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APOSTILA técnicas de enfermagem

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1-Técnica de Higienização das mãos em serviço de Saúde 
 
È a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções 
relacionadas à assistência à saúde. As mãos constituem a principal via de transmissão de 
microorganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível 
reservatório de diversos microorganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, 
por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e 
superfícies contaminados. 
 
Finalidades: 
 
 Remoção da sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, 
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. 
 Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 
 
Insumos necessários: 
 
 Água, sabões, agentes antissépticos, papel toalha, lavatórios, dispensadores de sabão e 
antissépticos, porta papel toalha, lixeira para descarte do papel toalha. 
Importante: antes de iniciar a técnica, é necessário retirar jóias (anéis, pulseira e relógio), pois sob 
tais objetos podem acumular-se microorganismos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1-Abrir a torneira e molhar as mãos 2-Aplicar na palma da mão quantidade 
suficiente de sabão evitando encostar-se a pia. líquido para cobrir todas 
as superfícies das mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3-Ensaboar as palmas da mão friccionando-as entre si. 4-Esfregar a palma da mão direita 
contra o 
 dorso da mão esquerda 
entrelaçando os dedos 
 e vice versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5-Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços 6-Esfregar o dorso dos dedos de uma 
mão com as interdigitais. palma da mão oposta, 
segurando os dedos, com 
 movimento de vai e vem e vice versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7-Esfregar o polegar direito, com o auxilio da palma 8-Friccionar as polpas digitais e unhas da 
mão 
da mão esquerda, utilizando-se movimento circular contra a palma da mão direita, fechada 
em concha, 
e vice-versa. fazendo movimento circular e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9-Esfregar o punho esquerdo, com auxílio da palma 10-enxaguar as mãos, retirando os 
resíduos de sabão. 
da mão direita, utilizando movimento circular e vice versa. evitar contato direto das mãos 
ensaboadas com a 
 torneira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11-Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos 
punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns. 
2-Limpeza de Unidade 
A unidade do paciente/cliente é representada, por todo o mobiliário, materiais e 
equipamentos que estejam próximos ao paciente e sejam passíveis de toques freqüentes 
pelas mãos dos profissionais de saúde e pacientes. 
 
2.1. Limpeza diária ou concorrente 
Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária de todas as áreas do hospital, 
com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de materiais de consumo como: 
sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco para lixo. Inclui: 
 
→Limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e peitoril, limpeza completa do 
sanitário, realizada pela equipe de higienização; 
 
→Limpeza de todo o mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira), realizada pela 
equipe de enfermagem da unidade (ou pela equipe da higienização, quando devidamente 
orientada). 
Obs.: 
 
• A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois há acúmulo 
de partículas existentes no ar ou pela movimentação de pessoas; 
 
• A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no período da manhã, 
durante a higiene do paciente. 
 
2.2. Limpeza e desinfecção terminal 
Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que compõem a 
unidade do paciente no hospital. É feita após a alta, transferência, óbitos ou longa 
permanência do paciente. 
Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm contato direto 
com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados (cadeira de rodas, 
maca e outros). 
 
Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção. 
Seguir os princípios: 
• Do mais limpo para o mais sujo; 
• Da esquerda para direita; 
• De cima para baixo; 
• Do distal para o proximal. 
 
Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para enxaguar, 
deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez, com outro 
pano. 
Trocar a água quantas vezes for necessário. 
 
Materiais: dois baldes com água e recipiente com sabão liquido. 
 
Técnica: 
 
1.Lavar as mãos; 
2.Reunir os materiais; 
3.Colocar a luva de procedimentos; 
4.Retirar a roupa, separando a leve da pesada, manuseando-a com cuidado, fazer um 
pacote e colocá-lo no hamper. Levar a roupa ao expurgo; 
5.Se houver comadre, papagaio, bacia e cuba-rim no quarto, enxaguar no banheiro e 
levar para o expurgo, lavá-las com água e sabão, secar e passar álcool 70%; 
6.Limpar rede de gases 
7.Limpar suporte de soro; 
8.Limpar a mesa de refeição; 
9.Limpar a mesa de cabeceira, iniciar pela área externa (parte superior, laterais, atrás e 
frente), parte interna da gaveta (iniciando pelo fundo, laterais, chão e frente) e parte 
externa da gaveta (limpar apenas laterais). Parte interna da porta. Parte interna da 
mesinha (iniciar pelo teto, fundo, laterais, prateleira do meio e parte inferior). Manter 
a porta fechada; 
10. Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a mesa de 
cabeceira, e proceder à limpeza do outro lado; 
11. Abrir o impermeável sobre o colchão e limpar a parte exposta, dobrar e limpar a 
outra parte exposta, colocando-a sobre o travesseiro; 
12. Limpar a face superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira para os pés; 
13. Colocar o colchão sobre a guarda aos pés da cama, expondo a metade inferior do 
estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão; 
14. Limpar cabeceira, grades e a parte exposta do estrado; 
15. Dobrar o colchão dos pés da cama para a cabeceira, limpando a parte inferior do 
estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão; 
16. Acionar a manivela para limpar a parte posterior do estrado nos pés da cama; 
17. Abaixar o estrado e colocar o colchão no lugar, na posiçãohorizontal; 
18. Limpar os quatro pés da cama; 
19. Colocar sobre o colchão o impermeável e o travesseiro; 
20. Proceder à limpeza da cadeira, e a escadinha; 
21. Aplicar álcool a 70%, em toda superfície já limpa, friccionar por 15 segundos em 
cada ponto; 
22. Recolher o material utilizado e lavá-lo, retirar as luvas e lavar as mãos. 
 
 3-Arrumação do Leito 
 
Definição Cama aberta - quando esta ocupada por cliente/paciente, 
Cama fechada - quando o leito está vago, 
Cama de operado - quando esta aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico. 
 
Normas: 
01 - O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão; 
02 - O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade; 
03 - Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho; 
04 - Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas; 
05 - Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos; 
06 - Observar o estado de conservação dos colchões e travesseiros; 
07 - Não sacudir as roupas de cama; 
08 - Não arrastar as roupas de cama no chão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 - Preparo do leito sem o cliente (Cama Fechada) 
Material 
Luvas de procedimento, 
02 Lençóis, 
01 Travesseiro, 
01 Fronha, 
01 Forro, 
01 Cobertor, se necessário, 
Hamper. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Preparar o material; 
03 - Colocar luvas de procedimento; 
04 - Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira; 
05 - Retirar a roupa de cama suja e colocá-los no hamper próximo do leito (improvisar 
com lençóis na guarda da cama, do lado dos pés); 
06 - Estender o lençol sobre o leito, dobrando as pontas do lençol na cabeceira e nos 
pés; fazer as pregas; 
07 - Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima; 
08 - Estender o lençol de cima e fazer uma meia dobra na cabeceira; 
09 - Fazer a dobra nos pés da cama; 
10 - Colocar a fronha no travesseiro; 
11 - Colocar o travesseiro na cama; 
12 - Recompor a unidade; 
13 - Lavar as mãos. 
 
3.2 - Preparo do leito com o Cliente (cama aberta) 
 
Material: 
01 travesseiro, 
02 lençóis, 
01 cobertor (se necessário), 
01 fronha, 
Camisola ou pijama, 
01 forro; 
01 lençol para fralda (se necessário). 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Colocar luvas de procedimento 
03 - Colocar a roupa na mesa de cabeceira; 
04 - Explicar o que se vai fazer ao paciente; 
05 - Improvisar hamper próximo à cama; 
06 - Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro 
lado; 
07 - Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira; 
08 - Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima; 
09 - Enrolar o forro e lençol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo 
do paciente; 
10 - Substituir o lençol de baixo, e o forro, pela roupa limpa; 
11 - Virar o cliente para o lado pronto, nunca o expondo; 
12 - Passar para o lado oposto; 
13 - Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e 
fazendo os cantos; 
14 - Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente; 
Obs.: - Se o cliente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas 
pessoas. 
 - Se o cliente pode se locomover, fazer uma dobra em V, para o lado que o cliente 
ira deitar-se. 
 - A abertura da fronha deverá ficar ao contrário da porta. 
 
