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Prévia do material em texto

2018
Tópicos EspEciais
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Profª. Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Profª. Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657
S237t Santos, Kleber Renan
Tópicos Especiais / Kleber Renan Santos et al. Indaial: 
UNIASSELVI, 2018.
294 p. : il 
 
ISBN 978-85-515-0131-3
1. Tópicos Especiais.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
Impresso por:
III
aprEsEnTação
Olá, acadêmico! Vamos iniciar os estudos do Livro Didático de 
Tópicos Especiais. Este livro está dividido em três unidades e tem o intuito 
de apresentar e reforçar temas no componente de Formação Geral, conforme 
orientação da Portaria Inep nº 239, de 10 de junho de 2015, art. 3º: 
No componente de Formação Geral serão considerados os 
seguintes elementos integrantes do perfil profissional: letramento 
crítico; atitude ética; comprometimento e responsabilidades 
sociais; compreensão de temas que transcendam ao ambiente 
próprio de sua formação, relevantes para a realidade social; 
espírito científico, humanístico e reflexivo; capacidade de análise 
crítica e integradora da realidade; e aptidão para socializar 
conhecimentos com públicos diferenciados e em vários contextos.
A partir dessa orientação, queremos que você compreenda que 
aprender a questionar é tão importante quanto buscar o saber, e que ao final 
do estudo deste livro você seja capaz de formular novas perguntas sobre a 
realidade humana e consiga propor soluções responsáveis para os desafios 
profissionais que surgirem. Assim, este livro traz conteúdos gerais para 
você estar bem preparado para o ENADE e também para o que a vida lhe 
apresentar. São temas pertinentes, atuais, abrangentes e que fazem parte da 
vida de todos nós. Vamos começar?!
Na primeira unidade, que vai tratar sobre cidadania e sociedade, 
seremos conduzidos por um mundo intrínseco do comportamento humano em 
sociedade e suas regras de conduta e participação social, política e econômica, 
na qual trabalharemos a questão da formação dos princípios morais e éticos dos 
homens que vivem e convivem em sociedade, além de abordarmos questões 
pertinentes à democracia, à ética e à cidadania. Desta forma, abordaremos a 
compreensão dos significados dos princípios norteadores da democracia, ética 
e cidadania, além de realizar uma reflexão e uma discussão sobre as questões 
ético-morais na relação indivíduo e sociedade.
Ainda nessa unidade vamos apresentar algumas definições e 
conceitos a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que 
gera diferenças entre coisas e seres, que por consequência geram os mais 
diversos preconceitos, desigualdades e conflitos sociais. Vamos também 
identificar a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma forma de 
democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na 
sutileza do trato com o outro, seja em relação aos “iguais” ou entre iguais 
e diferentes, que de alguma forma ainda não foram incluídos no contexto 
social. Relacionado à sociedade e suas relações, vamos trabalhar o conceito 
de multiculturalismo, enfatizando as origens do surgimento do movimento e 
os campos de conhecimento que acolhem os estudos multiculturais.
IV
Para finalizar a Unidade 1, estudaremos a cultura e a arte como áreas 
que interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento. Estudar, 
pesquisar e refletir sobre as diferentes culturas e suas manifestações artísticas 
possibilita a compreensão da vida e das relações entre os sujeitos no meio 
social. A cultura, assim como a arte, é dinâmica, vai mudando conforme o 
tempo e o espaço. A cultura e a arte devem ser estudadas a partir de três 
concepções: erudita, popular e de massa. 
 
Começamos a segunda unidade adentrando nos assuntos 
relacionados à Ciência, Tecnologia e Sociedade. Veremos como se faz 
necessário entendermos os fundamentos da ciência sob diferentes óticas e 
também analisar definições e pensamentos acerca da tecnologia e algumas 
formas de interpretar a sociedade.
 
Muito próximo dessa temática, avançaremos sobre as tecnologias 
da informação e comunicação como fator determinante no advento da 
sociedade da informação, das transformações resultantes do processo da 
globalização de mercados e dos avanços do uso dos processos tecnológicos 
na vida cotidiana dos indivíduos.
 
Concluímos os estudos deste livro com a terceira unidade. Nela, 
vamos estudar sobre as políticas públicas, sobre a vivência nos meios urbanos 
e rurais e a questão ecológica, temas tão importantes para o desenvolvimento 
da sociedade como um todo. 
 
Queremos evidenciar a importância das políticas públicas para a 
concretização dos direitos e deveres do Estado em relação às pessoas que 
compõem a sociedade e, assim como o Estado, gozam de seus direitos civis 
e políticos. Veremos que estamos sujeitos ao conjunto de normas jurídicas e 
sociais, formando assim um marco regulatório previamente fixado no que 
diz respeito à distribuição harmônica dos elementos que formam os direitos, 
deveres e responsabilidades em prol do desenvolvimento educacional, 
político, econômico e social. Nesta via de mão dupla vamos perceber que a 
vida em sociedade está ligada à política e não há ação social sem ação política, 
quer seja promovida pelo Estado ou pela sociedade. Vamos ainda tratar sobre 
a saúde e sua gestão, a habitação e moradia como direitos constitucionais e a 
segurança em âmbito nacional.
 
Esperamos que este estudo possa auxiliá-lo na compreensão de tantos 
temas que compõem este livro de estudos, preparar-se bem para o ENADE e 
levar para a vida as abordagens aqui feitas.
Bons estudos!
