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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (3)

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS VERSUS 
COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL1 
 
Genilda Maria Santiago da Silva2 
Kátia Silene Lopes de Souza Albuquerque3 
Patrícia Couto da Silva4 
 
 
 
Resumo: O presente trabalho apresenta uma pesquisa de campo com gestores de algumas empresas e 
contadores, por meio da aplicação de questionários, a respeito da utilização das demonstrações contábeis 
para tomada de decisão. Nas respostas dos mesmos observou-se que os gestores, apesar de não estarem 
habilitados para uma análise dos demonstrativos contábeis, conhecem os que são mais utilizados para 
análise da situação econômico-financeira da empresa e, além disso, utilizam esses relatórios como 
ferramentas na tomada de decisão; já os contadores, a maioria não se detêm apenas no fornecimento dos 
relatórios, mas na análise destes, contudo, resumem-se ao uso de duas técnicas: análise vertical e 
horizontal e análise do índice de liquidez. 
Palavras-chaves: demonstrações contábeis, tomada de decisão, técnicas de análise. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
É perceptível nos dias de hoje a grande utilidade da informação como base para tomada de 
decisão, nas mais variadas áreas, ou melhor, em todas as áreas relacionadas ao conhecimento, não sendo 
diferente no que diz respeito às decisões financeiras das empresas. 
Pode-se dizer que é impossível o alcance de bons resultados por parte dos gestores se as análises 
referentes à situação em que a empresa está emersa não for feita com base em informações que 
retratem a realidade da mesma com clareza, objetividade e relevância. E, é através de relatórios 
contábeis que se pode medir, registrar e comunicar os fatos relacionados às atividades empresariais, 
estes relatórios ou demonstrativos financeiros são na realidade indispensáveis ferramentas que auxiliam 
os gestores no processo decisório e alcance dos objetivos traçados. 
Para realização do estudo, será feita uma pesquisa de campo com gestores na qual se pretende 
identificar o nível de utilização dos relatórios financeiros, além disso, serão elencadas as características e 
requisitos exigidos nos demonstrativos gerados pela contabilidade e sua utilização como instrumento 
para gestão, verificando-se quais os essenciais para análise do aspecto econômico-financeiro da empresa 
e as técnicas utilizadas para o exame das informações colhidas. 
Espera-se com este, identificar quais as contribuições da análise das demonstrações contábeis 
para diagnóstico do desempenho e saúde financeira da empresa, bem como seu auxilio na busca pelo 
aumento da eficiência e competitividade desta, sabendo-se que quanto maior a quantidade e a qualidade 
das informações, maiores serão os subsídios para os gestores avaliar, comparar, projetar e tomar decisões 
estratégicas. 
Diante do exposto, surge a problemática desse estudo: Como são utilizados os relatórios 
contábeis para decisões estratégicas? 
Buscando responder a essa problemática, surge os seguintes objetivos específicos: a) realizar uma 
pesquisa de campo com gestores e contadores a respeito da utilização das demonstrações contábeis para 
tomada de decisão; b) verificar quais são os demonstrativos contábeis essenciais para análise do aspecto 
 
1
 TCC apresentado no MBA em Finanças e Controladoria EAD. 
2
 Pós graduanda em Finanças e Controladoria (Unijorge). 
3
 Mestre em Ciências Contábeiis pela UFBA / Profesora Unijorge/Ufba/Uneb. 
4
 Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social. 40 páginas. 2013. Artigo (Pós-Graduação) – MBA em 
Finanças e Controladoria, Centro Universitário Jorge Amado, 2012. 
 
econômico-financeiro da empresa e as técnicas utilizadas para análise; c) identificar as características e 
requisitos das informações contábeis contidas nos demonstrativos gerados pela contabilidade e sua 
utilização como instrumento na tomada de decisão por parte dos gestores; e d) demonstrar como é feita 
a análise das demonstrações financeiras que traduz os dados em informações para os usuários, bem como 
as técnicas utilizadas. 
Assim, essa pesquisa, além de demonstrar o grau de utilização dos demonstrativos financeiros 
por parte dos gestores para avaliar a saúde financeira da empresa e a projeção da mesma, pretende 
contribuir no sentido de conscientizar e orientar estes por parte dos contadores destas a respeito da 
utilização dos demonstrativos, bem como a interpretação adequada destes. 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 INFORMAÇÃO E CONTABILIDADE 
 
2.1.1 Conceito de Informação e sua utilidade 
 
Antes de conceituar Informação, é importante ressaltar a diferença entre Dados e Informação. 
Segundo Matarazzo (2003, P.16), 
Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não 
provocam nenhuma reação no leitor, já Informações, para o mesmo, 
representam para quem o recebe, uma comunicação que pode produzir reação 
ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito surpresa. 
 
