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Pena de morte

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Pena de morte: o Brasil deve adotá-la? Por quê
É de conhecimento geral que a violência é um grave problema que encontramos no Brasil. Praticamente todas as capitais brasileiras tem de lidar diariamente com suas consequências, vítimas fatais e não fatais. Entre homicídios, latrocínios, assaltos, estupros, e diversos outros tipos de violência, muito se discute sobre uma suposta solução para este cenário de grande violência no brasil: a pena de morte.
No passado, diversos países aplicavam esse tipo de pena, muitas vezes em casos de estupro, tráfico de drogas, entre outros. Hoje, centenas de países já aboliram a pena de morte, pois em muitos deles, não se notou nenhuma alteração nos níveis de criminalidade, afinal este método é aplicado como uma espécie de “lição” para que todos possam entender que não se devem cometer determinados tipos de crimes. Um estudo realizado com vários pesquisadores americanos, mapeou a opinião dos especialistas no tema: para 88,2% dos especialistas, a execução não tem qualquer impacto sobre os níveis de criminalidade.
Sabemos que se trata de uma medida completamente extrema, e de eficácia altamente duvidosa, pois estaríamos retirando a possibilidade de ressocialização de um criminoso, ferindo até a própria Constituição Federal, como é mencionado no Art. 5º : inviolabilidade do direito à vida. Nosso Estado nos garante direito á vida mesmo que tenhamos cometido crimes terríveis. Pois ainda assim, temos a oportunidade de recomeçar, e corrigir os erros cometidos no passado, ainda considerando a grande ajuda dos psicólogos e os avanços em pesquisas psicológicas que podem mudar a perspectiva desse tema.
Diante de tantos aspectos negativos referentes à pena de morte, não se pode esquecer dos casos onde observamos erros judiciais, que causam a condenação de inocentes. Seja por negligência, ou imperícia, isso acontece, e não podemos fechar os olhos para isso. Frente a esse problema, nós poderíamos causar danos irreparáveis a muitas famílias, caso tivéssemos em nosso Código Penal, a presença da pena de morte estabelecida. 
Um Estado que constitucionalmente nos garante a inviolabilidade do direito a vida, não pode colocar em xeque a decisão sobre a vida ou a morte de quem quer que seja. Dados históricos, e pesquisas recentes, nos mostram que o caminho para a evolução não é o retrocesso. Centenas de países já decidiram erradicar a pena de morte, pois não devemos retornar a barbárie e utilizar a brutalidade da pena de morte como opção de redução à criminalidade, sempre observando a Constituição, e os Direitos Humanos.

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