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Civil - Cassettari

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DIREITO CIVIL – 2ª fase MPSP
Christiano Cassettari
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E O NOVO CPC 
Art. 50, CC – explica quando é possível desconsiderar a PJ: abuso da personalidade jurídica, que se caracteriza em duas situações: 
Desvio de finalidade. 
Confusão patrimonial. 
Art. 133, CPC – trouxe a possibilidade do MP fazer o pedido de desconsideração. 
Desconsideração não é automática, o juiz não pode agir de oficio (diferente do direito do trabalho). Essa decisão é feita a requerimento: 
Parte
MP – quando lhe couber intervir no processo.
Os efeitos de certas obrigações podem ser estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da PJ. 
Isso sempre foi requerido em processo de execução – quando havia insucesso na execução. 
Novidade CPC: Incidente de desconsideração da PJ (art. 133 e seguintes). É instaurado a pedido da parte ou MP. 
Pode ser requerido tanto em processo de execução como em processo de conhecimento. Pode ser requerido também na própria inicial. 
O art. 133 reconhece o que o STJ já tinha aceito, que é a desconsideração inversa da PJ: existe um véu que separa PJ e membros (sócios e administradores) – direitos e deveres de cada um são próprios. Na desconsideração pega os deveres da PJ e estende ao patrimônio dos membros, na inversa pega os deveres dos sócios e administradores e estende a PJ. Isso é tese do IBDFAM. 
Fraude na partilha de bens de pessoas que desviavam todo o patrimônio do casal para PJ e a PJ tinha sido montada antes do casamento pela comunhão parcial. Entro num casamento por comunhão parcial já como titular de uma empresa LTDA., essas cotas não se comunicam e todo o patrimônio da família adquire em nome da PJ. No divorcio não tinha patrimônio para se comunicar. 
A desconsideração entra também na questão dos alimentos. Hoje existe a pejotização: se exige que a pessoa abra empresa para poder ser contratada para trabalhar. Essa empresa é o retrato do salário do sujeito. Quando se divorcia, pega o pro labore de 1 salário mínimo para dividir, pois o resto seria da empresa. A empresa que paga as despesas do sujeito, então vai pagar também a pensão alimentícia da ex mulher – se faz a desconsideração inversa. 
USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA 
Significa usucapião que não passa pelo Poder Judiciário. É feita extrajudicialmente no cartório. 
Quem criou isso foi o NCPC – incluiu na LRP (6015/73) o art. 216-A. 
Não estudar isso pelo NCPC, pois essa norma foi alterada pela Lei 13.465/17. O CPC sempre vai ter esse artigo desatualizado. Essa lei alterou não o NCPC, mas o artigo que ele criou. 
O Peru foi o primeiro país que criou isso. Isso já tem em Portugal. Quando chegou no Brasil foi objeto de crítica. 
A usucapião no cartório é facultativa (“sem prejuízo da via jurisdicional”). 
Tramita no Cartório de Registro de Imóveis – da comarca onde está o imóvel (50% dos imóveis no Brasil não estão regularizados – por isso diz que é onde está o imóvel e não onde está a matricula, nesse procedimento é possível abrir a matricula). 
“A requerimento do interessado”, representado por advogado - princípio da instancia: registrador não pode agir de oficio. 
A exemplo do que ocorre no inventario e divorcio extrajudicial, tem que ter advogado. 
Início: Ata notarial lavrada por um talião. 
Tabelião de notas não é registrador. 
Tem que ir num outro cartório lavrar documento chamado ata notarial. 
Ata notarial: foi festejada no NCPC como meio de prova. É uma espécie de uma escritura, em que o tabelião com sua fé pública vai dizer que viu alguma coisa. É usada hoje para questões da internet – precisa fazer prova de algo da internet (ex: fui ofendido no FB) – tabelião abre o fb e coloca na ata o que está vendo, daí junta a ata no processo. 
Ex: Leva tabelião para reunião de condomínio e ele que lavra a ata. Qual a diferença para ata particular? Art. 215, CC: escritura pública faz prova plena. 