No entanto, para que exista essa comunicação não é suficiente que os dados sejam coletados, 
mas que, além disso, possam estar organizados de forma compreensível. 
Em se tratando da utilidade da informação contida nos demonstrativos contábeis, tem-se que as 
mesmas indicam a situação das empresas que estão com atividade em desenvolvimento, apresentando 
um diagnóstico dos problemas presentes, que poderão ser solucionados. 
É necessário, porém, atentar para qualidade e objetividade da informação e não só para 
quantidade desta, pois nem toda informação é necessária, sendo papel do gestor, identificar o que será 
indispensável para que possa apoiar sua decisão. 
 
2.2 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 
2.2.1 Apresentação dos Demonstrativos Contábeis 
 
As empresas são obrigadas a elaborar suas demonstrações ao final de cada exercício social, 
porém, nada impede que outras demonstrações não obrigatórias sejam elaboradas com uma frequência 
maior. É importante lembrar que essas demonstrações financeiras são formadas por dados coletados 
pela Contabilidade e organizados de maneira resumida e ordenada 
Os relatórios contábeis obrigatórios conforme a lei 6.404/76 são: Balanço Patrimonial, 
Demonstração de Resultado de Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
Demonstração de Fluxo de Caixa (exceto no caso de companhia fechada com patrimônio líquido na data 
do balanço, inferior a R$ 2 milhões) e Demonstração do Valor Adicionado, neste caso se companhia 
aberta. 
O Balanço Patrimonial, segundo Ferrari (2012, P.567), é a demonstração contábil que tem por 
objetivo evidenciar o patrimônio de uma entidade em dado momento (normalmente em 31 de 
dezembro). 
 
O Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE), conforme Adriano (2012, P.705), 
É a apresentação reduzida de todas as operações de receitas ganhas e despesas 
incorridas realizadas pela empresa durante o exercício social, demonstrando o 
resultado bruto (lucro bruto ou prejuízo bruto), o resultado operacional líquido 
(lucro operacional ou prejuízo operacional), o resultado antes do imposto de 
renda (lucro antes do imposto de renda ou prejuízo antes do imposto de renda) 
e o resultado líquido do exercício (lucro líquido ou prejuízo líquido). 
 
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia a movimentação efetuadas no 
Patrimônio Líquido das organizações. Conforme descrito por Adriano (2012, P.751), o Lucro Líquido 
apurado na DRE é transferido para a conta Lucros Acumulados, e de acordo com o artigo 186 da Lei nº 
6.404/76, será distribuído para a constituição de Reserva de Lucros, distribuição para Dividendos e 
incorporação ao Capital social. 
 
 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) tem por objetivo evidenciar os fatos que modificaram o saldo 
das disponibilidades em determinado exercício social, através dos fluxos de pagamento e recebimento, 
sendo estas informaçõesúteis para propiciar aos usuários uma base para verificar a capacidade de gerar 
caixa e equivalentes, bem como as necessidades de liquidez, ou seja, a DFC contém a necessidade de 
Capital de Giro, esta por sua vez indica as condições da empresa quitar suas dívidas, receber 
investimentos, bem como avaliar situações presentes e futuras do caixa da empresa. 
Segundo descrito por Adriano (2012, P.1000), 
A apresentação do DFC se dá através de dois métodos: Direto e Indireto, o 
primeiro apresenta todas as entradas e saídas brutas de dinheiro, já no método 
Indireto parte do lucro líquido ajustando-o pelas despesas e receitas que não 
têm efeito caixa e que não pertençam às Atividades Operacionais com as 
variações de ativos e passivos relacionados com as Atividades Operacionais da 
empresa. 
 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), de acordo com a Lei 6.404/76 em seu artigo. 188, indica o 
valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a 
geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a 
parcela da riqueza não distribuída. A DVA é elaborada a partir dos dados contidos na DRE e tornou-se 
obrigatória, pela Lei 11.638/07, para todas as companhias abertas. 
 
 
2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
A análise das demonstrações contábeis é uma técnica bastante útil para as empresas, pois avalia 
e comprova a redução do grau de insolvência e o aumento de informações claras e objetivas são utilizadas 
para a tomada de decisão. 
O ato de analisar os demonstrativos contábeis consiste em comparar resultados das operações 
econômico-financeiras em um determinado período, através de índices de liquidez, rentabilidade e 
econômicos. 
 
O analista de balanços preocupa-se com as demosntrações financeiras que, por 
sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se 
a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se 
tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem 
evoluindo ou regredindo, se é eficiente, se irá falir ou se continuará operando. 
(MATARAZZO, 2003, p. 17) 
 
 
Conforme Marion (2012, P.1), podemos dividir a Análise das Demonstrações Contábeis em três 
níveis: a) introdutório, b) intermediário, e c) avançado. 
 