3.3 - Preparo do leito de operado 
 
O leito do operado é igual ao leito fechado, mas com lençol dobrado em pregas, na 
cabeceira do leito próximo ao lençol móvel. Esse leito terá as roupas soltas nos pés, 
exceto o lençol de baixo. O lençol de cima, cobertor, e colcha deverá ser dobrado na 
parte da cabeceira e dos pés, deixando-os enrolados lateralmente. 
Apos deitar o paciente operado cobri-lo e prender as pecas da cama que estavam soltas 
fazendo os cantos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Técnicas Básicas Higiene e Conforto: 
 
NORMAS 
 
01 - A higiene do cliente fica a cargo da Equipe de Enfermagem; 
02 - Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito; 
03 - Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do banho e apos as 
refeições, com solução antisséptica, e quando se fizer necessário; 
04 - Ao lidar com o paciente, de maneira direta, é imprescindível o uso de luvas para 
procedimentos; 
05 - Cuidar durante o banho, para não expor, desnecessariamente, o paciente. A 
privacidade contribui muito para o conforto mental do paciente; 
06 - Secar bem toda a superfície do corpo do paciente, principalmente as dobras; 
07 - As portas do banheiro não devem ser trancadas, durante o banho; 
08 - Deve-se testar a temperatura da água, antes do banho do paciente. Geralmente se 
usa água morna. 
 
4.1 - Higiene oral 
 
Definição: Consistem na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. 
Condições patológicas que predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral: (estado de 
coma, hipertensão). 
 
Finalidades: Promover conforto ao paciente, evitar halitose, prevenir carie dentaria, 
conservar a boca livre de resíduos alimentares. 
 
4.2 - Higiene oral (em pacientes impossibilitados de cuidar de si) 
 
Material: 
 
Solução antisséptica; 
Espátulas envoltas em gazes; 
Toalha; 
Copo para colocar solução antisséptica; 
Luvas; 
Cuba-rim. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente o que ser feito; 
03 - Calcar luvas; 
04 - Reunir o material na mesa de cabeceira; 
05 - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes 
inconscientes, colocá-los em decúbito lateral; 
06 - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro 
plástico, se necessário; 
07 - Proceder à limpeza de toda a boca do paciente usando as espátulas envoltas em 
gazes, embebidas em solução antisséptica diluído em água; 
08 - Utilizar cuba-rim para o paciente "bochechar"; 
09 - Limpar a língua, para evitar que fique seborréia; 
10 - Enxugar os lábios com a toalha; 
11 - Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para evitar rachaduras; 
12 - Retirar luvas; 
13 - Lavar as mãos; 
14 - Recompor a unidade; 
15 - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas. 
 
Obs.: - Em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para 
retirar o excesso de líquido da solução antisséptica, sem mobilizar a cabeça; 
- Em pacientes conscientes, ele próprio deve escovar os dentes. 
 
4.3 - Higiene das próteses dentária 
 
Material: 
 
Copo com solução antisséptica bucal, 
Escova de dente, 
Pasta dental ou sabão liquido, 
Cuba-rim, 
01 par de luvas, 
Toalhas de papel, 
Toalhas de Banho e 
Biombo. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente o que vai fazer; 
03 - Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira do paciente; 
04 - Proteger o leito com biombo; 
05 - Colocar toalha sobre o tórax do paciente; 
06 - Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for permitido; 
07 - Calcar as luvas; 
08 - Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel. Se o paciente 
não puder 
remover as próteses sozinho, a enfermagem dever fazê-lo em seu lugar, lenta e 
cuidadosamente; 
09 - Colocar as próteses na cuba-rim, forrada com toalha de papel. Levarao banheiro; 
10 - Colocar a pasta dental ou sabão liquido sobre a escova; 
11 - Segurar as próteses na palma da Mao e escová-la com movimentos firmes da base 
dos dentes para as pontas; 
12 - Escovar a área de acrílico em toda sua extensão; 
13 - lavá-la sob jato de água fria; 
14 - Desprezar o papel toalha da cuba-rim e colocar outro; 
15 - Colocar a prótese limpa na cuba-rim; 
16 - Lavar a escova com água corrente e colocá-los na cuba-rim; 
17 - Lavar as mãos enluvadas; 
18 - Oferecer copo com solução anti-séptica bucal, para que o paciente enxágüe a boca; 
19 - Entregar a prótese ao paciente ou coloque-a por ele, no caso de impossibilidade do 
mesmo; 
20 - Colocar o paciente em posição confortável; 
21 - Desprezar as luvas; 
22 - Limpar e guardar todo o material; 
23 - Lavar as mãos; 
24 - Anotar no prontuário. 
 
Obs.: - Quando o paciente retirar a prótese ou recolocá-la, a Enfermagem dever 
observar se ha alguma 
anormalidade em cavidade bucal. Se houver, relatá-la no prontuário. 
 
4.4- Banho no leito (Paciente com Dependência Total) 
 
 
NORMAS 
 
01 - Trocar a água do banho sempre que necessário; 
02 - Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho 
ou trocá-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho; 
03 - Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em consideração que 
o paciente ajuda seguir a mesma técnica, porem, sem esquecer-se de lavar as mãos 
enluvadas, antes de manipular a roupa limpa; 
04 - O uso de mascara para banho e opcional como rotina. Levar em consideração os 
pacientes altamente infectados. 
 
Material: 
 
Carro de banho ou mesa de cabeceira, 
Luva de banho, 
Toalha de banho (lençol protetor), 
Material para higiene oral, 
Material para higiene intima, 
Pente, 
Sabonete individualizado, 
Comadre e/ou papagaio do próprio paciente, 
Roupa para o paciente (pijama ou camisola), 
Roupa de cama: 02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 
forro (travessa) S/N, 
Luvas de procedimento, 
Luvas de banho (trapos de tecido), 
Hamper (na porta do quarto) SN improvisar na guarda da cama do lado dos pés, 
01 bacia, 01 balde e biombo. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos e calcar as luvas de procedimentos; 
02 - Explicar ao paciente o que vai ser feito; 
03 - Trazer os materiais de banho e improvisar hamper ao leito; 
04 - Fechar as portas e janelas; 
05 - Proteger a unidade do paciente com biombos; 
06 - Oferecer comadre ou papagaio ao paciente; 
07 - Desprender a roupa de cama, 
08 - Lavar a cabeça, se necessário, e fazer higiene oral do paciente; 
09 - Trocar a água do banho, obrigatoriamente, apos a lavagem da cabeça; 
10 - Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze sem sabão; 
11 - Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço; 
12 - Desamarrar a camisola, mantendo o tórax protegido, descansando os braços sobre o 
lençol; 
13 - Lavar e enxugar o tórax e abdome, com movimentos circulares, ativando a 
circulação, observando as condições da pele e mamas; 
14 - Lavar e enxugar os braços, com movimentos longos e firmes, do punho a axila; 
desprezar o pano após axila, as mãos utilizar a bacia para imersão das mesmas, lavando 
e massageando dedos, enxugar bem as interdigitais; 
15 - Trocar a água; 
16 - Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo ate a raiz da coxa, do 
lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais próximo; 
17 - Colocar bacia sob os pés e lavá-la, principalmente nos interdigitos, observando as 
condições dos mesmos e enxugar bem; 
18 - Trocar a água da bacia e o pano, obrigatoriamente; 
19 - Encaixar a comadre no paciente; 
20 - Fazer higiene intima do paciente, de acordo com a técnica; 
21 - Trocar, obrigatoriamente, a água da bacia e a luva de banho, retirando a comadre, 
deixando-a ao lado do leito; 
22 - Virar o paciente em decúbito lateral, mantendo esta posição com o auxilio de outra 
pessoa; 
23 - Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo navegas e cóccix do 
paciente; 
24 - Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para o meio do 
leito, enxugando o colchão, fazer assepsia com álcool a 70%; 
25 - Proceder à arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral; 
26 - Virar o paciente sobre o lado pronto do leito; 
27 - Retirar a roupa suja e desprezá-la no hamper; 
28 - Calcar outras luvas ou lavar as mãos enluvadas e terminar a arrumação do leito; 
29 - Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés; 
30 - Vestir o paciente; 
31 - Pentear os cabelos do paciente; 
32 - Trocar a fronha; 
33 - Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decúbito mais adequado; 
34 - Limpar balde, bacia, comadre com água e sabão; 
36 - Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar; 
35 - Retirar as luvas e lavar as mãos; 
36 - Anotar no prontuário o que foi feito e as anormalidades detectadas, se houver. 
 
4.5 - Banho de aspersão (chuveiro) 
 
Material: 
Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital), 
Toalha de banho, 
Sabonete (individual), 
Pente, 
Luva de banho (opcional), 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar ao paciente o que vai ser feito; 
03 - Reunir o material e levar ao banheiro; 
04 - Encaminhar o paciente ao banheiro (portas e janelas fechadas); 
05 - Abrir o chuveiro e regular a temperatura da água e orientar o paciente sobre o 
manuseio da torneira; 
06 - Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer sozinho; 
07 - Iniciar o banho se a situação permitir, deixando o paciente sozinho; 
08 - Enxugar ou ajudar o paciente a fazê-lo, observando as condições da pele e a reação 
do banho; 
09 - Vestir e pentear o paciente caso não consiga fazê-lo sozinho; 
10 - Conduzir o paciente a sua unidade, colocando-o em posição confortável na cadeira; 
11 - Arrumar o leito e deixar a unidade em ordem; 
12 - Colocar tudo no lugar e chamar o pessoal da limpeza para proceder à limpeza do 
banheiro; 
13 - Lavar as mãos; 
14 - Anotar no prontuário. 
 
