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Tecnologia da Informação e Comunicação 
e Construção de Materiais Didáticos
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1.
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2/228
Tecnologia da Informação e Comunicação e Construção 
de Materiais Didáticos
Autora: Simone Cecília Pelegrini da Silva
Como citar este documento: SILVA. Simone C. P. da. Tecnologia da Informação e Comunicação e 
Construção de Materiais Didáticos. Valinhos: 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor 05
Assista a suas aulas 22
Unidade 2: Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais 30
Assista a suas aulas 47
Unidade 3: Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital 56
Assista a suas aulas 83
Unidade 4: A formação do professor na sociedade digital: a importância do professor-mediador 91
Assista a suas aulas 109
2/228
3/228
Unidade 5: Uso de materiais didáticos no ambiente WEB: a internet como apoio à aprendizagem 117
Assista a suas aulas 134
Unidade 6: Vídeos Educativos: a sala de aula com recursos audiovisuais 142
Assista a suas aulas 157
Unidade 7: Webcast: pesquisando na internet 165
Assista a suas aulas 184
Unidade 8: Construção de blogs: usando recursos digitais 194
Assista a suas aulas 218
Sumário
Tecnologia da Informação e Comunicação e Construção 
de Materiais Didáticos
Autora: Simone Cecília Pelegrini da Silva
Como citar este documento: SILVA. Simone C. P. da. Tecnologia da Informação e Comunicação e 
Construção de Materiais Didáticos. Valinhos: 2015.
4/228
Apresentação da Disciplina
É muito empolgante entender a relevância da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 
na educação e no cotidiano das pessoas. Afinal, o computador e a internet estão cada vez mais 
comuns entre todas as classes sociais. Temos uma geração de alunos em sala de aula que são 
completamente fascinados e dependentes das perspectivas que a internet oferece: as pessoas 
da Geração Z, nascidas entre 1990 e 2000, são conhecidas por serem nativos digitais, ou seja, 
muito familiarizados com a internet e com as tecnologias digitais. 
Essa disciplina foi construída de maneira a entender como a escola, durante muito tempo alheia 
a esse processo, caminha agora para uma nova expectativa do processo ensino-aprendizagem 
com o uso da TIC. Sabemos que, com a consciência sobre a necessidade de atualização, 
professores buscam atualizar a sua prática pedagógica com o uso da TIC. E isso exige um novo 
fazer pedagógico. A TIC modifica a forma de trabalhar a construção do conhecimento e, por 
isso, o processo educacional e o professor têm um papel revisado. Trazemos para essa disciplina 
a busca pela reflexão sobre a importância da mediação pedagógica para o uso das novas 
tecnologias e sobre o papel do professor. Também observaremos que colaboração, criatividade 
e inovação são exigências reais e que devem estar em sala de aula tanto quanto os conteúdos 
mais básicos da aprendizagem.
5/228
Unidade 1
Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor
Objetivos
1. Compreender o processo de integração das TICs na prática 
pedagógica.
2. Entender a importância dos meios de comunicação como 
integradores educacionais.
3. Reconhecer as mudanças no ensino com a presença do 
virtual.
4. Reconhecer a necessidade do uso de estratégias 
cooperativas de aprendizagem entre professores.
5. Entender a relevância da revisão de atitude e de 
comportamento do professor que agora se coloca como um 
facilitador entre o aluno e a tecnologia.
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor6/228
Introdução
A evolução de uma ação pedagógica pode estimular e incitar o aluno a aprender, de acordo com 
a qualidade e seu objetivo. Somente numa relação de afinidade, respeito, empatia, confiança, 
constitui-se uma relação que propicia a aprendizagem do aluno. Na mediação pedagógica, o 
professor provoca, problematiza, desafia e ao mesmo tempo estimula a autonomia do aluno, o 
interesse pelo conteúdo, o gosto por aprender.
A mediação pedagógica é um processo de interação, no qual tanto o professor quanto o 
aluno aprendem e ensinam juntos, em coconstrução, pois quem ensina aprende ao ensinar 
e quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, 1997, p. 25). Como a aprendizagem não se dá 
espontaneamente, os envolvidos exercem papéis fundamentais para que ela ocorra.
O veículo da mediação continua sendo a linguagem. No entanto, com as TIC, a linguagem 
ganha a dimensão da virtualidade e, por isso, toda a potencialidade para ir além da linguagem 
oral e escrita. No entendimento de Silva (2014), a cibercultura é uma linguagem que traz 
uma série de novas possibilidades de transmissão, fixação, reprodução, modificação, 
difusão e manipulação da mensagem. Por meio da internet, o sujeito não apenas tem 
acesso à informação, mas também a produz numa arquitetura não linear, hipertextual, de 
conectividades em rede. 
Se a proposta de uso das TIC na escola não tiver um comprometimento com suas implicações 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor7/228
na aprendizagem, se os professores não se 
apropriarem dos recursos para diversificar 
suas situações de aprendizagem, 
dificilmente será possível afirmar que 
houve inovação na prática pedagógica e, 
consequentemente, na relação ensino-
aprendizagem.