 
ANÁLISE 
Marion (2012, P.1) descreve o nível introdutório, como o primeiro nível de análise financeira, 
segundo seu grau de complexidade. São utilizados indicadores básicos que abordam o grau de 
rentabilidade, liquidez e endividamento da organização estudada. 
De acordo com o autor supramencionado, no nível intermediário a análise Pode ser aprofundada 
mediante outro conjunto de indicadores que melhor explica e detalha a situação econômico-financeira da 
empresa. Alguns desses indicadores são: Analise do fluxo de caixa, Análise do DOAR, Alavancagem 
financeira e Lucratividade. 
 
Já no nível avançado, Marion (2012, P.3) discorre que este nível utiliza uma Série de outros 
indicadores e instrumentos de análise que poderiam enriquecer mais as conclusões referentes à situação 
econômico-financeira de uma empresa. Algumas dessas ferramentas seriam: a) indicadores combinados; 
b) análise da DVA; c) liquidez dinâmica; d) projeções das Demonstrações Contábeis e sua análise; e) 
análise com ajustamento das demonstrações contábeis no nível geral de preços; f) análise das variações 
de fluxos econômicos versus financeiro; e g) outros modelos de análise: Balanced Scorecard, EVA, MVA 
etc. 
 
 
 
 
2.3.1 Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis 
 
De acordo com Matarazzo (2003, p.19), na maioria das ciências, o processo de tomada de 
decisões obedece à sequência da figura abaixo: 
 
Etapas: 1 2 3 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 01: Quadro de Etapas da Análise de Balanço 
 Fonte: Matarazzo (2003, P.19) 
 
Na análise de Balanços, aplica-se o mesmo raciocínio científico: primeiro são extraídos os índices 
das demonstrações financeiras, na sequência, esses índices são comparados aos padrões. Logo em 
seguidas são feitas ponderações das diferentes informações, chegando assim a um diagnóstico ou 
conclusões. A partir daí as decisões podem ser tomadas. 
Matarazzo (2003, P.20) afirma que quando esta sequência não é levada em conta, fatalmente a 
análise de Balanços fica prejudicada. 
É importante salientar alguns cuidados que devem ser tomados com os demonstrativos 
suscetíveis de análise, como ter em mãos demonstrações contábeis de três períodos, verificar se existe 
um parecer de auditoria dessas demonstrações para que se tenha uma margem satisfatória de 
credibilidade. 
Marion (2012, p.10) então apresenta algumas das técnicas utilizadas: Indicadores Financeiros e 
Econômicos, Análise Horizontal e Vertical, Análise de Índices, Análise da Taxa de Retorno sobre 
Investimentos, Análise da DOAR, DFC e DVA. 
 
A Análise Horizontal ou de Tendência, identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e 
de resultados ao longo de determinado período de tempo. É uma análise temporal do crescimento da 
empresa, que permite avaliar a evolução das vendas, custos e despesas, o aumento dos investimentos 
realizados nos diversos itens ativos, a evolução das dívidas etc. Acontece que quando comparamos os 
Escolha de 
indicadores 
Comparação com 
padrões 
Diagnóstico ou 
conclusões 
Decisões 
indicadores de vários períodos, analisamos as tendências dos índices, esta análise mede a variação 
percentual dos grupos de contas de um período em relação a outro, em função dos respectivos grupos de 
contas. 
Já a Análise Vertical ou de Estrutura, visa conhecer a participação percentual relativa de cada 
elemento em relação ao total de cada grupo que aquele elemento pertence; no caso do BP, mede a 
participação percentual das contas e grupos de contas em relação ao total de Ativo ou Passivo respectivo 
e da participação percentual das contas em relação ao total do respectivo grupo. Em relação à 
Demonstração do Resultado de Exercício, mede a participação percentual das contas deste em relação ao 
total das vendas líquidas. 
Em relação à análise de índices (liquidez, endividamento, rentabilidade, os indicadores de 
liquidez, conforme Marion (2012, P.75), são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da 
empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem a capacidade para saldar seus 
compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando longo prazo, curto prazo 
ou prazo imediato. 
Os índices de endividamento, além de indicar o nível de endividamento da empresa, informa se a 
empresa utiliza mais de recursos próprios ou de terceiros para financiar seus ativo e suas operações. 
De acordo com Marion (2012, P.95), na análise do endividamento, há necessidade de detectar as 
características do seguinte indicador: 
 Empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos Capitais 
Próprios para realizar aplicações produtivas em seu Ativo (ampliação, 
expansão, modernização etc.). Esse endividamento é sadio, mesmo sendo um 
tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar 
o compromisso assumido; 
 Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão 
vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas 
recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo esse círculo vicioso, a 
empresa será séria candidata à insolvência; consequentemente à falência. 
 