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade,possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
VII
UNIDADE 1 - CIDADANIA E SOCIEDADE ..................................................................................1
TÓPICO 1 - DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA ...................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA ......................................................................................................4
3 A QUESTÃO DA ÉTICA ...................................................................................................................8
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA .............................................................13
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................16
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................18
TÓPICO 2 - SOCIEDADE E A DIVERSIDADE ..............................................................................21
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................21
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL ....................21
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL .....................................................22
4 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE ............................................................30
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE HUMANA .......................................31
6 CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO SABER APRENDIDO .........................................37
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................38
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................39
TÓPICO 3 - MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/
INTOLERÂNCIA E RELAÇÕES DE GÊNERO ...............................................................................41
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................41
2 CONCEITUANDO MULTICULTURALISMO .............................................................................41
3 SURGIMENTO DO MULTICULTURALISMO............................................................................43
4 ÁREAS DE CONHECIMENTO QUE ABRIGAM O MULTICULTURALISMO ...................44
5 MOVIMENTO FEMINISTA .............................................................................................................45
5.1 FEMINISMO ...................................................................................................................................45
5.2 A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA ..............................................................................................46
5.3 A SEGUNDA ONDA FEMINISTA ..............................................................................................46
5.4 A TERCEIRA ONDA FEMINISTA E O SURGIMENTO
 DOS ESTUDOS DE GÊNERO ......................................................................................................48
6 CONCEITUANDO GÊNERO...........................................................................................................48
7 ESTUDOS DE GÊNERO ...................................................................................................................51
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................56
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................58
TÓPICO 4 - RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR 
PRIVADO E TERCEIRO SETOR ........................................................................................................63
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................63
2 SETOR PRIVADO ..............................................................................................................................63
3 TERCEIRO SETOR ............................................................................................................................64
3.1 HISTÓRICO ...................................................................................................................................65
3.2 REALIDADE DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO BRASIL ................................................66
sumário
VIII
4 AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS ...................................................................68
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................71
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................72
TÓPICO 5 - CULTURA E ARTE ..........................................................................................................75
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................75
2 CULTURA .............................................................................................................................................76
3 ARTE ......................................................................................................................................................79
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................86
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................87
UNIDADE 2 - POLÍTICA, TECNOLOGIA E GLOBALIZAÇÃO:
OS IMPACTOS SOBRE A SOCIEDADE ..........................................................................................89
TÓPICO 1 - CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE ........................................91
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................91
2 CIÊNCIA ...............................................................................................................................................91
3 TECNOLOGIA ....................................................................................................................................93
4 SOCIEDADE .......................................................................................................................................95
5 SOCIEDADE ENTRE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ....................................................................96
6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE
 (CTSA) – INTERPRETAÇÕES SOBRE A NOVA FORMAÇÃO ................................................98
6.1 CTS SOB NOVAS ÓTICAS ...........................................................................................................98
6.2 CTS SOB A ÓTICA DE MILTON SANTOS ..............................................................................98
6.3 CTSA SOB A ÓTICA DE WIEBE BIJKER ...................................................................................101
7 CARACTERIZANDO O MUNDO ATUAL ...................................................................................103
RESUMODO TÓPICO 1......................................................................................................................105
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................106
TÓPICO 2 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) .......................109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................109
2 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)
 COMO FATOR DETERMINANTE NO ADVENTO DA
 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO..................................................................................................109
3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TIC .............................................112
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................116
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................117
TÓPICO 3 - AVANÇOS TECNOLÓGICOS ......................................................................................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 TENDÊNCIAS ORGANIZACIONAIS DO SÉCULO XXI ........................................................119
3 COMUNIDADES VIRTUAIS ..........................................................................................................120
3.1 REDES SOCIAIS .............................................................................................................................124
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................125
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................126
TÓPICO 4 - GLOBALIZAÇÃO E POLÍTICA INTERNACIONAL ..............................................129
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................129
2 GLOBALIZAÇÃO: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA .............................................................129
2.1 O TERCEIRO SETOR ....................................................................................................................132
3 GLOBALIZAÇÃO: UM BALANÇO ................................................................................................132
4 A POLÍTICA INTERNACIONAL ....................................................................................................134
IX
5 O ESTADO MODERNO E O LIBERALISMO ..............................................................................134
6 O NEOLIBERALISMO E A TERCEIRA VIA ................................................................................135
7 TENDÊNCIAS AOS GOVERNOS E À POLÍTICA INTERNACIONAL .................................136
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................139
TÓPICO 5 - RELAÇÕES DE TRABALHO ........................................................................................141
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................141
2 ORIGEM/SIGNIFICADO DA PALAVRA TRABALHO .............................................................141
3 AS MULHERES NO CONTEXTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .....................................146
4 O TRABALHO NOS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS .............................................................147
4.1 AS POSSIBILIDADES DO TRABALHO INFORMAL ..............................................................148
4.2 RELAÇÕES DE TRABALHO E OS PROCESSOS LEGAIS NO BRASIL ...............................148
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................150
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................153
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................154
UNIDADE 3 - POLÍTICAS PÚBLICAS .............................................................................................157
TÓPICO 1 - POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAÇÃO .......................................................................159
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................159
2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL ..........................................................................................................159
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................172
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................175
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
TÓPICO 2 - POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE ................................................................................177
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................177
2 CONCEITO DE SAÚDE ....................................................................................................................179
3 SAÚDE: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO ...........................................................182
4 AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE ..........................................................................................183
5 DIVERSOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE ................................................................................186
5.1 POLÍTICAS DE SAÚDE E PROGRAMAS ESPECÍFICOS ......................................................187
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................191
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................192
TÓPICO 3 - HABITAÇÃO E SANEAMENTO .................................................................................195
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................195
2 DIREITO À MORADIA ....................................................................................................................195
3 SANEAMENTO ..................................................................................................................................202
4 SANEAMENTO BÁSICO .................................................................................................................203
5 PRECARIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO .......................................................................207
6 AVANÇOS NO SANEAMENTO .....................................................................................................210
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................212
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................213
TÓPICO 4 - TRANSPORTES ESEGURANÇA ...............................................................................217
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................217
2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSPORTES .....................................................................................219
2.1 TERRESTRES ..................................................................................................................................219
2.2 AQUAVIÁRIOS ..............................................................................................................................221
2.3 AÉREO .............................................................................................................................................223
X
3 INFRAESTRUTURA ..........................................................................................................................224
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................226
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................227
TÓPICO 5- POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA EM ÂMBITO NACIONAL ..............229
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................229
2 A SEGURANÇA PÚBLICA E AS CONTRIBUIÇÕES COMUNITÁRIAS ..............................230
3 SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA CRIMINAL ......................................................................231
4 SEGURANÇA PÚBLICA E O PAPEL DO ESTADO ....................................................................235
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................238
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................239
TÓPICO 6 - VIDA RURAL, URBANA E ECOLOGIA....................................................................241
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................241
2 VIDA URBANA ..................................................................................................................................241
3 VIDA RURAL ......................................................................................................................................243
4 SEMELHANÇAS OU DIFERENÇAS ..............................................................................................245
5 ECOLOGIA ..........................................................................................................................................248
6 ECOSSISTEMA ...................................................................................................................................249
6.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS .......................................................................................250
6.2 EXEMPLOS DE ECOSSISTEMAS ...............................................................................................253
6.3 DIVERSIDADE DO ECOSSISTEMA ...........................................................................................254
7 OS GRANDES BIOMAS ...................................................................................................................254
7.1 FATORES QUE DETERMINAM OS BIOMAS ..........................................................................254
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................256
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................257
TÓPICO 7- MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............................259
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................259
2 QUESTÕES AMBIENTAIS – UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL ...................................259
3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO ......................................................................................261
3.1 RELATÓRIO BRUNDTLAND OU “NOSSO FUTURO COMUM” .........................................263
3.2 AGENDA 21 ...................................................................................................................................263
3.3 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE
 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RIO+20 ..................................................................264
4 SUSTENTABILIDADE: CONCEITUAÇÃO ..................................................................................264
4.1 OS PILARES DA SUSTENTABILIDADE ...................................................................................265
5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL .........................................................267
5.1 PACTO GLOBAL ..........................................................................................................................268
5.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - ODM .............................................269
5.3 PROTOCOLO DE KYOTO ...........................................................................................................270
5.4 ABNT NBR 14064 – INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE
 GASES DE EFEITO ESTUFA ........................................................................................................271
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................272
RESUMO DO TÓPICO 7......................................................................................................................276
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................277
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................281
1
UNIDADE 1
CIDADANIA E SOCIEDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• compreender diferentes conceitos de democracia, ética, cidadania e socio-
diversidade;
• verificar os padrões de conduta moral ao longo do tempo e em diversas 
culturas;
• identificar a importância da responsabilidade social e os três setores: pú-
blico, privado e terceiro setor para uma sociedade equânime;
• entender a importância da cultura e da arte no desenvolvimento da sociedade.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
TÓPICO 2 – SOCIODIVERSIDADE E INCLUSÃO 
TÓPICO 3 – MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/INTO-
 LERÂNCIA E RELAÇÕES DE GÊNERO
TÓPICO 4 – RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR PRI-
 VADO E TERCEIRO SETOR
TÓPICO 5 – CULTURA E ARTE
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
1 INTRODUÇÃO
Entraremos no mundo do comportamento humano em sociedade e 
suas regras de conduta e participação social, política e econômica, no qual 
trabalharemos a questão da formação dos princípios morais e éticos dos homens 
que vivem e convivem em sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à 
democracia e à cidadania. 
