que há muitas maneiras de 
se formar palavras, de acordo com o processo em que elas estão inseridas, 
utilizando, para isso, o radical dessas palavras, isto é, a unidade que auxilia a formar 
novas palavras. 
 
1.1. Elementos Morfológicos 
Um elemento básico em Morfologia é o morfema. 
Observe-o DESTACADO em diferentes palavras: 
 
 
 
 
 
Cada um dos elementos destacados nas palavras é um morfema. 
 
COMERAM FAÇAM SOLAR MÉDICAS 
 
3 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
Em façam, a consoante m aponta que mais de uma pessoa faz; em solar, a 
terminação ar é acrescentada a sol alterando esse significado; em comeram, o 
elemento destacado ra transmite em que tempo e de que maneira essa ação é 
expressa; e em médicas, a vogal a indica o gênero feminino. 
Se pegarmos todas essas quatro palavras e formarmos orações, já não 
analisaremos seus morfemas, mas seus sintagmas. Vamos ver como isso funciona 
observando as construções abaixo. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
As palavras que lemos antes isoladamente, agora, nas orações, possuem 
novos significados. 
Vamos analisar cada um dos sintagmas com mais detalhes. 
 
SINTAGMAS 
O sintagma designa a combinação de palavras que, numa oração, 
desempenham diferentes funções. 
A palavra médicas designa quem realizou a ação de transformar, expressa na 
oração. 
Mas o que exatamente isso significa? 
Significa que a palavra “médicas” passa a ser analisada na relação que 
estabelece com as outras palavras na oração. 
Assim como ocorre com as palavras solar, façam e comeram. 
Morfema é a unidade mínima de uma palavra que possui 
significado. 
 
 
a. As médicas transformaram o hospital em um 
ambiente solar. 
b. O pai aos filhos: façam o dever de casa! 
c. As crianças comeram muitos doces na festa. 
 
 
4 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
Os sintagmas podem ter valor de substantivo, verbo, adjetivo, preposição e 
advérbio, que integram as classes gramaticais de nossa língua portuguesa. 
Sendo assim, os sintagmas classificam-se em: 
 
Nominais 
Verbais 
Adjetivais 
Preposicionais 
Adverbiais 
 
O sintagma nominal é um substantivo, uma palavra que nomeia alguma 
coisa. Por exemplo: casa 
O sintagma verbal é um verbo, uma palavra que expressa uma ação, um 
estado ou um fenômeno da natureza. Ex.: olhar 
O sintagma adjetival é um adjetivo, uma palavra que caracteriza, qualifica 
alguma coisa. Ex.: bela 
O sintagma preposicional é uma preposição, uma palavra que liga outras 
palavras. Ex.: para 
O sintagma adverbial é um advérbio, palavra que modifica outra palavra, 
acrescentando-lhe uma circunstância ou intensificando uma qualidade. Ex.: jamais. 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
 
Observe os sintagmas nos exemplos vistos. 
 
 Médicas = nominal 
A parte da gramática que estuda as funções que as 
palavras desempenham quando reunidas em orações 
denomina-se SINTAXE. 
 
MORFEMA é o significado isolado de cada parte da palavra. 
SINTAGMA é o significado da palavra dentro de uma oração. 
 
 
Comeram = verbal 
 
5 
 
 
 
Percebemos que cada uma dessas palavras, quando combinadas em uma 
oração, indicam nomes (substantivo, adjetivo) e verbos. 
Perini (2001, p. 41) define SINTAGMAS como: 
 
 
 
 
 
NÚCLEO 
Em cada sintagma existe um núcleo. Esse elemento é fundamental para que 
em uma oração o sintagma seja identificado. 
Na oração “Médicas transformaram o hospital em um ambiente solar”, se 
perguntarmos ao verbo quem transformou? Logo responderemos que foram as 
médicas. Assim, um dos núcleos é “médicas”, porque desempenha uma função 
significativa em relação às outras palavras, atribuindo um sentido à oração. 
O mesmo acontece com solar, que caracteriza o tipo de ambiente que as 
médicas criaram dentro do hospital, portanto, desempenha também uma função 
significativa na oração, estabelecendo com a palavra ambiente uma relação, já que 
lhe atribui um sentido específico. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
Então, como notamos, as palavras, mesmo isoladamente, estão repletas de 
significados, denominados de morfemas; e quando organizadas em uma oração, 
estabelecem relações de sentido com outras palavras e são denominadas de 
sintagmas, de acordo com a função que desempenham. 
 
