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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – AD2 
Período - 2019/1º 
Disciplina: Turismo e Sociedade 
Coordenadora: Andreia Pereira de Macedo 
Aluno (a): _____________________________________________ 
Matrícula:_____________ 
Tendo como referência o artigo intitulado “Política de ordenamento do espaço para o 
turismo e segregação social na praia de Jacumã (PB)” (ver Anexo AD2 de Turismo e 
Sociedade), responda as questões a seguir articulando a reflexão realizada pelos 
autores do artigo com temas abordados nas aulas 12, 14, 15 e 16, como práticas de 
lazer e lazer turístico, políticas públicas de lazer e espaço e sociedade. 
 
Questão 1 (valor: 5,0 pontos): 
O artigo considera que os espaços turísticos são organizados a partir de mecanismos de 
separação e diferenciação social que resultam na adoção de estratégias de controle dos 
fluxos e acessos aos lugares turísticos. Aponte os fatores que caracterizam a disputa 
pelo uso do espaço da praia de Jacumã (PB) como opção de lazer e turismo por parte de 
grupos/segmentos sociais distintos. 
Mínimo de 20 linhas. 
 
Por se tratar de referência da prática de excursionismos em massa a praia de Jacumã 
(PB) se tornou destaque no lazer. Entretanto, com base em compreender que o turismo 
é a atividade que gera desenvolvimento econômico local, os governantes decidiram 
criar ações para segundo eles minimizar impactos negativos na localidade, uma dessas 
ações resume-se na cobrança de taxas para entrada de excursionistas na praia de 
Jacumã. 
A população local e veranista viu a medida tomada pelo governo como modo de 
segregação e exclusão, visto que a medida só inclui os excursionistas que se trata de 
um segmento de lazer popular, ou seja, para classes desfavorecidas 
socioeconomicamente, se tratando também de proporcionar grande movimento de 
pessoas, o que favorece os pequenos comerciantes do local. 
Os grandes comerciantes, donos de hotéis, pousadas, bares e restaurantes, são 
favoráveis a cobrança da taxa, pois justificam-se atribuindo as problemáticas 
ambientais aos excursionistas. 
O autor cita como exemplo mediador da disputa pelo espaço da praia de Jacumã (PB), 
a medida de reorganização de fluxo realizada por Cabo Frio (RJ), que não 
necessariamente partiu da cobrança de taxas excludentes ao acesso dos excursionistas 
a cidade, mas sim a uma reestruturação de padrão na infraestrutura básica de serviços 
oferecidos na região, modificando o meio físico e revigorando o turismo do local sem 
gerar uma visão negativa nos moradores ou veranistas do local. Diferente de Jacumã, 
que o poder público esta focado em diminuir o fluxo de excursionistas, sem analisar a 
infraestrutura do local para atrair de maneira compensatória outro público que 
continue fomentando a atividade turística na localidade ou até mesmo investindo os 
valores de arrecadação em taxas, para melhorar a infraestrutura para os próprios 
excursionistas que são cobrados, gerando assim um ciclo de custo benefício aos 
visitantes. 
 
 
 
Questão 2 (valor: 5,0 pontos): 
Considerando as políticas adotadas pela administração do município de Conde, Litoral 
Sul da Paraíba, para a mediação dos conflitos produzidos pela presença de visitantes 
pertencentes às camadas mais pobres (“excursionistas” considerados pejorativamente 
como “farofeiros”), notadamente na praia de Jacumã, comente as ações e intervenções 
que procuram legitimar a exclusão das camadas populares do cenário turístico local. 
Mínimo de 20 linhas. 
 
 
“O primeiro, expresso no discurso discriminatório presente na formulação da política 
de turismo que associa a degradação ambiental aos “farofeiros”, já que eles são 
apontados pela falta de modos e respeito por fazerem de cozinha, dormitório e 
banheiro os espaços da praia e do mar; são poluidores pela produção de barulho, pela 
sensação de invasão na praia causando “feiúra’’ e deselegância; e são considerados 
uma praga que espanta a boa clientela em função da sua condição socioeconômica 
que não permite a utilização dos empreendimentos turísticos locais (MACEDO; 
FIGUEIREDO, 1986 apud BRUHNS, 2000). Enquanto que os turistas excursionistas 
são vistos como pessoas de boa educação e comportadas por pertencerem aos 
segmentos sociais mais elevados. O segundo, pela privatização do uso do meio 
ambiente comum – a praia: água, ar, sol, vento, etc. – expressa na cobrança de taxa de 
turismo. A desigualdade de acesso aos recursos naturais é apontada como um dos 
principais fatores de injustiça ambiental, pois representa a apropriação desigual da 
natureza tanto na esfera da produção como no consumo (ACSELRAD, MELLO; 
BEZERRA, 2009). Na praia de Jacumã essa injustiça é justificada pelos critérios de 
classificação – estereótipos baseado em padrões de consumo – existentes em torno dos 
segmentos excursionistas. E o terceiro diz respeito ao disciplinamento desigual, na 
medida em que as regras acabaram por afetar os públicos sócios economicamente 
menos favorecidos, ou seja, os excursionistas populares, e os grupos sócios 
politicamente menos organizados, isto é, os pequenos comerciantes locais. Dessa 
forma, o racismo ambiental é vislumbrado na política que, proporcionando efeitos 
diferenciados sobre os grupos, promove a discriminação e exclusão socioespacial dos 
mais pobres, em atendimento às exigências dos mais ricos.” 
BOA AVALIAÇÃO!

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