Obs.: - Sentar na cadeira embaixo do chuveiro e muito mais seguro para os pacientes 
idosos ou para os pacientes que ainda estão muito fracos, facilitando para que lavem as 
pernas e pés, com menor probabilidade de escorregarem. 
- Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao paciente, mas pedir-lhe para não 
trancar a 
porta e chamar se precisar de assistência. Manter-se perto do local. 
 
 
4.6 - Higiene íntima feminina 
 
Material: 
 
01 balde, 
01 jarra, 
Pacote de gazes, 
Comadre, 
Toalha de banho, 
Sabão liquido 
Luvas para procedimento, 
Hamper, 
Biombo, 
Forro (impermeável) e saco plástico, 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento ao paciente; 
03 - Reunir o material e colocá-los sobre a mesa de cabeceira; 
04 - Calcar as luvas; 
05 - Trazer o hamper próximo à porta do quarto; improvisar hamper na guarda da cama 
do lado dos pés; 
06 - Proteger a unidade com biombos; 
07 - Colocar o paciente em posição ginecológica, procurando expo-la o mínimo 
possível; 
08 - Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando-os sobre a região glútea; 
09 - Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma; 
10 - Irrigar monte pubiano e vulva com água, despejando-a suavemente com o auxilio 
da jarra; 
11 - Despejar pequena porção de sabão liquido sobre o monte pubiano; 
12 - Ensaboar a região pubiana, de cima para baixo sem atingir o anus, desprezando agaze, apos cada movimento vulva - anus; 
13 - Afastar os grandes lábios e lavá-la no sentido ântero-posterior, primeiro de um 
lado, e depois do outro lado; 
14 - Lavar por ultimo a região anal; 
15 - Despejar a água da jarra, sobre as regiões ensaboadas; 
16 - Retirar a comadre; 
17 - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta sob a 
região glútea do 
paciente; 
18 - Colocar a paciente em posição de conforto; 
19 - Desprezar as roupas (toalha, forro) no hamper; 
20 - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-los; 
21 - Retirar a luva; 
22 - Lavar as mãos; 
23 - Anotar no prontuário. 
 
Obs.: - Se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na 
pinça 
auxiliar para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com água e sabão liquido. 
 
4.7 - Higiene íntima masculina 
 
Material: 
 
01 balde, 
01 jarra, 
Pacote de gazes, 
Comadre, 
Toalha de banho, 
Sabão liquido, 
Luvas para procedimento, 
Hamper, 
Biombo, 
Forro e saco plástico. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento ao paciente; 
03 - Reunir o material e levá-lo a unidade do paciente; 
04 - Proteger a unidade com biombos; 
05 - Trazer o hamper próximo à porta do quarto, improvisar hamper na guarda da cama 
do lado dos pés; 
06 - Calcar as luvas de procedimentos; 
07 - Posicionar o paciente expondo somente a área genital; 
08 - Colocar o forro com plástico sob a região glútea do paciente; 
09 - Colocar a comadre sob a região glútea em cima do forro com a ajuda do paciente; 
10 - Irrigar com a jarra com água, a região genital; 
11 - Despejar pequena porção de sabão liquido, sobre os genitais; 
13 - Ensaboar os genitais, 
14 - Tracionar o prepúcio para trás s, lavando-o em seguida, com movimentos únicos e 
circulares; 
15 - Iniciar a higiene intima pelo meato urinário, prepúcio, glande, corpo do pênis, 
depois região escrotal e por ultimo a região anal; 
16 - Despejar o conteúdo da jarra sobre a região pubiana, pregas inguinais, pênis e bolsa 
escrotal; 
17 - Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto perineal; 
18 - Retirar todo o sabão liquido; 
19 - Retirar a comadre; 
20 - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta sob a 
região glútea do 
paciente; 
21 - Posicionar o prepúcio; 
22 - Colocar a paciente em posição de conforto; 
23 - Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro); 
24 - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-los; 
25 - Retirar a luva; 
26 - Lavar as mãos; 
27 - Anotar no prontuário. 
 
Obs.: - Se houver presença de secreção purulenta na região uretral, limpa-la com gaze, 
antes de proceder à limpeza com água e sabão. 
 
4.8 - Lavagem dos cabelos 
 
Material: 
 
Sabonete líquido, 
Balde, 
Bacia, 
Toalha de banho, 
Luvas para procedimento, 
Forro e saco plástico, 
Pente, 
Algodão em bola (02 unidades). 
 
Técnica: 
 
01 - Explicar ao paciente o que ser feito; 
02 - Reunir o material, e levá-lo próximo a cama do paciente; 
03 - Lavar as mãos; 
04 - Fechar portas e janelas; 
05 - Abaixar a cabeceira do leito do paciente; 
06 - Retirar o travesseiro; 
07 - Colocar toalha de banho na cabeceira da cama, sob o forro com o plástico; 
08 - Colocar sobre o forro com plástico, a bacia com água morna; 
09 - Proteger os ouvidos do paciente com algodão; 
11 - Sustentar a cabeça do paciente com uma das mãos, sobre a bacia com água; 
13 - Umedecer os cabelos com um pouco de água, aplicando o sabonete líquido 
evitando que o líquido escorra nos olhos; 
15 - Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos; 
16 - Lavar os cabelos; 
17 - Enxaguar os cabelos do paciente ate sair toda espuma, com o auxilio de uma jarra; 
18 - Despejar a água da bacia, quantas vezes forem necessárias; 
19 - Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer 
água; 
20 - Retirar a bacia que esta sob a cabeça do paciente; 
21 - Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha; 
22 - Secar os cabelos com toalha de banho ou forro; 
23 - Pentear os cabelos do paciente; 
24 - Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial; 
25 - Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em 
posição confortável; 
26 - Lavar as mãos; 
27 - Anotar na prescrição do paciente. 
 
4.9 – Tratamento de Pediculose e remoção de lêndeas. 
 
Material: 
 
Solução indicada para pediculose, 
Luvas para procedimento, 
Atadura de crepe, 
Esparadrapo, 
Forro e saco plástico, 
Pente fino, 
Biombo, 
Vaselina Liquida. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Trazer a bandeja com o material e colocá-los na mesa de cabeceira ou carro de 
banho; 
03 - Explicar o procedimento ao paciente; 
04 - Colocar biombo; 
05 - Colocar o forro protegido com plástico sobre o travesseiro; 
06 - Aplicar vaselina nas bordas do couro cabeludo, para evitar que a solução queime o 
rosto; 
07 - Dividir os cabelos em partes, aplicando a solução com gaze, fazendo fricção no 
couro cabeludo e no final embeber os cabelos; 
08 - Prender o cabelo e colocar a faixa de crepe ao redor da cabeça, formando um gorro 
e fixando com esparadrapo no final; 
09 - Conservar o travesseiro com forro; 
10 - Retirar as luvas; 
11 - Lavar as mãos; 
12 - Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem; 
13 - Levar a bandeja com o material para o local de origem; 
14 - Fazer anotações no prontuário do paciente. 
 
Obs.: - Deixar a solução no cabelo por 03 a 06 horas pela manha e lavá-la à tarde, 
passando vinagre apos e penteando; 
- Repetir o procedimento durante 03 dias ou mais, se necessário. 
 
4.10 - Como colocar e retirar comadre do paciente acamado. 
 
Material: 
 
Comadre, 
Papel higiênico, 
Biombos, 
Bacia com água morna 
Toalha de banho, 
Sabonete. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente; 
03 - Cercar a cama com biombos; 
04 - Explicar ao paciente o que vai ser feito; 
05 - Reunir o material necessário junto à unidade; 
06 - Colocar as luvas de procedimento; 
07 - Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a 
extremidade sobre o lençol ou colocando-a em contato com água quente; 
08 - Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele estiver impossibilitado, levantar 
por ele, com a ajuda de outro funcionário da Enfermagem; 
09 - Colocar a comadre sob os quadris; 
10 - Deixar o paciente sozinho, sempre que possível; 
11 - Ficar por perto e voltar tão logo ele o chamem; 
12 - Entregar papel higiênico ao paciente, orientando-o sobre a higiene intima e se 
necessário, faça por ele; 
13 - Pedir novamente ao paciente que levante o quadril ou, se necessário, levante por 
ele; 
14 - Retirar a comadre; 
15 - Fornecer bacia com água para que o paciente lave as mãos; 
16 - Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos; 
17 - Lavar o material; 
18 - Colocar o material restante no lugar; 
19 - Deixar o paciente em posição confortável; 
20 - Desprezar as luvas e lavar as mãos; 
21 - Anotar no prontuário. 
 