Introduzir aparatos tecnológicos na escola 
não se trata apenas de propiciar aos alunos 
e professores esse contato e a aquisição de 
habilidades tecnológicas. A introdução das 
tecnologias na educação precisa estimular 
a desconstrução de suas estruturas antigas 
e priorizar uma educação criativa.
Ou seja, utilizar as TIC no processo 
de mediação pedagógica pode ser 
inovador se as tecnologias forem 
mediadoras deste processo de ensino-
aprendizagem. O professor pode integrar 
as tecnologias à mediação pedagógica 
de inúmeras formas, de acordo com seus 
conhecimentos e necessidades. Ele pode 
expandir seu universo comunicativo – 
escrito, oral, imagético, hipertextual, 
animado – experimentando diferentes 
mídias, provocando o aluno por formas 
de compreensão. Ele pode expandir sua 
experiência metodológica, propiciando 
inúmeras experiências de trabalhos 
individuais ou em grupos, presenciais, 
semipresenciais ou à distância, 
promovendo atividades interativas, 
de simulação e de programação, 
permitindo a criação de novas situações 
de aprendizagem. Ele pode expandir seu 
universo organizacional, de interação, de 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor8/228
pesquisa, de busca de informações.
Para isso, é fundamental que o educador 
atue como mediador de maneira 
pedagógica e interativa, fomente a inter-
relação, estimule e incentive a participação 
colaborativa dos alunos. A escola possui, 
atualmente, como instrumento de 
trabalho, a informação, e deve trabalhar 
para que seus alunos se apropriem e 
construam algo além dela. Para tanto, 
a educação, por meio dos professores, 
deverá criar situações de aprendizagem 
nas quais os alunos realizem atividades e 
construam o seu conhecimento.
Aprendizagem colaborativa
Atualmente não é fácil aprender e 
conviver sem, em algum momento, sermos 
estimulados a trabalhar em equipe, de 
forma colaborativa. Crescemos com nossos 
pais e professores nos ensinando que, na 
escola, devemos dividir nossos brinquedos, 
ajudar quem precisa e ser solidário. 
Independentemente do que acontece 
ao longo do caminho, as questões 
colaborativas e cooperativas têm se 
tornado cada vez mais presentes, em 
razão dos recursos virtuais de estímulo 
à aprendizagem. Você não deve apenas 
trabalhar sozinho, no seu computador, mas 
também ter uma postura de aprendiz e 
colaborador em qualquer processo.
O uso das TICs na prática pedagógica 
mostra que a utilização de diferentes 
mídiasde forma integrada ao processo 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor9/228
de ensino-aprendizagem contribui para 
a formação de uma pessoa mais criativa 
e engajada no seu desenvolvimento. 
Entretanto, um dos focos no 
desenvolvimento de nossos alunos é a 
habilidade de trabalhar em equipe (local ou 
virtual), de forma colaborativa.
Muitos alunos, mesmo sem saberem, já 
estão familiarizados com esse contexto de 
colaboração no dia a dia, por meio do uso 
de seus MSN, Facebook, Twitter, Instagram 
etc., contudo o conceito de cooperação a 
favor da construção de um conhecimento 
pode não ser tão claro para eles.
Os avanços tecnológicos dos meios de 
comunicação e informática possibilitam 
novas formas de comunicação entre 
as pessoas. Num primeiro momento, 
havia apenas a comunicação do foco; 
posteriormente, o compartilhamento 
de experiências e, com isso, a troca de 
informações e conceitos, objetivando 
crescimento (muitas vezes, pessoal) de 
forma colaborativa. Um adolescente, 
quando recorre a um amigo online para 
perguntar sobre características pessoais ou 
acadêmicas e obtém respostas, cria, sem 
perceber, um ambiente colaborativo de 
aprendizagem. 
Para Almeida (2001), ambientes 
colaborativos de aprendizagem, ou 
ambientes virtuais de colaboração e 
aprendizagem, podem ser “construídos” 
por meio de um software específico para 
comunicação online. Por meio desse 
software, um grupo de pessoas pode 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor10/228
aprender em colaboração mediada pelas 
tecnologias de informação e comunicação 
e com o apoio de um educador orientador.
De acordo com Moran (2013), os ambientes 
colaborativos possibilitam a socialização 
das produções, ideias e pesquisas de 
educandos e educadores com fácil 
atualização e participação de terceiros. 
As principais características de uma 
comunidade virtual de aprendizagem, ou 
seja, um grupo conectado com o mesmo 
objetivo, possibilitam alguns aspectos, tais 
como: 1) A comunicação não depende nem 
do tempo, nem do local; 2) A comunicação 
se dá entre muitas pessoas; 3) O produto é 
coletivo; 4) Os participantes são ativos; 5) 
A escrita é estimulada; 6) A comunicação 
ocorre por meio do computador conectado 
à internet; 7) A possibilidade de haver um 
mediador que anima, incentiva e viabiliza o 
debate; 8) A motivação dos participantes é 
importante.
