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RESUMO DO TEXTO: ANTROPOLOGIA SOCIAL (LIVRO: CIÊNCIAS SOCIAIS)

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A Antropologia Social
Dentro do livro Introdução às Ciências Sociais, escrito por Nelson C. Marcellino, que traz a tona um conjunto de textos sobre as principais Ciências Sociais, seus temas centrais de análise, questões gerais e outros fatores, Carlos Rodrigues Brandão tece ao tema “A Antropologia Social”, suas conclusões e interpretações acerca desta importantíssima ciência.
	Carlos, inicia sua publicação desenvolvendo uma diferenciação importante entre sociedade e cultura e, deixando claro que estas não estão inseridas num mesmo plano e, para isso se apropriando de excertos de Roberto da Matta. Utilizando um texto do último autor nesse parágrafo mencionado, Brandão traz reflexões sobre a distinção entre esses dois termos, partindo do exemplo de que entre as formigas (e outros animais sociais) existe sociedade mas não existe cultura, ou seja, existe uma totalidade de indivíduos que ordenadamente atuam em coletividade, mas sem cultura porque não existe uma tradição viva conscientemente elaborada que passa de geração para geração, que permita tornar singular e única uma dada comunidade em relação às outras.
	Posterior a essa discussão, o enfoque se dá na definição do que é a Antropologia. Para tal, Carlos Rodrigues Brandão também faz uso de uma outra obra, intitulada A Interpretação das Culturas de Clifford Geertz, absorvendo daí que o significado desta ciência deve ser buscado entre os próprios antropólogos, isto é, no que eles estão fazendo e “assumindo” como Antropologia. É cabível citar também, outra obra também de Clifford, embora não citada nesse texto em discussão, “Nova Luz sobre a Antropologia”, que irá trazer debates no que diz respeito a vasta e infinita maneira de se enxergar a Antropologia enquanto possibilidades de interpretações.
	O que os antropólogos fariam, portanto, segundo este escrito, seria a etnografia. Em outras palavras, seriam as diferentes categorias de tempo e pessoas que se enredam com outras para construírem, juntas e interligadas, como em uma teia de complexidade de símbolos e significações, mapas sociais. Estes mapas sinalizam os sistemas e princípios que dizem a todos, e a cada um, quem é sujeito em relação aos outros, as obrigações a que está sujeito e a maneira de se comportar perante o pai, a mãe, irmãos, parentes, vizinhos e até mesmo dos antropólogos. Regras e princípios que a todos são impostos, seja por crença em fundamentos jurídicos, éticos e religiosos ou pela associação a costumes, gerando com isso uma dinâmica social.
	No passado, havia uma maior uniformidade do que fazem os antropólogos no Brasil, o objeto de estudo principal eram os índios e os grupos tribais. Destes, estudava-se as relações econômicas, ecológicas, os sistemas de ritos, mitos, de classificação de plantas e animais e assim por diante. Mais além, as relações interéticas também viraram causa de estudo, e expande-se a outras minorias sociais e nacionais. Tudo isso, na busca insistente de comparar, integrar e totalizar fatos sociais, partindo de culturas mais simples, buscando explicações densas e abrangentes para algumas questões intrigantes a respeito de “todos os homens”. Entretanto, a Antropologia Social sai do estudo exclusivo dos grupos primitivos e toma vários rumos, estudando dos índios a cada sujeito, dimensão ou aspecto da sociedade como um todo. 
Na medida em que a Antropologia deixa de ter como instrumento quase que único o estudo dos povos primordiais, ela passa a integrar suas discussões a Sociologia, a Ciência Política e a História, criando um diálogo entre todas as ciências sociais, contribuindo para o não fortalecimento de rivalidades entre estas e fomentando a necessidade de constante revisão de suas teorias, métodos e significados.
A singularidade da Antropologia reside então em seus modos de abordagem, forma de formular perguntas, estratégias próprias de conduzir a investigação e as ênfases nas explicações. Ressalta-se, por exemplo, a característica de vocação holística que esta ciência se apropria, explicando a coisa sempre o mais possível, desde o ponto de vista das relações que a produzem até a totalidade dos fenômenos sociais que são parte (os fatos sociais totais). Além mais, o relativismo, que defende a ideia de que as culturas humanas são equivalentes como valor e experiência e que são explicadas de acordo com os termos da lógica de seu próprio sentido, também faz parte das particularidades da Antropologia. 
De tudo isso, registra-se que a Antropologia é, destarte, uma ciência dedicada a compreender a sociedade humana a partir de suas representações sociais, aquilo que fazem os seus sujeitos quando vivem e pensam a sua vida cotidiana.

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