Obs.: - Não deixar um paciente esperando pela comadre, por se tratar de um ato 
fisiológico e a espera pode levar a angustia física e emocional, podendo ocorrer 
diminuição do tônus dos esfíncteres. 
- Por se tratar de um momento intimo, muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois se 
sentem 
inibidos, não conseguindoevacuar perto de outras pessoas. 
 
 
4.11 – Massagem de conforto 
 
Definição: E a massagem corporal realizada durante o banho de leito, e aconselhável 
ainda, apos o uso de comadre e durante a mudança de decúbito. 
Finalidade Estimular a circulação local; 
Prevenir escaras de decúbito; proporcionar conforto e bem estar; possibilitar 
relaxamento muscular. 
 
Material: 
 
Hidratante (Dersani) ou talco. 
 
Técnica: 
 
01 - Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se encontra a pessoa que ira fazer a 
massagem; 
02 - Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral. 
03 - Apos lavar as costas, despejar na palma da mão pequena quantidade de, creme ou 
talco; 
04 - Aplicar nas costas do paciente massageando com movimentos suaves e firmes, 
seguindo a seguinte orientação: 
a) Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da espinha e massageando em 
direção ao 
centro, em volta dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes; 
b) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e para cima da espinha, voltando 
para baixo com movimentos circulares por quatro vezes; 
c) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da espinha e para cima, retornando 
para baixo 
massageando com a palma da mão, executando círculos pequenos; 
d) Repetir os movimentos longos e suaves que deram inicio a massagem por três a cinco 
minutos e 
continuar com o banho ou mudança de decúbito. 
 
4.12 - Prevenção de escaras e deformações. 
 
Pacientes que permanecem muito tempo acamados requerem uma atenção especial; os 
inconscientes geralmente apresentam reflexos alterados, com diminuição ou abolição de 
movimentos voluntários. A imobilização pode facilitar complicações 
traqueobrônquicas; a circulação pode-se tornar deficiente em determinados pontos da 
área corpórea, onde sofrem maior pressão, provocando ulcerações (escaras de decúbito), 
o relaxamento muscular e a posição incorreta dos vários segmentos do corpo pode 
provocar deformidades. A mudança de decúbito, exercícios passivos e massagem de 
conforto, são medidas utilizadas para prevenir deformidades e escaras de decúbito. 
 
Locais de aparecimento de Úlcera de Pressão 
 
• Ombros; 
• Omoplata; 
• Cotovelos; 
• Quadril; 
• Base da espinha 
• (região sacral); 
• Lateral das nádegas; 
• Joelhos; 
• Tornozelo e 
• Calcanhar 
 
 
 
 
4.13 – Mobilização ativa e passiva. 
 
A movimentação ativa é quando o paciente participa gastando energia e fazendo esforço 
para exercitar seus músculos ativamente. Esse trabalho promove o aumento da força e 
do tônus muscular, melhorando também a mobilidade das articulações e favorecendo o 
bom funcionamento intestinal. 
Na movimentação passiva não ocorre à participação do paciente: outra pessoa realiza os 
movimentos por ele, com o objetivo de melhorar a circulação sanguínea, aumentando 
assim a oferta de nutrientes e de oxigênio dos tecidos, prevenindo à formação de úlceras 
de pressão, evitando contraturas musculares etc. A permanência no leito por tempo 
prolongado acarreta uma série de complicações, como: deformidades atrofia muscular, 
complicações pulmonares e circulatórias. O tipo, a quantidade e a freqüência da 
movimentação passiva devem ser corretamente planejados. 
 
Tipos de movimentos utilizados: 
• Abdução: realizado para fora do eixo central do corpo; 
• Adução: realizado em direção ao eixo central do corpo; 
• Flexão: curvar ou dobrar; 
• Extensão: estender ou esticar; 
• Rotação: girar, num movimento circular, em torno de um eixo fixo; 
• Pronação: virar para baixo em direção ao chão; 
• Supinação: virar para cima.·. 
Estes movimentos devem ser realizados nas principais articulações dos membros 
superiores e inferiores: antebraços, mãos, dedos das mãos, joelhos, cotovelos, coxas, 
pés, dedos dos pés e tornozelos. 
O grau de movimento que as pessoas podem tolerar varia consideravelmente; portanto, 
deve-se evitar a fadiga e a dor durante os exercícios. As articulações devem ser 
exercitadas até o seu limite de movimento, evitando-se forçá-las quando há resistência 
ou queixa de dor. 
 
4.14 – Transporte de maca, cadeira de rodas e leito. 
 
Os procedimentos que envolvem a movimentação e o transporte de pacientes são 
considerados os 
mais penosos e perigosos para os trabalhadores da saúde. Estudiosos da questão 
defendem que o 
ensino desses procedimentos deve ser complementado com uma avaliação do local de 
trabalho e com alternativas para torná-los menos prejudiciais. Um cuidadoso 
planejamento, antes de se iniciarem esses procedimentos, é essencial e imprescindível. 
Dentro deste contexto, desenvolveram-se orientações básicas e procedimentos que 
tiveram um suporte teórico na literatura internacional. 
 
 4.14 .1- Avaliação das condições e preparo do cliente 
Inicialmente, deve-se fazer uma avaliação das condições físicas da pessoa que será 
movimentada, de sua capacidade de colaborar, bem como a observação da presença de 
soros, sondas e outros equipamentos instalados. Também é importante, para um 
planejamento cuidadoso do 
procedimento, uma explicação, ao paciente, do modo como se pretende movê-lo, como 
pode 
cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção. Vale à pena 
salientar que o 
cliente deve ser orientado a ajudar, sempre que for possível, que não deve ser mudado 
rapidamente 
de posição e tem que estar usando chinelos ou sapatos com sola antiderrapante. Outro 
ponto 
muito importante é que a movimentação e o transporte de obesos precisam ser 
minuciosamente avaliados e planejados, usando se, sempre que possível, auxílios 
mecânicos. 
 
4.14 .2- Preparo do ambiente e dos equipamentos 
Considerando-se que determinados aspectos ergonômicos do posto de trabalho podem 
prejudicar atividades ocupacionais, tais como os procedimentos relacionados com 
movimentação e transporte abordam-se, nessa parte, os principais cuidados que 
necessitam ser observados: Verificar se o espaço físico é adequado para não restringir 
os movimentos: 
• Examinar o local e remover os obstáculos; 
• Observar a disposição do mobiliário; 
• Obter condições seguras com relação ao piso; 
• Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando necessário; 
• Elevar ou abaixar a altura da cama, para ficar no mesmo nível da maca; 
• Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional; 
• Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que será realizado; 
Devem-se, também, utilizar equipamentos auxiliares e adaptar as condições do ambiente 
a cada paciente em particular. Neste caso, pode ser necessário: 
• Utilizar cadeira de rodas própria para banho ou higiene 
 
4.14.3- Preparo da equipe 
Existem algumas orientações, especificamente relacionadas com os princípios básicos 
de mecânica corporal, que devem ser utilizadas pelo pessoal de enfermagem durante a 
manipulação de pacientes: 
• Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão, 
• Trabalhar com segurança e com calma, 
• Manter as costas eretas, 
• Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente, 
• Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna; 
• Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima; 
• Utilizar movimentos sincrônicos; 
• Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, que deverá ser erguido ou 
movido; 
• Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados; 
• Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas; 
 
 4.14.4- Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira de rodas 
O paciente pode executar essa transferência de uma forma independente ou com uma 
pequena 
ajuda, utilizando uma tábua detransferência, da seguinte maneira: 
• Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a mesma altura; 
• Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e elevar o apoio dos pés; 
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira; 
• Sentar o cliente na beira da cama; 
• Calçar o cliente com sapato ou chinelo antiderrapante; 
• Segurar o cliente pela cintura, auxiliando-o a levantar-se, virar-se e sentar-se na 
cadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro modo é usar o cinto de transferência, seguindo-se os passos: 
• Colocar a cadeira ao lado da cama, com as costas para o pé da cama; 
• Travar as rodas e levantar o apoio para os pés; 
• Sentar o cliente na beira da cama 
• Calçar o cliente com sapato ou chinelo antiderrapante 
• Segurar o cliente pela cintura, auxiliando-o a levantar-se, virar-se e sentar-se na 
cadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.14.5- Transferir o paciente do leito para um maca 
Não existe maneira segura para realizar uma transferência manual do leito para uma 
maca. 
Existem equipamentos que devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos 
resistentes de transferências nesse caso, o paciente deve ser virado para que se acomode 
o material sob ele. .Volta-se o paciente para a posição supina, puxando-o para a maca 
com a ajuda do material ou do lençol. 
Devem participar desse procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo 
das condições e do peso do cliente. Nunca se esquecer de travar as rodas da cama e do 
leito e de ajustar sua altura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - Posições Para Exame Físico 
 
5.1-Posição Ginecológica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: exames vaginal e vulvo vaginal, lavagem vaginal, sondagem vesical, 
tricotomia. 
Descrição da Posição 
Colocar a paciente em de decúbito dorsal, joelhos flexionados e bem separados, com os 
pés sobre a cama; proteger a paciente com lençol ate o momento do exame. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar à paciente, avisando-a que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombo; 
04 - Colocar a paciente em decúbito dorsal horizontal; 
05 - Pedir a paciente para flexionar os membros inferiores, colocando os calcanhares na 
cama; 
06 - Afastar bem os joelhos; 
07 - Proteger a paciente com lençol em diagonal, de tal forma que uma ponta fique 
sobre o peito e a outra na região pélvica. As outras duas pontas deverão ser presas sob 
os calcanhares da paciente; 
08 - Colocar a paciente em posição confortável apos o exame ou tratamento; 
09 - Recompor a Unidade; 
10 - Lavar as mãos; 
11 - Anotar no prontuário da paciente. 
 
