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1a Questão Quando falo que uma "cozinha" pode representar mais que uma simples prática, mas uma tradição, um preparo, um jeito, uma cultura, quero dizer que devo ter um olhar mais atento ao mundo que me cerca, notar que suas estruturas são complexas e importantes de serem analisadas. A partir da observação dos fenômenos das cozinhas contemporâneas e da interação História e Antropologia podemos definir como traços indígenas em nossa cozinha: Feijão Mandioca Arroz Peixe Porco Explicação: O aluno deverá saber que a mandioca é um alimento nativo da América do Sul e que os portugueses aprenderam a importância de seu cultivo com os indígenas. 2a Questão Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto dizer: Que a maioria ainda apresentava características de sociedades coletoras, não tendo assim nenhuma forma de produção ou cultivo. Que a maioria se apresentava como nômade ou semi-nômade. Que a maioria desconhecia qualquer método agrícola. Que a maioria apresentava características e hábitos sedentários. Que a maioria praticava apenas caça, pesca e coleta. Explicação: Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. Gabarito Coment. 3a Questão "A economia tupinambá era basicamente de subsistência e autoconsumo. Assim, cada aldeia produzia para atender às suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias. A agricultura era sempre combinada às atividades de caça, pesca e coleta, e a importância de cada uma dessas fontes de alimentos variava sazonalmente." SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial 1550 ¿ 1835. SP: Cia. Das Letras, 1988 p. 41 Considerando a prática agrária da sociedade tupinambá, as atividades agrícolas, de caça, pesca e coleta eram divididas por: Não havia esta divisão Habilidade Idade Sexo Estatuto Social Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Gabarito Coment. 4a Questão As populações que ocupavam o território brasileiro antes da chegada de Cabral não possuíam escrita, por essa razão são tão importantes os relatos dos viajantes europeus para, mesmo que através da visão do outro, possamos conhecer um pouco sobre sua cultura. Sobre o cotidiano dessas populações podemos dizer que: a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e por deconhecer a agricultura praticava o canibalismo; a maioria era nômade, praticava a caça e a coleta e desconhecia a agricultura; a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e desconhecia a agricultura; a maioria era nômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; Explicação: Traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. Gabarito Coment. 5a Questão "A lingua utilizada pelos índios do litoral é uma: difere em certas partes, mas não de maneira que deixem de se entender .(...) Carece de três letras, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa que é digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei e desta maneria vivem desordenadamente. (GANDAVO, Pedro de Magalhães. História da Província de Santa Cruz, 1578). Utilizando o texto como referência, podemos aferir que: I - Os europeus buscavam identificar e associar a cultura indígena à sua. II - As diferenças culturais entre portugueses e indígenas eram atribuídas à inferioridade do nativos da América. III - Os europeus analisavam que a linguagem dos índios do litoral era bastante distinta, variando significativamente de uma comunidade para outra. IV - O vocabulário da população indígena que vivia no litoral era, segundo o relato, bastante diversificado. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas II está correta. Apenas IV está correta. Todas estão corretas. Explicação: O texto expressa uma visão europeia acerca da cultura indígena, mais especificamente sobre os aspectos linguísticos. Para o observador, os indígenas que viviam no litoral possuíam uma língua bastante similar a ponto de se compreenderem. Além disso, a ausência de fonemas e vocabulários denotaria uma significativa inferioridade atribuída aos indígenas. 6a Questão Os índígenas colaboraram com os portugueses no início da colonização, trocando sua mão-de obra por artigos de pouco valor para os europeus. A explicação mais correta para essa atitude dos indígenas é: eles tinham uma concepção de valor diferente; o que não tinha valor para os europeus, para eles, era útil. eles usaram essa tática de aproximação para, a seguir, atacar os colonos europeus. eles eram muito ingênuos e achavam que se colaborassem, não seriam eliminados pelos portugueses. eles tinham curiosidade acerca daqueles produtos desconhecidos em sua cultura.eles eram naturalmente amistosos e desejavam se integrar com os recém chegados ao continente. Explicação: Quando pensamos no escambo do indígena e do português temos que perceber que cada cultura valorizava o que não possuía em seu meio, enquanto a madeira do Pau-Brasil estava disponível para o indígena, os objetos de metal e espelhos não estavam e o mesmo pensamento deve ser usado para o português, que tinha acesso aos metais e espelhos e deseja a madeira. Gabarito Coment. 7a Questão Qual era a língua falada pela maioria das populações que habitavam o litoral do território que se tornaria Brasil? tupi-guarani; macro-tupi. macro-jê; tapuia-guarani; micro-jê, Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. 