Esses conceitos estão previstos na Portaria INEP nº 493 de 6 de junho de 
2017, em seu Art. 1º, que destaca:
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), parte 
integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior 
(SINAES), tem como objetivogeral avaliar o desempenho dos 
estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas 
diretrizes curriculares, às habilidades e competências para atuação 
profissional e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira e 
mundial, bem como sobre outras áreas do conhecimento (BRASIL, 
2017, grifos nossos).
A mesma portaria, em seu Art. 5º, indica como referência do perfil do 
concluinte, no âmbito da Formação Geral, as seguintes características: 
I. ético e comprometido com as questões sociais, culturais e ambientais; 
II. humanista e crítico, apoiado em conhecimentos científico, social e 
cultural, historicamente construídos, que transcendam o ambiente próprio 
de sua formação; 
III. protagonista do saber, com visão do mundo em sua diversidade para 
práticas de letramento, voltadas para o exercício pleno de cidadania; 
IV. proativo, solidário, autônomo e consciente na tomada de decisões 
pautadas pela análise contextualizada das evidências disponíveis; 
V. colaborativo e propositivo no trabalho em equipes, grupos e redes, 
atuando com respeito, cooperação, iniciativa e responsabilidade social.
E no Art. 6º é indicado que a prova ENADE avaliará se o concluinte 
desenvolveu, no processo de formação, competências para:
I. fazer escolhas éticas, responsabilizando-se por suas consequências; 
II. ler, interpretar e produzir textos com clareza e coerência; 
III. compreender as linguagens como veículos de comunicação e expressão, 
respeitando as diferentes manifestações étnico-culturais e a variação 
linguística; 
IV. interpretar diferentes representações simbólicas, gráficas e numéricas 
de um mesmo conceito; 
V. formular e articular argumentos consistentes em situações 
sociocomunicativas, expressando-se com clareza, coerência e precisão; 
VI. organizar, interpretar e sintetizar informações para tomada de decisões; 
VII. planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da análise de 
necessidades, de forma coerente, em diferentes contextos; 
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
4
QUADRO 1 – FORMAS DE DEMOCRACIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 133)
FORMAS DE DEMOCRACIA
Democracia 
direta
Na qual o povo decide diretamente, por meio de referendo/
plebiscito, se aceita ou não determinadas questões políticas e 
administrativas de sua localidade, Estado ou país.
Democracia 
indireta
Nesta, o povo participa democraticamente, por meio do voto, 
elegendo seu representante político, ou seja, uma pessoa que 
o represente nas diversas esferas governamentais, para tomar 
decisões cabíveis em nome do povo que o elegeu.
VIII. buscar soluções viáveis e inovadoras na resolução de situações-
problema; 
IX. trabalhar em equipe, promovendo a troca de informações e a 
participação coletiva, com autocontrole e flexibilidade; 
X. promover, em situações de conflito, diálogo e regras coletivas de 
convivência, integrando saberes e conhecimentos, compartilhando metas 
e objetivos coletivos.
Para tanto, abordaremos a compreensão dos significados dos princípios 
norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma reflexão e 
uma discussão sobre as questões ético-morais, na relação indivíduo e sociedade.
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
Estamos vivendo em um país apresentado como democrático! Será que 
todos nós compreendemos o sentido real da democracia e seus reflexos na sociedade 
brasileira? Em outros termos, o que realmente é este Estado Democrático de Direito 
em que vivemos?
Neste sentido, Moisés (2010, p. 277) expõe que “o significado mais usual 
da democracia se refere aos procedimentos e aos mecanismos competitivos de 
escolha de governos através de eleições”, ou seja, a democracia é compreendida 
habitualmente somente como um processo de escolha dos nossos representantes 
legais em todas as esferas, tanto local, municipal, estadual quanto federal, no qual a 
população dessas esferas, por meio de seu voto, seleciona e elege o seu representante 
para legislar em nome dessa mesma população. Assim, “podemos considerar que 
a democracia nada mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa 
para sua própria sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 133, grifos do original).
Deste modo, pode-se observar que a democracia pode ser exercida de duas 
formas distintas, pois ela pode ser direta ou indireta (Quadro 1). O conceito de 
democracia é notoriamente o entendimento de toda massa populacional brasileira 
nos dias de hoje, pois quando se indaga às pessoas com relação ao conceito de 
democracia, é este conceito de escolha de nossos representantes legais, por 
intermédio do voto popular, que aparece nos discursos da população de nosso país.
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
5
Cunha (2011, p. 105) expõe que a democracia pode ser compreendida 
como “método de organização social e política tendente à maior realização da 
liberdade e da igualdade. [é um] Sistema político em que o povo constitui e 
controla o governo, no interesse de todos”.
Outro fator que não podemos esquecer é que, quando falamos em 
democracia, também falamos de Estado Democrático de Direito. Segundo 
Cunha (2011, p. 138), o “Estado de direito [é aquele] que se organiza e opera 
democraticamente”. Nossa Carta Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu 
um Estado Democrático de Direito, ou seja, a Constituição da República 
Federativa do Brasil se organizou e definiu suas normativas em prol de um Estado 
Democrático, no qual a democracia deverá ser a base fundamental da República 
Federativa do Brasil. Assim, segundo Pieritz (2013, p. 133), “este sistema de 
governo democrático possui formatos diferentes nas diversas sociedades, pois 
em cada uma existem regras e normas diferentes, e isto acontece por causa da 
constituição dos princípios ético-morais de cada localidade”. 