 
5.2-Posição de Decúbito Dorsal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: realizar exame físico. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombos; 
04 - Deitar o paciente de costas com a cabeça e ombros ligeiramente elevados por 
travesseiros, as 
pernas estendidas; 
05 - Dar condições necessárias para a expansão pulmonar, não dobrando o pescoço ou 
cintura; 
06 - Manter os membros superiores ao longo do corpo; 
07 - Deixar o paciente em posição correta para evitar distensão dos tendões da perna; 
08 - Manter os joelhos ligeiramente flétidos e os pés bem apoiados; 
09 - Evitar a queda dos pés eqüinos; 
10 - Proteger o paciente sempre com o lençol, expondo apenas o necessário; 
11 - Colocar o paciente em posição confortável apos o exame; 
12 - Recompor a Unidade; 
13 - Lavar as mãos; 
14 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
 
 
 
5.3-Posição de Sims: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: exames retais e lavagem intestinal. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombos; 
04 - Colocar o paciente deitado do lado esquerdo; 
05 - Aparar a cabeça do paciente sobre o travesseiro; 
06 - Colocar o braço esquerdo para trás do corpo; 
07 - Flexionar o braço direito e deixá-lo apoiado sobre o travesseiro; 
08 - Colocar o membro inferior esquerdo ligeiramente flexionado; 
09 - Colocar o membro inferior direito fletido ate quase encostar o joelho no abdome; 
10 - Deixar o paciente sempre protegido com lençol, expondo apenas a região 
necessária; 
11 - Colocar o paciente em posição confortável apos o exame ou tratamento; 
12 - Recompor a Unidade; 
13 - Lavar as mãos; 
14 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
 
5.4-Posição de Fowler: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: paciente com dificuldades respiratórias, para a alimentação do paciente, pós 
operatório nasal, buço máximo, cirurgia de tireóide (tireodectomia). 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombo; 
04 - Manter o paciente em posição dorsal, semi-sentado, recostado, com os joelhos 
flétidos, apoiados em travesseiros ou o estrado da cama modificado; 
05 - Elevar a cabeceira da cama mais ou menos em angulo de 45 graus; 
06 - Elevar o estrado dos pés da cama para evitar que o paciente escorregue; 
07 - Verificar se o paciente esta confortável; 
08 - Proteger o paciente com lençol; 
09 - Deixar o paciente em posição confortável apos o exame ou tratamento; 
10 - Recolocar o material no lugar; 
11 - Lavar as mãos; 
12 - anotar no prontuário do paciente. 
 
 
5.5-Posição de Decúbito Lateral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: cirurgias renais, massagem nas costas, mudança de decúbito. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombos; 
04 - Posicionar o paciente na cama sobre um dos lados; 
05 - Colocar a cabeça sobre o travesseiro, apoiando também o pescoço; 
06 - Colocar outro travesseiro sob o braço que esta suportando o peso do corpo; 
07 - Colocar um travesseiro entre as pernas para aliviar a pressão de uma perna sobre a 
outra; 
08 - Manter o alinhamento corporal a fim de facilitar a respiração; 
09 - Proteger o paciente com lençol, expondo apenas o local a ser examinado; 
10 - Colocar o paciente em outra posição confortável apos o repouso de mudança de 
decúbito ou exame; 
11 - Recompor a Unidade; 
12 - Lavar as mãos; 
13 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
5.6-Posição em Decúbito Ventral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: laminectomias, cirurgias de tórax posterior, tronco ou pernas. 
 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombos; 
04 - Deitar o paciente com o abdômen sobre a cama ou sobre 
a mesa de exames; 
05 - Colocar a cabeça virada para um dos lados; 
06 - Colocar os braços elevados, com as palmas das mãos apoiadas no colchão, à altura 
da cabeça ou ao longo do corpo; 
07 - Colocar um travesseiro, se necessário, sob a parte inferior das pernas e pés, para 
evitar pressão nos dedos; 
08 - Proteger o paciente com lençol; 
09 - Colocar o paciente em posição confortável; 
10 - Recompor a Unidade; 
11 - Lavar as mãos; 
12 - Anotar no prontuário do paciente. 
Obs.: - Em alguns casos esta posição e contra indicada (pacientes portadores de incisões 
abdominais, ou com dificuldade respiratória, e idosa, obesa.). 
 
5.7-Posição genupeitoral:Indicações: exames do reto e vagina, sigmoidoscopia. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito; 
03 - Isolar a cama com biombo; 
04 - Solicitar ao paciente para que fique em decúbito ventral; 
05 - Apoiar o peito do paciente de encontro com o colchão ou mesa de exame; 
06 - Pedir ao paciente para fletir os joelhos; 
07 - Colocar a cabeça virada para um dos lados, sobre um pequeno travesseiro; 
08 - Pedir para o paciente estender os braços sobre a cama, na altura da cabeça; 
09 - Solicitar ao paciente para que descanse o peso do corpo sobre a cabeça, ombros 
peito, e os joelhos, formando assim, um angulo reto entre as coxas e as pernas; 
10 - Proteger o paciente com lençol, expondo apenas o necessário; 
11 - Colocar o paciente em posição confortável apos o exame; 
12 - Recompor a Unidade; 
13 - Lavar as mãos; 
14 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
5.8-Posição de Trendelemburg: 
 
 
 
 
 
 
Indicações: Cirurgias da região pélvica, estado de choque, trombo flebites, casos em 
que deseja melhor irrigação cerebral, drenagem de secreção pulmonar. 
 
Técnica 
 
01 - Lavar as mãos. 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito. 
03 - Colocar o paciente na posição dorsal horizontal' 
04 - Inclinar a cabeceira da cama em angulo adequado. 
05 - Elevar os pés da cama em angulo adequado, de forma 
que a cabeça fique mais baixa em relação ao corpo. 
06 - Proteger o paciente com lençol, expondo apenas o necessário. 
07 - Recompor a Unidade. 
08 - Lavar as mãos. 
09 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
5.9-Posição Litotomia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações: parto, cirurgia ou exame de períneo, vagina e bexiga. 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos. 
02 - Identificar o paciente e avisá-lo sobre o que será feito. 
03 - Colocar o paciente na posição dorsal horizontal, com os ombros e a cabeça 
ligeiramente elevados. 
04 - As coxas, bem afastadas uma das outras, são flexionadas sobre o abdômen . 
05 - Para manter as pernas nesta posição de flexão, usam-se suportes para os joelhos ou 
suporte com alças para os pés. 
06 - Proteger o paciente com lençol, expondo apenas o necessário. 
07 - Recompor a Unidade. 
08 - Lavar as mãos. 
09 - Anotar no prontuário do paciente. 
 
5.10- Posição Ortostática ou Ereta: 
Colocar o cliente em pé. 
Indicações: usada para certos exames de anormalidades ortopédicas ou neurológicas. 
 
 
6 – Restrição/Contenção do Paciente 
 
Finalidade: nos casos de pacientes agitados, pós-operatórios, principalmente cirurgias 
de cranio; 
em traumas e cirurgias em regiao ocular, quando o paciente não colaborar; 
em doentes mentais, quando constituem um perigo para si e para os demais; 
pacientes com infecção na pele, para evitar que se cocem; 
no caso de pacientes que nao colaboram, para manutencao de sondas, cateteres e soros. 
Meios Utilizados para Restrição lençóis, faixas elásticas, coletes, cama com grade, 
saquinhos de areia, atadura de crepe. 
 
