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DESENHO TECNICO 
 
CAPITULO 1 
 
1.1Generalidades 
 
Uma nova estrutura maquina, mecanismo, peça, nasce da ideia de um 
engenheiro ou técnico, sob forma de imagem no seu pensamento. Essas 
imagens são materializadas atreves de outras imagens, que são os 
desenhos. Desta forma os desenhos são usados para criar, transmitir, 
guardar e analisar a informação. Em suma, o desenho e um meio de 
comunicação que em certos casos o seu uso facilita a explicação de 
objectos e ideias. Por exemplo, tente explicar a alguém a imagem da 
figura1. Certamente que a mensagem não foi correctamente percebida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 
 
 2 
 
 
Tipos De Desenho 
 
-Desenho Artístico 
-Desenho Técnico 
 
Distinção 
O desenho técnico, serve para comunicar uma ideia ou conceito de modo único, 
sem ambiguidades nem significados múltiplos. Contudo ele pode ser executado de 
inúmeras maneiras, de variadas formas e aparências mantendo sempre o rigor e 
objectividade. 
 
Como então distinguir o desenho técnico do artístico? 
 
Se a descrição de um dado objecto for destinada apenas a transmitir uma imagem 
ao observador, sem grande ênfase na quantificação ou dimensão do objecto, então 
trata se dum desenho artístico. Para diferentes indivíduos pode ter várias 
interpretações e significados do mesmo objecto. 
O desenho técnico e aquele que é perfeitamente perceptível e livre de 
ambiguidade na forma como descreve determinado objecto. 
 
Normas associadas ao desenho Técnico. 
Para que o desenho técnico seja claro e sem ambiguidade ele deve-se sujeitar a 
normas. 
As normas mais comuns são as normas da ISSO, Internacional Organization for 
Standartization 
Eis a lista completa de algumas normas 
• ISO 
• ANSI American National Standars Instute 
• NP-Normas Portuguesas do Instituto Português de Qualidade 
• Gost Normas Russas 
• DIN- Normas Alemãs 
• BSI British Standard Institute produz normas com sigla BS 
INNOQ Instituto Nacional de Normalização e Qualidade. 
 3 
Tipos de Desenhos Técnicos 
 
 
1. Desenho de concepção (geralmente realizado a mão isto é em forma de 
esboço) 
2. Desenho Funcional (define as condições de funcionamento do produto 
acabado) 
3. Desenho de Fabrico ou Desenho de Construção 
4. Desenho de Catálogo (desenho destinado à ligação entre o produtor e o 
utilizador) 
5. Desenho de Conjunto (De Montagem, De Vista Geral e em Vista Explodida) 
6. Desenho de Detalhe 
7. Desenho Esquemático 
 
Quanto a forma como é realizado o desenho existe: 
• Esboço (feito a mão livre) 
• Desenho com Instrumentos 
• Desenho feito com a ajuda de um Computador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 5 
Capítulo2 
 
 
1.2 Escrita normalizada 
 
Toda a informação inscrita num desenho sejam letras ou algarismos deve ser 
apresentada em escrita normalizada. Isto é valido quer para a realização de um 
desenho a mão livre quer para a execução de um desenho num sistema CAD. 
O uso da escrita normalizada visa garantir a uniformidade, legibilidade e 
reprodução de desenhos sem perda de qualidade. 
 
Características da escrita normalizada segundo as normas ISO 
 
A altura h da letra maiúscula e o parâmetro através do qual se definem todas as 
outras dimensões dos caracteres. Fig.2 
 
A gama de alturas h é a seguinte: 2,5-3,5-5-7-10-14-20 mm 
 
De acordo com a espessura da letra s existem as do tipo A e Tipo, que 
correspondem as razoes normalizadas d/h de 1/14 e 1/10. A espessura da linha s 
é a mesma para letras maiúsculas e minúsculas. 
 
 
 
 
 
 
 6 
 7 
 
1.3. Tipos de linhas 
 
Em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linha diferente consoante o elemento a 
representar. Por exemplo, a aresta de contorno visível deve ser representada de forma distinta de 
uma aresta invisível. 
 
A norma ISO-128:1982 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras, designados pelas letras A 
K. A utilização correcta dos tipos de linhas facilita a interpretação dos desenhos e sua compreensão. 
 
