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Materiais aplicados em ferramentas de corte

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Materiais aplicados em 
ferramentas de corte 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
1 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
2 
As primeiras ferramentas 
o Tudo começou com pedras afiadas por lascamento, onde a 
geometria era adaptada à tarefa a ser realizada (período paleolítico 
– pedra lascada) 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
3 
As primeiras ferramentas 
o Serra para pedras (período neolítico - pedra polida) 
 
 
 
 
 
 
 
o 700 a.C. – maioria das ferramentas feitas em ferro 
o Século XVII - melhoria nos processos de fabricação de ferro/aço 
a – Movimento de Avanço 
b – Movimento de Corte 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
4 
Histórico recente 
o Principais desenvolvimentos em materiais de ferramentas 
 
 Aço endurecido (1868) 
 Dureza obtida por tratamento térmico 
 Limite de velocidade de corte em função da pequena 
resistência a quente (250oC) 
 Vida de ferramenta muito pequena 
 
Aço-rápido (1900) 
 Frederick Taylor (apresentação do HSS em feira, Paris) 
 Parametros de corte da ordem de vc = 40 m/min; f = 1,6 
mm/rot; ap = 4,8 mm 
 Incremento na dureza a quente do material (600oC) 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
5 
Histórico recente 
 Ligas fundidas (1915) 
 Ligas não-ferrosas baseadas principalmente em Co, Cr, W 
 Fundidas com aprox. 50% de carbonetos duros 
 Nomes comerciais (Stellite, Speedaloy, Tungaloy) 
 Dureza a quente (700 – 800oC) 
 
 Metal duro (1926) 
 90% de carbonetos duros + ligante (sinterização); 
 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
6 
Ferramentas de metal duro 
o Flexibilidade de formas 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
7 
Ferramentas de metal duro 
o Flexibilidade de formas 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
8 
Histórico recente 
 Cerâmicas (1938) 
 Necessidade de condições muito estáveis para utilização 
deste material como ferramenta de corte (Usinagem com 
Ferramentas de Geometria Definida) 
 Materiais empregados na Usinagem com ferramentas de 
geometria não-definida 
 
 Nitreto de boro cúbico (década de 50) 
 Definida e não-definida 
 Diamante mono e policristalino (últimas décadas) 
 Definida e não-definida. 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
9 
Curiosidade 
o Naufrágio de navio (colisão); 
12/12/2002 
oPosição estratégica no canal 
 35 m profundidade 
 32 m largura do navio 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
10 
Curiosidades 
o Materiais aplicados 
Titânio, carbonetos e diamante 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
11 
Curiosidade 
o Carga do navio: 3000 carros (BMW, Mercedes, Volvo…) 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
12 
Curiosidade 
o Kursk – submarino nuclear russo 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
13 
Propriedades desejadas 
o Resistência à compressão 
o Dureza 
o Resistência à flexão 
o Tenacidade 
o Resistência do gume 
o Resistência interna de ligação 
o Resistência a quente 
o Resistência à oxidação 
o Pequena tendência a difusão 
e caldeamento 
o Resistência à abrasão 
o Condutibilidade térmica, calor específico 
e expansão térmica adequados 
Nenhuma 
ferramenta 
possui todas 
estas 
características 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
14 
Materiais para ferramentas de corte 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
15 
Classificação de materiais para ferramentas 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
16 
Evolução dos materiais de ferramentas 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
17 
Aço-ferramenta 
o Primeiros materiais de corte empregados. 
o Dureza obtida por tratamento térmico: 
 Dureza martensítica 
o Quando não ligado: 
 ~1,25% C, pequenas quantidades de Si e Mn 
 Resistência depende da estrutura martensítica 
 Resistência ao desgaste aumenta com a dureza e teor de C 
 Tenacidade cai com a dureza e teor de C 
 Endurecimento apenas superficial 
 Baixa dureza a quente (diminui a partir de 200°C) 
 Campo de aplicação restrito a ferramentas manuais, como limas, serras 
para corte e ferramentas para usinagem de madeira 
 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
18 
Aço-ferramenta 
o Quando ligado 
 ~ 1,25% C, 1,5% Cr, 1,2% W, 0,5% Mo, 1,2% V 
 Carbetos aumentam a resistência ao desgaste em relação aos não ligadas 
 Maior resistência a quente (Cr, W, Mo, V) 
 Dureza superior (solubilização de C) 
 Melhor profundidade da têmpera 
 Usados para usinagem de aços com baixas velocidades (alargamento e 
rosquemaneto) 
 Menor custo em relação a HSS (menos elementos de liga) 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
19 
Aço-ferramenta 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
20 
Aços-rápidos 
o Melhor revenimento da estrutura que aço-ferramenta, com 
dureza (60 a 67 HRC) obtida principalmente por carbonetos. 
o Média resistência a quente (aprox. 600ºC). 
o Principais elementos de liga: W, Mo, V, Co (inicialmente sem Co): 
 Elementos que conferem alta tenacidade às ferramentas. 
o Composição química usual (5 a 7% formam carbonetos): 
 0,6 a 1,6% C 
 4% Cr 
 7 a 10% W 
 
