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Biossegurança: Riscos e Princípios

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Camila De Castro Mendes
PROPEDÊUTICA
BIOSSEGURANÇA
- Biossegurança:
Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.
- Quais os riscos?
Químicos: Substâncias que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. Ex: Mercúrio.
Físicos: A radioatividade do raio-x, luz inadequada, barulho da caneta de alta rotação.
Ergonômicos – Posição do corpo. A posição correta é de 90°.
Biológicos - Os agentes de risco biológico são formados pelos fungos, parasitas, bactérias, vírus, entre outros. ·.
RISCOS BIOLÓGICOS
VIAS DE EXPOSIÇÃO:
Inoculação – por material cortante
Pele não-integra – Corte sem ser no local de entrada
Ingestão – Por comida e bebida
Inalação – Aerossol
Mucosa – Necessidade de proteção ocular
HISTÓRICO
Antigamente – Os povos antigos acreditavam em causas religiosas e metafísicas para a doença infecciosa.
Hipócrates (460 – 370a.C) – Recomendava a limpeza das mãos e unhas com água fervente e a limpeza das feridas com vinho e vinagre.
Louis Pasteur (1822 – 1895a.C) mostrou que para cada infecção temos um tipo de microrganismo, o que foi chamado de TEORIA MICROBIANA das doenças.
Oswaldo Cruz – Em 1904 e 1907 tornou obrigada a vacinação contra varíola. Hoje é considerado o patrono da Saúde pública brasileira. 
Após a segunda guerra mundial – Surgimento do CDCP (Centro de controle e prevenção de Doenças – EUA). Na década de 90 o CDCP introduziu o conceito de PRECAUÇÃO UNIVERSAL.
Precaução universal: Precaução contra sangue e outros fluidos corporais de forma consistente no atendimento de todos os pacientes. 
No entanto, posteriormente o termo “PRECAUÇÃO UNIVERSAL” foi alterado para “PRECAUÇÃO PADRÃO”. 
Precaução padrão: Prevenção de exposição e transmissão, não apenas dos agentes patogênicos encontrados em ambiente e materiais usados na odontologia.
BRASIL – 1964.
SURGIMENTO DA BIOSSEGURANÇA.
1984 – Primeiro Workshop de Biossegurança (Biossegurança em laboratórios) – Fiocruz
1986 - Primeiro levantamento de riscos em laboratório na Fiocruz – INQS
1995 – LEI BRASILEIRA DE BIOSSEGURANÇA (LEI 8974/95)
Década de 80 – Época da alta prevalência de AIDS. 
DOENÇAS INFECCIOSAS POSSÍVEIS DE TRANSMISSÃO DURANTE A PRÁTICA ODONTOLÓGICA.
AIDS 
Gonorreia – importante usar óculos protetor, porque se respingar saliva no olho de um paciente com gonorreia, corre o risco de ter CONJUNTIVITE
Sífilis 
Rubéola - Tem vacina. Transmissão oral por secreções orais
Tuberculose – Transmissão por secreção nasorais
Gripe – Tem vacina. Transmissão naso-oral
Herpes – Pacientes que estão com a lesão de herpes não podem ser atendidos, apenas quando não estiver. 
Hepatites viróticas – Hepatite A (água e alimentos com fezes), tem VACINA contra. Hepatite B e C. A hepatite B é transmissível pela saliva e pelo sangue e a C apenas pelo sangue. 
Sarampo 
Caxumba/papeira/parotidite – Acomete a glândula parótida. Não pode ser atendido.
Difteria – Doenças respiratórias que tem vacinas e a transmissão são por secreções naso-orais. 
TERMINOLOGIA
Limpeza – Ação mecânica de sujidade (Água + Sabão + Escova). 
Desinfecção – Eliminação de microrganismos frágeis (vegetativos). Ex: Álcool, hipoclorito, água quente.
Esterilização – Eliminação de TODOS os microrganismos, inclusive os mais resistentes. Ex: Autoclave. Existe esterilização com líquidos.
