financiamento do SUS

Prévia do material em texto

Noemi B Andrade1
FINANCIAMENTO DOS SUS
TUTORIA- PROBLEMA 3
1-Descrever o financiamento do SUS e seu controle, repasse e fiscalização de recursos
O financiamento do SUS começou com no Art195 (e outros da constituição)
Para que fosse possível atender ao conceito de seguridade social, o que significa ampliação da rede de proteção social por meio de políticas públicas para a saúde, assistência social e previdência, houve a ampliação na base de financiamento, incluindo impostos e contribuições específicas como fonte de recursos.
PRINCIPAIS LEIS PARA O FINANCIAMENTO DO SUS:
Constituição cap. Seguridade social
Art.192. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
O orçamento do sus vem da seguridade social
Lei 8080 Art. 198 Aplicação mínima anual em ações e serviços públicos de saúde.
- UNIÃO: no mínimo 5% da Receita corrente liquida do respectivo exercício financeiro
-ESTADO E DF: % Definido em lei complementar / Receita dos impostos estaduais + transf da união – repasse municipal ( ITCD, ICMS, IPVA) NORMALMENTE 12%
-MUNICÍPIOS E DF: % Definido em lei complementar 15%
Receita dos impostos municipais + Tranf dos estados e União
PS: constituição só traz o valor mínimo da união e não dos estados e municípios, quem fará o deles será uma lei complementar.
Lei 8142 Com a aprovação da Lei n.º 8.142, em dezembro de 1990, lei que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e das transferências intragovernamentais de recursos financeiros na área da Saúde, não se recuperou os artigos vetados na n.º Lei 8.080/90.
CPMF (DRU) Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira foi um tributo brasileiro. Sua esfera de aplicação foi federal e foi aplicada de 1997 a 2007.
EMENDA CONSTITUCIONAL 29 Grande marco
A aprovação da Emenda Constitucional nº 29, em 2000, representou uma importante conquista da sociedade para a construção do SUS, pois estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do SUS, além de regulamentar a progressividade do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de reforçar o papel do controle e fiscalização dos Conselhos de Saúde e de prever sanções para o caso de descumprimento dos limites mínimos de aplicação em saúde.
Lei 141. de regulamentação da emenda constitucional 29
Uma das principais conquistas da Lei Complementar nº 141/2012 foi detalhar quais despesas são consideradas gastos com saúde. São despesas com ações e serviços aquelas voltadas para promoção, proteção e recuperação da saúde que seja de acesso UNIVERSAL, IGUALITÁRIO E GRATUITO. As despesas com ações e serviços públicos de saúde, realizadas pelos entes federativos (União, estados, DF e municípios), deverão ser financiadas com recursos MOVIMENTADOS por meio dos respectivos FUNDOS de SAÚDE.
Algumas aplicações de recursos: - Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; - Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; - Capacitação do pessoal de saúde do SUS; - Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; Saneamento básico....
Apesar dos avanços com a EC29 e LEI 141 o financiamento ainda é ponto de lutas constantes, a mais recente movimentação por parte da sociedade trata-se do MOVIMENTO SAÚDE MAIS 10, que tem enquanto alterar a lei 141/2012, incluindo a viculação de 10% da receita Corrente Bruta da União (RCBU) para a saúde, pois houve uma redução do financiamento por parte da União à política de saúde 
A lei reafirma a questão do Fundo de saúde e agora como unidade orçamentária e unidade gestora;
Para transferências regular e automática de recursos intergovenamentais no âmbito do SUS(inclusive dos Estados para o Município) deve ser por meio de FUNDO-A-FUNDO
PORTANTO, A COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO DO SUS ACONTECE EM CADA FUNDO DE SAÚDE DA SEGUINTE FORMA:
PACTO PELA GESTÃO
Diretrizes para a gestão:
-Descentralização; Regionalização; Financiamento; Regulação, Participação e Controle social; Programa Pactuada e Integrada; Gestão do trabalho e Educação na saúde
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social.
As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também foram modificadas pelo Pacto pela Saúde, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de financiamento (Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS), substituindo, assim, as mais de cem "caixinhas" que eram utilizadas para essa finalidade.
 BLOCOS Atenção básica, gestão do sus, assistência farmacêutica, média e alta complexidade, vigilância em saúde e investimento.
Antes existia várias portarias, cada uma dando regramento para cada componente dos recursos e agora com a portaria 3992/2017, tem uma portaria que englobou todas essa legislação. 
Antes eram 6 blocos, agora são somente 2, sendo o bloco de custeio das ações de serviços de saúde e o bloco de investimento na área da saúde. Agora são grupos dentro desses dois blocos.
FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA 
A ATENÇÃO PRIMÁRIAÉ DE RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO, MAS O SEU FINANCIAMENTO É TRIPARTITE (FNS, FES e FMS)
No governo Federal o financiamento ocorre por meio do bloco da atenção primária e em parte no bloco de investimento;
O fundo nacional de saúde abre uma conta específica para este financiamento em nome do fundo Municipal de saúde;
Estes recursos devem ser gastos em ações e serviços de saúde da Atenção primária de acordo com o que esta na RENASES( é uma lista contendo as ações e serviços de saúde disponível a população, seguindo as diretrizes e princípios do SUS/ Eplano municipal de saúde) 
O VALOR DO FINANCIAMENTO É COMPOSTO POR ALGUNS CRITÉRIOS:
Recurso per capita; teto fixo, pega o valor x por habitante e multiplica pela qtd
Recursos para projetos específicos (variável) , tais como os recursos da compensação das especificidades regionais (CER), do programa de requalificação das Unidades Básicas de saúde, recurso de investimento/estrutura e recurso de estruturação na implantação;
Recurso de investimento;
Recurso que estão condicionados à implantação de estratégias e programas prioritários, tais como os recursos específicos para os municípios que implantarem as Equipes de Saúde da Familia, as Equipe bucal, de Agente comunitários, dos Nucluo de apoio, consultório na rua, Programa saúde na escola
Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade, tal como o do programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) 
O BLOCO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA FOI DIVIDIDO EM 2 SUB-BLOCOS, O PISO DA ATENÇÃO BÁSICA FIXO E O PISO DA ATENÇÃO BÁSICA 
PISO DA ATENÇÃO BÁSICA FIXO: Valor transferido com base na população: portaria 1409, onde de acordo com o grupo a qual pertence o município os valores estão entre R$ 28,00 a 23,00 ano por habitante; PORTARIA 1602, Apresenta critérios para a distribuição dos municípios em 4 faixas, de acordo com os seguintes indicadores: PIB per capita, Percentual da população com plano de saúde, percentual da população com bolsa família, percentual da população em extrema pobreza e densidade demográfica
PISO DA ATENÇÃO BÁSICA VARIÁVEL:
I-saude da família; II-agente comunitários; III-saude bucal; V-incentivo a saúde ....
Lei 9870/2012, que reduz ematé 50% do repasse para a saúde nos municípios, inclusive os recursos p Atenção primária
Lembrando que todos os recursos repassado devem ser prestados contas por meio do relatório de Gestão aos conselhos de saúde e ao tribunal de contas