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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Movimentos Retilíneos Laboratório 1 – FIS213 Itajubá 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Carlos Bueno - 2016014548 Reuder Marcos - 2016006896 Yuri Henrique - 2016011770 Movimentos Retilíneos Relatório referente ao primeiro laboratório de Física Experimental – FIS213 Professora: Carla Patricia Lacerda Rubinger Itajubá 2016 Resumo: No relatório a seguir apresentamos os resultados obtidos do primeiro laboratório de física e as conclusões que chegamos a respeito dos tipos de Movimentos. Nosso objetivo foi atingido e nossas dúvidas foram sanadas. Os resultados foram mostrados em formas de fórmulas e tabelas apresentadas no decorrer deste trabalho. Palavras-chave: Movimento, MRU, MUV SUMÁRIO 1 Introdução 1 2 Metodologia 3 2.1 Material 3 2.2 Equipamentos e Método 4 3 Análise de dados 5 3.1 Experimento I – Plano nivelado 5 3.2 Experimento II – Plano inclinado 7 4 Conclusões 10 5 Bibliografia 10 Introdução O estudo de movimento retilíneo foi idealizado por Galileu e é a base da cinemática. Por se tratar de um deslocamento unidimensional ele é uma das formas mais simples de movimento e relaciona grandezas como velocidade, tempo, deslocamento e aceleração em suas equações. Esse movimento pode ser divido em uniforme, que possui velocidade constante e também em uniformemente variado, que nesse caso o que é constante é a aceleração do objeto. Para ambos, a equação geral de velocidade média em um determinado intervalo (1) é válida: (1) Em que, é o deslocamento e a variação de tempo. No movimento retilíneo uniforme (MRU) as forças atuantes sobre o corpo estudado é nula e pela Primeira Lei de Newton tem se que a velocidade é constante. Deste modo, para obter essa condição é necessário que não haja forças dissipativas, como o atrito. Experimentalmente, isso é possível utilizando um trilho de ar, que elimina o atrito entre o objeto em movimento e a superfície onde ele se locomove. A partir da equação geral, obtém a equação da posição do objeto em MRU, dada abaixo: (2) Sendo, a posição final do objeto e a inicial. No caso do movimento uniformemente variado (MUV) a velocidade varia linearmente devido a aceleração que age sobre o objeto. Experimentalmente, usa-se o trilho de ar inclinado, para excluir o atrito e também para obter a aceleração constante. A inclinação é conseguida colocando um calço com altura conhecida embaixo de um dos apoios do trilho. A fórmula de aceleração média é dada por: (3) Outras formas de calcular a aceleração é utilizando as seguintes fórmulas (4) Em que, é p valor da gravidade 9,8m/s, a altura do calço de madeira colocado sob os apoio unitário do trilho de ar para criar o plano inclinado; e a distância entre os apoios do trilho. As equações que expressam o MUV são dadas abaixo. (5) (6) E também a Equação de Torricelli, que independe do tempo: (7) Sabendo da importância do movimento retilíneo para entender trajetórias mais complexas, o primeiro laboratório da disciplina tem como objetivo mostrar experimentalmente o que a teoria afirma sobre deslocamentos com e sem velocidade constante, através de testes em um carrinho sobre um trilho de ar. Sendo assim, o presente relatório registra por meio de descrição, tabelas e gráficos os experimentos e dados obtidos no primeiro laboratório de Física Experimental da Universidade Federal de Itajubá sobre Movimentos Retilíneos. Metodologia Os materiais e métodos são apresentados neste capitulo resumidamente em três etapas, a primeira descreve o material utilizado no experimento, a segunda apresenta os equipamentos para a produção das soldas e, por fim, a terceira parte demostra o planejamento experimental desenvolvido, para avaliação da influência dos parâmetros de processo de solda. Material Trilho de ar metálico de 2 metros de comprimento e pés ajustáveis; Compressor de