Em tais comunidades é possível reunir 
ações das mais variadas com os alunos, 
desde que com objetivos claros tanto 
para o professor quanto para o aluno. 
Além disso, a linguagem utilizada na 
comunicação em tempo real mediada 
por computador é praticamente uma 
transcrição da fala, porque o que se 
escreve é aquilo que se quer falar. Com isso, 
a linguagem está sendo recontextualizada, 
passando a ter características como o 
imediatismo, a redundância e elementos 
da fala em situações de interação verbal 
em tempo real. 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor11/228
Pode-se afirmar, então, que uma 
nova escrita está sendo criada, com 
características da fala, a qual não respeita 
as regras da linguagem escrita tradicional.
Outro exemplo desse tipo de linguagem 
é o blog (diário pessoal virtual), que as 
pessoas utilizam para postar textos, 
imagens e sons que podem ser atualizados 
e reescritos conforme a necessidade. O 
conteúdo está sempre acessível ao público, 
diferentemente do que acontecia com 
o gênero anterior de diário pessoal, em 
que a escrita era uma forma de registro 
permanente. 
Os ambientes colaborativos de 
aprendizagem modificam também a 
forma de realizar a leitura, pois na leitura 
tradicional aprendemos que os olhos 
deveriam se mover de cima para baixo e 
da esquerda para a direita. Você sabia que 
isso não acontece quando lemos alguma 
página na internet?
Isso não ocorre porque os elementos 
visuais e sonoros (cores, imagens, sons, 
animação e vídeo) com o texto escrito 
chamam a atenção, simultaneamente, para 
diversos pontos na página, e acabamos 
não lendo a página toda. Temos a opção de 
escolher somente o que interessa ou o que 
chama mais atenção.
Se compararmos dois leitores, 
constataremos que escolheram caminhos 
diferentes, pois, em uma página 
multimodal, ou seja, com vários recursos 
de comunicação, como escrita, imagens e 
sons, um deles poderá escolher somente ler 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor12/228
um texto, enquanto o outro prefere ouvir 
música ou observar uma imagem antes de 
ler o texto.
O mesmo fato acontece quando o leitor 
se depara com um hipertexto, já que ele, 
à medida que lê, escolhe os links de seu 
interesse.
Podemos, então, afirmar que a linguagem 
utilizada nas comunidades de prática em 
questão é composta por um conjunto 
complexo de habilidades que interagem, 
tais como a leitura, a escrita, a fala e a 
compreensão oral.
 Moran (2000, 2013), em seus textos, 
nos incita a refletir sobre os avanços 
tecnológicos e a inserção desses recursos 
na sala de aula. Tudo aconteceu tão 
rápido que não tivemos condições nem 
de explorá-los intensamente, nem 
de aprender a utilizá-los. Ainda hoje, 
encontramos muitos educadores que 
utilizam as tecnologias somente para 
ilustrar as suas aulas.
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor13/228
Link
Assista à entrevista da professora Juliana Santos Albach. Ela explica o resultado da sua pesquisa 
realizada na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo sobre o uso da internet no Ensino 
Fundamental de escolas públicas. Segundo ela, os jovens têm acesso à internet de diversas formas, 
quaisquer que sejam as classes sociais a que pertençam, mas o ensino público ainda não oferece esse 
recurso nessa fase. UNIVESP TV: Juliana Santos Albach. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=wFkSBkow1AA>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Acompanhe o vídeo com a palestra de Luciano Meira sobre Educação e Novas Tecnologias. Série 
Diálogos – Tecnologia na Educação: Luciano Meira. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=Qk-2RIX7CBo>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor14/228
Para saber mais
O portal da Unesco disponibiliza as atividades desenvolvidas em Comunicação, Informação e Educação. 
Trata-se de uma importante fonte de informação para alunos e professores. UNESCO. Disponível em: 
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-
knowledge/ict-in-education/>. Acesso em: 10 jun. 2015.
Leia mais sobre Cibercultura no livro “Educação e ciberespaço: estudos, propostas e desafios”. A obra 
é uma coletânea de artigos com trabalhos realizados por pesquisadores brasileiros de vários estados 
e instituições, bem como, de Portugal. <http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/livros/
educacao_e_ciberespaco.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Link
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor15/228
Para saber mais
A Wikipedia é um excelente exercício para trabalhar colaborativismo com seus alunos e incentiva 
a pesquisa, o trabalho em grupo e a percepção sobre a qualidade das informações. A proposta é 
formar uma enciclopédia criada de forma colaborativa, ou seja, em grupos de pessoas interessadas 
pelo mesmo assunto que colaboram com informações simultaneamente. Que tal fazer a experiência, 
mediando esse trabalho?