 
 
 
Solar = 
adjetival 
Façam = 
verbal 
NÚCLEO é o elemento significativo que envolve as relações 
de dependência entre as palavras numa oração para que 
tenham sentido. 
 
 
“grupos de unidades que fazem parte de 
sequências maiores, mas que mostram 
certo grau de coesão entre eles.”. 
 
 
6 
 
1.2 Morfema Lexical e Gramatical 
A nossa língua portuguesa é rica porque contém muitas palavras repletas de 
significados. Tais palavras fazem parte do que denominamos de LÉXICO. Desse 
modo, o léxico é utilizado para nos comunicarmos, seja oralmente, seja por escrito. 
 
MORFEMA LEXICAL 
Podemos conhecer um número ilimitado de palavras e usá-las para nos 
comunicarmos, expressando sentidos do universo extralinguístico, isto é, que se 
referem a alguma coisa de nosso mundo físico e abstrato, como sol, flor, saudade, 
beleza. 
E muitas palavras que fazem parte do nosso léxico têm origem diferente. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
Compreendemos, então, que o nosso léxico é também composto por palavras 
de origem estrangeira que, incorporadas ao nosso idioma, tornam-no mais rico. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
Há casos também, que podemos atribuir às palavras que já integram o nosso 
léxico, novas maneiras de expressão, conforme o contexto em que elas estejam 
inseridas, para fazer graça, por exemplo, sem que o sentido se perca. 
 
LÉXICOdifere de VOCABULÁRIO. Enquanto o primeiro 
abrange todas as palavras do nosso idioma, o segundo se 
refere ao conhecimento que cada pessoa tem do idioma. 
 
 
O verbo surfar é uma palavra de origem inglesa, vem de 
surf, e foi incorporada ao nosso idioma com o acréscimo 
da terminação ar, que atribui à palavra uma ação, 
designando um verbo. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
Note como a palavra fofoca é empregada na oração de maneira diferente do 
usual, como em “aquela mulher faz muita fofoca”. 
A origem da palavra ainda não é definitiva, mas alguns acreditam que seja 
africana. 
 01 
Fofoqueira 
 
Percebemos que “fofoqueira” na oração designa uma característica da 
mulher, um hábito. Portanto, em nossa língua, a partir de nosso léxico, podemos 
utilizar as palavras existentes em nosso idioma de forma pontual para uma 
expressividade mais peculiar. 
Mas, afinal, o que são morfemas lexicais? 
São a base de uma palavra que serve para a formação de outras. Retomemos 
a palavra solar. Qual é a base dessa palavra? Se você respondeu sol, acertou, porque 
através dessa base, podemos formar novas palavras, além de solar, como assolado, 
soleira, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
AQUELA MULHER 
FOFOQUEIA DEMAIS 
 
8 
 
CAI NA PROVA! 
 
 
 
Agora, vamos entender outro tipo de morfema, relacionado à significação no 
interior de uma palavra, bem como a qual categoria da língua o morfema lexical se 
enquadra. 
 
MORFEMA GRAMATICAL 
Já os morfemas gramaticais se referem ao universo intralinguístico, porque 
indicam categorias próprias da língua no processo de flexão. 
 
EXEMPLO 
 
 
Além desse morfema gramatical que indica a flexão de uma palavra no plural, 
também pode ocorrer pela relação entre palavras em uma oração. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
A palavra médicas possui uma marca gramatical que a 
pluraliza. Tal marca ocorre quando a palavra médica é 
flexionada, acrescentando-se a ela a consoante s. 
 
a. Massa de bolo. 
b. Comprei, mas não usei. 
c. Belos cabelos! 
 
MORFEMA LEXICAL é a base do significado de uma palavra, 
possibilitando que outras palavras sejam formadas a partir 
dele. 
 
 
9 
 
Notamos que nas três orações as palavras destacadas estabelecem uma 
relação com as outras, designando um sentido. 
Em massa de bolo, a preposição “de” liga as palavras massa e bolo, 
delimitando o significado do tipo de massa. 
Já em Comprei, mas não usei, a conjunção “mas” aponta uma ideia oposta 
ao verbo comprei, juntamente com o advérbio de negação “não”. 
E em belos cabelos, o adjetivo “belos” caracteriza o substantivo cabelos. 
Além disso, os morfemas gramaticais podem ser classificados em: 
 
DERIVACIONAIS 
El 
 
 
A palavra solar é possui um morfema gramatical derivacional, porque à base 
(sol) foi acrescentado o r, formando uma nova palavra. 
 