1.3.1Espessuras do traço 
Existem duas espessuras possíveis para o traço: grosso e fino. A relação de espessuras entre o traço 
grosso e o traço fino não deve ser inferior a 2:1. A espessura do traço se escolhe em função da 
dimensão do papel e o tipo de desenho de acordo com as tabelas 2.1 e 2.2. 
As espessuras devem ser as mesmas para todas as vistas desenhadas à mesma escala. 
 Gama de espessura -0.18; 0.25; 0.35; 0.5; 0.7; 1.4 e 2 mm. 
Tabela2. 3. Tipos de linhas e sua aplicação 
TIPO DE TRAÇO DESCRIÇAO APLICAÇOES 
A 
 
Contínuo Grosso A1 Linhas de contorno visível 
A2 Arestas visíveis 
S=0,5.....1,4 (2) 
 
 
 
B 
Continuo Fino B1 Arestas fictícias 
B2 Linhas de cota 
B3 Linhas de chamada 
B4 Linhas de referência 
B5 Tracejado de corte 
B6 Contorno de secções locais 
B7 Linhas de eixo curtas 
=(1/3.......1/2 ) S 
C 
 
 
D 
Continua Fino a mão 
Livre 
 
Continua frio em 
Ziguezague 
C 1 Limites vistas locais ou interrompidas 
Quando o limite não uma linha de traço 
misto. 
Limites de cortes parciais 
 D1 Mesmas aplicações de C1 
 
E 
F 
 
 
Interrompido Grosso 
 
Interrompido Fino 
E1 Linhas de contorno invisível 
E2 Arestas invisíveis 
F1 Linhas de contorno invisíveis 
F2 Arestas invisíveis 
 
G 
 
Misto Fino 
G1 Linhas de eixo 
G2 Linhas de simetria 
G3 trajectórias de peças móveis 
 
 
H 
11/2S 
 
Misto Fino com 
Grosso nos limites 
da linha e nas mudan 
Ças de direcção 
 
 
H1 Planos de corte 
 J1 Indicação de linhas ou superfícies as 
 8 
J Misto Grosso quais é aplicado um determinado requisito 
 
 
 
K 
 
 
 
 
 
 
 
Misto Fino Dupla 
.mente interrompido 
K1 Contornos de peças adjacentes 
K2 Posições extremas de peças móveis 
K3 Centroides 
K4 Contornos iniciais de peças submetidas 
a processos de fabrico com deformação 
plástica 
K5 Partes situadas antes dos planos de 
cortes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.Precedencias de linhas 
 
Quando existe sobreposição de linhas num desenho apenas uma delas pode ser representada, 
ficando a representação condicionada a verificação das regras. As seguintes regras de precedência 
de linhas devem ser respeitadas 
 
1.Arestas e linhas de contorno visíveis (Tipo A) 
2.Arestas e linhas de contorno invisíveis (Tipo E ou Tipo F) 
3.Planos de corte (Tipo H) 
4.Linhas de eixo e de simetria (Tipo G) 
5.Linha de Centroides (Tipo K) 
6.Linha de chamada de cotas (TipoB) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
. 
1.CONCEITOS BÁSICOS 
1.1Formato de Papel do Desenho 
O papel de desenho é fixado sobre um tampo de estirador ou prancheta 
Bem plano e liso. O estirador se escolhe em função do tamanho da folha a usar e os seus tampos 
devem ser forrados de forma a permitir uma melhor conservação e amortecimento da influencia de 
eventuais irregularidades. 
 
A maior parte dos desenhos são executados em papel opaco ou translúcido. 
O papel opaco usa-se quase exclusivamente na execução de esboços e estudos preliminares, ou em 
desenhos a lápis que não se destinam a ser reproduzidos. 
Para desenhos definitivos a tinta usa-se o papel translúcido ou vegetal que tem as vantagens de 
permitir copiar facilmente desenhos por sobreposição e reprodução fácil de desenhos. 
 
Os formatos de papel a usar e a sua orientação segundo a ISO 5457-1980 e ISO 216:1975 na série 
A podem ser A0, A1, A2, A3 e A4.Estes formatos tem por base o formato A0 igual a um metro 
quadra doada e o lado maior e igual ao lado menor do formato seguinte. Os lados em cada formato 
estão na razão de 2 . 
 