ar; Carrinho metálico para deslizar sobre o trilho; 5 Sensores Fotoelétricos com suporte; Cronômetro Digital – Multifuncional: Marca: Cidepe; Modelo: EQ228A; Faixa Dinâmica: {0...99,99995} s; Precisão: 50µs; Paquímetro (Kingtools – Graduação: 0,02mm); Calço de madeira. Figura 1 - Bancada de testes Equipamentos e Método Antes de iniciar o experimento, foi preciso ajustar os sensores ópticos sobre o trilho. Esse ajuste foi feito levando em consideração a posição do carrinho ao passar por ele. Isso foi feito com o auxilio da graduação que estava no trilho de ar, para que a posição fosse mais precisa. O primeiro sensor ficou na posição 20, o outro 60, 100, 140 e o último na posição de 180 cm. Tendo assim, 40 cm de distância entre cada sensor. Experimento I Para que o experimento tivesse condições necessárias para reproduzir o movimento retilíneo uniforme, foi necessário nivelar o trilho de ar. Para isso, o carrinho foi retirado do trilho e o compressor de ar foi ligado. Depois o carrinho foi colocado no centro do trilho, de modo que se o mesmo se movimentasse em qualquer direção significaria que o trilho não estava nivelado. Deste modo, nivelou-se o trilho ajustando os parafusos presentes nos pés de suporte até o carrinho ficasse completamente parado. Em seguida, o cronômetro foi configurado, seguindo as instruções contidas no roteiro, a fim de registrar os intervalos de tempo da passagem do carrinho por cada sensor. Feitos os ajustes, iniciou-se o experimento: Colocou-se o carrinho no início do trilho, onde havia um elástico que foi utilizado para impulsioná-lo ao longo de sua trajetória. Ao passar pelos sensores, o cronômetro registrou o exato momento da sua passagem. Repetiu-se o mesmo processo outras três vezes, sempre anotando os tempos medidos pelo cronômetro na tabela de dados. Experimento II Antes de iniciar o segundo experimento, mediu-se o menor lado do calço de madeira com o paquímetro (essa medida foi chamada de “h”) e a distância entre os apoios do trilho de ar (chamada de “L”). Colocou-se então o calço de madeira embaixo do pé unitário do trilho, de modo que o mesmo inclinasse na altura h. Dando início à segunda parte do experimento, o carrinho foi largado do alto do trilho, dessa vez sem impulso, passando novamente pelos sensores e registrando os intervalos de tempo apontados pelo cronômetro na tabela de dados. Repetiu-se o mesmo processo outras três vezes. Análise de dados Esse capítulo traz consigo os resultados obtidos nos dois experimentos e também uma pequena discussão entre eles e a revisão bibliográfica. A posição dos sensores é mostrada na tabela 1. O erro da medida é o mesmo sugerido no roteiro. Posição dos sensores Sensor Posição (cm) Erro (mm) 0 20 3,00 1 60 3,00 2 100 3,00 3 140 3,00 4 180 3,00 Tabela 1- Posição dos sensores Experimento I – Plano nivelado Foram realizados quatro testes e as medidas de tempo com o plano nivelado estão presentes na tabela 2. O cronometro iniciou a contagem quando o carrinho passou pelo sensor 0 e os dados mostrados na tabela são os tempos em segundos em que o carrinho passou pelos outros sensores. Experimento I (Plano nivelado) Posição(mm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) ₸ 200 3 0 0 0 0 0 0 600 3 00,61945 00,50850 00,53900 00,50365 00,54835 00,54379 1000 3 01,25060 01,02585 01,08845 01,01495 01,10525 01,09702 1400 3 01,87710 01,53945 01,63290 01,52095 01,65645 01,64537 1800 3 02,50970 02,05975 02,18420 02,03350 02,21365 02,20016 Tabela 2 - Relação entre posição e tempo do experimento com o plano nivelado. Com os dados da tabela anterior e com o auxilio do programa SciDAVIs foi plotado o gráfico Posição X Tempo mostrado abaixo: Figura 2 – Gráfico: Posição X Tempo do experimento I. Analisando o gráfico acima, percebe-se que ele é linear e sua função é da forma . Fazendo um paralelo coma teoria estudada é possível dizer que o movimento realizado pelo carrinho no