Porque deve ir para o tabelionato se a usucapião é feita no registro de imóveis? Porque a usucapião vai exigir questão probatória e não se faz isso no cartório de imóveis. 
Vai provar a posse, por exemplo, na ata notarial – leva documento, testemunha, foto, etc. 
A ata notarial vai atestar o tempo de posse do requerente e de seus antecessores – CC permite a junção de posses, pode unir a posse com a do antecessor. 
Tudo o que tiver que fazer prova deve estar na ata notarial – esse é o documento mais importante. Seria a “petição inicial” da usucapião, pois traria prova dos requisitos da usucapião. Deve fazer a ata de acordo com a modalidade de usucapião que deseja para fazer prova dos requisitos. 
Depois da ata notarial: Planta e memorial descritivo, assinado por profissional legalmente habilitado (tem que ser profissional com ART – anotação de responsabilidade técnica) e assinatura dos titulares de direitos registrados ou averbados na matricula do imóvel usucapiendo ou na matricula dos imóveis confinantes. 
Titulares de direitos reais (ex: propriedade, superfície, servidão, usufruto, titular da hipoteca no caso do imóvel estar hipotecado) e obrigacionais (ex: se tiver locação registrada, o locatário tem que assinar). 
Tudo isso se aplica ao imóvel que está usucapindo e aos confiantes. 
A norma anterior dizia que se não assinasse poderia notificar para assinar e que o silencio importava recusa. Isso porque no Peru se debate a inconstitucionalidade da norma peruana, que diz que o proprietário não precisa assinar – isso seria uma perda da propriedade sem o devido processo legal – confisco. 
Aqui decidiram pedir a autorização, para não gerar inconstitucionalidade. 
Em Portugal também se exige autorização, mas quando a pessoa é intimada e nada fala, é para prosseguir. 
A mudança no meio da no foi para trazer a ideia portuguesa: tem que ter autorização, intima todo mundo, mas o silencio não vai ser recusa, vai prosseguir o feito. 
Certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicilio do requerente. 
Justo título – apenas para modalidades que exigem (ordinária), as outras não. 
Pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel. 
Esse dispositivo está sendo discutido, pois aqui a aquisição é originária. 
P.1: O pedido será autuado pelo registrador, prorrogando-se o prazo da prenotação até o acolhimento ou a rejeição do pedido. 
Quando registrador imobiliário recebe um título no cartório ele protocola no Livro I (livro protocolo) e gera prenotação, que dá a ele 30 dias para fazer o juízo de legalidade do título. 
Registrador imobiliário é obrigado a pegar o título e registrar? Não, porque o registrador imobiliário, por lei, tem direito a fazer qualificação registral: o juízo de legalidade – nesse juízo de legalidade ele analisa se o título é passível ou não de ser registrado. Se a qualificação é positiva ele registra, se é negativa nota de devolução. Ele tem 30 dias para fazer essa qualificação, que é o prazo de prenotação. 
Feita a devolução, diz a LRP, que a parte tem 30 dias para solucionar a exigência, se não o fizer a prenotação cai, morre – efeito: perde a prioridade. Prenotação é para dar prioridade. Prenota, pois qualquer coisa que entrar depois não se olha, não se lê, enquanto não resolver a primeira. Tem que lutar para prenotação não morrer, para não perder a prioridade. 
Aqui o prazo de 30 dias seria pouco, então, segundo a lei, prorroga-se a prenotação até o acolhimento ou rejeição do pedido – a lei não quis dar prazo. 
P.2: Se não tiver as assinaturas acima, o titular será notificado pelo registrador para manifestar consentimento expresso em 15 dias, interpretado o silencio como concordância. 
Notificar pessoalmente ou pelo correio com AR. 
Isso que foi modificado pela lei: antes interpretava o silencio como recusa, agora como concordância. 
Isso afronta o art. 111 do CC: o silencio importa anuência, quando não for exigida manifestação expressa de vontade. 
P.3: Oficial de registro de imóveis deve dar ciência à U/E/DF/M – para que se manifestem em 15 dias sobreo pedido. 