Antissepsia – É desinfecção em superfície viva. Ex: Passar IODO na pele. 
Assepsia – É desinfecção em superfícies inanimadas. Ex: Bancadas, mesas, etc.
Fômite – Qualquer objeto que possa carregar o microrganismo para outra pessoa com exceção de alimentos e bebidas. 
Infecção – Entrada do microrganismo no corpo
Inflamação – Células de defesa do microrganismo que está no corpo. Sinais: Dor, rugor, calor, edema. Vem depois da infecção.
PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA
1- Imunização – Vacina
2 – Lavagem das mãos.
1.1 – Diminui os riscos de infecção para todos da equipe e pacientes e proteção das pessoas de casa. 
Vacinas recomendadas: 
Hepatite B (três doses).
Sorologia (anti-hbs) para saber se soro converteu, 
Difteria
Tétano (durabilidade de 10 anos)
Sarampo
Rubéola 
Caxumba. 
Hepatite B 
Contagem: 1ª dose, depois um mês após a primeira faz a 2ª dose, a 3ª dose é de seis meses após a primeira.
Depois desse esquema 2 a 3 meses depois é necessário fazer o ANTI-HBS para saber se a vacina está no organismo ainda.
Se o exame der NEGATIVO: Repete o esquema e faz o ANTI-HBS
Se der NEGATIVO novamente: Não repete o esquema, porém significa que a pessoa está EXPOSTA. 
2.1. Ação mais importante para controle de infecção.
Método adequado – Se vai usar sabão ou degermante depende do procedimento.
Uso de sabão – atendimento simples
Degermante – Se utilizar luvas estéreis ou fazer algum procedimento cirúrgico
MOMENTOS PARA LAVAR AS MÃOS:
Ao entrar na clínica
Ao sair da clinica 
Antes calçar as luvas
Após colocar as luvas
Em caso de acidente 
Obs.
- Necessário de tirar adornos e cortar unhas antes de lavar as mãos
- O sabão deve ser líquido
- Utilização de papel toalha ao invés de toalha
- Acionamento automática de água.
- O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos. 
- O uso de esmalte escuro não é recomendado, pois demonstra falta de higiene.
Técnica de lavagem das mãos
- Colocar sabão LÍQUIDO nas mãos
- lavar a palma da mão esfregando uma na outra
- Esfregar a palma da mão direita no dorso da esquerda e vice-versa
- Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais
- Esfregar no dorso de uma mão a ponta dos dedos da outra mão e vice-versa
- Esfregar os polegares utilizando movimentos circulares
- Friccionar as polpas digitais e unhas das mãos contra a palma da mão
- Esfregar bem os punhos
- Fechar a torneira com auxilio de um papel toalha ou cotovelo (se não for acionamento automático de água).
- Secar primeiro a ponta dos dedos e vai puxando para o punho
- Secar a mão com a posição vertical, para CIMA para que a sujidade não volte para os dedos.
Diferença entre lavagem normal e degermante 
Lavagem simples – Remoção de microrganismos transitórios.
Degermante – Remoção de microrganismos residentes e transitórios da pele. 
EPI – Equipamento de proteção individual 
Jaleco
Luvas
Gorro
Máscara
Ao entrar na clínica é necessário usar: Jaleco e gorro
Dependendo do procedimento: colocar os outros EPI’s
Jaleco – Gola de padre, punho fechado, até o joelho. 
Máscara – cobrir toda região de nariz e boca.
Óculos de proteção – Usar mesmo para quem usa óculos de grau.
LUVAS
Luvas não estéreis ou de procedimento – tem látex e pó, para as pessoas alérgicas ao pó existem luvas de vinil, se estiverem rasgadas ou rasgar no momento do procedimento, deve-se tirar imediatamente e lavar as mãos antes de calçar novas luvas. (Vem em caixa)
Luvas estéreis – (Vem em pacotes)
Luvas para Limpeza (expurgo) – Limpeza do box, remoção das barreiras de proteção, limpeza e secagem dos instrumentais
Luvas de PVC - São colocados por cima de uma luva (foi proibida no CESMAC porque estavam utilizando errado) para pegar algum item fora do ambiente de trabalho. Coloca sobre a luva contaminada. Usa um par por paciente.