o Designação: HS + % W - Mo - V - Co (ex.: HS 10-4-3-10). 
 85 a 89% FeC 
 4 a 5% Mo 
 0,9 a 3% V 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
21 
Aços-rápidos 
o Grupo 1 
 alto teor de W (até 18%) 
 bom revenimento 
 empregado para desbaste de aço e ferro fundido 
o Grupo 2 
 teores de W de até 12% 
 crescente teor de V 
 revenimento um pouco pior que grupo 1 
 empregado para acabamento de materiais ferrosos e na usinagem de 
materiais não-ferrosos 
 para ferramentas com forma complexa (boa maleabilidade e tenacidade) 
o Grupos 3 e 4 
 W + Mo (Mo substitui W) 
 possui tenacidade muito boa 
 empregado para todos tipos de ferramentas 
Materiais para Ferramentas 
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22 
Aços-rápidos 
o Influência dos principais elementos de liga 
o Tungstênio (W) 
 formador de carbonetos 
 melhora revenimento 
 melhora resistência ao 
desgaste 
o Vanádio (V) 
 formador de carbonetos 
 melhora resistência ao 
desgaste 
 usado para acabamento 
 
o Molibdênio (Mo) 
 melhora temperabilidade 
 melhora tenacidade 
 substitui W 
 
o Cobalto (Co) 
 eleva temperatura de 
sensibilização a quente 
 melhora dureza a quente 
melhor solubilidade de 
carbonetos 
Materiais para Ferramentas 
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23 
Aços-rápidos 
o Aumento no teor de elementos de liga: 
 Maior produtividade destes materiais 
 Aumento na resistência ao desgaste 
 Aumento na vida das ferramenta 
 Porém torna-se mais difícil a fabricação deste material 
 Maiores custos de produção 
 
oAço-rápido com revestimento (TiC, TiN): 
 Menor atrito 
 Redução no desgaste 
 Maior estabilidade química 
 Proteção térmica do substrato 
Materiais para Ferramentas 
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24 
Aços-rápidos 
o Exemplos de aplicação 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
25 
Stellite 
o Ligas fundidas (ponte entre aço-rápido e metal-duro) 
o Propriedades intermediárias entre HSS e HM. 
o Ligas fundidas (sem Fe) 
 45 a 50% Co 
 25 a 30% Cr 
 15 a 20% W 
 1,5 a 2,5% C 
o Baixa dureza a quente (quando comparados com o metal duro 
e com ferramentas cerâmicas): 
o Tcrítica = 700 a 800°C 
o Pouco difundidos 
o Nomes comerciais (Stellite, Speedaloy, Tungaloy) 
Materiais para Ferramentas 
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26 
Metal duro 
o Material de ferramenta mais largamente utilizado na indústria: 
 Indústria automobilística consome cerca de 50% das ferramentas de metal 
duro produzidas no mundo. 
o Algumas razões do sucesso deste material: 
 Grande variedade de tipos de metal duro (adição de elementos de liga) 
 Propriedades adequadas às solicitações em diferentes condições 
 Possibilidade de utilização de insertos intercambiáveis 
 Estrutura homogênea (processo de fabricação) 
 Dureza elevada 
 Resistência à compressão 
 Resistência ao desgaste a quente. 
Materiais para Ferramentas 
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27 
Metal duro 
o Carbonetos 
 Fornecem dureza a quente e resistência ao desgaste (WC, TiC, 
TaC, NbC, ...) 
o Ligante metálico 
 Atua na ligação dos carbonetos frágeis (Co ou Ni); 
o Obtido por sinterização (ligante + carbonetos) 
= carbonetos de 
tungstênio 
 