NORMAS 
 
01 - Importante conversar sempre com o paciente durante o tratamento, para diminuir o 
desconforto da restrição e a inquietude, explicando-lhe a finalidade da restrição; 
02 - Retirar a restrição logo que terminar o tratamento ou o paciente se acalmar; 
03 - Há necessidade de uma boa observação devido à possibilidade de deficiência de 
circulação; 
04 - Sempre anotar as causas das restrições no prontuário ; 
05 - Verificar com freqüência o local da restrição; se o paciente ficar sob restrição 
durante muito tempo, retira-la duas vezes ao dia, lavar o local com agua morna e 
sabonete ou sabão líquido, massageando o local; 
06 - Ter cuidado para não apertar demasiadamente; deve-se passar pelo menos um dedo 
entre a argola e o local restrito; 
07 - Não deixar de restringir os membros sem restringir também o abdômen quando o 
paciente estiver agitado; 
08 - Quando colocar restrição sobre o abdômen, evitar ajustar o lençol sobre a região 
epigástrica; 
09 - Evitar fazer pressão sobre as artérias, fraturas, queimaduras e ferimentos e 
10 - Deve-se usar a restrição, somente quando se tornar absolutamente necessária. 
 
6.1 - Restrições por meio de lençóis 
6.1.1 - Restrição dos ombros 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); 
03 - Dobrar um lençol em diagonal, ate formar uma faixa de 25 cm de largura; 
04 - Colocar a faixa sob as costas do paciente, passando pelas axilas, cruzando sob o 
travesseiro e 
amarrando na cabeceira da cama; 
05 - Lavar as mãos; 
06 - Anotar no prontuario. 
 
6.1.2 - Restrição do abdômen 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento e a finalidade 
ao paciente (se possível); 
03 - Dobrar 02 lençóis de forma longitudinal (ao comprido) ou diagonal cada um, ate 
formar uma faixa de 25 cm de largura; 
04 - Colocar uma faixa sobre o abdômen do paciente e a outra sob a região lombar; 
05 - Torcer juntas as pontas do lado direito dos dois lençóis, amarrando-as no estrado do 
leito; 
06 - Repetir o mesmo procedimento para o lado esquerdo; 
07 - Lavar as mãos e 
08 - Anotar no prontuario. 
 
6.1.3 - Restrição dos joelhos 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); 
03 - Dobrar 01 lençol em diagonal; 
04 - Colocar sob os joelhos do paciente; 
05 - Passar a ponta do lado direito do lençol sobre o joelho direito e por baixo do 
esquerdo; 
06 - Passar a ponta do lado esquerdo do lençol sobre o joelho esquerdo e por baixo do 
joelho direito, amarrando as extremidades livres no estrado do leito; 
07 - Lavar as mãos; 
08 - Anotar no prontuario. 
 
6.2 - Restrição com ataduras de crepe 
 
Técnica: 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); 
03 - Formar com a faixa uma figura em oito e apanhá-la pelos dois centros formando 
laço com nó; 
04 - Colocar o membro do paciente em posição apropriada, prendendo-o com a argola 
formada pela faixa; 
05 – proteger a pele com outra faixa ou algodão ortopédico, cuidado para não apertar 
demasiadamente a argola; 
06 - Amarrar a extremidade da faixa no lado da cama. 
07 - Lavar as mãos; 
08 - Anotar no prontuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 – Medidas Antropométricas 
 
Mensuração: é o ato ou processo de medir peso e altura. 
 
Finalidades: 
Acompanhar o crescimento pondo-estatural; 
Detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura e 
Avaliação nutricional. 
A verificação de peso deve ser feita na internação do paciente e sempre que prescrito 
pelo médico ou enfermeiro. 
 
Técnica: 
 
7.1-Verificação do peso: 
 
1-Colocar a balança em um piso plano, seco e não escorregadio. 
2-Forrar a balança com papel toalha. 
3-Regular ou tarar a balança: colocar os mostradores em zero; 
 levantar o pino da trava; girar o parafuso da calibragem para a 
esquerda ou para a direita, nivelando o fiel da balança; abaixar 
o pino da trava. 
4-Lavar as mãos. 
5-Explicar o procedimento ao cliente. 
6-Solicitar ao cliente que retire os sapatos e use roupas leves. 
7-Auxiliar o cliente a subir na balança, colocando-o no centro com os pés unidos e os 
braços soltos ao lado do corpo. 
8-Destravar a balança. 
9-Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do cliente. 
10-Mover o indicador de gramasaté equilibrar o fiel da balança. 
11-Travar a balança. 
12-Solicitar e auxiliar o cliente a descer da balança. 
13-Ler e anotar o peso estampado nos mostradores. 
14-Lavar as mãos. 
 
Obs.: O peso deve ser verificado pela manhã, em jejum e com a bexiga vazia, 
preferencialmente. 
Os tipos de balança variam de acordo com a faixa etária do cliente: pediátrico ou adulto. 
 
Técnica: 
 
7.2-Verificação da estatura: 
 
1-Explicar o procedimento ao cliente; 
2-Lavar as mãos; 
3-Auxiliar o cliente a se posicionar de costas para escala de medida; 
4-Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do 
cliente; 
5-Manter o cliente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica, com os pés 
juntos, encostados na escala métrica; 
6-Travar a haste; 
7-Auxiliar o cliente a descer da balança; 
8-Realizar a leitura; 
9-Destravar e descer a haste; 
10-Lavar as mãos; 
11-Realizar a anotação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8-Colocação e Remoção de luvas estéreis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9- Ataduras ou Bandagem 
 
Bandagem é a aplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo 
confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte 
do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no 
curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular, 
trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e melhora a propriocepção 
no caso do uso de bandagens no ombro método utilizado na fisioterapia. 
 
Normas: 
 
-Posicionar a parte do corpo a ser enfaixada em uma posição confortável de alinhamento 
anatômico normal. As faixas provocam imobilização executada em posição de funcionamento 
normal da parte do corpo envolvida reduz os riscos de deformações ou lesões. 
 
-Evitar o atrito entre e contra as superfícies de pele aplicando gaze ou coxins de algodão. As 
superfícies de pele em contato (como por exemplo, entre os dedos, abaixo das mamas) podem 
roçar entre si provocando escoriações ou irritação local. Faixas colocadas sobre protuberâncias 
ósseas podem roçar contra a pele e provocar rupturas. 
 
-Colocar as faixas firmemente para evitar que escorreguem durante a movimentação do paciente. 
A fricção entre a faixa e a pele pode provocar rupturas da pele. 
 
-Ao enfaixar as extremidades, colocar a faixa firmemente, com igual tensão exercida sobre cada 
volta. Evitar o excesso de superposição de camadas de faixas. Este procedimento evita a 
distribuição desigual de pressão sobre a parte do corpo enfaixada. A pressão localizada provoca o 
comprometimento circulatório. 
 
-Posicionar esparadrapo, nós ou laçadas longe de feridas ou de quaisquer áreas sensíveis da pele. 
Os esparadrapos e laços utilizados para fixar as faixas podem exercer pressão localizada e 
irritação. 
 
Técnica: 
 
01. Deve-se explicar o que vai fazer ao paciente antes de se iniciar o procedimento. 
02. Colocar-se de frente para o paciente. 
03. Colocar a atadura sobre o segmento corporal, de modo que o rolo se abra para cima. 
04. Aplicar no sentido do ponteiro de um relógio, salvo se a pessoa é canhota. 
05. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita leva o rolo. 
06. Ao passar a atadura, as duas mãos devem tracionar o rolo uniformemente. 
07. Desenrolar a atadura à medida que for atingindo a superfície corporal. 
08. Correr com o rolo sempre da esquerda para a direita. 
09. Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto; do contrário deslocam-se 
com facilidade. 
10. A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita 
porque se desajusta facilmente. 
11. A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro ou parte do corpo a ser 
enfaixado. 
12. Caso queira exercer compressão maior, as ataduras deverão ser acolchoadas. 
13. Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a 
extremidade terminal primeira. 
14. Para se retirar a atadura caso ela esteja aderente, deve-se umedecê-la com soro fisiológico 
aquecido. Devem ser removidas com luvas e colocadas em saco plástico. Ao retirá-la deve-se ir 
gradativamente enrolando-a. 
 
 
 
Alguns Tipos de enfaixamento: 
 
9.1 Circular 
 
 
 
A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior. 
Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na ultima volta, cobre uma parte do corpo de tamanho 
reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé). 
 
9.2-Espiral 
 
 
 
A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo a 
metade ou dois terços da faixa. 
Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores. 
 
9.3- Recorrente 
 
 
 
A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da 
parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da 
faixa; o corpo da a faixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do corpo a ser coberta e 
cada volta é dobrada sobre si mesma. 
Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado. 
 
 
 
 
10- Técnicas de Curativos 
As técnicas de curativos são procedimentos assépticos que vão desde a irrigação com solução 
fisiológica até a cobertura específica que auxiliarão no processo de cicatrização. 
A enfermagem deve ser bastante criteriosa, quanto aos medicamentos nas lesões e nas técnicas de 
curativos corretas, sem contaminações, pois podem interferir de uma forma positiva ou negativa 
na cicatrização. 
10.1-Tipos de Curativos: 
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a 
perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir formação de 
crosta. 
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sangüíneo, promover a estase e ajudar na 
aproximação das extremidades da lesão. 
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. 
Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc. 
são exemplos deste tipo de curativo. 
 