Em relação aos índices de rentabilidade Matarazzo (2003, P.175) afirma que os índices deste 
grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, 
portanto, qualo grau de êxito econômico da empresa. 
Alguns aspectos devem ser observados no cálculo da rentabilidade, conforme Marion (2012, 
P.131), 
Quando compararmos lucro com Ativo, ou lucro com Patrimônio Líquido, 
devemos considerar dois aspectos: 
 
 Muitos conceitos de lucro poderão Sr utilizados: Lucro Líquido, Lucro 
Operacional, Lucro Bruto etc. é imprescindível que o numerador seja coerente 
com o denominador. Se utilizarmos o Lucro Líquido no numerador, utilizaremos 
o Ativo Total no denominador. Utilizando o Lucro Operacional no numerador, 
utilizaremos Ativo Operacional no denominador, e assim sucessivamente. 
 Tanto o Ativo como o Patrimônio líquido, utilizados no denominador 
para cálculo da Taxa de Retorno, poderiam ser o médio: 
 
Ativo Médio ( (Ativo Inicial + Ativo final)/2) e PLM ((PL Inicial + PL final)/2). 
A razão é que no Ativo Final nem o Ativo Inicial geraram o resultado, mas a 
média do ativo Utilizado no ano. Idem para o Patrimônio Líquido. 
Todavia para fins de Análise Horizontal, o cálculo com o Ativo ou Patrimônio 
Líquido final é válido. 
 
 
 
2.3.1.1 Análise da Alavancagem Financeira 
 
De acordo com Matarazzo (2003, P.25), 
 
Por comparar o custo do capital das diferentes alternativas de capital de 
terceiros com o custo do capital próprio, a análise da “alavancagem financeira” 
é imprescindível para as decisões de subscrição de ações e muito 
recomendável nas decisões de financiamento de longo prazo. 
 
Marion (2012, P.135) explica que, 
A ideia de alavanca é obter-se um bom resultado com pouco esforço. E ainda 
explica: Os proprietários estão interessados em melhorar o retorno de 
investimento, seus dividendos, com dinheiro e financiamento de terceiros, que 
aumentam o Ativo (Investimento) da empresa, a Receita (as Vendas) e, 
consequentemente, o Lucro Líquido. 
 
Contudo, Marion (2012, p.135) alerta que, o aumento desmedido do endividamento e 
consequente aumento da Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido poderão enfraquecer o tripé da 
empresa, propiciando enriquecimento dos proprietários e empobrecimento da empresa. 
 
2.4 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 
 
É sem dúvida primordial, que as informações constantes nos demonstrativos contábeis devam ser 
bem selecionadas, ou seja, devem estar revestidas de qualidade, por isso, não basta que se tenha uma 
grande quantidade de informações para serem úteis à tomada de decisão. 
Refletir a realidade da empresa é fator essencial para informação contábil, pois de acordo com 
Matarazzo (2003, p.17), o grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e 
extensão das informações que conseguir gerar. 
É primordial que o processo decisório das organizações tenha o amparo das informações 
contábeis, que são encontradas nos relatórios gerados pela contabilidade e traduzida pela análise dos 
mesmos. 
Conforme Matarazzo (2003, P27), o diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma 
rigorosa Análise de Balanços, cuja finalidade é determinar quais os pontos críticos e permitir, de imediato, 
apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas. 
A Análise de Balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; 
permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades, Matarazzo ( 2003, P.28). 
Matarazzo (2003, P.35) ainda explica a respeito do uso da análise de balanços por gestores: 
 
A Análise de Balanços, para os administradores da empresa, é instrumento 
complementar para a tomada de decisões. Ela será utilizada como auxiliar na 
formulação de estratégia da empresa, e tanto pode fornecer subsídios úteis 
como informações fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa 
hoje em comparação com os dados dos balanços orçados. Qual será a liquidez 
da empresa, no próximo ano, obtida através do balanço orçado? Essa liquidez 
permitirá folga suficiente? Dará flexibilidade aos administradores financeiros? 
Qual será o índice de rotação de estoques que a empresa deverá ter nos 
próximos exercícios, comparando com o índice de rotação que tem hoje?(...) 
 