FLEXIONAIS 
 
 
 
 
Já em médicas, ocorreu um processo de flexão, não formando uma nova 
palavra a partir da base, mas atribuindo-lhe uma nova forma de expressão. 
 
DICA 
 
 
 
 
De uma maneira geral, podemos afirmar que morfemas lexicais servem de 
base para criarmos outras palavras com significados diferentes, enquanto os 
morfemas gramaticais alteram as categorias das palavras de nossa língua 
portuguesa, conforme os processos derivacionais pelos quais elas passam. 
 
Elementos que formam novas 
palavras 
Elementos que atribuem novas formas de expressão à base das palavras. 
Note como no processo de derivação sol, que antes desse 
processo ocorrer, designava um substantivo, com o 
acréscimo de r, passa a designar um adjetivo. 
Morfemas derivacionais alteram a categoria das palavras 
na língua. 
 
 
10 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
Logo, verificamos que os morfemas constituem as palavras, estruturando-as 
tanto no campo do léxico quanto no campo gramatical. 
 
Exercícios 
1. Vimos que as palavras em sua composição são dotadas de unidades 
mínimas de significação denominadas de morfemas. Sendo assim, identifique em 
qual das orações abaixo, o morfema lexical está destacado. 
a. Eles trabalharam muito. 
b. Gosto de chocolate. 
c. Faremos o serviço amanhã. 
d. Bem ou mal, vamos estar presentes. 
 
2. Relacione a coluna da esquerda com a da direita, conforme a 
classificação dos morfemas gramaticais. 
( ) frutas ( d ) derivacional 
( ) chuveiro ( f ) flexional 
( ) mulheres 
 ( ) ventania 
 
a. (d) (d) f) (f) 
b. (f) (d) (f) (d) 
c. (d) (f) (f) (f) 
d. (d) (d) (d) (f) 
 
Enquanto o MORFEMA LEXICAL singulariza o sentido de uma 
palavra, sem que esta faça parte de uma frase ou oração, o 
MORFEMA GRAMATICAL atribui sentido à palavra na relação que 
ela estabelece dentro de uma oração ou, ainda, em seus processos 
de flexão. 
 
 
11 
 
Gabarito 
1. Letra c. O morfema destacado mos no verbo “faremos”, forma com a 
base um novo significado, enquanto que as demais palavras se referem 
apenas às categorias gramaticais. 
2. Letra b. Em frutas e mulheres ocorre somente uma flexão que marca a 
pluralidade dessas palavras, enquanto que em chuveiro e ventania, 
ocorre processo de derivação, já que essas palavras partem da base chuv 
e vent para formar novas palavras. 
Resumo 
Nesta parte, vamos recapitular os assuntos principais que estudamos de 
forma sistemática para facilitar o seu entendimento e a sua preparação para a prova. 
Nessa apostila vimos que a morfologia classifica cada parte que compõe uma 
palavra de modo isolado caracterizando os morfemas. Os morfemas se classificam 
em lexicais e gramaticais. 
Os morfemas lexicais dizem respeito à base das palavras que servem para a 
formação de outras. Por exemplo: sol. Já os morfemas gramaticais tratam das partes 
internas de cada palavra e das categorias dessas palavras de acordo com a nossa 
língua. Por exemplo, o -s é um morfema que indica plural. Os morfemas gramaticais 
podem ser derivacionais ou flexionais. 
Os morfemas gramaticais derivacionais utilizam-se dos morfemas lexicais, 
isto é, da base das palavras, para formar novos significados a partir dessas palavras. 
Por exemplo, contradizer e narigudo. 
Os morfemas gramaticais flexionais apenas acrescentam elementos à base 
das palavras, dando-lhes novas formas de expressão. Ex.: aluno/alunos. 
 
 
 
12 
 
Referências bibliográficas 
PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 4. ed. São Paulo: Ática, 2001. 
 
Referências imagéticas 
1 Figura: https://delinea.deduca.com.br/mediabank/3467 - Acessado em: 11/10/2018, às 9h31.

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