DESIGNAÇAO DIMENSOES(MM) 
A0 841X1189 
A1 594X841 
A2 420X594 
A3 297X420 
A4 210X297 
 
Os formatos maisusados para desenhos de estudo sao: 
 
 
 
 
 
 A4 
 
 
 
 
 Legenda 
 
Os formatos mais usados para desenhos de estudo sao 
 12 
 
 
 
 5 
 
 5 
20 
 A3 
 
 170 
 
 
: 
 Legenda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A3-Y 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As letras ou caracteres podem ser do tipo verticais e inclinadas ou cursivas segundo a norma 
portuguesa. 
 
 
 13 
1.3.LEGENDA 
Iremos utilizar a legenda da norma ISO e Portuguesa NP204:1968 
Composição da legenda Gost 
.Designação do objecto ou título do desenho 
 
1. Número de registo do desenho-DEMA01.10.XX.XX.TPC 
 
2. Tipo de material com que é fabricado o objecto 
 
3. Código 
 
4. Massa 
 
5. Escala 
 
6. Folha 
 
7. N. De folhas 
 
8. Instituição e Turma 
 
 
A legenda é uma zona contendo uma ou mais campos delimitados por um rectângulo e localiza-se 
normalmente no canto inferior direito na folha de desenho como a identificação dos projectistas 
(desenhadores), empresa proprietária do projecto (desenho) e nome do projecto. 
As legendas a utilizar em desenho técnico estão normalizadas. A norma Internacional ISO7200 de 
1984 e mais liberal definindo apenas as dimensões máximas da legenda e a informação obrigatória 
e facultativa que esta deve incluir. 
As várias zonas da legenda Tipo3 
 
 
 
 
 
 
 14 
 15 
 Zona I- Designação ou título. A designação deve referir se ao objecto representado e ser 
independente do fim particular a que este se destina, para não restringir o campo de aplicação do 
desenho em ocasiões futuras. 
 
Zona 2-Indicaçoes complementares do título tem normalmente por objectivo identificar a finalidade 
do desenho. Indicam, por exemplo, a entidade que encomendou o desenho, o grupo de estudos a 
que se destina, um conjunto de desenhos de que faz parte, a obra a que se destina, etc. 
 
Zona-3-Responsáveis e executantes do desenho.Inscreve-se normalmente o tipo de responsabilidade 
(projecto, desenho, cópia, verificação, etc.), a data e rubrica do responsável respectivo. 
 
Zona-4-Entidade que executa ou promove a execução do desenho. 
 
Zona-4a- (Eventual) -Entidade co proprietária do desenho. Inscreve-se apenas no caso do desenho 
não se destinar a entidade a entidade executante. 
 
Zona-5-Número de registo do desenho. E o número com que o desenho esta registado pela entidade 
executante, indicada na zona 4. E o elemento principal para a identificação ou localização do 
desenho no respectivo arquivo. 
 
Zona-6-Referência as alterações ou reedições do desenho. Estas alterações são muitas vezes 
indicadas por letras maiúsculas ou números. Eventualmente haverá espaços para datas, etc. 
 
Zona7-Indicaçao do desenho efectuado anteriormente, que foi subsumido pelo actual. Escreve-se 
substitui N. N o numero de registo (zona 5 que foi substituída). 
 
Zona-8-Indicaçao de um desenho efectuado posteriormente que veio substituir aquele a que diz 
respeito a legenda. Escreve-se substituído por N onde N e o n do registo do desenho que substitui 
este desenho. 
 
Zona-9-Escala ou escalas em que o desenho esta executado. Em caso de mais escalas, a principal 
fica na primeira linha em caracteres maiores e as restantes nas seguintes em caracteres menores. 
 
Zona-I0-Especificaçao das tolerâncias gerais. 
 
Zona - II- Campo de aplicação do desenho, observações, etc. 
 
Zona – Iia - Titulos do que se regista na zona II 
 
Zona-I2-Anotaçoes posteriores a execução. 
 
Zona-I2a- (Eventual) Firma e n de registo do novo 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 17 
1.2. ESCALA- é a relação entre as dimensões reais do objecto com as dimensões do desenho. 
Sempre que possível deve se representar as peças a escala real, mas na prática verifica-se que a 
maioria das peças tal não é possível. 
 
Para que as peças sejam representadas duma forma clara, precisa e rigorosa e num formato de papél 
adequado têm de ser usados escalas de conversão das dimensões reais para as dimensões de 
representação. 
 
As escalas a usar nos desenhos são normalizadas devendo ser indicadas na zona da legenda 
reservada para o efeito. Se numa mesma folha existir desenhos em várias escalas, as escalas 
secundárias são também indicadas na mesma zona da legenda um carácter de tamanho inferior. 
 