primeiro experimento é retilíneo uniforme e sua posição segue a equação (2). Para confirmar que o carrinho possuía velocidade constante como é mostrado no gráfico foi calculado na tabela 3 a variação de posição e tempo entre um sensor e outro e também a velocidade entre eles. Diferença de posição e tempo médio entre os sensores Posição (cm) Δx (cm) Δt médio (s) V (cm/s) 20,00 0 0 0 60,00 40,00 00,54379 73,55781 100,00 40,00 00,55323 72,30266 140,00 40,00 00,54835 72,94611 180,00 40,00 00,55479 72,09935 Tabela 3 – Variação da posição e do tempo de cada sensor e a velocidade média do primeiro experimento I. Com base na teoria e analisando o gráfico e a tabela 3 percebe-se que o experimento I foi realizado com o carrinho mantendo velocidade constante. Experimento II – Plano inclinado Utilizando as mesmas posições dos sensores descrita na Tabela 1 o experimento com o trilho de ar inclinado foi realizado. A contagem do cronometro se deu da mesma forma do primeiro experimento e os valores estão presentes na Tabela 4. Experimento II (Plano inclinado) Posição(mm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) ₸ 200 3 0 0 0 0 0 0 600 3 01,29250 01,28325 01,28935 01,28180 01,29935 01,34925 1000 3 02,05660 02,04410 02,04900 02,04020 02,05365 02,04851 1400 3 02,63450 02,62010 02,62330 02,61445 02,62980 02,62443 1800 3 03,13555 03,11010 03,12135 03,11196 03,12880 03,12155 Tabela 4- Relação entre posição e tempo do experimento com o plano inclinado. Comparando os valores dessa tabela com os obtidos no primeiro experimento percebe-se que o tempo em que o carrinho percorreu a mesma distância foi maior. Com os dados dessa tabela foi plotado o gráfico do movimento que está mostrado abaixo. Figura 3 – Gráfico: Posição X Tempo - Experimento II. Comparando esse gráfico com a teoria percebe-se que experimento II foi realizado com a velocidade variando uniformemente e seu movimento é descrito pela equação (6) como movimento uniformemente variado. Os valores referentes as velocidades em cada instante de tempo estão presentes na tabela Diferença de posição e tempo médio entre os sensores Posição(cm) Δx (cm) Δt médio (s) V(cm/s) 20,00 0 0 0 60,00 40,00 01,34925 29,64609 100,00 40,00 00,69916 57,21151 140,00 40,00 00,58129 68,81246 180,00 40,00 0,49712 80,46346 Tabela 5 - Variação da posição e do tempo de cada sensor e a velocidade média do experimento II. A aceleração do movimento pode ser obtida através do programa SciDAVIs como mostra na figura abaixo: Figura 3- Ajuste no SciDAVIs A equação usada no programafaz referência a equação de posição. Nesse caso, o termo na primeira equação é a aceleração divida por 2 na segunda. Logo, a aceleração obtida com base no gráfico é que tem o valor aproximadamente de 22,056 cm/s². Outra forma de calcular essa aceleração é pelas fórmulas (4): Sendo, a altura do calço de madeira colocado sob o apoio unitário do trilho de ar para criar o plano inclinado; e a distância entre os apoios do trilho; o valor da gravidade. Conclusões Notamos que na primeira parte do experimento, no qual o trilho estava nivelado, observou-se o Movimento Retilíneo e Uniforme (M.R.U.) e na segunda parte, no qual o trilho estava inclinado com o calço de madeira, observamos o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.), devido a atuação da aceleração no movimento do objeto. Notamos também, que quando realizamos muitas vezes em um experimento, podemos nos deparar com resultados discrepantes que podem afetar todo o procedimento, nem tudo aquilo que se espera obter na teoria ocorre realmente, devido aos erros observacionais, sistemáticos e estatísticos. Sendo assim, nosso gráfico de M.R.U.V constituiu uma parábola, porém com o ajuste linear formou-se uma reta. Bibliografia Roteiro do laboratório, MOVIMENTOS RETILINEOS FREEDMAN, R. A.; YOUNG, H. D. Física 1: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Pearson (Addison Wesley), 2008.