8a Questão Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Este contato "amistoso" entre brancos e índios preservado: sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão. até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal. pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação. em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização". Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese. Explicação: Slide 20 aula 1 ¿Desde o início da colonização manifestaram-se em relação aos índios dois tipos de atitude: ¿ ¿Considerados "infantis". ¿ ¿"Imorais", justificando com isso os castigos e a escravidão a que foram submetidos. 1a Questão "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena; à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro; à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus; Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. Gabarito Coment. 2a Questão Consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Estamos falando da: Pajelança Corvéia Queimadas Plantation Coivara Explicação: Essa técnica consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Dentre os gêneros cultivados estavam o feijão, milho, abóbora, algumas frutas e, principalmente, a mandioca - base da alimentação tupinambá e, mais tarde, de toda a colônia. 3a Questão O principal grupo/tronco linguístico encontrado pelos portugueses ao desembarcar no Brasil foram os: Juruá Gêge Tupi-Guarani Tamoios Goitacá Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII 4a Questão As aldeias tupinambás eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Selecione a melhor definição para a agricultura tupinambá: era sedentária e não utilizava a coivara; era itinerante, utilizava a coivara e os homens a praticavam.era itinerante e não usava a coivara; era itinerante e utilizavam a coivara; era sedentária e utilizva a coivara; Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-guaranis. Para preparar o solo para a semeadura, os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara . Por ser um grupo seminômade, praticava a agricultura intinerante. Gabarito Coment. 5a Questão Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que: ele tinha razão, os índios não tinham deuses; ele estava errado, os índios eram politeístas e suas religiões tinham alguns aspectos xamãnicos. Ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica; ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus; ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus; Explicação: Está questão está associada ao etnocentrismo europeu, em que observamos o mundo através de nossa própria cultura, logo, não sendo católico ou não tendo uma religião estruturada como a católica, a religião indígena não era vista como religião. Gabarito Coment. 6a Questão Um dos problemas que a população brasileira enfrentou no período colonial foi a constante escassez de alimentos. Isto ocorria, entre outros fatores, por que: A partir de meados do século XIX, o aumento dos preços do café no mercado internacional provocou uma expansão do cultivo desse grão no Brasil, levando a uma queda na produção de itens de subsistência. Em meados do século XVIII, o desenvolvimento da indústria têxtil na Inglaterra estimulou a produção pernambucana de algodão destinado à exportação, o que resultou na redução da área de plantio de produtos alimentares. Devido à carência de mão de obra, os escravos eram utilizados na exploração mineradora, na madeireira e na pecuária, o que impediu o desenvolvimento da produção de alimentos e a formação de um mercado interno nacional. Quando a exportação de açúcar se encontrava em uma fase ascendente, os esforços se canalizavam ao máximo para a sua produção, diminuindo o cultivo de outros produtos alimentícios. A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro representou um aumento no consumo de produtos alimentícios, causando um colapso na economia de subsistência do Reino Unido de Brasil e Portugal. Explicação: A principal preocupação em relação à Colônia Brasil era a plantação de cana-de-açúcar, um produto muito caro na Europa e por esse motivo muito mais importante do que a plantação de alimentos para os donos dos Engenhos. Gabarito Coment. 7a Questão Entre 1500 e 1530 Portugal não demonstrou muito interesse pelo Brasil, a Carta de Caminha não mencionava a existência de ouro ou prata. Neste período, chamado de Pré Colonial, como eram as relações econômicas entre a metrópole e a colônia? o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo; a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas; a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal; o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno; a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana; Explicação: Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da Cunha: “todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo” (CUNHA, 1990: 92). “Em 1500, Caminha viu “gente” em Vera Cruz. Falava-se então de homens e mulheres. O escambo povoou a terra de “brasis” e “brasileiros”. Os engenhos distinguiram o “gentio” insubmisso do “índio” e do “negro da terra” que trabalhavam. [...] Pelo fim do século, estão consolidadas, na realidade, duas imagens de índios que só muito tenuamente se recobrem...” 