= cobalto 
 
 = carbonetos de 
titânio, tântalo e 
nióbio 
Estrutura do metal duro 
Materiais para Ferramentas 
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28 
Carbetos 
o Carboneto de Tungstênio (WC) 
 Solúvel no Co – alta resistência de ligação interna e boa resistência do gume 
 Boa resistência ao desgaste (melhor que TiC e TaC) 
 Alta tendência a difusão em temperaturas mais altas. 
o Carboneto de Titânio (TiC) 
 Pequena tendência a difusão 
 Alta resistência a quente. 
o Carboneto de Tântalo (TaC) e Carboneto de Nióbio (NbC) 
 Atuam no sentido de refino do grão (maior tenacidade). 
o Cobalto (Co) 
 Melhor metal de ligação para WC 
o Níquel (Ni) 
 Ligante nos CERMETS 
Materiais para Ferramentas 
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29 
Fabricação do metal duro 
o Processo de fabricação do metal duro: 
Forma direta e indireta 
 
 
o Indireta 
 Processos adicionais 
 
 
o Direta (Insertos) 
 Mistura WC + Co 
 Pó (matéria-prima) 
 Molde 
 Prensa 
 Sinterização 
 Revestimento 
 Produto final 
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30 
Metal duro - Revestimentos 
o Finalidade do revestimento 
 Diminuir o coeficiente de atrito entre a peça e a ferramenta 
 Diminuir a temperatura na cunha da ferramenta, e assim 
reduzir a relevância dos fenômenos de difusão 
 Reduzir as forças de corte 
 Diminuir o desgaste abrasivo (elevada dureza do material de 
revestimento 
 Menor taxa de adesão 
Materiais para Ferramentas 
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31 
Metal duro - Revestimentos 
o Substrato tenaz com revestimento duro (TiC, TiN, Ti(C,N), 
Al2O3,...), combinando-se assim uma alta resistência a choques com 
alta resistência a desgaste (maior vida de ferramenta). 
 
o É freqüente a deposição de várias camadas 
 
o Processos de revestimento 
 PVD (physical vapour dep.) 
 CVD (chemical vapour dep.) 
 
o Exigências aos revestimentos 
 Espessura regular da camada sobre a face e flancos 
 Composição química definida 
 Possibilidade de fabricação em grandes lotes 
 
Materiais para Ferramentas 
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32 
Metal Duro - Revestimentos 
o Carboneto de titânio (TiC) 
 alta dureza (resistência à abrasão) 
 baixo coeficiente de atrito (proteção contra o desgaste de face) 
 baixo coeficiente de dilatação térmico (fresamento) 
o Nitreto de titânio (TiN) 
 estabilidade termodinâmica 
 baixa tendência à difusão 
o Carbonitreto de titânio (Ti(C,N)) 
 alta dureza 
 comportamento frágil 
 estabilidade térmica 
o Nitreto de Alumínio-titânio ((Ti, Al)N) 
 boa dureza à quente 
o Óxido de alumínio (Al2O3) 
 boa resistência à abrasão e a oxidação 
 alta dureza e frágil 
 
Materiais para Ferramentas 
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33 
Metal duro - Revestimentos 
o CVD 
 Processo mais frequente para revestimento de MD 
 Apropriado para camadas múltiplas 
 Reações químicas ocorrem sob pressão e com adição de energia, sob 
atmosfera protetora (evita-se assim a formação de óxidos) 
 Lento crescimento de camadas sobre o metal duro 
 Temperaturas de processo entre 110°C e 450°C 
 Materiais frequentemente depositados: TiC, Ti(C,N), TiN, Al2O3 
 Espessuras de 10μm para torneamento e 5μm para fresamento 
 
o PVD 
 Vaporização a vácuo 
 Sputtering (pulverização catódica) 
 Temperaturas de 200°C a 600°C 
 Espessura de camadas entre 3μm e 5μm. 
Materiais para Ferramentas 
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34 
Cerâmicas de corte 
o Materiais de importância crescente 
o Melhoria constante na qualidade 
o Empregada na usinagem de aços e ferros fundidos 
o Altas velocidades de corte, altas potências de acionamento 
o Exigem máquinas rígidas e proteção ao operador 
 