Vale salientar que a democracia vai muito além desse discurso sintético de 
representação e de voto, pois Moisés (2010, p. 277, grifos nossos) coloca-nos que:
existem outras perspectivas que ampliam a compreensão do conceito, 
incluindo tanto as dimensões que se referem aos conteúdos da 
democracia, como também os seus resultados práticos esperados no 
terreno da economia e da sociedade. Por uma parte, acompanhando 
a abordagem minimalista de Schumpeter (1950) e a procedimentalista 
de Dahl (1971), vários autores definiram a democracia em termos de 
competição, participação e contestação pacífica do poder. 
Neste sentido, no que tange à conotação que a democracia tem de 
competição, participação e contestação pacífica do poder, pode-se expor que 
falar de democracia também está atrelado ao conceito do “jogo de poderes”, 
principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas 
governamentais ou não, além da competição entre partidos políticos e outros 
grupos econômicos, políticos, culturais e sociais. 
Além disso, não podemos esquecer um elemento fundamental da 
democracia, que é a questão da “participação do povo”, em que cada cidadão 
brasileiro é elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta 
ou indiretamente é parte do processo democrático instaurado neste país. Ao 
proferir sua escolha, independentemente do que for ou de que escolha fora feita, 
torna-se automaticamente parte do Estado Democrático de Direito e integra-se ao 
sistema vigente de democracia daquele determinado Estado.
Resumidamente, a Figura 1 apresenta o primeiro entendimento da 
definição e o significado da democracia e o Estado Democrático de Direito.
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
6
FIGURA 1 – DEMOCRACIA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
FONTE: Os autores
Maciel (2012, p. 73, grifos do original) complementa expondo que a 
democracia “tornou-se uma aspiração universal, por ser o regime de governo mais 
propenso a garantir os direitos individuais, porém não se resume simplesmente 
ao ato de votar, sendo que o direito à participação tornou-se umaatividade 
importante diante da constituição da cidadania”.
Por conseguinte, pode-se expor que democracia denota participação 
direta ou indireta da população em todos os espaços que necessitem do veredito 
do povo em prol de objetivos comuns a ele mesmo. Assim, Beethan (2003, p. 110 
apud MACIEL, 2012, p. 73, grifos nossos) complementa expondo que: 
O direito à participação pode ser tanto reativo quanto proativo. Em 
sua forma reativa, a participação consiste na articulação coletiva de 
respostas a políticas de desenvolvimento. Na forma proativa, ela invoca 
a responsabilidade popular no desencadeamento da articulação de 
políticas de desenvolvimento. No primeiro caso, os governos propõem 
e os cidadãos reagem; no segundo, os cidadãos propõem e os governos 
reagem. Em ambas as formas, o direito de participação assume a lógica 
de colaborar com o desenvolvimento. “No coração da democracia 
repousa, assim, o direito do cidadão de opinar nos assuntos públicos e 
de exercer controle sobre o governo, em pé de igualdade com os demais”.
Deste modo, pode-se expor que um dos elementos da democracia é a 
articulação coletiva do povo em prol de uma determinada demanda social, 
política, cultural ou econômica. Para que se possa debater coletivamente os prós e 
contras, no que tange aos assuntos pertinentes ao interesse coletivo, dando assim 
respostas a esta mesma demanda.
Vale salientar que a não participação e a omissão também são formas de 
participação, pois retratam a sua alienação, indiferença, contestação ou o seu 
descontentamento em relação ao sistema vigente. Então, isto não quer dizer que 
aquele cidadão que se omitiu ou apenas não quis participar não fez parte do 
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
7
QUADRO 2 – CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O REGIME DEMOCRÁTICO
FONTE: Adaptado de Moisés (2010, p. 277)
Disponível em: <http://
rafaelsilva.over-blog.es/arti-
cle-objetivo-democracia-
-iv-124370354.html>.
Direito dos cidadãos de ESCOLHEREM GOVERNOS por 
meio de eleições com a participação de todos os membros 
adultos da comunidade política. A isso se dá o nome de 
sufrágio universal (direito ao voto).
ELEIÇÕES regulares, livres, competitivas, abertas e significativas.
GARANTIA DE DIREITOS de expressão, reunião e organização, 
em especial, de partidos políticos para competir pelo poder.
Acesso a fontes alternativas de INFORMAÇÃO sobre a ação 
de governos e a política em geral. 
Essas quatro condições mínimas para implantar um regime democrático 
são de fundamental importância para que haja a participação democrática de um 
povo em prol dos objetivos comuns do próprio povo, uma vez que a democracia 
vai muito além da simples representação e de voto, ela se efetiva e concretiza-se 
com a participação, com a competição e a contestação dos processos pacíficos da 
busca do poder no Estado Democrático de Direito.
Sucintamente, a Figura 2 apresenta a ampliação da compreensão do 
entendimento do significado da democracia, ou seja, o seu conceito ampliado:
FIGURA 2 – CONCEITO AMPLIADO DE DEMOCRACIA
FONTE: Os autores
processo democrático de um país, pelo contrário, todo cidadão tem o direito de 
participar ou não, mesmo que o voto no Brasil seja obrigatório, pois ao votar ele 
exprime a sua vontade, ou o seu desejo.
Aqui fica claro que a população, ao exercer seu direito de participação de 
forma proativa, demonstra seus direitos e responsabilidades perante os efeitos da 
decisão coletiva. Entretanto, também existem quatro condições necessárias para 
que se possa instaurar um regime governamental pautado na democracia.
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
8
3 A QUESTÃO DA ÉTICA
O tema que abordaremos neste momento é relativo à questão da ética, 
a qual permeia constantemente nosso dia a dia, seja no âmbito familiar, social 
ou profissional. Aparentemente, compreendemos o seu significado e seus efeitos, 
mas será que realmente compreendemos o seu sentido real? Será que sabemos o 
que é certo ou errado para nós na sociedade em que vivemos? 
Neste sentido, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89) expõem que “a ética é 
uma das áreas da filosofia que investiga sobre o agir humano na convivência 
com os outros [...]”. Em outros termos, as nossas ações perante a sociedade em 
que vivemos são orientadas por princípios éticos e morais, e esses princípios são 
norteadores de consciência moral do certo e do errado, do bem e do mal.
De modo mais abrangente, a ética pode ser conceituada como a área da 
filosofia que investiga o agir humano, tanto aqueles com repercussão social, 
quanto aqueles sem maiores impactos na sociedade, ou seja, não somente os atos 
relativos à convivência com os outros, mas também consigo mesmo.
Assim, no que tange a esta problemática relativa à ética, Pieritz (2013, p. 
3) expõe que “a ética não é facilmente explicável, mas todos nós sabemos o que é, 
pois está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, 
ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com 
os outros integrantes da sociedade”. E que esses valores éticos são construídos 
historicamente pelos povos, de geração em geração.