Se houver possibilidade de dúvida essa escala deve também ser indicada junto da respectiva 
representação. 
A norma ISO5455 DE 1979 Rege a utilização e representação das escalas: 
-ESCALA NATURAL 
Representação 1:1 
 
-ESCALA DE AMPLIAÇAO 
Quando a dimensão do objecto no desenho é maior que a sua dimensão real. 
X≥1 X:1 
X- Representa a dimensão de representação do objecto no papel 
1-Representa a dimensão real do objecto 
Exemplo: Escala 5:1-As dimensões reais do objecto deverão ser multiplicadas pelo coeficiente 5. 
 
-ESCALA DE REDUÇAO 
Quando a dimensão do objecto no desenho é menor que a sua dimensão real 
1:X X≤1 
Escalas de ampliação normalizadas 
2:1; (2,5);( 4:1): 5:1:; 10:1: 20:1; (40:1); 50:1 100:1 
 
Escalas de redução normalizados 
1:2; (1:2,5); (1:4); 1:5; 1:10; 1:20; (1:25); (1:40) 1:50; (1:75); 1:100; 1:200; (1:400); 1:500; (1:800); 
1:1000; 1:2000; 1:5000; 1:10000. 
Entre parêntesis escalas de outras normas Gost até 1:1000 
 
 
 18 
 19 
 
2.Aspectos Gerais Da Cotagem 
 
A forma e as dimensões a atribuir a uma peça dependem de vários factores: 
Esforços que as peças devem suportar, possibilidade de fabricação das peças nas 
oficinas, condições de montagem das peças nos conjuntos de que fazem parte, 
aptidão das peças no desempenho das funções mecânicas no conjunto etc. 
Assim, depois da representação gráfica da forma das peças, terão de ser assinaladas 
certas informações ,como: 
-Distância entre superficies 
-Localizaçao dos diversoslementos constituintes das peças 
-Tolerância das dimensões de forma e de posição 
-Tipos de materiais etc. 
Estas informações que s~ao representadas por linhas, símbolos, figuras e notas 
denominam-se de cotagem. 
 
2.1Elementos De Cotagem 
1. Cotas –São números que indicam as dimensões lineares ou angulares do 
elemento,(mm) e (graus) respectivamente(SI) 
2. Linhas de Cota-São linhas rectas ou arcos, normalmente com setas nas 
extremidades, a traço contínuo fino, paralelas ao contorno do elemento cuja 
dimensão definem. 
 .Nunca usar como linha de cota qualquer outra linha de (contorno ou de eixo 
.Evitar tanto quanto possível o cruzamento entre si ou com outras linhas. 
.Tanto quanto possível as linhas de cotadevem ficar fora docontorno do 
desenho do objecto. 
 
 
3. Linhas de chamada São linhas a traço contínuo fino, normalmente ┴s a 
linha de cota,que a ultrapassa ligeiramente, e que tem origem no elemento a 
cotar. 
 
4. Setas as setas ou flechas são as terminações das linhas de cota.. De acordo 
com a ISO129:1985as terminações podem ser : 
 
 
 
 
 
 
 20 
5. Símbolos de cotagem. Existe um conjunto de símbolos, designados por 
símbolos complementares de cotagem , que permitem identificar 
directamente a forma dos elementos. 
 
 
 
Ø-Diametro 
R-Raio 
□-Quadrado 
1. SR-Raio esferico 
S Ø-Diametro esferico 
 
2.2 Inscrição Das Cotas Nos Desenhos 
Regras gerais 
1. As cotas indicadas no desenho são sempre as cotas reais do objecto, 
independentemente da escala usada no desenho. 
 
2. Os algarismos das cotas devem obrigatoriamente ter sempre a mesma dimensão 
num desenho e esboço e de dimensão adequada `a sua legibilidade. 
 
3. Não pode ser omissa nenhuma cota necessária para a definição da peça. 
 
 21 
 
 
4. Os elementos devem ser cotados preferencialmente, na vista que dá mais 
informação em relação a sua forma ou localização. 
 
 
5. Deve se evitar sempreque possível, o cruzamento de linhas de cota entre si ou 
com outro tipo de linhas(de chamada, arestas). As arestas podem ser usadas como 
linhas de chamada mas nunca como linhas de cotagem. 
 