o Propriedades e características de cerâmicas 
 Resistentes à corrosão e às altas temperaturas 
 Elevada estabilidade química (boa resistência ao desgaste) 
 Resistente à compressão 
 Materiais não-metálicos e inorgânicos 
 Ligação química de metais com não metais 
 Podem ser óxidas ou não óxidas 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
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Cerâmicas de corte 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
36 
Cerâmicas de corte 
o Cerâmicas óxidas 
 Surgiram a partir do final dos anos 30 
 Percentual de Al2O3 maior que 90% (cor branca) 
 Apresentam alta dureza a quente 
 Têm pouca resistência à flexão 
 Extremamente sensíveis a choques térmicos (usinagem sem 
fluido de corte) 
 Empregadas em ferros fundidos e aços de alta resistência 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
37 
Cerâmicas de corte 
o Cerâmicas mistas 
 Teor de Al2O3 menor que 90% (cor escura) 
 Contém de 5 a 40% de TiC e/ou TiN 
 Mais tenaz que cerâmica óxida e com maior resistência de canto e gume 
 Mais dura e mais resistente à abrasão que cerâmica óxida 
 Mais resistente a variações de temperatura que cerâmica óxida 
 
oCerâmicas de corte reforçadas com whiskers 
 A base de Al2O3 comaproximadamente 20 até 40% de whiskers de 
carboneto de silício (SiC) 
 Whiskers – cristais unitários em forma de agulhas com baixo grau de 
imperfeição no retículo cristalino 
 Objetivo de melhorar as propriedades de tenacidade (aumento de até 
60%). 
Materiais para Ferramentas 
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38 
Cerâmicas de corte 
o Campos de aplicação de cerâmicas óxidas 
 Produção em série (aumento na produtividade) 
 Torneamento de desbaste e acabamento de ferro fundido cinzento, 
aços cementados e aços temperados 
 Emprego de altas velocidades de corte na usinagem destes 
materiais 
 Reforço por whiskers – torneamento de ligas a base de níquel 
altamente resistentes a quente 
 Aumento na velocidade de corte (quando comparado com 
materiais como o metal duro e HSS) em um fator de 10 
 Inadequado para a usinagem de ligas de Al, Mg e Ti (reações 
químicas). 
 
o Campos de aplicação de cerâmicas não-óxidas 
 Afinidade com Fe e O2 restringem o campo de aplicação 
 
Materiais para Ferramentas 
Laércio Lueders 
39 
cBN – Nitreto de Boro cúbico 
o Forma mole (hexagonal – mesma estrutura cristalina do grafite) e 
dura (cúbica – estrutura cristalina idêntica a do diamante). 
o Segundo material de maior dureza conhecido 
o Obtido sinteticamente (primeira síntese em 1957), com 
transformação de estrutura hexagonal para cúbica (pressão + 
temperatura) 
o Quimicamente mais estável que o diamante (até 2000 graus) 
 
o Grupos de ferramentas: 
 cBN + fase ligante (PCBN com alto teor de cBN) 
 cBN + carbonetos (TiC + fase ligante) 
 cBN + HBN + fase ligante (maior tenacidade) 
Materiais para Ferramentas 
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40 
cBN 
o Principais aplicações para cBN na usinagem 
 Aços temperados com dureza > 45 HRC 
 Torneamento, fresamento, furação 
 Aço-rápido (ferramentas de corte) 
 Aços resistentes a altas temperaturas 
 Ligas duras (Ni, Co, ...) 
 Emprego em operações severas (corte interrompido), tanto 
quanto em operações de desbaste e acabamento. 
 
Materiais para Ferramentas 
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41 
Diamante 
o Características gerais 
 Material de maior dureza encontrado na natureza 
 Composto por carbono em estrutura cúbica 
 Pode ser natural ou sintético 
 Monocristalino (anisotrópico) ou policristalino (isotrópico) 
 
o Diamante policristalino 
 Primeira síntese em 1954 (GE) 
 Síntese sob 60 a 70 kbar, 1400 a 2000°C 
 Cobalto é usado como ligante 
 Usinagem de não ferrosos, plásticos, grafite, madeira e 
alumínio com alto teor de Si. 
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42 
Diamante 
o Diamante monocristalino 
 Obtidos através de diferentes 
métodos 
 Usinagem de borrachas, vidro, 
plásticos e pedras 
 Usinagem de alta precisão 
 Alta precisão na forma do gume 
Materiais para Ferramentas 
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43 
Formas de ferramentas de corte 
o Ferramentas de corte podem ser fabricadas nas formas: maciça, 
soldadas ou com insertos intercambiáveis 
 
o Na concepção de uma ferramenta devem ser considerdados os 
seguintes aspectos: 
 Solicitação mecânica (forças) 
 Solicitação térmica 
 Fluidos de corte 
 Posicionamento rápido e preciso 
 Troca rápida de gumes desgastados 
 Flexibilidade de aplicação 
 Custos de fabricação e manutenção 
 