Devem dizer se o imóvel não é público, se não tem interesse para a comunidade, etc.
P.4: Edital. 
P.5: Dúvidas. 
P.9: Se o pedido for rejeitado, não há óbice em entrar com a ação. 
P.10: Se alguém impugnar (titular do direito, U/E/M), o oficial tem que mandar o processo para o Judiciário. 
Se o oficial rejeita o pedido, a parte que decide se ajuíza a ação; se alguém impugnar tem que mandar para o Judiciário. Nesse caso, pode ter emenda a petição inicial para adequá-la ao procedimento comum. 
Usucapião agora é ação de procedimento comum, não é mais de procedimento especial. 
P.11: No caso de condomínio edilício, basta o sindico se manifestar. 
PARTICIPAÇÃO DO MP NA HABILITAÇÃO DO CASAMENTO 
Art. 1529 (alterado em 2009): tirou o juiz e colocou o promotor “A habilitação será feita perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do MP”. 
P.ú: “Caso haja impugnação do oficial, do MP ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz”
Só vai para o juiz se houver impugnação do MP, terceiro ou oficial. 
Ato normativo 680/2011 MPSP: disciplina a atuação do MP nas habilitações de casamento e nos pedidos de conversão da união estável em casamento. 
A atuação do MP é estendida à conversão da união estável em casamento. 
Art. 1: É facultativa a fiscalização preventiva do MP e sua manifestação nas habilitações de casamento e nos pedidos da conversão de união estável em casamento, salvo nas seguintes hipóteses: ou seja, aqui são as situações em que a intervenção é obrigatória. 
Oposição de impugnação de Oficial ou de terceiro. 
Justificação de fato necessário à habilitação – as partes querem justificar alguma coisa. 
Pedido de dispensa de proclamas – casos, por exemplo, de risco de morte. 
Questões relativas à capacidade, e ao seu suprimento, e à identificação da presença de impedimentos ou de causas suspensivas. 
Regime de bens obrigatório. 
Pacto antenupcial realizado por menor. 
Menor pode fazer pacto – se pode casar dos 16 aos 18, com autorização dos pais ou tendo representante pode fazer pacto. Art. 1654, CC: tem que ter aprovação do pacto pelos pais ou representante. 
Art. 2: para acontecer tudo isso o membro do MP deve optar pela facultatividade, ou seja, se o membro do MP responsável por dar a manifestação nas habilitações disser que quer se manifestar em tudo ele pode. 
Deve ter oficio do promotor endereçado ao juiz corregedor e ao oficial de registro dizendo que nos casos facultativos não precisa mandar, pois se não tiver oficio, os autos vão para ele. O promotor deve optar pela facultatividade. 
Essa facultatividade não é do registrado civil, mas do promotor. 
PACTO ANTENUPCIAL NA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA (Estão falando muito)
Parte da doutrina, entende que o pacto antenupcial nesse caso pode ser feito para afastar a Súmula 337, do STF. 
Mas quem casa na separação obrigatória não tem liberdade de escolha. Seria para piorar, não para melhorar. 
2ª VRP/SP: Impossibilidade (decisão do TJ que pediu a manifestação do MP). 
O regime de bens no casamento está sujeito ao princípio da autonomia privada (Art. 1653). 
No caso da separação obrigatória, vigora o Princípio da Heteronomia da Vontade – a pessoa não pode dispor. 
19.09.17.
Não pode pacto antenupcial no caso de separação obrigatória, por decisão da Corregedoria de Justiça do Estado de SP. 
IMPOSSIBILIDADE DO MESMO PROCURADOR PARA OS NUBENTES NA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 
Casamento pode ser celebrado por procuração. 
Pode ser o mesmo procurador para o casal? Resposta da Corregedoria de SP: Não, porque existe conflito de interesses (decisão de 2014). Casa nubente tem que ter o seu procurador. 
CONVERSÃO DE UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO 
Art. 226, p.3, CF. 
Art. 1726, CC – pedido dos companheiros ao juiz e assento no registro civil. 