Para saber mais
Aproveite para conhecer ferramentas e tecnologias educacionais para potencializar a aprendizagem! O 
Portal e-Unicamp foi concebido com o objetivo de disseminar o conhecimento gerado pela instituição 
por meio da disponibilização de vídeos, animações, simulações, ilustrações e aulas, materiais criados 
pelos próprios professoresda Unicamp e de acesso livre ao público. Ele foi desenvolvido com o intuito 
de impulsionar o uso de tecnologias educacionais que permitem a criação de novos relacionamentos 
entre professores, alunos e a comunidade em geral, visando a instigar a aprendizagem e disseminar 
o conhecimento a todos de forma simples e gratuita. Disponível em: <http://ggte.unicamp.br/e-
unicamp/public/>. Acesso em: 10 jun. 2015.
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor16/228
Glossário
Aparatos tecnológicos: equipamentos, estruturas e aparelhos interativos (tecnológicos 
digitais). 
Aprendizagem colaborativa: é um recurso metodológico que usa a interatividade entre alunos 
e professor para que estabeleçam buscas, compreensão e interpretação do assunto estudado. É 
realizada em grupos e seu elemento essencial é o trabalho coordenado em equipe.
Inovador: que ou o que inova; aquele que não é retrógrado.
Questão
reflexão
?
para
17/228
A internet está presente no cotidiano e provoca mudanças 
tanto na educação presencial quanto na educação a distância, 
pois favorece um trabalho cooperativo e colaborativo entre as 
pessoas. Ela, quando utilizada a favor do processo educacional, 
pode potencializar a aprendizagem colaborativa por meio da 
comunicação entre as partes.
Para Silva (2002), a aprendizagem é um processo de construção 
em que o educando é o autor de sua própria aprendizagem. 
Nesse contexto, o professor que consegue transpor o simples 
fato de comunicar por meio digital e direcionar seus alunos para 
uma comunicação participativa estimulará a responsabilidade, 
a participação, a comunicação, a interação e o confronto de 
ideias dos alunos, além de desenvolver as competências básicas: 
Questão
reflexão
para
18
?
/228
curiosidade, criatividade, capacidade de trabalhar em equipe, de 
saber comunicar-se e de buscar.
Podemos concluir, então, que as pessoas que trabalham de 
maneira colaborativa são coautoras do processo de interação e 
criação. Cada uma é responsável pela sua própria aprendizagem e 
pela ação colaborativa. Assim, seguindo esse mesmo raciocínio, as 
pessoas tornam-se corresponsáveis pela aprendizagem do grupo.
Como você já pôde observar, mencionamos bastante o papel do 
professor; mas, como será o novo papel do aluno?
19/228
Considerações Finais 
 » O uso consciente das TICs é importante para o processo ensino-
aprendizagem. Isso se dá a partir do momento em que o professor 
tem claro para si e para os alunos qual é a proposta da aula e qual é o 
objetivo a ser alcançado. 
 » Autonomia, interação, flexibilidade, utilização de recursos e de 
instrumentos de maneira interativa são características que podem ser 
adquiridas com a experiência mediada das TICs.
 » O professor passa a ser o mediador entre o aluno e o computador. 
Para isso, deve ter claro qual é o objetivo de sua aula, além, é claro, de 
conhecer as tecnologias que utilizará em sala. 
 » O processo de ensino-aprendizagem é mediado por tecnologias, mas a 
atuação do professor continua indispensável para haver significado no 
processo.
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor20/228
Referências
ALMEIDA, F. J. de. Educação e Informática: os computadores na escola. São Paulo: Cortez: 
Autores Associados, 1988.
ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: Proem, 2001.
ALMEIDA, M. E. B. T. P. O computador na escola: contextualizando a formação de professores – 
praticar a teoria, refletir a prática. São Paulo: PUCSP, 2000.
BEHRENS, M. A. Tecnologia interativa a serviço da aprendizagem colaborativa num paradigma 
emergente. In: Integração das tecnologias na educação. Secretaria de Educação a Distância. 
Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005, p. 74-78.
FELDMANN, M. G. Formação de Professores e escola na contemporaneidade. São
Paulo: SENAC São Paulo, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e 
Terra, 1997.
MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T. (orgs.); BEHRENS, Marilda A. (orgs.). Novas tecnologias e 
mediação pedagógica. 21ª ed. Campinas: Papirus, 2013. 
_______. Ensino e Aprendizagem Inovadores com tecnologias, In: Informática na Educação: 
Unidade 1 • Mediação Pedagógica: o novo aluno e o novo professor21/228
Referências
Teoria e Prática. PGIE – UFRGS. v. 3. n. 1, setembro, 2000. P. 137-144
NEVADO, R. A. Ambientes virtuais que potencializam as relações de ensino-aprendizagem. 
Boletim Salto para o futuro. Rio de Janeiro: TV Escola, SEED-MEC, 2005. (Série Novas formas de 
aprender: comunidades de aprendizagem).
PETERS, O. A Educação a Distância em transição. Rio Grande do Sul: Unisinos, 2003.
22/228
Aula 1 - Tema: Mediação Pedagógica – Bloco I 
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/4bf1d6eab865df901d0397d5f11ed36b>.