Ainda segundo Matarazzo (2003, P.17), 
 
Ao contrário das demonstrações financeiras, os relatórios de análise devem ser 
elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não sejam, isto é, sua 
linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de empresa, 
gerente de banco ou gerente de crédito. 
 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para a realização dessa pesquisa foi feita uma abordagem empírico analítica, onde buscou unir referencial 
teórico a uma pesquisa de campo com aplicação de questionários, para atingir os objetivos propostos 
para este estudo. 
Os questionários disponíveis nos apêndices A e B deste texto, foram aplicados no mês de abril de 
2013 na cidade de Maceió-AL, a quatro contadores, são eles: Valdo Nascimento, empresa Valdo 
Contabilidade; Symony Cavalcante, empresa UNIMED Maceió; Rosiete Venâncio, empresa Venâncio 
Contabilidade e Tarcísio José Freire Dumont da empresa Vitória Forte, que responderam o questionário 
do Apêndice B, e além destes, foram respondidos também por três gestores de empresas o questionário 
do Apêndice A; os gestores foram: Angela Omena, Diretora Financeira da UNIMED Maceió; Antônio 
Marcos Marroquin, Empresário da Marroquin Engenharia e Antônio Muritiba, Empresário da Caracol 
Construções. 
 
A análise destes questionários foram feitos no sentido de identificar a utilização e compreensão 
dos demonstrativos contábeis para decisões estratégicas dos gestores, bem como as técnicas utilizadas 
pelos contadores durante a análise e seu auxilio nas decisões das empresas, utilizando-se de comparações 
feitas a partir das normas e da doutrina contábil, entendida como a conjunção das recomendações dos 
autores pesquisados. 
No que diz respeito à Doutrina foram consideradas as proposições de Matarazzo (2003), 
Adriano (2012) e Marion (2012), além das normas do CFC, Resolução nº 1.282/10, e nº 750/93 e as Leis nº 
6.404/76 e 11.638/07. 
 
 
4- APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 
 
Neste capitulo estão apresentados os resultados obtidos a partir da aplicação do questionário, 
bem como a análise desses resultados. A figura 01 apresenta o quantitativo de questionários aplicados. 
 
GESTORES 3 
 
CONTADORES 4 
 
Figura 01: Amostra da pesquisa 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
4.1 VISÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO PROCESSO DECISÓRIO POR PARTE DO GESTOR 
 
Iniciando a apresentação e análise dos dados, a figura 02 ilustra a opinião dos gestores sobre 
quais demonstrativos contábeis são utilizados para análise da situação da empresa. 
 
Demonstração Contábil Quantidade 
Balanço Patrimonial 3 
Demonstração de resultado de Exercício 2 
Demonstração de fluxo de caixa 2 
Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido 1 
Outra - 
Não conheço os demonstrativos descritos nas alternativas acima. 
 
Figura 02: Demonstrações contábeis utilizadas na tomada de decisões, conforme opinião dos gestores. 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
 
De acordo com a figura 02, observa-se que a maioria dos gestores utiliza-se mais do Balanço 
Patrimonial tendo este adesão de 100%, Demonstração de Resultado de Exercício e Fluxo de Caixa 
utilizados para análise por 67% dos gestores e a Demonstração das Mutações de Patrimônio Líquido 
apenas 33% fazem uso da mesma, não sendo mencionadas pelos gestores a utilização de qualquer outro 
demonstrativo contábil. Para análise da situação da empresa, conforme o referencial teórico, estes 
relatórios são os mais utilizados para o cálculo dos índices aqui apresentados, porém outras 
demonstrações podem ser utilizadas, como a Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos. Ficando 
o gráfico de utilização conforme abaixo: 
0%
20%
40%
60%80%
100%
BP DRE DFC DMPL OUTRA
DEMONSTRATIVOS
CONTÁBEIS
 
Figura 3- Gráfico das Demonstrações Contábeis utilizadas pelos Gestores 
Fonte: Elaboração própria, 2013. 
 
 
 
A figura 04 mostra a resposta dos gestores, ao serem questionados se utilizam os demonstrativos 
para comparar a evolução e o desempenho da empresa e para tomar decisões. 
 
Resposta Quantidade 
Sempre 2 
 
Às Vezes 1 
 
 Nunca 
 
 
Figura 04 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Com relação à utilização dos relatórios financeiros para tomada de decisões, 67% dos gestores 
sempre se baseiam nos mesmos e 33% às vezes. No decorrer deste trabalho, observa-se a grande 
utilidade dos demonstrativos contábeis como ferramenta para verificar a saúde da empresa, pois não há 
como se ter um diagnóstico da real situação desta se os gestores não estiverem embasados em 
informações concisas oferecidas pelos relatórios financeiros; logo, os 33% correm o risco de comprometer 
a visão estratégica e os planos da empresa, podendo não atentar para os pontos críticos, limitações e 
potencialidades, ou seja, compromete o futuro da empresa. 
 