Não diz qual o juiz – cada Estado tem um procedimento diferente. 
DF: Juiz de família é o competente para conversão. A sentença o juiz manda ao RCPN para converter a UE em casamento. Registrador é obrigado na conversão colocar a data de início da união estável. 
SP: O pedido é feito no RCPN – recebe o pedido e não manda para o juiz (mudou em 2009) e nem para o MP se o promotor fez oficio facultativo. RCPN faz direto a conversão. O registrador é proibido de colocar a data de início da união estável. 
No DF teve instrução probatória que comprovou que a UE existe, em SP fala qualquer coisa a pessoa escreve, por isso é diferente a questão sobre colocar ou não o início da UE. 
No divorcio vai querer a partilha do casamento e da UE. No DF consegue dos dois direto, pois a união estável já foi comprovada, em SP só do casamento, tem que comprovar a união anterior em ação. 
MUDANÇA DE REGIME DE BENS E O NOVO CPC 
Art. 1639, CC. 
P.2: possível alteração do regime de bens – depende de autorização judicial. Ou seja, não se faz mudança de regime de bens no cartório, precisa ter ação. 
Norma processual para dizer como faz: art. 734, CPC: Ação de modificação do regime de bens. 
A inicial exige petição assinada pelos cônjuges – a parte não tem capacidade postulatória, mas deve assinar declarando ciente de todos os termos da mudança. 
P.1: Intimação do MP para essa ação + publicação de edital. 
P.2: Podem as partes proporem ao juiz meio alternativo de divulgação de alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de terceiros. Ex: FB do casal. 
TOMADA DE DECISÃO APOIADA 
Art. 1783-A, CC: foi incluído no CC pelo EPD, que colocou a curatela como instituto excepcional. 
EPD: curatela é medida excepcional e deve durar o menor tempo possível. 
EPD mostrou que a interdição acabou – complicado defender isso porque é uma prova conservadora. Posição majoritária que a interdição morreu. 
A interdição restringe o incapaz em todos os atos da vida civil e a curatela restringe, segundo o EPD, somente em atos patrimoniais – então pode adotar criança, pois não é ato patrimonial. 
O TJSP tem norma que autoriza o interditado casar (a curatela não impede o casamento). 
Se o interditado pode casar vai casar pela comunhão parcial, mas o pacto é ato patrimonial, então deve ser assistido. 
Só tem um caso de incapacidade absoluta: menor de 16 anos. 
A curatela é excepcional, o que é desejado: tomada de decisão apoiada. 
Tomada de decisão apoiada: a pessoa com deficiência procura o Judiciário pedindo para o juiz nomear duas pessoas da escolha dele, de sua confiança, para serem apoiadoras. 
O apoiador não assiste nem representa, ele apoia – não precisa estar presente no ato. O apoiador é para o deficiente não para o ato. 
P.5: “podem solicitar”- significa que o apoiador não participa de nada, é facultativo. 
P.6: Quando o apoiador vê que a pessoa com deficiência vai fazer bobagem deve avisar o juiz na hora. 
P.7: Pessoa apoiada ou qualquer pessoa pode apresentar denúncia ao MP ou ao juiz. 
P.9: Pessoa apoiada pode pedir para o juiz extinguir. 
P.10: Apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo. 
SUCESSÃO DO COMPANHEIRO APÓS JULGAMENTO DO STF
RE 646.721 e 878.694: Entenderam que o art. 1790, que trata da sucessão do companheiro, é inconstitucional. 
Em ambos os casos ficou fixada uma tese: é inconstitucional a distinção de regime sucessório entre cônjuges e companheiros, prevista no art. 1790 do CC, devendo ser aplicado tanto na hipótese de casamento como de união estável o art. 1829, CC. 
Conclusão: a ordem da vocação hereditária, que antes tinha descentes em primeiro, ascendentes em segundo, cônjuge em terceiro, colaterais em quarto e que permitia a concorrência de descente com cônjuge e do ascendente com o cônjuge, agora deve colocar onde está cônjuge “/companheiro”. 