 
 22 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
 
 
6. As cotas devem localizar-se preferencialmente, fora do contorno da peça, todavia 
por questões de clareza e legibilidade, estas podem ser colocadas no interior das 
vistas. Figura 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
 
7. As cotas devem localizar-se o mais próximo possível do pormenor a cotar, embora 
respeitando todas as regras e recomendações. 
 
8. Cada elemento deve ser cotado apenas uma vez; independentemente do n. De 
vistas da peça. 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. As cotas devem ser posicionada sobre a linha de cota, paralelas a esta, 
preferencialmente no ponto médio da linha. 
 
 
 
10. Os algarismos da cota não devem ficar sobrepostos ou separados com nenhum 
outro pormenor do desenho, sejam arestas, eixos, etc. 
 
11. Num desenho devem ser usadas sempre as mesmas unidades, em geral (mm).As 
unidades não são indicadas nas cotas. 
 
 
12. As cotas podem ser indicadas junto a uma das setas e a linha de cota interrompida, 
de modo a evitar linhas de cotas longas ou um eventual cruzamento de linhas. 
 
13. Quando o espaço necessário para a cota não é suficiente para sequer serem 
colocados pontos, a cota pode ser posicionada abaixo da linha de cota e ligada a 
esta através duma pequena linha de referência. 
 26 
 
14. As cotas são orientadas da esquerda para a direita e de baixo para cima 
Cotas oblíquas e angulares 
As cotas oblíquas e angulares são orientadas segundo as figuras abaixo indicadas. 
 
 
 27 
Cotagem de elementos típicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
Cotagem de elementos equidistantes 
 
 
 
 
 
 29 
 
Cotagens diversas 
 
 
 
 
 
 30 
Cotagens relativas, de grandeza e de posição 
 
 
 
Critérios de cotagem 
 
A organização das cotas num desenho esta intimamente ligada a finalidade do 
desenho e aos métodos de fabrico e controlo utilizado. Assim podem se encontrar os 
seguintes critérios de cotagem: 
• Cotagem em série 
• Cotagem em paralelo 
• Cotagem combinada 
• Cotagem por coordenadas 
 
Cotagem em Série 
É aquela em que as cotas estão dispostas em linha, no prolongamento de uma das 
outras. 
 
 31 
 
 
 
 
Cotagem em Paralelo 
 
 
É aquela em que as cotas são marcadas ou dispostas com relação a uma referência, 
que se designa por base de medição 
 
Cotagem Combinada 
 32 
 
 
Cotagem Combinada é aquela que envolve os dois tipos de cotagem em Série e em 
paralelo 
 
Cotagem por Coordenadas 
Usa-se quando na peça existem diversos elementos de forma e ou dimensão 
identicas.Neste criterio de cotagem constrói-se uma tabela cotas de posição dos 
elementos e respectivas 
 
 
 
 
 
 33 
CAPITULOII 
 
I.Projecções Ortogonais 
 
Considere-se a situação ilustrada na figura constituída por um polígono plano 
(ABCD), um ponto O e um plano π .Supondo que em O existe um foco de luz, 
este polígono irá projectar-se no plano�, formando um novo polígono 
(A’,B’C’D’).O ponto O designa- se habitualmente por ponto de vista ou ponto de 
projecção. O plano π designa-se por quadro ou plano de projecção. O foco de luz 
que passa nos vértices chama-se linhas de projecção ou linhas projectantes. 
 
Admitindo, que afastamos infinitamente o centro de projecção do objecto no 
exemplo anterior as linhas projectantes são paralelas. A este tipo de projecção 
chama-se paralela ou cilíndrica podendo ser ortogonal ou oblíqua, conforme as 
linhas de projecção sejam respectivamente, perpendiculares ou obliquas ao plano 
O de projecção. 
 
I.1 Método Europeu de Projecção 
Quando o plano de projecção está localizado para além do objecto está se perante 
o método Europeu de projecção 
 
 
I.2 Método Americano de Projecção 
Quando o objecto está localizado para além do plano de projecção chama-se 
Método Americano de projecção. 
 
 34 
 
 
I.3 Representação em Múltiplas Vistas 
 
A representação de peças em Desenho Técnico faz-se, principalmente, com 
projecções Ortogonais paralelas de múltiplas vistas 
 
Para as projecções em múltiplas vistas recorre-se a mais planos de projecção, o que 
corresponde a envolver a peça num cubo transparente completamente fechado., 
posteriormente aberto e rebatido sobre o plano vertical.Obtêm-se assim 6 vistas. 
Nestes casos, porém é preferível recorrer-se a outras representações convencionais, 
como cortes, secções ou vistas auxiliares. 
 