Já sobre a compreensão das demonstrações contábeis, por parte dos gestores, a figura 05, 
apresenta a opinião dos mesmo: 
 
Resposta Quantidade 
Sim 2 
Na maioria das vezes sim 1 
Na maioria das vezes Não 
Não 
Figura 05: Os gestores compreendem as demonstrações contábeis? 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
As informações apresentadas nos relatórios contábeis são entendidas por 67% dos gestores, 
porém 33% apenas na maioria das vezes, conforme apresenta tabela acima. Além disso, nos questionários 
respondidos, alguns gestores relataram algumas dificuldades como: Analisar os investimentos e os 
impostos devido ao fluxo da utilização dos mesmos; comparar o resultado obtido com os concorrentes 
para que se possa tomar decisões. Segundo o que foi apresentado os relatórios financeiros devem 
apresentar compreensibilidade, relevância, materialidade, confiabilidade, primazia da essência sobre a 
forma, prudência, integralidade, comparabilidade, tempestividade e por fim equilíbrio entre custo e 
benefício. 
Lembrando que as características qualitativas dos demonstrativos correspondem à forma como 
as informações contidas nestes são apresentadas, além da observação das normas e princípios. 
 
A figura 06 apresenta se as informações contábeis suprem as necessidades de informação dos gestores e 
se fazem a diferença no dia a dia. 
 
Resposta Quantidade 
Sim 2 
Parcialmente 1 
Não 
 
Figura 06 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Segundo a Figura 06, as informações contábeis suprem as necessidades de informação e fazem a 
diferença no dia-a-dia para 67% dos gestores, já para 33% as mesmas atendem parcialmente. A questão 
do exposto neste quesito deve-se observar que tipo de informação está sendo apresentada aos gestores e 
porque estão sendo parcialmente relevantes, visto que é primordial que as informações oferecidas pelos 
relatórios financeiros sejam bem selecionadas, o que significa devem-se apresentar revestidas de certa 
qualidade e não apenas apresentar uma grande quantidade de informação para que possam ser úteis à 
tomada de decisão. 
 
A figura 07 demonstra a frequência em que o contador é procurado para auxiliar na resolução de 
dificuldades da empresa. 
 
Resposta Quantidade 
Sempre 2 
Às vezes 1 
Nunca 
Figura 07 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Tendo em vista as dificuldades que possam ser encontradas na hora da análise dos 
demonstrativos por parte dos gestores, estes devem solicitar o auxílio do Contador que é o profissional 
habilitado para transformar os dados constantes nas demonstrações contábeis em informação útil para 
tomada de decisão. Especificamente, o profissional contábil poderá ser um Analista de Balanços, o qual se 
preocupa em aplicar as técnicas necessárias para um estudo da real situação financeira da empresa, se a 
mesma é lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, conforme estudado no referencial teórico. Neste 
quesito, dos 03 (três) gestores que responderam o questionário, 67% dos procuram o contador para 
auxiliar nas dificuldades da empresa e os outros 37%, às vezes procuram. 
 
A figura 08 demonstra se os dados contábeis refletem a realidade da empresa e contribuem para 
o alcance de objetivos da mesma. 
 
Resposta Quantidade 
Sim 3 
Não 
 
Figura 08 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Para 100% dos gestores que responderam o questionário, os dados contábeis refletem a 
realidade da empresa e contribuem para o alcance de objetivos da mesma, o que é um bom sinal diante 
da grande importância no que diz respeito a finalidade dos demonstrativos contábeis. 
 
4.1 VISÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO PROCESSO DECISÓRIO POR PARTE DO CONTADOR 
 
A figura 09, apresenta os demonstrativos contábeis que são utilizados para análise da situação da 
empresa, na visão do contador. 
 
 
Demonstração Contábil Quantidade 
Balanço Patrimonial 4 
Demonstração de resultado de Exercício 3 
Demonstração de fluxo de caixa 4 
Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido 1 
Outra 
Não analiso a situação da empresa, apenas preparo os demonstrativos. 
Figura 09 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Conforme a Figura 09, os demonstrativos utilizados por 100% dos contadores para análise da 
empresa são o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Fluxo de Caixa, em segundo lugar, com 75% está 
a Demonstração de Resultado de Exercício e por último, com 25%, está a Demonstração das mutações do 
Patrimônio Líquido. Nenhuma outra demonstração contábil foi informada como utilizada pelos 
contadores, para análise. É válido ressaltar, que antes da confecção do Balanço Patrimonial deve ser 
elaborada a Demonstração de Resultado de Exercício, devido ao encerramento das contas de resultado e 
o resultado obtido no mesmo é transferido para o Balanço Patrimonial. 
De acordo com a fundamentação teórica, As informações da DFC, analisadas em conjunto com o 
Balanço Patrimonial, a Demonstração do Valor Adicionado, a Demonstração do Resultado do Exercício e a 
demonstração dos Lucros ou Prejuízos acumulados, permitem que os investidores, administradores, 
credores e demais usuários avaliem: a capacidade de a empresa gerar fluxos de caixas positivos no futuro, 
a capacidade de a empresa honrar os compromissos com seus credores; a liquidez, a solvência e a 
flexibilidade financeira da empresa; identificar a parte do lucro líquido ou prejuízo líquido apurado pelo 
regime de competência convertido em dinheiro; os efeitos decorrentes das operações de investimentos e 
financiamento na posição financeira da empresa; o grau de precisão dos fluxos de caixas estimados no 
passado e a sua realização no futuro etc., ou seja, os contadores que responderam ao questionário, 
trabalham com os 03 (três) demonstrativos mais utilizados para o estudo da saúde financeira da empresa; 
observando que 02 (dois) desses demonstrativos não fazem parte do uso dos mesmos, pois a análise do 
Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício constitui-se parte fundamental do 
processo da análise das demonstrações, contudo outras demonstrações enriquecem a interpretação da 
situação econômico-financeira da empresa. 
 