O companheiro agora concorre com o descendente nas mesmas regras do cônjuge. 
O companheiro hoje está acima do colateral, antes não estava. 
Então entre companheiro e colateral o companheiro leva tudo. 
Art. 1725, CC – deve ser reanalisado – dispõe que dá para afastar regime da comunhão parcial por contrato escrito. Segundo Cassettari,não dá mais, porque senão terá burla sucessória, pois será usado para afastar companheiro da sucessão. Se quiser mudar a regra da união estável deve ir ao Judiciário. 
Outro efeito importante: o companheiro virou herdeiro necessário (art. 1845). 
O companheiro pode ser excluído da sucessão igual o cônjuge, se existir separação (art. 1830). 
O companheiro tem direito real de habitação, a exemplo do cônjuge sobrevivente (art. 1831) – agora está definido que esse direito decorre da interpretação do art. 1831. Acaba a polemica de quando terminava o direito real de habitação do companheiro, porque não se sabia da onde esse direito vinha, agora como vem do art. 1831, porque não fará distinção, encerra a polemica: acaba igual do cônjuge – direito real de habitação sucessório é vitalício. 
NATURALIDADE NO ASSENTO DE NASCIMENTO 
Art. 54, LRP: foi alterado agora no meio do ano. 
9. Os nomes e prenomes, a profissão e a residência das duas testemunhas do assento, quando se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora de unidade hospitalar ou casa de saúde. 
Registradores civis das PN – para registrar nascimento tem que ter um documento do Ministério da Saúde assinado por um profissional – chama Declaração de Nascido Vivo (DNV). Mas agora, as pessoas fazem parto em casa, sem assistência de ninguém. Se não tem DNV, o registro é feito com duas testemunhas (qualificadas) para poder fazer o registro. 
10. DNV obrigatória, salvo nas hipóteses de registro tardio.
Registro tardio: feito fora de prazo (art. 46). Se o prazo não é observado tem todo um procedimento para registro tardio que deve ser observado, regulamentado pelo CNJ. 
11 (mudança que pode aparecer na prova – foi muito divulgada): naturalidade do registrando. 
Muitas mulheres grávidas são obrigadas a parir em outras localidades por falta de estrutura e a criança não nasce na cidade da família. Ex: Cartório na capital, vem muitas pessoas do interior – prova que domicílio da mãe é lá, pode no registro colocar a naturalidade de acordo com o domicilio da mãe. 
DA DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DO MP PARA SE FAZER AVERBAÇÃO NO REGISTRO CIVIL DAS PN
Art. 97, LRP: antes registradores só podiam fazer averbação com autorização do MP. 
Registro: ato que inova. 
Averbação: ato e atualização do registro. Ex: Divórcio, separação. 
Averbação não precisa mais ir para o MP, só vai para o MP nas hipóteses em que o oficial suspeitar de fraude, falsidade ou má-fé nas declarações ou na documentação apresentada. 
DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DO MP PARA SE FAZER RETIFICAÇÃO NO REGISTRO CIVIL DAS PN NOS CASOS DO ART. 110 DA LRP 
Retificação depende de um processo (processo de retificação). Esse processo tem que ser judicial. Mas o art. 110 da LRP diz que certas retificações podem ser administrativas e dizia que MP deveria participar. Agora MP não precisa participar só nesses casos do artigo, nos demais deve participar. 
ADMISSÃO DA MULTIPARENTALIDADE PELO STF 
O Plenário do STF, no ano passado, fixou a tese da repercussão geral 622 no RE 898.060/SC, em que ficou definido que a existência de paternidade socioafetiva não exime de responsabilidade o pai biológico. 
Reconhece, então, a paternidade socioafetiva e a multiparentalidade. 
A tese fixada em 22.09.16 servirá de parâmetro para futuros casos semelhantes e para 35 processos sobre o tema que estão sobrestados (suspensos) nos demais tribunais. 
A tese fixada estabelece que: A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios. 
Filiação concomitante = multiparentalidade.

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