TROCAR AS LUVAS A CADA TRÊS HORAS DE PROCEDIMENTO!
Maneira correta de calçar as luvas:
Com as pontas dos dedos, abrir as luvas
Com o polegar e punho dobrado encaixar a mão. 
Jogar luvas em lixo de materiais contaminados. 
Lembretes técnicos: A desinfecção dos óculos deve ser feita com solução de hipoclorito de sódio a 0,1%. 
Alguns óculos de proteção podem passar álcool 70%
Jaleco: Colocar do avesso e lavar e lavar SEPARADO das roupas comuns. 
Avental 
PROTEÇÃO DO AMBIENTE
Áreas não críticas – Áreas não ocupadas por pacientese são as mais seguras do ambiente.
Devem ser limpadas com água e sabão 
Áreas semi-críticas – Área perto de área contaminada e que vai tocar. 
Necessidade de alguns epi’s. Limpeza seguida por desinfecção após o uso. Ex: Lavanderia, 
Áreas críticas – contato direto com a exposição de risco e com o paciente. Rigorosa limpeza e desinfecção após cada uso. Cobertura com material protetor descartado a cada uso.
A desinfecção é feita com álcool 70%.
Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% em superfícies não metálicas
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Grupo A – Biológicos. Ex: Tudo que estiver contaminada com sangue, saliva ou abriu e ficou exposto.
Grupo B – Químicos. Ex: Amálgama.
Grupo D – Comuns. Embalagens, gorros para fazer anamnese
Grupo E – Perfuro cortantes. 
FLUXO E PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
Limpeza
Enxague 
Secagem 
Desinfecção ou Empacotamento
Esterilização
Armazenamento 
Em uma bacia que tem nos boxes tem uma vasilha/caixa cubas ultrassônicas que é necessário colocar água para diluir o detergente enzimático que quebra as cadeias orgânicas (sangue, saliva) e bota os instrumentais em repouso por uns 5 minutos. 
EM RESUMO:
1- Colocar os instrumentais em cubas ultrassônicas
2- Fazer revisão dos instrumentais
3- Fazer limpeza manual. 
Limpeza manual – Água corrente + Escova de cabo longo + Detergente neutro
Brocas – Escova de aço 
Limas – Limpeza com gaze
Enxague – Em água corrente
Secagem – Utilização de ar comprimido 
Empacotamento – Papel grau cirúrgico 
Papel grau cirúrgico não é reutilizável porque o vapor entra pelo papel que tem uma porosidade, após a entrada do vapor os poros se fecham para evitar entrada de microrganismos. 
Validade: dentro da esterilização: 30 dias
Fora do local de esterilização: 7 dias
Há uma área que muda de cor no papel grau cirúrgico, quando passa pelo processo de esterilização. 
A esterilização pode ser feito por meios físicos ou químicos.
Físicos – autoclave
Químicos – Ácido peracético a 0,2% (desinfetante de alto nível) 
15 minutos DESINFETA
30 minutos ESTERILIZA
O processo de esterilização dura em torno de 1 hora 
Estufa - não está sendo mais usada. 
Devido ao uso incorreto, não pode usar todos os materiais e porque a esterilização não é homogênea.
Só é usada para secagem. 
Classificação dos desinfetantes 
1 – Alto nível: É esterilizante. Ácido peracético a 0,2%
2 – Médio Nível: Só limpeza. Álcool 70% 
3 – Baixo nível: Pouca capacidade bactericida 
Glutaraldeído não está sendo mais usado porque foi encontrado bactérias resistentes após o seu uso. Foi substituído pelo ácido peracético. 
Desinfecção de moldes e modelos
Alginato
Lavar
Spray de hipoclorito 1%
Umidificador (não mais que 10 min)
Obs: Não liberar o paciente antes de mostrar o protocolo de esterilização. 
Camila De Castro Mendes

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