A Figura 10 demonstra se as características qualitativas são observadas pelo contador quando da 
confecção dos demonstrativos financeiros. 
 
Resposta Quantidade 
Sempre 4 
Às vezes 
Nunca 
Figura 10 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
 
As características qualitativas na hora da confecção dos Demonstrativos Financeiros são 
observadas por 100 % dos contadores, o que é plausível, tendo em vista que para que se tenha umaperfeita análise do balanço, é necessário saber se foram observados todos os procedimentos 
recomendados pelas normas vigentes, ou seja, se foi seguida a padronização no preparo dos 
demonstrativos. 
 
 
Ao ser questionado sobre as técnicas de análise que são utilizam para análise das demonstrações 
contábeis da empresa, o contador responde de acordo com o exposto na Figura 11 
 
Técnicas de Análise Quantidade 
Análise Vertical e Horizontal 3 
Análise dos Índices de Liquidez 1 
Análise dos Índices de Endividamento 
Análise da Rentabilidade 
Análise da Alavancagem Financeira 
Todas as alternativas 
Figura 11 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Neste quesito, a maioria dos contadores (75%) utiliza apenas a Análise Vertical e Horizontal e os 
outros 25% a Análise dos índices de liquidez, o que demonstra um resultado bastante interessante tendo 
em vista que apenas estas duas técnicas são utilizadas, sendo que também as outras são consideradas 
importantes para análise econômico-financeira de qualquer empresa. Conforme se pode observar no 
Referencial Teórico, a análise Horizontal identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de 
resultados ao longo de determinado período de tempo, isso significa que se trata de uma análise do 
crescimento da empresa, que permite avaliar a evolução das vendas, custos e despesas, o aumento dos 
investimentos realizados nos diversos itens ativos, a evolução das dívidas etc. medindo a variação 
percentual dos grupos de contas de um período em relação a outro, em função dos respectivos grupos de 
contas e a Análise Vertical, visa conhecer a participação percentual relativa de cada elemento em relação 
ao total de cada grupo que aquele elemento pertence. Com relação aos índices de Liquidez, estes são 
utilizados para avaliar a capacidade de pagamento em curto, imediato ou longo prazo. 
 
A figura 12 mostra, sob a ótica do contador, se o mesmo é procurado para auxiliar na resolução 
de dificuldades da empresa. 
 
Resposta Quantidade 
Sim 2 
Às vezes 
Não 2 
Figura 12 
Fonte: Elaboração própria (2013) 
 
Apenas 50% dos contadores são procurados para auxiliar na resolução de dificuldades por parte 
dos gestores. 
 