O que são valores? Pedro (2014, p. 490) faz um resgate etimológico da 
palavra Axiologia, de origem grega, que significa estudo dos valores ou ciência do 
valor, e aponta para um significado, o da vivência do valor, independentemente 
do valor que for, pois este é experienciado como um fenômeno que se apresenta 
à consciência como tal e como um acontecimento que nos é imediatamente dado.
Para a filósofa húngara Agnes Heller (1972, p. 4), “valor é tudo aquilo que 
faz parte do ser genérico do homem e contribui, direta ou mediatamente para a 
explicação desse ser genérico”. Vejamos no Quadro 3 quais são os atributos dos 
valores humanos na perspectiva de Heller:
QUADRO 3 – ATRIBUTOS DOS VALORES HUMANOS
OBJETIVAÇÃO
- que se expressa prioritariamente por intermédio do trabalho;
- que proporciona sair do subjetivo e passar para o real e 
concreto.
Caro acadêmico, para colaborar com seus estudos, veja que a junção das Figuras 
1 e 2 proporciona o entendimento global do que é democracia.
ATENCAO
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
9
FONTE: Adaptado de Bonetti et al. (2010, p. 23)
FONTE: Os autores
QUADRO 4 – EXEMPLOS DOS VALORES E VIRTUDES HUMANOS
SOCIALIDADE
- que se expressa com a convivência com o outro, em grupo;
- aprendizagem com o outro;
- assimilação de normas sociais.
CONSCIÊNCIA
- tomar ciência dos fatos ou de alguma coisa;
- reconhecimento da realidade;
- descoberta de algo;
- capacidade de perceber as coisas.
UNIVERSALIDADE
- universal;
- o todo;
- fazer parte de um determinado grupo.
LIBERDADE - livre-arbítrio. 
Portanto, os atributos dos valores humanos apresentados no Quadro 3 são 
os elementos constitutivos do ser humano, do ser social, que formam os nossos 
valores morais. Complementando, no Quadro 4 apresentamos mais exemplos 
dos valores e virtudes do ser humano, que vive e convive em sociedade.
Amizade Justiça Obediência Respeito Simplicidade
Lealdade Compreensão Sinceridade Pudor Generosidade
Paciência Ordem Humildade Autoestima Liberdade
Deste modo, podemos expor que “todos nós possuímos princípios e 
valores que foram e são constituídos por nossa sociedade. E, com relação a esses 
valores, cada um de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem 
e o mal” (PIERITZ, 2012, p. 57).
Não podemos nos esquecer de que “esta consciência moral é determinada por 
um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe 
as normas de conduta que o regem. Como exemplo, temos a nossa Constituição Federal 
e outras regras e normas de nossa sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 4).
São estas regras e normativas jurídicas e sociais que determinam o nosso 
agir em sociedade, e cada grupo social possui suascaracterísticas, ou seja, não 
se pode dizer que todos nós somos iguais, que todas as nações e Estados são 
iguais, porque não somos, pois, independentemente do Estado, do país ou grupo 
social, fomos moldando nossos valores e princípios de forma diferente ao longo 
de nossa existência.
Agora, acadêmico, raciocine o seguinte: se é um fato que nossa consciência 
moral é construída no seio de uma sociedade e com a influência do meio e das 
pessoas com as quais convivemos, há ainda outros fatores que concorrem para 
a constituição da consciência moral, e esse elemento é chamado de Lei natural 
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
10
– pelos jusnaturalistas – e tem caráter universal, pois perpassa as sociedades 
políticas, é algo mais profundo que elas, constitui-se na própria natureza humana 
em sua universalidade (ROHLING, 2012). Segundo Valls (2003, p. 8):
 
costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: 
num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, 
bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas específicos, de 
aplicação concreta, como os problemas da ética profissional, de ética 
política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética etc.
Em outros termos, os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em 
sociedade. Neste sentido, vale salientar que “cada sociedade possui suas normas 
de conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social 
constitui o que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o seu povo, portanto, 
nem sempre o que é certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e 
vice-versa” (PIERITZ, 2013, p. 4).
Então, como desvelar esta situação? Como saber se estamos no caminho 
certo? Se estamos fazendo certo ou errado? Ou se realmente estamos fazendo o 
bem ou o mal a alguém? São muitas indagações!
Para auxiliar a reflexão sobre essas questões, Finnis (filósofo e jurista 
australiano) identifica sete valores básicos, os quais são os seguintes: 
I) vida; II) o conhecimento; III) o jogo; IV) a experiência estética; V) a 
sociabilidade; VI) a razoabilidade prática; e, VII) a religião. Esses valores, 
contudo, não são os únicos, pois existem, evidentemente, muitos outros, 
os quais, segundo propõe o autor, são modos ou combinações de modos 
de buscar – embora nem sempre com sensatez – e de realizar – nem 
sempre exitosamente – uma das sete formas básicas de bem, ou alguma 
combinação delas (ROHLING, 2012, p. 163).
Neste sentido, podemos observar ainda que:
os problemas éticos se distinguem da moral pela sua característica 
genérica, enquanto que a moral se caracteriza pelos problemas da 
vida cotidiana. O que há de comum entre elas é fazer o homem pensar 
sobre a responsabilidade das consequências de suas ações. A ética faz 
pensar sobre as consequências universais, sempre priorizando a vida 
presente e futura, local e global. A moral faz pensar as consequências 
grupais, adverte para normas culturalmente formuladas ou pode estar 
fundamentada num princípio ético. A ética pode, desta forma, pautar 
o comportamento moral (TOMELIN; TOMELIN, 2002, p. 90).
 
Podemos expor que deste ponto de vista existem diferenças nítidas entre 
ética e moral, sendo que a ética é generalista e a moral reflete o comportamento 
socialmente construído e legitimado pelo seu povo. Enfim, Tomelin e Tomelin 
(2002, p. 89, grifos do original) complementam expondo que “a palavra ética 
provém do grego ethos e significa hábitos, costumes, e se refere à morada de um 
povo ou sociedade. A palavra moral provém do latim moralis e significa costume, 
conduta”. Logo, conforme Pieritz (2012, p. 58, grifos nosso): 
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
11
A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento 
que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que 
é certo ou errado, o que é bom ou mal. Porém, este comportamento 
sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada 
sociedade, ou seja, seu grupo social. A ética auxilia no esclarecimento e 
na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando sempre 
elaborar seus conceitos conforme o comportamento correspondente 
de cada grupo social.
 Por conseguinte, “o ético transforma-se assim numa espécie de legislador 
do comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade” (VÁZQUEZ, 2005, 
p. 20), ou seja, a ética está para regular o nosso comportamento em sociedade.
Complementando, Vázquez (2005, p. 21) coloca-nos que “a ética é teoria, 
investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma de 
comportamento dos homens [...]”, ou seja, “o valor de ética está naquilo que ela 
explica – o fato real daquilo que foi ou é –, e não no fato de recomendar uma ação 
ou uma atitude moral” (PIERITZ, 2013, p. 7, grifo nosso).