10.2-Classificação do Curativo de acordo com o Tamanho da Ferida: 
 
Curativo pequeno: curativo realizado em ferida pequena: aproximadamente 16 cm2. (ex: 
cateteres venosos e arteriais, cicatrização de coto umbilical, fístulas anais, pequenas incisões, 
traqueotomia) 
Curativo Médio: curativo realizado em ferida média, variando de 16,5 a 36 cm2. (ex: Cesáreas 
infectadas, incisões de dreno, lesões cutâneas, abscessos drenados, escaras infectadas.) 
Curativo grande: curativo realizado em ferida grande, variando de 36,5 a 80 cm2. (ex: Incisões 
contaminadas, grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica, cardíaca), queimaduras 
(área e grau), toracotomia com drenagem, úlceras infectadas, outros). 
Curativo Extra Grande: curativo realizado em ferida grande, com mais de 80 cm2 (ex: Todas as 
ocorrências de curativos extragrandes deverão obrigatoriamente constar de justificativa médica). 
 
10.3-Técnica de Curativo: 
 
1-Explicar o procedimento ao paciente e familiar, para assegurar sua tranqüilidade; 
2-Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja em um mesmo paciente; 
3-Reunir o material e verificardata de esterilização nos pacotes utilizados para o curativo; 
4-Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível; 
5-Utilizar sempre material esterilizado, e manipulação do pacote de curativo com técnica 
asséptica, incluindo a utilização de luvas; 
6-Remover o curativo antigo com pinça dente de rato, se as gazes estiverem aderidas na ferida, 
umedecê-las antes de retirá-las, desprezando em um saco plástico improvisado como lixo; 
7-Fazer a dobra da gaze com a pinça Kelly com ajuda da pinça auxiliar; 
8-Proceder a limpeza da lesão com pinça Kelly, com gaze umedecida em soro fisiológico, com 
movimentos semicirculares, de dentro para fora (curativo limpo), de cima para baixo, utilizando-
se as duas faces da gaze, sem voltar ao início da lesão, se for curativo contaminado a limpeza 
será de fora para dentro, não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material estéril; 
9-Secar a lesão de cima para baixo 
10-Colocar medicamentos se necessário de cima para baixo, nunca voltando à gaze onde já 
passou 
11-Retirar o excesso de medicação 
12-Fazer a oclusão se necessário 
13-Recomposição do paciente e ambiente; 
14-Destinação dos materiais (encaminhar-se ao expurgo da unidade com todo material, 
desprezando o lixo e executar a lavagem e desinfecção das pinças utilizadas, acondicionando-as 
para ser encaminhadas a CME); 
15-Lavar as mãos e 
16-Fazer as anotações necessárias no prontuário. 
10.4-Cuidados importantes: 
 
• Considerar contaminado qualquer material que toque sobre locais não esterilizados; 
• Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-os com pinças (técnica 
asséptica); 
• Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando houver necessidade de 
contato direto com a ferida ou com o material que irá entrar em contato com a ferida; 
• Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos contaminada; Nunca abrir e trocar 
curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em que troca de ferida contaminada; 
• Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no mesmo paciente, deve iniciar pelos de 
incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos e por último as 
colostomias e fístulas em geral; 
• Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça voltada para baixo; 
• Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa, com o membro apoiado, tendo o 
cuidado de não apertar em demasia. 
• Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a data, a hora e o nome de quem 
realizou o curativo 
• Não comprimir demasiadamente com ataduras e esparadrapos o local da ferida a fim de garantir 
boa circulação; 
• As compressas e ataduras deverão ser colocadas em saco plástico, nunca no lixo do quarto do 
cliente; 
• Trocar os curativos úmidos quantas vezes forem necessárias, o mesmo procedimento deve ser 
adotado para a roupa de cama, com secreção do curativo; 
• Quando o curativo da ferida for removido, a ferida deve ser inspecionada quanto a sinais 
flogísticos. Se houver presença de sinais de infecção (calor, rubor, hiperemia, secreção) 
comunicar a supervisora e anotar no prontuário; 
• O curativo deve ser feito após o banho do paciente, fora do horário das refeições; 
• O curativo não deve ser realizado em horário de limpeza do ambiente, o ideal é após a limpeza; 
• Em feridas em fase de granulação realizar a limpeza do interior da ferida com soro fisiológico 
em jatos, não esfregar o leito da ferida para não lesar o tecido em formação. 
• Os drenos devem ser de tamanho que permitam a sua permanência na posição vertical, livre de 
dobras e curva; 
• Mobilizar dreno conforme prescrição médica; 
• Em úlceras arteriais e neuropatia diabética (pé diabético) manter membro enfaixado e aquecido 
com algodão ortopédico; 
• Em úlceras venosas, manter membro elevado. 
 
10.5-Evolução: 
 
Registro do procedimento incluindo avaliação da ferida; Após cada curativo devem ser anotadas 
no prontuário do paciente as seguintes informações sobre a lesão: 
 Localização anatômica 
Tamanho e profundidade 
Tipo de Tecido 
 Granulado, epitelizado, necrosado. 
Presença de secreção / exsudato (quantidade, aspecto, odor) 
 Sanguinolento: Fino, vermelho brilhante; 
 Serosanguinolento: Fino, aguado, de vermelho pálido para róseo; 
 Seroso: Fino, aguado, claro; 
 Purulento: Fino ou espesso, de marrom opaco para amarelo; Purulento pútrido: Espesso, 
de amarelo opaco para verde, com forte odor. 
Bordas e Pele peri-ulceral (a partir da borda avalie quatro cm de pele ao redor da ferida) 
 Cor da Pele ao Redor da Ferida 
 Edema de Tecido Periférico 
 Endurecimento do Tecido Periférico 
Presença de crosta 
Presença de calor, rubor, hiperemia e edema 
 
 
11- Técnicas de Retirada de Pontos 
Material: 
 
1 pinça Kelly, 
1 pinça dente de rato e 
1 anatômica; 
gazes esterilizadas; 
soro fisiológico; 
tesoura de iris ou lâmina de bisturi; 
saco plástico para descarte do lixo 
 
Técnica: 
 
1. Realize a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo à técnica do curativo (do mais limpo para o 
mais contaminado), descartando as gazes utilizadas no saco plástico improvisado; 
2. Umedeça os pontos com soro fisiológico e os seque; 
3. Com a pinça anatômica, segure à extremidade do fio e com a tesoura ou lâmina de bisturi, 
corte a parte inferior do nó em apenas um dos lados do fio, mantendo o outro lado do fio, 
próximo ao nó, integro; se necessário, ao puxar a extremidade do fio, se este apresentar-se muito 
aderido a pele, tracione-o para um lado e depois para o outro, com delicadeza, para que seja 
possível visualizar com clareza o local de posicionamento da tesoura ou lâmina; 
4.Coloque uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos retirados; 
5. Após retirar todos os pontos, conte-os e verifique se todos estão íntegros (deverão apresentar 3 
pontas cada, com um nó no centro). Caso algum apresente apenas duas pontas é certo que houve 
falha na extração do ponto e um pedaço do fio de sutura permanece na incisão. Caso esteja 
visível tente retirá-lo. Do contrário comunique a enfermeira e anote no prontuário. 
6. Após o procedimento, faça a limpeza local com técnica asséptica. 
Hoje não se utiliza a colocação de curativo oclusivo em incisões cirúrgicas limpas e secas. 
Apenas recomenda-se a sua limpeza com água e sabão na hora do banho e limpeza diária com 
solução fisiológica até que esteja seca. 
 
OBS: Em caso de pontos subtotais, utilizados em pacientes obesos ou com dificuldade de 
cicatrização, não devem ser retirados todos os pontos de uma só vez, para que não aconteça uma 
evisceração (exposição dos órgãos internos) ou deiscência (abertura da ferida cirúrgica). Nesses 
casos os pontos das extremidades da ferida cirúrgica devem ser mantidos e os outros retirados de 
forma intercalada. Ex.: Se uma incisão tem 10 pontos, o 1º deve ser deixado e devem ser 
retirados: o 2º, 4º, 6º, 8º, sendo que o 9º e 10º devem permanecer. Geralmente após três dias, não 
havendo deiscência os demais serão retirados. 
 
12-Controle de Sinais Vitais 
Definição Sinais vitais são reflexos ou indícios de mudanças no estado do paciente. Eles 
indicam o estado físico do paciente e ajudam no seu diagnóstico e tratamento. Estes 
indicadores revelam a eficácia das funções corporais circulatória, respiratória, renal e 
endócrina. 
 