Aula 1 - Tema: Mediação Pedagógica – Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/01b-
d4e9522acc73a12b48781f44e69d3>. 
Assista a suas aulas
23/228
1. Quais competências devem ser desenvolvidas para o uso das TIC como 
complementaridade da ação pedagógica?
a) Discernimento e habilidade manual 
b) Rapidez na digitação e uso do mouse
c) Autonomia, interação e flexibilidade
d) Uso de redes sociais e blogs
e) Manutenção de hardware e instalação de software
Questão 1
24/228
2. Um dos grandes desafios postos aos educadores pela sociedade do co-
nhecimento com o uso da Tecnologia da Informação e Comunicação é:
a) responsabilizar os estudantes pela busca de informações através de estudos 
individualizados
b) facilitar a simples compilação de conteúdo 
c) possibilitar aos estudantes uma formação mais rápida
d) viabilizar resultados imediatos, levando a conclusões previsíveis 
e) ajudar os estudantes a tornar a informação significativa, a filtrar as informações e 
compreendê-las. 
Questão 2
25/228
3. A Escola conta hoje com as Tecnologias da Informação e da 
Comunicação, que estão cada vez mais tomando conta também de 
espaços familiares, sociais e educacionais. Portanto, a escola precisa 
estar atenta para:
a) modificar sua estrutura e oferecer total acesso à internet aos alunos.
b) a adoção de estratégias que estimulem a criatividade dos professores para que possam 
integrar as ferramentas tecnológicas.
c) exigir atividades online.
d) evitar troca de experiências em redes sociais por alunos e professores.
e) favorecer parte do estudo de maneira não presencial.
Questão 3
26/228
4. O uso da tecnologia em sala de aula enquanto estratégia de ensino 
deve atender, sobretudo, às necessidades do perfil do aluno da Geração 
Z. As atividades devem corresponder à proposta da aula, mas também
a) devem ser simples, rápidas e pouco desafiadoras.
b) devem ser realizadas apenas no computador ou tablet, e individuais.
c) devem ser feitas coletivamente sem a mediação do professor.
d) devem ser desafiadoras e promover a pesquisa e o trabalho em equipe. 
e) devem ser desafiadoras e promover a discussão, porém sem mediação.
Questão 4
27/228
5. Atualmente, é fundamental que o professor atue como mediador de 
maneira pedagógica e interativa e fomente a inter-relação, estimule e in-
centive a participação colaborativa dos alunos. Para tanto, é verdadeiro 
afirmar que:
a) é importante que os alunos realizem atividades e construam o seu conhecimento.
b) os alunos não devem se apropriar de outras informações além daquelas obtidas em sala 
de aula.
c) o trabalho em grupo ou equipes não deve ser estimulado.
d) a cooperação e o colaborativismo em nada têm a ver com o trabalho em equipe.
e) não cabe aoprofessor ser mediador em sala de aula.
Questão 5
28/228
Gabarito
1. Resposta: C
O uso da tecnologia e a internet trouxeram 
mudanças tanto para a sala de aula quanto 
para seus personagens, aluno e professor.
2. Resposta: E.
As Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) permitem ampliar 
o conceito do que seja aula, de espaço 
e tempo de comunicação audiovisual 
e, ainda, estabelecer conexões entre o 
presencial e o virtual.
3. Resposta: B.
O uso das TICs no processo ensino-
aprendizagem, em que a comunicação é 
utilizada na construção de conhecimentos, 
pode desenvolver-se com a participação 
dos indivíduos em diferentes tempos e 
locais.
4. Resposta: D.
Geração Z é a contemporânea, conectada à 
internet, que realiza inúmeras atividades de 
modo simultâneo. Agregado a isso temos 
a busca pela aquisição de conhecimento, 
sendo participantes ativos do processo de 
ensino-aprendizagem.
5. Resposta: A.
O processo de ensino-aprendizagem tem 
29/228
Gabarito
em seus autores, professores e alunos, os 
principais responsáveis. Cabe a eles serem 
os mediadores e exercerem de forma ativa 
a busca por informações e conhecimento, 
sendo essencial a valorização do trabalho 
em grupo, a interação e o dinamismo.
30/228
Unidade 2
Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais
Objetivos
1. Reconhecer a necessidade do entendimento tecnológico 
e do uso da tecnologia como possibilidade de ambiente 
de estudo.
2. Entender que o colaborativismo propicia o 
desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade 
e da imaginação, das iniciativas de pesquisas, da troca 
de informações, de experiências e de conhecimento, 
além do uso das ferramentas digitais.
3. Reconhecer que a integração de diferentes tecnologias 
trouxe inúmeros benefícios ao processo educacional.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais31/228
Introdução
As Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC) são recursos que 
auxiliam o professor no processo de 
ensino e aprendizagem, propiciando o 
compartilhamento de conhecimento de 
forma mais democrática, participativa, 
colaborativa e dinâmica. Ampliam as 
oportunidades de formação social e 
exercício da cidadania, o interesse por 
dialogar e aprender, ao utilizar recursos que 
fazem parte do cotidiano dos alunos.