8a Questão Após os contatos iniciais, os colonos portugueses acabaram fazendo uma distinção da população indígena em dois grandes grupos. São eles: Tupis e guaranis; Tupiguaranis e tapuias; Apaches e tupis. Guaranis e apaches; Aimorés e apaches; Explicação: O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. No outro grupo estavam os tapuias (palavra tupi que significa os ¿fugidos da aldeia¿, ou ¿aqueles de língua enrolada¿) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas. 1a Questão No momento da chegada dos portugueses ao território brasileiro estima-se que haviam cerca de 3,5 milhões de indígenas. Os Tupis ocupavam o litoral e tinham expulsado outros grupos indígenas para o interior. Dessa forma, manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os conquistadores europeus. Contudo, uma das maiores dificuldades e estranhamento dos portugueses em relação a organização dos indígenas residia: A sua culinária pouco diversificada baseada em peixes e raízes. Na ausência de uma hierarquia e estratificação social pois até mesmo o chefe da tribo caçava, pescava e roçava como os demais membros. A sua organização social fortemente hierarquizada e escravocrata. Na organização das tribos com grandes construções e estruturas de defesa e proteção. Na ausência de divisão do trabalho pois tanto os homens quanto as mulheres eram responsáveis pela agricultura e por caçar, pescar e guerrear. Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-guaranis. Para preparar o solo para a semeadura,os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara . A divisão que existia era a divisão sexual, não uma hierarquização da sociedade. Gabarito Coment. 2a Questão A colaboração dos indígenas com os europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida sob o nome de: conluio assimilação permuta servidão escambo Explicação: Escambo é a troca de produto por produto ou de produto por serviço, quando não há uma moeda ou instrumento monetário para a troca comercial. 3a Questão O primeiro grupo que os portugueses tiveram contato, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. São grupos deste troco linguístico os grupos apresentados abaixo, EXCETO: Tupinaê Nagôs Tupiniquins Tupinambás Guarani Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. Gabarito Coment. 4a Questão As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XVIII. Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita. Além disso, os índios reunidos nesses aldeamentos não eram escravizados, embora trabalhassem de forma sistemática. Eles viviam do cultivo da terra, se valendo de técnicas agrícolas ensinadas pelos religiosos. A descrição acima apresenta algumas características dos aldeamentos (também conhecidos como missões ou reduções). A principal função deste aldeamentos era: promover a incorporação da população indígena ao trabalho nas minas. promover a catequização da população indígena. promover a escravização da população indígena. promover a incorporação da população indígena ao trabalho na lavoura. promover a integração entre indígenas e portugueses. Explicação: Os aldeamentos, missões e reduções tinham como principal função a atuação junto à população indígena. Lá, os inativos eram mantidos livres, contudo, submetidos ao processo de catequese, ou seja, conversão à fé católica. 5a Questão Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Sobre este grupo podemos fazer as assertivas abaixo, EXCETO: Eram seminômades. Não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. Os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, como demonstra ao protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira Eram os grandes parceiros comerciais dos portugueses, capturando os demais índios para a escravidão. Explicação: Ao descrever os aimorés (um dos tantos povos classificados como tapuias), o português Gabriel Soares de Souza disse:“Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, e foram-se para umas serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, em que os puseram seus contrários, onde residiram muitos anos sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a perder a linguagem e fizeram outra nova que se não entende de nenhuma outra nação do gentio de todo este Estado do Brasil”Gabriel Soares de Souza, Tratado descritivo do Brasil, 1587, pp.78-79 Gabarito Coment. 6a Questão Cada navio que aportava no Brasil deixava uma leva de europeus. Sobreviviam os que se ¿casavam¿ com as índias, aceitos pelos nativos segundo a tradição de que deveriam oferecer ao visitante uma mulher da tribo. Numa época de guerras, era vantajosa a absorção dos estrangeiros, que se tornaram peças-chave em um esquema que abrangia, além do pau-brasil, o abastecimento das naus. Os europeus pagavam com facas e espelhos. Para os índios, os objetos de metal eram um enorme avanço e os espelhos, espantosos. Estes acreditavam levar tesouros; já, para aqueles, as árvores não valiam tanto assim. Essa relação entre indígenas e europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida como: Sesmarias Escambo Aldeamento Permuta Servidão Explicação: O período que se estende de 1500 a 1530 pode ser denominado de Pré-Colonial, pois, durante essas três décadas, o interesse português limitou-se à exploração do pau-brasil, principal produto de interesse na Europa, uma vez que era utilizado como corante vermelho e a madeira, para a construção de móveis e navios (FAUSTO, 2001, p.16-17). A extração do pau-brasil era monopólio da Coroa e a exploração era concedida a alguns arrendatários. Para a exploração, eram construídas feitorias, fortificações temporárias, que serviam para estocar a madeira. O trabalho era realizado pelos nativos em troca de utensílios como facas, espelhos e pequenos objetos sem valor, negociações que ficaram conhecidas como escambo. 7a Questão Canibalismo ritual, ou antropofagia era: Uma festa que se fazia quando o menino matava seu primeiro animal. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. A prática dos índios de comerem seus inimigos para chocar aos adversários. A comemoração por ter subjugado o inimigo, sendo uma forma de pilhéria. Uma invenção portuguesa para justificar o assassinato dos ameríndios. Explicação: Junto com a guerra, os tupinambás praticavam o canibalismo ritual que causou horror e curiosidade aos colonos portugueses. Baseado na cosmogonia tupinambá, o canibalismo era um ritual antropofágico, no qual o inimigo prisioneiro de guerra era (depois de uma iniciação), morto pela sociedade vitoriosa, e tinha suas partes distribuídas dentre os indivíduos do grupo vencedor. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. Gabarito Coment. 8a Questão Levando em conta as teorias apresentadas durante o curso, quantos e quais seriam os povos presentes na base da formação da identidade brasileira? Três povos, negros, brancos e Índios. Três povos, asiáticos, brancos e índios. Dois povos, índios e negros. Dois povos, brancos e índios. Dois povos, brancos e negros. Explicação: Não resta dúvida de que a colonização brasileira ocorreu com a junção dos portugueses, com os africanos escravizados e com os indígenas que já estavam aqui. 1a Questão Os habitantes do território brasileiro foram vítimas de um processo de genocídio ao longo da colonização portuguesa. O europeu, baseado em suas crenças e percepções de mundo, subestimou e tentou eliminar a cultura do outro. Ao analisarmos os dados fornecidos pelos viajantes dos séculos XVI e XVII,percebemos um significativo descréscimo da população. Os elementos que mais auxiliaram para que este genocício ocorresse podem ser associados aos seguintes fatores: I - ao emprego dos indígenas como trabalhadores nas lavouras. II - ao canibalismo e ao perfil cruel e sanguinários dos indígenas. III - às epidemias introduzidas pelos europeus. Apenas III está correta. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretos. Apenas I e III estão corretos. Apenas I e II estão corretos. Explicação: A população indígena sofreu um intenso processo de dizimação ao longo dos séculos. Dentre os fatores que podem ser associados a este processo estão a exploração da mão de obra indígena no trabalho dos campos e ainda, a disseminação de doenças desconhecidas pela população nativa. 2a Questão Segundo Pero Vaz de Caminha ao invés de acharem ouro e prata que sonharam nas américas acabaram por encontrar: Homens com armas poderosas o que gerou dificuldades em dominar o território Homens e mulheres pardos que não cobriam suas vergonhas Homens e mulheres brancas, mas queimadas de sol e que andavam com pequenas tangas. Homens e mulheres negras que viviam na Idade da Pedra Lascada Homens vestidos com penas que foram associados a deuses gregos Explicação: A inocência e a ausência de elementos fundamentais que – na perspectiva europeia – balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. 3a Questão Qual a função da catequese jesuítica no Brasil? Preservar a cultura indígena pois sua manutenção era essencial para o projeto de dominação da Metrópole. Convertê-los ao catolicismo para obrigar os colonos a trocar a mão de obra escrava indígena pela africana. Deseatabilizar a cultura indígena pois dessa forma terminariam as guerras entre as tribos elevando a quantidade de convertidos à religião católica. Adaptar os indígenas à escravidão. Coube principalmente aos jesuítas a conversão dos índios ao catolicismo e adaptá-los ao modelo de sociedade portuguesa. Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 4a Questão Manuela Cunha analisa as diversas percepções construídas pelo europeu sobre os índios, visões que se diferenciam de acordo com as relações estabelecidas. Escolha a opção que melhor defina a mudança dessas percepções. no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e era necessário escravizá-los para praticar o escambo; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena diminuiu e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas não aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena aumentou e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena aumentou e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e era necessário escravizá-los para a plantation; Explicação: A inocência e a ausência de elementos fundamentais que ¿ na perspectiva europeia ¿ balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem Quando passaram a escravizar os indígenas, passaram a descrever os mesmos de forma negativa por não aceitarem a escravidão. Gabarito Coment. 5a Questão "Não sepode contar nem compreender a multidão de bárbaro gentio que a natureza semeou por toda esta terra do Brasil. (...) Deus permitiu que fossem contrários uns dos outros, e que houvesse entre eles grandes ódios e discórdias, porque se assim não fosse os portugueses não poderiam viver na terra nem seria possível conquistar tanta gente. Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos deste índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das capitanias." (Pero de Magalhães Gandavo. "Tratado da Terra do Brasil". São Paulo: Obelisco, 1964) O relato de Gandavo sobre os índios e as suas relações com os portugueses no Brasil é do século XVI. Sobre essas relações é correto afirmar que I. os portugueses e os índios praticaram genocídio, uns em relação aos outros; II. a empresa colonizadora portuguesa teve, também, um caráter militar; III. os índios resistiram ao domínio português; IV. os índios não defenderam as suas terras situadas no litoral. Estão corretas: III e IV, somente. I e IV, somente. II e III, somente. I, II e IV, somente. I, II, III e IV. Explicação: Pelo contexto da conquista do território e pelo conhecimento acumulado do aluno, podemos perceber que a dominação territórial de Portugal na Colônia teve características militares e também queriam escravizar os indígenas, tanto que possuímos o exemplo da Confederação dos Tamoios como uma forma de resistência indígena. Gabarito Coment. 