 
5- CONCLUSÃO 
 
Na verificação dos questionários respondidos, observou-se que os gestores, apesar de não 
estarem habilitados para uma análise dos demonstrativos contábeis, conhecem os que são mais utilizados 
para análise da situação econômico financeira da empresa e, além disso, utilizam esses relatórios como 
ferramentas na tomada de decisão. 
Alguns daqueles que fazem uso destes relatórios financeiros reclamaram da ausência de clareza 
na apresentação dos mesmos, foram relatadas por alguns gestores certas dificuldades como: Analisar os 
investimentos e os impostos devido ao fluxo da utilização dos mesmos; comparar o resultado obtido com 
os concorrentes antes de tomar decisões, conforme vimos tal problema poderia ter sido evitado caso os 
relatórios financeiros estivessem revestidos de características qualitativas para que alguns requisitos 
fossem encontrados, porém a mesma foi prejudicada pela falta dos seguintes requisitos: 
compreensibilidade, relevância e comparabilidade. 
Com relação aos contadores, a maioria não se detém apenas no fornecimento dos relatórios, mas 
na análise destes, contudo resumem-se ao uso de duas técnicas, análise vertical e horizontal e análise do 
índice de liquidez, ou seja, diante disso, percebe-se a preocupação dos contadores apenas na análise da 
evolução dos elementos patrimoniais e a capacidade de pagamento, a utilização de apenas estas duas 
técnicas foi uma grande surpresa, pois a análise poderia se dar de forma mais aprofundada se outras 
técnicas, conforme dispostas no quadro acima, fossem utilizadas, os contadores teriam um leque maior 
de informações úteis, ampliando a visão de presente e futuro da empresa. 
Existe certa deficiência no que diz respeito ao auxílio aos gestores por parte dos contadores, bem 
como a procura daqueles pelo profissional contábil, a qual poderia ser mais corriqueira, visto ser o 
contador o profissional dotado de habilidades para realizar as análises através dos diversos índices 
existentes. Contudo, a maioria dos contadores preservam as características qualitativas na confecção dos 
demonstrativos contábeis. 
Por fim, ficou evidente que apesar de algumas deficiências, tanto gestores quanto contadores 
têm a consciência da grande importância do uso dos demonstrativos contábeis para tomada de decisão, 
como sendo esses reflexos da saúde financeira da empresa e indicadores do que pode acontecer no 
futuro da mesma. 
Partindo disso, outros trabalhos podem ser desenvolvidos a partir desses elementos 
pesquisados, através de uma exploração maior do assunto. 
A pesquisa assim demonstra que deve existir, por parte dos profissionais contábeis que atuam 
nas empresas, o zelo pelo trabalho de confecção dos relatórios contábeis, dada a grande contribuição 
para vida da empresa, pois parte do trabalho deste profissional o material a ser utilizado para 
competitividade de qualquer empresa. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADRIANO S. Contabilidade Geral 3D. 1ª ed. São Paulo, Editora Método, 2012. 
 
MARION J. C. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade empresarial. 7ª ed. São Paulo, Editora 
Atlas, 2012. 
 
MATARAZZO D. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 2ª ed. São Paulo, Editora 
Atlas, 2005. 
 
FERRARI E. L. Contabilidade Geral. 12ª ed. São Paulo, Editora IMPETUS, 2012. 
APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS VERSUS COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 
 
 
NOME: ____________________________________ FUNÇÃO:____________ 
EMPRESA:__________________________________ 
 
1- )Que demonstrativos contábeis são utilizados para análise da situação da empresa: 
 
( )Balanço Patrimonial 
( )Demonstração de resultado de Exercício 
( )Demonstração de fluxo de caixa 
( )Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido 
( )Outra.Qual?___________________ 
( )Não conheço os demonstrativos descritos nas alternativas acima. 
 
2-)Você utiliza os demonstrativos para comparar a evolução e o desempenho da empresa e para tomar 
decisões ? 
( )Sempre 
( ) Às Vezes 
( ) Nunca 
 
3-) As informações contábeis são compreendidas? 
( ) Sim 
( ) Na maioria das vezes sim 
( ) Na maioria das vezes Não 
( ) Não 
 
Em caso positivo, apresente as dificuldades: ___________________________ 
_______________________________________________________________ 
 
4-) As informações contábeis suprem as necessidades de informação e fazem a diferença no dia a dia? 
( ) Sim 
( ) Parcialmente 
( ) Não 
 
5-)O contador é procurado para auxiliar na resolução de dificuldades da empresa? 
( )Sempre 
( ) Às Vezes 
( ) Nunca 
6-)Os dados contábeis refletem a realidade da empresa e contribuem para o alcance de objetivos da 
mesma? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
 
APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO PARA O CONTADOR 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS VERSUS COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL 
 
 
NOME: ____________________________________ 
EMPRESA:__________________________________ 
 
1- ) Que demonstrativos contábeis são utilizados para análise da situação da empresa? 
 
( )Balanço Patrimonial 
( ) Demonstração de resultado de Exercício 
( )Demonstração de fluxo de caixa 
( ) Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido 
( ) Outra.Qual?___________________ 
( ) Não analiso a situação da empresa, apenas preparo os demonstrativos. 
 
2-) As características qualitativas são observadas quando da confecção dos demonstrativos financeiros? 
 
( ) Sempre 
( ) Nunca 
( ) Às vezes 
 
3-) Que técnicas de análise são utilizadas para análise das demonstrações contábeis da empresa? 
 
( ) Análise Vertical e Horizontal 
( ) Análise dosÍndices de Liquidez 
( ) Análise dos Índices de Endividamento 
( ) Análise da Rentabilidade 
( ) Análise da Alavancagem Financeira 
( )todas as alternativas 
 
4-)O contador é procurado para auxiliar na resolução de dificuldades da empresa? 
( ) Sim 
( ) Não 
( ) Às vezes

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