Os ambientes virtuais de aprendizagem, as 
redes sociais e outros recursos de interação 
e colaboração ganham importância à 
medida que facilitam a comunicação, 
fazendo com que a internet evolua de um 
conceito de acesso passivo à informação 
para um conceito de transformação, 
criação, colaboração e partilha de 
conteúdos. Ambientes virtuais com fins 
educativos devem ser acompanhados 
por mudanças nos modelos de ensino-
aprendizagem, sendo complementadas 
com os novos cenários suportados pelas 
ferramentas de comunicação.
Esta disciplina refletirá a necessidade de 
entendimento da ideia de colaboração 
promovida pelas redes sociais nas quais 
as ferramentas utilizadas complementam 
os métodos educacionais tradicionais, 
permitindo ao aluno a construção do seu 
próprio saber em colaboração com os seus 
pares e os professores.
Além de usar as tecnologias digitais como 
ferramentas de ensino, o professor pode 
passar aos seus alunos a importância 
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais32/228
desses novos meios na disseminação da 
informação, torná-los capazes de saber 
procurar novas fontes e produzir suas 
próprias ideias.
É importante entender a relevância deste 
recurso no dia a dia dos estudantes, 
trabalhar para minimizar os riscos que 
significam o acesso a estes espaços 
virtuais e tirar o melhor proveito para fins 
educacionais, visto que é uma ferramenta 
que interessa a todos. Mais que entreter, 
as redes podem se tornar ferramentas 
de interação e colaboração valiosas 
para auxiliar no processo de ensino e 
aprendizagem, desde que bem utilizadas. 
Quando o professor sabe quais são os 
interesses dos jovens para os quais planeja 
as aulas, ele prepara atividades mais 
focadas e interessantes, o que facilita a 
aprendizagem. 
1. Os Ambientes Colaborativos
Atualmente não é fácil aprender e 
conviver sem, em algum momento, sermos 
estimulados a trabalhar em equipe, de 
forma colaborativa. Crescemos com nossos 
pais e professores nos ensinando que, na 
escola, devemos dividir nossos brinquedos, 
ajudar quem precisa e ser solidário.
Independentemente do que acontece 
ao longo do caminho, as questões 
colaborativas e cooperativas têm se 
tornado cada vez mais presentes, em 
razão dos recursos virtuais de estímulo 
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais33/228
à aprendizagem. Você não deve apenas 
trabalhar sozinho, no seu computador, mas 
também ter uma postura de aprendiz e 
colaborador em qualquer processo.
É possível constatar que a utilização de 
diferentes mídias de forma integrada 
ao processo de ensino-aprendizagem 
em ambientes virtuais de aprendizagem 
contribui para a formação de uma 
pessoa mais criativa e engajada no seu 
desenvolvimento. Entretanto, um dos focos 
no desenvolvimento de nossos alunos é a 
habilidade de trabalhar em equipe (local ou 
virtual), de forma colaborativa.
Muitos alunos utilizam com frequência 
o contexto de colaboração no dia a dia, 
no uso de seus MSN, do Facebook, do 
Instagram etc. Porém, o conceito de 
cooperação a favor da construção de 
um conhecimento com o uso dessas 
ferramentas precisa sempre ser explorado.
Os avanços tecnológicos dos meios de 
comunicação possibilitam novas formas 
de comunicação entre as pessoas. Num 
primeiro momento, havia apenas a 
comunicação do foco; posteriormente, o 
compartilhamento de experiências e, com 
isso, a troca de informações e conceitos.
Um adolescente, quando recorre a um 
amigo online para perguntar sobre 
características pessoais ou acadêmicas e 
obtém respostas, cria, sem perceber, um 
ambiente colaborativo de aprendizagem. 
Mas, de fato, o que é um ambiente 
colaborativo de aprendizagem?
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais34/228
Para Almeida (2001), ambientes 
colaborativos de aprendizagem podem ser 
criados por meio de um software específico 
para comunicação online. Por meio desse 
software, um grupo de pessoas aprende em 
colaboração mediada pelas TICs e com o 
apoio de um professor orientador. Ou seja, 
forma-se então uma rede de inter-relações 
entre pessoas, práticas, valores, hábitos, 
crenças e tecnologias em um contexto de 
aprendizagem.
Entre as principais características desses 
ambientes colaborativos, podemos 
destacar que a comunicação não depende 
nem do tempo, nem do local, e que a 
participação ativa do grupo gera um 
produto coletivo, que torna a escrita 
estimulada. Existem diversos tipos de 
ambientes colaborativos disponíveis na 
internet, tais como blogs, podcasts, redes 
sociais e wiki.