6a Questão Com relação às populações indígenas brasileiras, NÃO é correto afirmar: uma forma de resistência dos índios à presença do homem branco consistiu no seu contínuo deslocamento, para regiões cada vez mais pobres. ao longo do período colonial, em várias ocasiões os aimorés, tupis, xavantes, tupiniquins, tapuias e terenas uniram-se para enfrentar os invasores europeus. feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantados pelas nações indígenas, sendo que a farinha de mandioca tornou-se um alimento básico na Colônia. quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos Rios Paraná-Paraguai. para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada, técnica que seria posteriormente incorporada pelos colonizadores. Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. Tapuias No outro grupo estavam os tapuias (palavra tupi que significa os “fugidos da aldeia”, ou “aqueles de língua enrolada”) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas. Gabarito Coment. 7a Questão Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que: ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus; ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus; ele tinha razão, os índios não tinham deuses; ele estava errado, os ídios eram politeístas e suas religiões tinham alguns acpaectos xamãnicos. ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica; Explicação: Está questão está associada ao etnocentrismo europeu, em que observamos o mundo através de nossa própria cultura, logo, não sendo católico ou não tendo uma religião estruturada como a católica, a religião indígena não era vista como religião. 8a Questão Os Jesuítas tiveram participação destacada na relação com os povos indígenas. Qual foi esse papel? Foram responsáveis pela preservação da memória indígena, através da formação de institutos de memória escrita e oral. Tiveram fundamental importância na aculturação indígena pois era essa a única forma de protegê-los da escravidão e da implementação do projeto colonial no Brasil. Os Jesuítas, descontentes com a situação dos povos indígenas se destacaram como lideranças revoltosas a frente destes povos, contestando assim toda a ordem colonial. Tiveram fundamental importância na aculturação dos povos indígenas, ensinando lhes a língua, a religião bem como toda a moral do dominador europeu. Tiveram o papel de se integrar as comunidades indígenas, desempenhando tal papel com tanta profundidade que ao fim haviam se transferido para as aldeias e abandonando sua vida religiosa para adotar por inteiro a vida indígena. Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimentomais aprofundados dos povos indígenas. 1a Questão Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou: o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores. uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses. Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos nos engenhos de açúcar. Gabarito Coment. 2a Questão A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. à completa incapacidade dos índios para o trabalho. à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. Explicação: O aluno deverá demonstrar conhecimento do fato que o comércio africano beneficiava os mercadores portugueses, gerando muito lucro para a metropole. 3a Questão Explique por que a Coroa portuguesa só foi se preocupar, de fato, com suas terras americanas a partir de 1530. Porque em 1529 os portugueses acharam ouro na região do atual estado Minas Gerais; Porque com o início da União Ibérica a Espanha exigiu a ocupação do território brasileiro e a definição das fronteiras com as colônias espanholas; Porque era necessário acabar com a resistência dos índios que haviam se unido na Confederação dos Tamoios. Porque o rei português nomeou Tomé de Souza governador geral e este embarcou para o Brasil em 1530; Porque a partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias; Explicação: É importante o aluno demonstrar que entende que ocupar efetivamente o território passa a ser essencial para a continuidade do projeto colonizador português em suas terras coloniais. Gabarito Coment. 4a Questão O Termo "negros da terra" empregado na documentação oficial do seculo XVII fazia referência: Aos negros da Nigéria Aos negros advindos da África subsaariana. Aos aborígines australianos Aos índios aos muçulmanos Explicação: Essa era a forma como o português chamava o índio escravizado. Gabarito Coment. 5a Questão A ocupação do interior da colônia brasileira aconteceu irregularmente, conforme o desenvolvimento das atividades econômicas. Marque a opção certa a respeito das principais atividades empreendidas pelas BANDEIRAS: a busca de uma rota comercial para o Pacífico e garantir a liberdade dos indígenas, conforme a orientação dos jesuítas; a agricultura monocultora do café e o comércio com os espanhóis no Sul; a criação dos aldeamentos, a escravidão e o teatro. garantir a instalação de núcleos coloniais familiares e o estabelecimento de acordos de paz com os indígenas; a procura de metais preciosos e a escravização dos indígenas; Explicação: O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam ás expectativas criadas pelos colonos. Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistas da colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra indígena Gabarito Coment. 6a Questão Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa objetivaram tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. Explicação: O aluno deverá demonstrar que conhece o fato de a Coroa portuguesa não ter disponibilidade financeira para efetuar a colonização e por isso, ter deixado ao particular o ônus da colonização foi entregue aos particulares, através das Capitanias Hereditárias. 7a Questão No sul do país o processo de colonização foi mais tardio e demorado porque não existiam atrativos como a terra propícia ao cultivo da cana (na região Nordeste) ou o ouro e metais preciosos (na região das Minas Gerais). Em virtude disso, houve a opção prioritária pela seguinte forma de trabalho: mão-de-obra escrava indígena. mão-de-obra livre assalariada. mão-de-obra livre sob regime de parceria mão-de-obra escrava africana. mão-de-obra de cultivo familiar. Explicação: As colônias do sul do Brasil não eram tão atraentes para os portugueses. Por conta disso, o tráfico negreiro foi pouco expressivo e os habitantes da região optaram por utilizar os nativos praticandoo apresamento constante. Esta situação gerou, inclusive, conflitos com os jesuítas da região. 8a Questão "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente." (ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.) A assertiva que melhor explica a citação acima é: Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a dinâmica de funcionamento dos engenhos. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, analisa importância do trabalho escravo sendo isento em sua análise. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a importância do engenho para a economia colonial. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, mas não significa que valorize seu papel na sociedade. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, valorizando seu papel na sociedade. Explicação: O autor da passagem é o padre jesuíta Antonil. Embora explique a importância do escravo de origem africana no trabalhos dos engenhos, em nenhum momento reconhece a sua relevância social. Só o fato de legitimar a escravidão, mostra que não defende estes indivíduos. É significativo lembrar também que os religiosos defendiam os indígenas da escravidão, mas legitimavam o aprisionamento daqueles oriundos da África. 1a Questão "No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouverá a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo" (André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711). Analisando a citação acima é correto afirmar que: As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação era tema de críticas constantes dos jesuítas conforme esta feita por Antonil. As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação era naturalizada pela maioria das pessoas, que defendiam a prática. As condições de trabalho dos escravos não eram tão ruins, somente aqueles que causavam mais problemas eram punidos. As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação não era tema de críticas, exceção a esta feita por Antonil. As condições de trabalho dos escravos não eram tão ruins e a punição a eles era rara, usada apenas para exemplificar e evitar fugas. Explicação: As condições de trabalho nos engenhos eram bem precárias. Segundo consenso da época eles recebiam o pão, alimento necessário à sobrevivência; o pano, a vestimenta básica para o dia a dia e o pau, castigo físico em caso de fugas, desobediência e até sadismo. 2a Questão O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos: o dos capitães do mato e de prospecção; o dos capitães do mato e de caça ao índio; o de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. da caça ao índio e o de busca do ouro; o de expansão das fronteiras e de prospecção; Explicação: As Expedições O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam ás expectativas criadas pelos colonos. Escravidão indígena Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistas da colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra indígena (MONTEIRO: 1994, 59). Gabarito Coment. 3a Questão Monteiro (1994), em sua obra !Negros da terra", diz que todas as expedições dos bandeirantes tinham como características comuns: conseguiam muitos metais preciosos e retorno rápido para São Paulo contato com colonos de outras regiões e compra de escravos negros. nenhuma riqueza mineral e muita sabedoria o estabelecimento de uma relação amigável como todos os índios voltavam com muitos cativos e sem nenhuma riqueza mineral Explicação: De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. Gabarito Coment. 