o Muitos dos requisitos: exigem-se soluções concorrentes 
Materiais para Ferramentas 
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44 
Ferramentas maciças 
o Haste e gume possuem o mesmo material, contudo o gume pode 
sofrer tratamento témico ou revestimento diferenciados. 
o Normalmente podem ser reafiadas (exigências são diferentes 
para a reafiação de, por exemplo, um bit de torneamento e uma 
broca) 
o Material mais comum em ferramentas maciças é o aço rápido, 
mas há (muitas) situações onde é aplicado o metal duro 
o Ferramentas de pequenas dimenções geralmente são maciças 
o Usinagem de protótipos ou produção de pequena escala (custos) 
Materiais para Ferramentas 
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45 
Ferramentas maciças 
Materiais para Ferramentas 
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46 
Ferramentas soldadas 
o Haste e gume são de materias diversos 
o Maior parte das ferramentas são de metal duro, embora também 
possam ser de aço-rápido, cerâmica, diamante,… 
o Cuidados são necesssários para evitar a formação de trincas 
devido a tensões residuais do processo de solda (envolve materiais 
com diferentes coeficientes de dilatação térmica) 
o Escolha coerente dos materiais é fundamental 
Materiais para Ferramentas 
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47 
Ferramentas soldadas 
Materiais para Ferramentas 
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48 
Insertos intercambiáveis 
o Também chamados de pastilhas reversívies 
o Permitem troca rápida de gumes desgastados 
o CUSTOS 
o Em relação á pastilhas soldadas, os insertos intercambiáveis tem 
a vantagem de poder suportar vários gumes em uma mesma 
pastilha 
o Empregadas em praticamente todos os processos de usinagem 
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49 
Insertos intercambiáveis 
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50 
Insertos Intercambiáveis 
o Os insertos podem ter, de acordo com a aplicação e o suporte, 
diferentes formas (triangular, quadrada, circular,…) e sistemas de 
fixação (com ou sem furos, fixação por grampo ou parafuso,…) 
 
o A forma da pastilha determina sua resistência e flexibilidade na 
usinagem de formas (características frequentemente concorrentes) 
Materiais para Ferramentas 
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51 
Insertos intercambiáveis 
o Os insertos são classificados como positivos ou negativos, de 
acordo com o ângulo de saída que os mesmos apresentam quando 
montados no suporte 
o Insertos positivos costumam ser aplicados em apenas um dos 
lados, enquanto que nos insertos negativos podem ser utilizadas 
ambas as faces. 
 
Materiais para Ferramentas 
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52 
Insertos intercambiáveis 
o Os sistemas de fixação de insertos devem preencher as seguintes 
exigências: 
 Repetibilidade da posição quando das trocas das pastilhas 
 Manter a posição da pastilha durante a usinagem 
 Fácil transmissão do calor gerado na usinagem 
 Em alguns casos, permitir a montagem de quebra-cavacos 
 Seguir normas de dimenções e forma, de modo a modularisar a aplicação 
em diferentes máquinas- ferramenta 
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53 
Insertos intercambiáveis 
o Sistemas de fixação com furos tem a vantagem de estarem 
protegidos dos cavacos 
o Há boa flexibilidade na forma de fixação 
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Sistemas de fixação de ferramentas 
o Grande variedade de opções 
o Procurar compromisso ótimo entre custo e benefício 
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55 
Insertos intercambiáveis 
o Após amontagem, necessária a medição da nova posição do 
gume. 
o Medição pode ser feita na própria máquina-ferramenta, ou com 
"presets ". 
 
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Cuidados com ferramentas 
o Há uma série de cuidados a serem tomados no transporte, 
manuseio e estoque de ferramentas de corte 
 Evitar contato entre ferramentas 
 Utilizar proteção de plástico ou borracha no estoque 
 Usar luvas – risco de ferimentos ao operador e oxidação da 
ferramenta 
 Gerenciamento de ferramentas (controle de estoque) 
 Manter ferramentas e suportes em condições adequadas, 
protegidos da humidade. 
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Aula 
o Materias aplicadas em ferramentas de corte 
o Aumento da velocidade de produção = sempre motivador de 
novas tecnologias 
o Material da ferramenta depende diretamente da aplicação 
o Cuidados no manuseio para garantir performance 
o Atualmente, insertos intercambiáveis de metal duro tem a maior 
participação no mercado de produtos usinados 
o Custos

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