Método Europeu em Multivistas 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
Método Americano em Multivistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
 
Vistas Necessárias são aquelas que permitem dar uma informação completa para que 
a peça seja fabricada. 
 
Vista Principal é aquela que fornece maior número de informações ou detalhes 
sobre a peça. A vista principal(vista principal) pode ser vista ou vista em cortes, meio 
cortes etc. 
 
 
 
 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Exemplos de determinação de multiplas vistas pelo pelo método Americano de 
Projeções 
 
 
 
 
 
 40 
 
I.4 Pesquisa da terceira vista 
 
 41 
 
 
 
 
 
Para que se possa executar e ler bem desenhos é necessário saber construir uma 
terceira projecção de um objecto a partir de duas dadas. 
 
Para tal é preciso imaginar completamente a formado objecto pelas que ja possuímos 
e depois, com ajuda de linhas de ligação, construir a projecção em falta. 
 
Na figura 4.43 esta ilustrado um método que permite facilmente ter a ideia do objecto 
partindo da identificação da forma de várias partes do objecto. 
 
Na figura 4.44 b) Está ilustrado um exemplo de pesquisa da 3.Vista através de duas 
da figura a) usando os pontos característicos a, b , c, d e a’, b’, c’ d’ 
 
1.5 Método de flechas referênciadas 
 
 
I.6 Vistas Parciais, Deslocadas e Interrompidas 
 
Em certas situações não é necessária a representação da vista completa. Nestes casos 
usam-se três tipos de vistas: parciais, Locais ou interrompidas. 
 
I.6.1Vistas Parciais 
 42 
Usa-se uma vista parcial quando a representação total da vista não forneça nenhum 
tipo de informação adicional. As vistas parciais são sobretudo usadas na 
representação de vistas auxiliares. 
 
As vistas parciais são delimitadas por uma linha de fractura. 
 
 
 
 
I.5.2 Vistas Deslocadas 
 
Existem casos em que, para clarificar a projecção, se representa uma vista fora da sua 
posição correcta. 
 
É então necessário assinalar o sentido da observação, da projecção, por uma flecha e 
uma letra maíuscula, acompanhadas junto da vista deslocada, pela inscrição Vista A 
As vistas deslocadas podem ser locais, quando não haja interesse em representar toda 
a peça e distingue-se das vistas parciais por serem delimitadas por linhas de traço 
contínuo grosso. 
 
I.5.3 Vistas Interrompidas 
 
A representação de um objecto longo, com caracteristicasuniformes em todo o seu 
comprimento ou em troços suficientemente longos, pode ser efectuada de duas 
formas distintas. 
 
Em ambos os casos usam-se as linhas de fractura.Na figura 4.24 apresenta linhas de 
fracturas especiais que permitem identificar determinados materiais ou configurações 
de peças 
 
I.5.4 Vistas de Pormenor 
 
As vistas de pormenor são usadas para detalhar pequenas zonas de uma vista que não 
estão claramente representadas.A zona a detelhar é envolta de um circulo a tra,co 
contínuo fino identificada por uma letra maiúscula. 
 
A vista ampliada é acompanhada da letra e da escala a que é representada 
 
 
 
 
 43 
I.6 Vistas Auxiliares 
Quando existem pormenores a projectar que não são paralelos aos planos de 
projecção, a construção das vistas torna-se mais laboriosa, sendo estritamente 
necessária a construção simultânea das diferentes vistas Fig.4.26 
Por vezes em nenhuma das projecções ortogonais se consegue projectar a verdadeira 
grandeza de algum pormenor. Nestes casos usam-se obrigatóriamente, planos 
auxiliares de projecção, paralelos a esses pormenores, demodo a apresentá-los na sua 
verdadeira grandeza 
Fig.4.27, 4.28 e 4.29 
 
 
 
 
 44 
	DESENHO TECNICO
	CAPITULO 1
	1.1Generalidades
	Tipos De Desenho
	Distinção
	1.2 Escrita normalizada
	Características da escrita normalizada segundo as normas ISO
	1.3.LEGENDA
	1:X X(1
	Escalas de redução normalizados
	A

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