4a Questão Os indígenas trabalhavam para os europeus no início da colonização por produtos de pouco valor comercial, mas importantes para eles. Após certo período de colaboração, várias tribos deixaram de auxiliar o que gerou uma reação violenta por parte dos colonizadores. A afirmativa que melhor explica a mudança de atitude da população indígena em relação aos portugueses é: os indígenas perceberam que poderiam conseguir lucros significativos se cobrassem em moeda por seu trabalho. os indigenas resolveram, eles mesmos, transformar aquela matéria prima (madeira) em produto manufaturado (tecido tingido, navios) e vender para a Europa. os indígenas já estavam abastecidos daqueles produtos trazidos pelos europeus e não viam, portanto, necessidade de permanecer trabalhando. Sua concepção de trabalho está relacionado ao uso, não ao valor de venda. os indígenas perceberam os reais interesses dos europeus e deixaram de colaborar. os indígenas resolveram, eles mesmos, comercializar a madeira com outros europeus conseguindo enormes lucros. Explicação: Durante séculos os indígenas foram considerados ingênuos por trabalhar em troca de produtos considerados de pouco valor pelos europeus tais como: anzóis, facas, miçangas. Para os indígenas, contudo, estes produtos eram valiosos visto que não os conheciam. Desta forma, trocaram sua força de trabalho por eles até o ponto que era interessante. Abastecidos, deixaram de colaborar com os portugueses o que gerou reação violenta dos mesmos. A lógica indígena não era sustentada pelo valor mercantil do produto e sim, pelo valor de uso dos materiais. 5a Questão Em 1549 foi instituído o governo-geral na administração da América portuguesa, que significou: uma tentativa de terceirizar a administração uma tentativa de acabar com a guerra com os Nagôs uma tentativa de centralizar a administraçãouma tentativa de destruir o governo dos Tupi. uma tentativa de criar uma república no Brasil Explicação: A ineficiência do sistema de capitanias fez com que o rei português tentasse outra forma de administração. Foi instituído o governo-geral, uma tentativa de centralizar a administração da América portuguesa. Gabarito Coment. 6a Questão Na escravização indígena no sudeste do Brasil, os colonos tiveram um difícil adversário, os: Os espanhóis, que defendiam os limites dos territórios Os padres jesuítas Os ataques dos franceses, interessados nos indígenas As tropas de polícia portuguesa Os escravos negros Explicação: Como pode ser visto no conteúdo online da disciplina na aula 2. Além das sociedades indígenas, os maiores opositores das expedições foram os missionários e demais religiosos responsáveis pela evangelização dos índios. Embora os indígenas trabalhassem em condições muito ruins nas missões e aldeamentos, ali não havia o discurso nem a prática efetiva da escravização. Soma-se a isso, nessas organizações, os índios recebiam instruções religiosas para que se convertessem ao cristianismo e passassem a seguir um padrão europeu de vida e de relação com o trabalho. Nenhuma dessas preocupações pautou a organização das expedições nos séculos XVII e XVIII. Gabarito Coment. 7a Questão Sobre a escravidão indígena é CORRETO afirmar que: os índios só forma escravizados na América espanhola; dada à tradição de liberdade, a população indígena na América protuguesa nunca pode ser submetida à escravidão, optando-se, então, pela compra de negros da África; a partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa; o apresamento dos Guarani não pode ser considreado fator de ocupação do planalto paulista e da região Sul da América portuguesa. o início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos índios denominados "negros da terra" como mão-de-obra; Explicação: Por questões geomorfológicas (solo fértil e água abundante) e políticas, durante séculos XVI e XVII, a produção açucareira concentrou-se nas capitanias do nordeste da colônia, principalmente na Bahia de todos os santos e em Pernambuco. Nos primeiros anos da produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte significativa da mão-de-obra escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre os anos de 1540 e 1570 marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos. 8a Questão Fruto de uma importante discussão teológica em 1570 a Coroa Portuguesa: Proibiu a escravização dos gentios Impôs a obrigatoriedade de todos os indígenas cumprirem jornada de trabalho compulsório Criava o sistema assalariado para o trabalho dos indígenas Impôs um registro de escravos indígenas, limitando o número por propriedades Criou a proibição de escravização de escravos negros Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos nos engenhos de açúcar. 1a Questão Sobre a relação das populações indígenas com os povos europeus que aqui chegavam, pode-se dizer: Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater todo e qualquer invasor. Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater os colonizadores (portugueses) buscando alianças com outros povos europeus (franceses), que rivalizavam com seu dominador. Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos a uma união homogênea que visava se aliar somente aos colonizadores (portugueses) e combater qualquer outro povo invasor. Que muitos embates ocorreram com algumas tribos se aliando aos colonizadores (portugueses), outras a comerciantes e possíveis conquistadores (franceses) e algumas que se recusaram a fazer alianças com qualquer um dos dois lados. Que não hove embates e as realções estabelecidas com francese e portugueses eram totalmente pacíficas e baseadas no escambo. Explicação: Exemplo de aliança Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Exemplo de resistência Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Gabarito Coment. 2a Questão A utilização do trabalho escravo foi uma das principais características da colonização portuguesa na América. Diante dessa afirmação, analise as opções abaixo e assinale a correta. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho indígena. O índio jamais foi escravizado na América Portuguesa. Nas primeiras décadas da colonização, a escravidão do índio foi fundamental para a consolidação da empresa mercantil na América Portuguesa. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho do negro africano. A colonização portuguesa teve a sua estrutura produtiva baseada na escravização das mulheres. Explicação: O aluno deverá demonstrar saber que o trabalho escravo do índio e do africano ocorreram durante a história do Brasil, demonstrando também saber que apesar de o trabalho africano ter sido preponderante, ele coexistiu com o trabalho escravo indígena. Gabarito Coment. 3a Questão Os colonos que rumaram para outras capitanias, sobretudo aquelas localizadas ao sul da colônia, não respeitaram a lei de rei D. Filipe II. Se para a Coroa portuguesa e para os missionários jesuítas os índios passaram a ser vistos como gentios (ou seja, eram passíveis de salvação), para os colonos que viviam nas capitanias de São Tomé e São Vicente os grupos autóctones rapidamente passaram a ser vistos como negros da terra. Nessas localidades, os indígenas foram: Libertos e fugiram voltando para suas antigas tribos com medo de que novos ataques viessem. Escravizados pelos franceses , que dominaram o espaçopaulista, e não se viam obrigados a cumprir as ordens de El Rei. Escravizados sistematicamente e serviram de mão de obra fundamental na expansão levada a cabo pelos colonos paulistas. Escravizados pelos Jesuítas, cativos nas missões, queriam obriga-los a se converterem como era a ordem da coroa. Libertos pois os negros brasileiros mostravam mais eficiência no trabalho cotidiano que os indígenas, preguiçosos. Explicação: No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. 4a Questão Sobre a escravidão indígena sabemos que: tornou possível a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura cafeeira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; impediu a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. impediu a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; Explicação: Nos primeiros anos da produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte significativa da mão- de-obra escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre os anos de 1540 e 1570 marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos Gabarito Coment. 5a Questão Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque: os religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos queriam escravizá-los; os colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham; os religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos capitães donatários; os colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos; os colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões. Explicação: Além das sociedades indígenas, os maiores opositores das expedições foram os missionários e demais religiosos responsáveis pela evangelização dos índios. Embora os indígenas trabalhassem em condições muito ruins nas missões e aldeamentos, ali não havia o discurso nem a prática efetiva da escravização. Soma-se a isso, nessas organizações, os índios recebiam instruções religiosas para que se convertessem ao cristianismo e passassem a seguir um padrão europeu de vida e de relação com o trabalho. Nenhuma dessas preocupações pautou a organização das expedições nos séculos XVII e XVIII. Centenas de aldeias foram destruídas, e milhares de índios foram reduzidos ao cativeiro. Segundo Monteiro, o padre Montoya afirmava que as expedições haviam destruído 11 missões, o que significava o apresamento de praticamente 50 mil índios. Ao descrever as expedições no Rio de Janeiro, o padre Lourenço de Mendonça apontou quem 60 mil guaranis foram escravizados e levados para São Paulo (MONTEIRO: 1994, 73-74). Tais índios eram utilizados, sobretudo, na reposição da força de trabalho da região sendo poucos os que seguiam para as lavouras de cana. Gabarito Coment. 6a Questão A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição. A primeira medida da coroa foi a criação de: Monarquias locais Governos ameríndios Sesmarias Governo Geral Capitanias hereditárias Explicação: A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição. Cada uma dessas capitanias seria doada pelo rei a um nobre português (chamado de donatário) que deveria construir vilas, arrecadar impostos e, principalmente, redistribuir a terra para quem pudesse cultivá-la. No entanto, muitos donatários não cumpriram suas obrigações, sendo que alguns chegaram a nunca colocar seus pés em terras brasileiras. Gabarito Coment. 7a Questão Apesar da lei de 1570 proibir a escravização indígena, fora das principais colônias de produção de açúcar, em que o governo controlava mais, nas demais províncias a escravização: Foi reduzida pois o discurso cristão proibia de escravizar os indígenas, sendo todos os antigos cativos enviados para as missões para serem salvos. Se manteve em altos índices na região das Minas Gerais por conta da exploração de ouro e Prata. Foi reduzida, uma vez que o governo lentamente foi aumentando a fiscalização Se manteve em altos índices, como vemos, por exemplo, em São Paulo e Maranhão Acabou, pois os proprietários obedeceram a lei Explicação: No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. 8a Questão "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam." (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela: que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena.
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