1-Temperatura T(Cº) 
2-Pulso P (b/m) 
3-Respiração R (RPM) 
4-Pressão Arterial PA(mmHg) 
 
NORMAS 
 
01 - Os sinais vitais deverão ser verificados a cada 06 horas. Quando o caso exigir dever ser 
verificado quantas vezes for necessário; 
02 - Ao se verificar qualquer um dos sinais vitais, deve ser explicadoao paciente o que vai 
ser realizado; 
03 - Quando houver alteração de alguns dos sinais vitais deve ser comunicado ao enfermeiro 
da unidade e ao médico responsável pelo paciente, se for necessário. 
 
Material 
 
Bandeja contendo, 
01 Termômetro, 
Bolas de algodão seco, 
Bolas de algodão embebidas no álcool a 70%, 
Estetoscópio, 
Aparelho PA - Esfigmomanômetro, 
Caneta, 
Relógio com ponteiros de segundos, 
Bloco de anotação e 
Compressa de gases. 
 
12.1-Temperatura: T(Cº) 
 
Temperatura Corporal é o equilíbrio mantido entre produção e perda de calor pelo 
organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo no cérebro. 
Certos fatores fisiológicos podem provocar variações na temperatura, como: Sono e repouso, 
idade, exercício físico, fator hormonal, alimentação, banho, agasalho, emoção e desnutrição. 
Ha também fatores patológicos, que altera a temperatura, como: 
Processos infecciosos, determinadas drogas e distúrbios emocionais 
 
Terminologia: 
Afebril Temperatura normal: 36 a 37 ºC 
Estado Febril ou Febrícula: 37,5 a 37,8ºC 
Febre: 38 a 38,9ºC 
Pirexia: 39 a40ºC 
Hiperpirexia: acima de 40ºC 
Hipotermia: temperatura abaixo de 35ºC 
Hipertermia: 38 a 40ºC 
 
Locais de verificação: 
01 - Regiao axilar ou inguinal: 36,0 a 36,8 Cº 
02 - Regiao bucal: 36,5 a 37,0 Cº 
03 - Regiao retal: 37,0 a 37,5 Cº 
 
Equipamento para mensuração da temperatura: 
 
Termômetro compreende de um reservatório de parede de vidro fino, uma coluna de 
mercúrio e o bulbo que é reservatório do mercúrio, há uma escala numérica marcando com 
graus centígrados, que vai de 35ºC a 42ºC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica: 
 
Temperatura Axilar 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Preparar o material; 
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer; 
04 - Desinfetar o Termômetro com bola de algodão embebido em álcool a 70% da 
extremidade ao bulbo; 
05 - Secar o Termômetro com bolas de algodão seco; 
06 - Descer coluna de mercúrio abaixo de 35 graus; 
07 - Enxugar a axila do paciente com gaze; 
08 - Colocar o Termômetro com a extremidade do bulbo no côncavo da axila, de maneira 
que o bulbo fique em contado direto com a pele; 
09 - Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao tórax, com a mão na direção 
do ombro 
oposto; 
10 - Aguardar de 5 minutos; 
11 - Proceder à leitura; 
12 - Refazer a limpeza do Termômetro; 
13 - Retornar a coluna de mercúrio abaixo de 35ºC; 
14 - Anotar na ficha de controle; 
15 - Lavar as mãos. 
Obs.: contra indicação furunculose axilar, pessoas muito magras e fracas. 
 
Temperatura Inguinal 
 
01-O método é o mesmo da região axilar, variando apenas o local: o termômetro é colocado 
na região da virilha passando de uma perna por cima da outra, de maneira que a parte da 
coluna de mercúrio fique entre a virilha e a perna. Aguarda 05 minutos para a observação da 
temperatura do termômetro Lavar as mãos; 
02 - É mais verificada nos recém-nascidos. Neste caso, manter a coxa flexionada sobre o 
abdome. 
 
Temperatura Bucal 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Preparar o material, 
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer, 
04 - Certificar se o paciente ingeriu alimentos quentes ou frios, ou se fumou a menos de 30 
minutos; 
05 - Fazer a limpeza com bola de algodão embebido em álcool a 70% e secar o Termômetro 
da extremidade ao bulbo; 
06 - Colocar o Termômetro sob a língua do paciente, recomendando que conserve a boca 
fechada; 
07 - Retirar o Termômetro depois de 7 minutos; 
08 - Fazer a leitura do Termômetro e limpa-lo com bola de algodão embebida no álcool a 
70%; 
09 - Descer coluna de mercúrio, lavar com água e sabão antes de guardá-lo; 
10 - Anotar na ficha de controle, escrevendo a letra B para identificar o local onde foi 
verificada; 
11 - Lavar as mãos. 
 
Obs.: - E contra indicado o uso desta técnica em crianças, velhos doentes graves, 
inconscientes e 
psiquiátricos, portadores de doenças orofaríngeas, apos fumar e ingestão de alimentos 
quentes ou 
frios. 
 
 
 
 
Temperatura Retal 
 
Material 
 
Termômetro próprio; 
Luvas de procedimento; 
Lubrificante (vaselina liquida ou xylocaina gel); 
Biombo. 
 
Técnica 
 
01 - Lavar as mãos; 
02 - Preparar o material; 
03 - Proteger o paciente com biombo; 
04 - Explicar ao paciente o que ser feito; 
05 - Calcar as luvas de procedimento; 
06 - Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo-o coberto; 
07 - Fazer limpeza do Termômetro com bolas de algodão embebidas no álcool a 70% e secá-
lo da extremidade do bulbo; 
08 - Abaixar a coluna de mercúrio; 
09 - Lubrificar a ponta do Termômetro com vaselina líquida que vai ser inserida no reto; 
10 - Descobrir o paciente e separar as nadegas de modo que o esfíncter anal seja visível; 
11 - Inserir o termômetro - 02 cm; 
12 - Retirar o Termômetro apos 7 minutos; 
13 - Fazer a leitura; 
14 - Deixar o paciente e a unidade em ordem; 
15 - Encaminhar o termômetro para pré-desinfecção em hipoclorito por 30 minutos; 
16 - Lavar o Termômetro com agua e sabão após pré-desinfecção; 
17 - Desprezar luvas; 
18 - - Anotar na ficha de controle, escrevendo a letra R para identificar o local onde foi 
verificada; 
19 - Lavar as mãos. 
 
Obs.: - Esta técnica e contra indicada em casos de intervenção cirúrgica do reto e períneo, 
processos 
inflamatórios locais. 
 
ATENÇÃO: De acordo com a Resolução nº 16 ANVISA (DOU de 07/07/2004), é 
recomendado em não mais usar termômetros de mercúrio e esfigmomanômetros com coluna 
de mercúrio, devido ao risco de intoxicação em contato com esta substância. Alguns 
hospitais já substituíram o termômetro analógico de mercúrio 
para o 
termômetro 
digital. 
 
 
 
 
 
 Termômetro de ouvido 
 
Assistência de enfermagem: 
Hipertermia: Banho morno, compressas com agua e álcool, ingestão de líquido; 
Hipotermia: Aquecimento do individuo através de agasalhos, cobertores e do meio ambiente, 
ingestão 
de alimentos quentes. 
 
12.2-Pressão Arterial: PA (mmHg) 
Pressão Arterial é a tensão que o sangue exerce nas paredes das artérias. A medida da 
pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima (sistólica) e a pressão mínima 
(diastólica), sendo registrado em forma de fração: 
 
A PA depende do: 
 
a) Débito cardíaco representa a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para o 
leito vascular em um minuto; 
b) Resistência vascular periférica determinada pelo lúmem (calibre), pela elasticidade dos 
vasos e 
viscosidade sanguínea; 
c) Viscosidade do sangue decorre das proteínas e elementos figurados do sangue. Quando o 
conteúdo é mais espesso, a pressão aumenta. 
 
A PA é alterada em algumas situações fisiológicas, como: 
a) Alimentação, medo, peso, estresse, ansiedade, exercícios, estimulantes aumentam a PA. 
b) Repouso, jejum, depressão, diminuem a PA. 
c) Manter pernas descruzadas. 
d) Se está com a bexiga cheia pedir para urinar. 
e) Efeito de hipertensão do avental branco. 
 
Terminologia: 
 
Hipertensão: PA elevada; PA convergente, PA mínima próxima da PA máxima. 
Hipotensão: PA baixa; PA Divergente, PA mínima distante da PA máxima. 
Valores de referência de normalidade em repouso: 
Até 03 anos: 80/50 mmHg 
De 08 a 11 anos: 100/60mmHg 
De 12 a 15 anos: 110/70mmHg 
Adulto jovem: 112/80 mmHg 
 
 
Local de Verificação: 
Membros superiores (braços) 
Membros inferiores (regiao poplítea e panturrilha)

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