Nessas comunidades, o conceito de 
comunicação passa a ser revisto. Nelas, 
a linguagem utilizada na comunicação 
em tempo real mediada por computador 
é praticamente uma transcrição da fala, 
porque o que se escreve é aquilo que se 
quer falar. Com isso, a linguagem está 
sendo recontextualizada, passando a ter 
características como o imediatismo, a 
repetição e elementos da fala em situações 
de interação verbal em tempo real. Pode-se 
afirmar, então, que uma nova escrita está 
sendo criada, com características da fala, 
a qual não respeita as regras da linguagem 
escrita tradicional.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais35/228
Se compararmos dois leitores, constataremos que escolheram caminhos diferentes, pois, em 
uma página com vários recursos de comunicação,como escrita, imagens e sons, um deles 
poderá escolher somente ler um texto, enquanto o outro prefere ouvir música ou observar 
uma imagem antes de ler o texto. O mesmo fato acontece quando o leitor se depara com um 
hipertexto, já que ele, à medida que lê, escolhe os links de seu interesse.
Podemos, então, afirmar que a linguagem utilizada na internet é composta por um conjunto 
complexo de habilidades que interagem, tais como leitura, escrita, fala, compreensão oral.
A internet está presente no cotidiano e provoca mudanças tanto na educação presencial 
quanto na educação a distância, pois favorece um trabalho cooperativo e colaborativo entre 
as pessoas. Ela, quando utilizada a favor do processo educacional, pode potencializar a 
aprendizagem colaborativa por meio da comunicação entre as partes.
Em relação aos alunos, espera-se que eles sejam mais ativos, autodirigidos, criativos, críticos, 
pesquisadores e atuantes, caso nós, professores, queiramos que eles produzam conhecimento 
e transformem a nossa realidade. Porém, aprender nesse novo contexto requer habilidades que 
deverão ser desenvolvidas junto ao processo, desde que o professor crie situações para tanto.
O professor que estimula esse projeto torna-se um dos aprendizes por meio do teste e da 
análise crítica de suas iniciativas. À medida que os participantes de uma comunidade virtual se 
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais36/228
relacionam, realizam trocas que se somam 
às outras vivências. Tais trocas se dão em 
diversas direções e, simultaneamente, 
lançam novas informações que provocam 
situações de desafios na sala de aula, 
contribuindo para o processo de 
aprendizagem. 
Peters (2003) destaca a grande diferença 
entre espaços de aprendizagem 
colaborativos reais tradicionais e os 
espaços de aprendizagem virtuais. Nos 
espaços tradicionais, as atividades 
de aprendizagem são fixas em razão 
do tempo e da localização, ou seja, o 
grupo apresenta-se em locais e horas 
preestabelecidos para trocar informações 
e experiências. Já nos espaços virtuais, o 
tempo e os locais não são fixos, criando 
uma infinidade de atividades, iniciativas de 
pesquisas e, principalmente, de troca de 
informações, experiências e conhecimento, 
conforme os desafios são apresentados e 
há iniciativa de cada integrante do grupo.
Nesse contexto, para que o trabalho 
atinja o objetivo proposto de construção 
colaborativa do conhecimento, é 
fundamental o papel do professor, 
direcionando o processo para que o grupo 
não se afaste do objetivo preestabelecido, 
ou seja, é preciso dar significado ao 
conteúdo a ser ministrado. Toda iniciativa 
de aprendizagem colaborativa só é eficaz 
quando está integrada a um projeto 
pedagógico viável, ao conteúdo a ser 
apresentado e ao conhecimento a ser 
adquirido.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais37/228
Link
Assista à palestra da pesquisadora Martha Gabriel que coloca em discussão o acesso às TIC e os novos 
papéis de professores e alunos no mundo digital. A palestra faz parte do lançamento do livro “Educ@r 
- A (r)evolução digital na educação. Educ@r - A (r)evolução digital na educação. Disponível em: 
<http://www.martha.com.br/sempre-um-papo-com-martha-gabriel/>. Acesso em: 11 jun. 
2015.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais38/228
Link
O Portal Brasil, site com conteúdos dos ministérios e secretarias do governo federal, resgatou 
uma série de entrevistas com o escritor e educador Rubem Alves, que fala sobre a escola ideal e 
o papel do professor. RUBEM ALVES. Portal Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/
educacao/2014/07/portal-brasil-resgata-entrevista-com-rubem-alves>. Acesso em: 11 jun. 
2015.
O e-ProInfo é um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem que utiliza a tecnologia internet e permite 
a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos à distância, 
complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras 
formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem. e-PROINFO. Disponível em: < http://
eproinfo.mec.gov.br/>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais39/228
Link
O portal da Associação Brasileira de Educação a Distância tem como objetivo apresentar dados e 
pesquisas atuais sobre a educação a distância. Navegue pelo portal e conheça mais sobre o assunto! 
Associação Brasileira de Educação a Distância. Disponível em: <http://www.abed.org.br/site/pt/>. 
Acesso em: 11 jun. 2015.