Devemos compreender as diferenças conceituais de ética e moral, pois 
“podemos afirmar que a ética estuda e investiga o comportamento moral dos 
seres humanos. E esta moral é constituída pelos diferentes modos de viver e agir 
dos homens em sociedade, que é formada por suas diretrizes morais da vida 
cotidiana, transformando-se no decorrer dos tempos” (PIERITZ, 2013, p. 19).
Todavia, o que é a moral?
Segundo Aranha e Martins (2003, p. 301, grifos do original), “a MORAL 
vem do latim mos, moris, que significa ‘costume’, ‘maneira de se comportar 
regulada pelo uso’, e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é ‘relativo 
aos costumes’”. Assim, a moral é compreendida como um conjunto de regras 
de condutas socialmente admitidas em determinadas épocas ou por um grupo 
de pessoas, ou seja, “a moralidade dos homens é um reflexo direto do modo de 
ser e conviver em sociedade, no qual o caráter, os sentimentos e os costumes 
determinam o seu comportamento individual e social, que foi ou está sendo 
perpetuado num espaço de tempo” (PIERITZ, 2013, p. 35). Ainda de acordo com 
Pieritz (2013, p. 38): 
A moral sugere, constantemente, a valorização de nossas ações e de 
nossos comportamentos em sociedade, mas é a moral que determina 
quais são os nossos direitos e deveres perante a sociedade em que 
vivemos. Estes deveres são conectados ao nosso modo de ser e 
conviver em sociedade, gerando certas responsabilidades com relação 
a si próprio e aos outros, tais como: 
• sentimentos;
• escolhas; 
• desejos; 
• atitudes; 
• posicionamentos diante da realidade; 
• juízo de valor; 
• senso moral;
• consciência moral. 
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
12
Sob estas concepções de ética e moral, apresentamos as suas principais 
diferenças na Figura 3:
FIGURA 3 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FIGURA 4 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002, p. 89-90)
FONTE: Adaptado de Paulo Netto (apud BONETTI et al., 2010, p. 23)
Assim, podemos observar que existem diferenças concretas entre estes 
dois conceitos, no entanto, ainda devemos compreender que:
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
13
Assim, concluímos que a moral:
Vem se constituindo historicamente, mudando no decorrer da própria 
evolução do homem em sociedade. Em que seus hábitos e costumes 
são constituídos por esta relação social, em que a essência humana é 
pautada por estes princípios morais. E estes, por sua vez, constituem o 
ser social que somos. E a ética nesta questão chega para simplesmente 
regular e analisar estes preceitos morais (PIERITZ, 2013, p. 21).
Por conseguinte, segundo Pieritz (2013, p. 21, grifo nosso), “a ética 
é precursora da TRANSFORMAÇÃO SOCIAL dos diversos sistemas ou 
estruturas sociais. Sistemas estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais 
como: Capitalismo e Socialismo”.
Por fim, Pieritz (2013, p. 21) expõe que “quando é constituída uma nova 
estrutura social, a ética, os valores e princípios morais são modificados para 
constituir assim esta nova concepção de sociedade”. Ou seja,historicamente, com 
as transformações sociais, políticas e econômicas de um povo, automaticamente 
o sistema de valores morais e éticos se transforma, para que assim seja possível 
constituir um novo padrão sócio-histórico daquele determinado grupo.
Salientando ainda que nesse processo de transformação social devemos 
respeitar a permanência de alguns valores socialmente construídos, como a 
solidariedade, a igualdade e a fraternidade, para que todos possamos construir 
uma sociedade mais justa, ética, democrática e cidadã.
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA
No que tange às questões pertinentes à cidadania, partiremos de sua 
concepção advinda do Título I – “Dos Princípios Fundamentais” da Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988, a qual assim expressa:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.
Neste sentido, podemos observar que um dos princípios fundamentais da 
Carta Magna brasileira é a cidadania, mas você sabe o seu significado?
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
14
Vejamos: cidadania “é um conjunto de direitos e deveres que denotam e 
fundamentam as condições do comportamento de cada indivíduo em relação à 
sociedade, ou seja, a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, 
determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa 
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 132). Neste sentido: 
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade, para 
melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca 
esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser 
divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação, 
para o bem-estar e desenvolvimento da nação. A cidadania consiste 
desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar 
os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas as 
outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, 
desculpe, por favor e bom dia quando necessário [...], até saber lidar 
com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das 
crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em 
nosso país. ‘A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre 
para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso 
dos deveres impostos aos cidadãos’. Juarez Távora - Militar e político 
brasileiro (WEB CIÊNCIA, 2009 apud PIERITZ, 2013, p. 132).
Portanto, podemos observar que a cidadania possui três dimensões.
QUADRO 5 – DIMENSÕES DA CIDADANIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 132-133)
 DIMENSÕES DA CIDADANIA
Cidadania 
civil
São aqueles direitos advindos da LIBERDADE de cada indivíduo, 
por exemplo: 
 • o livre-arbítrio para expressar nossos pensamentos; 
 • o direito de propriedade (venda e compra de um 
 imóvel, um bem ou serviço); 
 • entre outros.
Cidadania 
política
Podemos considerar que a cidadania política se legitima quando 
os homens exercem seu poder político de ELEGER e SER 
ELEITOS para o exercício do poder político, independentemente 
da instituição pública ou privada na qual venham exercer suas 
atribuições.
Cidadania 
social
Compreendida como o conjunto de direitos concernentes ao 
CONFORTO de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica 
e social, ou seja, do seu bem-estar social.
A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem 
e convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange 
ao respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. Além de que a 
cidadania é participação nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as 
questões de democracia e ética de toda a população daquele determinado grupo 
social, político ou econômico.
TÓPICO 1 | DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
15
Deste modo, Maciel (2012, p. 29) expõe que hoje em dia a cidadania é 
“sinônimo de participação que remete ao exercício da democracia para além das 
eleições. Somos ‘controladores’ da política, do orçamento, ou seja, das ações do 
Estado como um todo”. Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de 
todos os espaços democráticos do seu município, Estado ou Federação.
Nesse sentido, tem-se a participação como um mecanismo do exercício da 
cidadania, ou seja, “O conceito contemporâneo de cidadania transcende a simples 
lógica da garantia de direitos legais. Segundo a concepção de Dallari (2004), a 
cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de 
participar da vida e do governo de seu povo” (MACIEL, 2012, p. 31). Portanto, 
a palavra de ordem é “participar”, fazer parte do processo democrático, pois, de 
acordo com Maciel (2012, p. 32), quem não exerce sua cidadania “está excluído 
da vida social e da tomada de decisões. A cidadania não significa apenas 
uma conquista legal de alguns direitos, mas sim a realização destes direitos. 
Ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, 
participação e intervenção social”.
Vale salientar que a cidadania é conquistada pela nossa participação nos 
momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a cidadania se dá pela 
participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida pública.
16
Neste tópico, você aprendeu que:
• A compreensão do significado mais usual da democracia denota que a 
democracia é compreendida como um sistema de governo, no qual o povo 
governa para sua própria sociedade.
• A democracia pode ser exercida de duas formas distintas, pois ela pode ser 
direta ou indireta.
• A democracia é compreendida popularmente como a escolha de nossos 
representantes legais, por intermédio do voto popular.
• O Estado Democrático de direito, que é aquele Estado que se organiza e opera 
democraticamente.
• A Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas 
normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá 
ser a base fundamental da República Federativa do Brasil.
• A democracia também está atrelada ao conceito do “jogo de poderes”, 
principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas 
governamentais ou não. 
• É importante relembrar que o elemento fundamental da democracia é a 
“participação do povo”. 
• A ética é uma das áreas da filosofia que investiga o agir humano na convivência 
com os outros.
• A ética está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em 
sociedade, ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de 
convivência com os outros integrantes da sociedade.
• Todos nós possuímos princípios e valores que foram e são constituídos por 
nossa sociedade. E, com relação a estes valores, cada um de nós possui uma 
visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal.
• A consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, 
o conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o 
regem. 
• Os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em sociedade.
 
RESUMO DO TÓPICO 1
17
• Existem diferenças nítidas entre ética e moral, sendo que a ética regula a moral, 
a ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente construído 
e legitimado pelo seu povo.
• A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada 
pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que é certo ou errado, 
o que é bom ou mal. 
• O valor da ética está naquilo que ela explica, o fatoreal daquilo que foi ou é, e 
não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral.
• Um dos princípios fundamentais da Carta Magna brasileira é a cidadania.
• A cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando 
nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade.
• A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e 
convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange ao 
respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. 
• Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços 
democráticos do seu município, Estado ou Federação. A participação é 
compreendida como um mecanismo do exercício da cidadania.
18
1 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 9) As seguintes acepções dos 
termos democracia e ética foram extraídas do Dicionário Houaiss da Língua 
Portuguesa.
democracia. POL. 1 governo do povo; governo em que o povo 
exerce a soberania 2 sistema político cujas ações atendem aos 
interesses populares 3 governo no qual o povo toma as decisões 
importantes a respeito das políticas públicas, não de forma 
ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes 
de legalidade 4 sistema político comprometido com a igualdade 
ou com a distribuição equitativa de poder entre todos os cidadãos 
5 governo que acata a vontade da maioria da população, embora 
respeitando os direitos e a livre expressão das minorias.
ética. 1 parte da filosofia responsável pela investigação dos 
princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o 
comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da 
essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes 
em qualquer realidade social. 2 p.ext. conjunto de regras e preceitos 
de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social 
ou de uma sociedade.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Considerando as acepções acima, elabore um texto dissertativo, com até 15 linhas, 
acerca do seguinte tema: Comportamento ético nas sociedades democráticas.
Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) conceito de sociedade democrática; 
b) evidências de um comportamento não ético de um indivíduo; 
c) exemplo de um comportamento ético de um futuro profissional 
comprometido com a cidadania. 
2 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 2)
AUTOATIVIDADE
19
A charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo 
diferenciado, frente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. 
Considerando a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as alternativas 
que seguem.
I- A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; 
cada um terá que escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar 
a autoética.
II- A ética política supõe sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo 
de agir na sociedade.
III- A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se 
reduzir à ética, em um processo a serviço do sujeito responsável.
IV- A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se 
situa a decisão ética, quando ele escolhe os seus valores e as suas afinidades.
V- A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na 
perspectiva do fortalecimento dos valores pessoais.
Estão corretas:
a) ( ) I e II. 
b) ( ) I e V. 
c) ( ) II e IV. 
d) ( ) III e IV. 
e) ( ) III e V.
20
21
TÓPICO 2
SOCIEDADE E A DIVERSIDADE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Vamos iniciar o nosso tópico apresentando algumas definições e conceitos 
a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças 
entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos, 
desigualdades e conflitos sociais.
Vamos reconhecer a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma 
forma de democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na 
sutileza do trato com o outro, seja em relação aos “iguais” ou entre iguais e diferentes, 
o que significa apenas uma concepção criada para diferenciar pessoas ou grupos 
sociais que, de alguma forma, ainda não foram incluídos no contexto social.
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E 
DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos 
distintos, desempenham uma ampla relação entre seus termos, isto é, quanto 
maior for a diversidade cultural, maior será a desigualdade social. 
Neste sentido, Gomes (2012, p. 678) afirma que “a diversidade, entendida 
como construção histórica, social, cultural e política das diferenças, realiza-se 
em meio às relações de poder e ao crescimento das desigualdades e da crise 
econômica que se acentuam no contexto nacional e internacional”.
A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação 
entre brancos, índios e negros e foi marcada por uma série de crenças, hábitos, 
costumes e conceitos contraditórios, alimentando assim uma discussão 
permanente a respeito dos direitos e deveres dos seres humanos. Principalmente 
no combate aos preconceitos remanescentes e oriundos dessa relação, que 
perdurou por séculos, trazendo sérias consequências a uma imensa população de 
oprimidos, incluindo-se aí os negros, os índios, os pobres, os portadores de algum 
tipo de deficiência, tipos de preferências, relações e diferenças sexuais, doenças 
crônicas, dentre outras formas de relações consideradas por uma boa parte da 
sociedade como algo fora da normalidade e, por esse motivo, não aceitável.
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
22
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de 
coisas, ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de 
grupos sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis 
de discussão, apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em conflitos, 
chegando até às desigualdades sociais. 
Por isso, a presença da diversidade no acontecer humano nem sempre 
garante um trato positivo dessa diversidade. Os diferentes contextos 
históricos, sociais e culturais, permeados por relações de poder e 
dominação, são acompanhados de uma maneira tensa e, por vezes, 
ambígua de lidar com o diverso. Nessa tensão, a diversidade pode ser 
tratada de maneira desigual e naturalizada (GOMES, 2007, p. 19).
No entanto, existem pontos de vista convergentes e pontos de vista 
divergentes, ambos discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido 
negativo, isto é, no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela 
sociedade como regras relacionadas com bom senso; já no segundo caso, são ações 
que não condizem com a ordem preestabelecida através das leis, normas e regras 
que regulam e inibem o que podemos definir como procedimentos absurdos. 
Portanto, a desigualdade social tem os seus princípios pautados nas tendências e 
nas diferenças de cada indivíduo. Vejamos:
A pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo 
de pessoas que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos 
existentes, como moradia, alimentação, situação financeira etc. O que, na visão 
de alguns autores, é a condição que mais degrada o ser humano e a que mais se 
aproxima e se identifica como um fator ou um elemento causal do desequilíbrio 
econômico e da desigualdade social.
Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de 
hoje por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência 
física pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou são de 
diferentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento sexual. 
A discriminação racial diz respeito à raça/cor/fenótipo, que é um fator 
inerente à pessoa. Tal discriminação é abominável, assim comoa discriminação 
a deficientes físicos ou idosos, pois tratam-se de aspectos involuntários e que, 
ademais, revelam a riqueza multifacetada da ordem criada, da diversidade natural. 
Outro tipo de discriminação é a avaliação dos atos e comportamentos, seja 
na escolha de uma religião e suas práticas ou nas ações que envolvem a sexualidade, 
entre outros aspectos do comportamento humano, pois nesses casos não se trata 
de aspectos inerentes ou involuntários, mas de opções sobre as quais podemos [e 
devemos] fazer juízos morais. Do contrário, por que estaríamos discutindo isso? 
Será que o ser humano, com toda capacidade de raciocínio e reflexão sobre si 
mesmo, reconhece a riqueza da pessoa? Haveria alguma etnia “melhor” que outra?
TÓPICO 2 | SOCIEDADE E A DIVERSIDADE
23
Podemos citar como exemplo o que aconteceu com os judeus, conhecido 
como o holocausto, ou o caso da África do Sul, que teve repercussão mundial, 
também conhecido como segregação racial (Apartheid), que significa separação 
entre negros e os brancos das classes dominantes.
DICAS
Sugerimos que você assista ao filme Mandela, que fala sobre a vida do ex-
presidente da África do Sul e líder da luta contra o Apartheid. O filme tem como diretor 
Justin Chadwick.
Como podemos perceber, o preconceito, a discriminação e o descaso com 
algumas pessoas têm ocasionado uma série de sofrimento e dor, principalmente 
para aquelas que são rejeitadas por uma grande parte da sociedade, em que as 
mesmas são julgadas e condenadas ao mesmo tempo, após serem classificadas 
como diferentes, porém, diferentes no sentido tendencioso e pejorativo, e muitas 
vezes essas pessoas são taxadas e rotuladas como pervertidas, no caso dos 
homossexuais, e frágeis, no caso das mulheres. Vejamos:
Mulher: infelizmente, as estatísticas comprovam que apesar das várias leis 
existentes, no caso específico da Lei Maria da Penha, instituída para a proteção 
da integridade da mulher brasileira contra casos de violência doméstica, ainda 
existem casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando 
raça, religião ou posição social.
Homossexualidade: é o comportamento sexual entre pessoas do mesmo 
sexo, e para alguns indivíduos esse tipo de comportamento fere as normas de 
conduta universal. No entanto, já existem projetos no Congresso Nacional que 
criminalizam certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o 
que significa um avanço na busca de um espaço alternativo, o que é perfeitamente 
compreensivo em uma sociedade cultural democrática.
De acordo com Silva (2007, p. 133), “[...] os diferentes grupos sociais, 
situados em posições diferenciadas de poder, lutam pela imposição de seus 
significados à sociedade mais ampla”. Assim, é fundamental que percebamos 
as diferenças e desigualdades não de forma natural, mas como uma construção 
histórica possível de ser desestabilizada em sua forma rígida, para ser transformada 
em algo que possa ser identificado e reconhecido como base para a construção de 
relações interpessoais mais democráticas dentro da sociedade, isto é, devemos 
pensar e repensar o seu conceito histórico e a sua trajetória futura, pois, de acordo 
com Gomes (2007, p. 22): 
UNIDADE 1 | CIDADANIA E SOCIEDADE
24
A diversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo 
que julgamos como diferença social, histórica e culturalmente construída 
recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o 
modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso.
Por isso, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva 
relacional. Ou seja, as características, os atributos ou as formas 
‘inventadas’ pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o grupo 
a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado na sociedade 
e da relação que mantêm entre si e com os outros. 
Portanto, o caráter multicultural de nossas sociedades revela-se hoje 
temática quase obrigatória nas discussões sobre sociedade e sobre educação. 
Porém, refletir sobre a diversidade exige um posicionamento crítico diante de 
uma realidade cultural e racialmente miscigenada, assunto que, apesar de já ter 
sido discutido anteriormente, achamos prudente e viável inserir neste parágrafo 
outra opinião, que confirma as anteriores a respeito do processo de miscigenação. 
“Não podemos esquecer que a sociedade é construída em contextos históricos, 
socioeconômicos e políticos tensos, marcados por processos de colonização e 
dominação. Estamos, portanto, no terreno das desigualdades, das identidades e das 
diferenças” (GOMES, 2007, p. 22). E ainda segundo Gomes (2003, p. 73):
O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática 
da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de 
necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos 
frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito 
à diferença. Coloca-nos também diante do desafio de implementar 
políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e 
cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades, sem perder 
o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos 
sociais. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não 
pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas 
culturais, políticas e pedagógicas solidárias e excludentes.
No entanto, a diversidade e a diferença dizem respeito não somente aos 
sinais que podem ser vistos a olho nu, mas também àqueles que são construídos 
socialmente ao longo de um processo histórico, tendo os seus pontos divergentes 
e convergentes, que são construídos através das relações sociais e, principalmente, 
nas relações de poder e de submissão, e para algumas pessoas, nem sempre esse 
posicionamento é entendido dessa forma. 
Como nos diz Carlos Rodrigues Brandão (1986 apud GOMES, 2007, p. 
25), “por diversas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-
lo inimigo”. Aprofundando essa reflexão, tomamos como exemplo a Constituição 
Federal de 1988, que trata no Artigo 5º dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição;
TÓPICO 2 | SOCIEDADE E A DIVERSIDADE
25
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; [...] (BRASIL, 1988, s.p.).
Neste sentido, surgem algumas perguntas relacionadas à diversidade 
humana e seus direitos: se “todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza”, tendo reconhecidas suas individualidades de homem e 
mulher como cidadãos, por que tanto se discute sobre as “questões de gênero”? 
Será que essa ideologia propõe a valorização da pessoa humana? Ou está disposta 
a trazer divisão, confusão de ideias ou até mesmo a negação da ordem natural? 
Ao privilegiar determinados grupos em detrimento de outros, não estaria 
contrariando a própria Constituição?
Acadêmico, são muitos os questionamentos, e conforme destacado na 
apresentação deste livro, “aprender a questionar é tão importante quanto buscar 
o saber”. Por isso, nosso propósito é estimular o seu raciocínio crítico sobre a 
realidade em que vivemos, em um tempo de profundas e rápidas mudanças 
culturais, um tempo de aumento do individualismo, da comunicação quase que 
exclusivamente on-line, em que pouco se ouve, vê, toca ou sente. O diálogo é o 
caminho que nos une, revela nossa capacidade de aprender com o próximo e 
permite que as diferenças favoreçam a complementariedade

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