Para saber mais
O Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária (Lidec) da Escola do Futuro, da USP, produziu 
o vídeo “Web 2.0 – a máquina somos nós”, baseado na adaptação do vídeo “The Machine is Us/
ing Us”, de Michael Wesch, em que o autor discute a importância da tecnologia digital em nossas 
vidas. WEB 2.0 – A Máquina Somos Nós. Lidec. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=NJsacDCsiPg>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais40/228
Para saber mais
O filósofo Pierre Lévy falou sobre cultura, democracia e inteligência coletiva em duas palestras 
no Centro Universitário Senac – Santo Amaro, em março de 2014. O pesquisador é autor de 
vários livros sobre o assunto, que foram traduzidos para mais de 12 línguas e estudados em 
diferentes universidades em todo o mundo. PIERRE LÉVY: diálogos sobre ciberdemocracia. 
Senac SP. 17 mar. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8EKm_
Qsq8ck&index=1&list=PLrIFTXpnSDd1rYu1B3KuVr1ew2HseDhS1>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Ana Paula Solino Bastos e Nelson Barrelo Junior falam sobre a importância das interações que podem 
ocorrer na sala de aula, tanto interações entre os alunos, que podem ter mediação do professor, quanto 
interações do professor com os alunos ou dos alunos com o material didático. A aula é disponibilizada 
dentro do Projeto e-Aulas USP, que tem como objetivo permitir que professores disponibilizem 
suas videoaulas, e que alunos acessem videoaulas de diversas disciplinas da Universidade de São 
Paulo. O projeto é aberto ao público e está disponível em: <http://eaulas.usp.br/portal/video.
action?idItem=4587>. Acesso em: 11 jun. 2015.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais41/228
Glossário
Blog – é uma página na internet que é utilizada como um diário virtual. O usuário pode postar 
textos, imagens, vídeos e sons. Pode ser utilizada pedagogicamente como uma ferramenta de 
registro e de socialização.
Compreensão oral – está relacionada à capacidade de entender o que está sendo falado, isto 
é, o estabelecimento de relações e a contextualização necessários para entender o sentido de 
uma mensagem transmitida. 
Podcast – arquivos de áudio que podem ser acessados pela internet.
Wiki – ambiente colaborativo que permite a edição coletiva.
Questão
reflexão
?
para
42/228
Atualmente é inegável que o termo colaboração esteja diretamente 
ligado à nova forma de trabalho e de vida na sociedade moderna, 
uma vez que a aprendizagem passa a ser uma necessidade 
constante, o que ocasiona uma mudança de foco da aprendizagem 
centrada no indivíduo para a colaborativa, na qual, além das 
habilidades tradicionalmente consideradas como essenciais, 
também passam a ser necessários o uso e o domínio da tecnologia, 
a capacidade de resolver problemas e de trabalhar em colaboração 
com criatividade.
As pessoas se desenvolvem e aprendem mais quando estão 
inseridas num processo coletivo de aprendizagem. Nessa condição, 
elas compartilham significados e representações comuns, 
comunicam e discutem os seus pontos de vista, examinam e 
Questão
reflexãopara
43
?
/228
aperfeiçoam as suas ideias e, ainda, podem estabelecer o diálogo 
acerca das questões colocadas, seja revisando, modificando ou 
contrapondo soluções e alternativas.
Diante deste novo cenário de educação, é importante refletir que a 
busca pelo conhecimento deve integrar a recriação do significado 
das coisas, a colaboração, a discussão, a negociação e a solução 
de problemas. E para que isso ocorra, é necessária a existência 
da interação entre os indivíduos que buscam a construção deste 
conhecimento.
A sociedade da informação requer hoje um professor que 
atue como mediador, facilitador, incentivador, desafiador e 
investigador. Ao mesmo tempo em que são autores, os alunos são 
coautores e constroem seu conhecimento por meio da exploração, 
navegação, comunicação e trocas.
44/228
Considerações Finais
 » As TIC aplicadas na educação, tais como o uso da informática, a utilização da 
internet, da multimídia e de outros recursos ligados às linguagens digitais de que 
atualmente se dispõe, estão cada vez mais presentes nas escolas para qualificar o 
processo educativo. 
 » As TIC aplicadas à educação permitem as interações e a participação dos 
estudantes nos espaços colaborativos dos ambientes virtuais de aprendizagem e 
em sala da aula, nas formas oral ou escrita. 
 » Uma prática docente, verdadeiramente mediadora, depende fundamentalmente 
dos meios tecnológicos, sem os quais se torna inviável o processo de interação.
 » A obtenção de resultados qualitativos no processo educacional escolar com o uso 
das TIC depende da forma como elas são introduzidas e utilizadas nesse processo.
Unidade 2 • Ambiente virtual de aprendizagem: os novos espaços educacionais45/228
Referências 
ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: Proem, 2001.
MORAN, J. M. Ensino e Aprendizagem Inovadores com tecnologias. In: Informática na 
Educação: Teoria e Prática. PGIE – UFRGS. v.3. n. 1, setembro, 2000. P. 137-144
MORAN, J. M.; MASETTO, M.T. (orgs.); BEHRENS, M. A. (orgs.). Novas tecnologias e mediação 
pedagógica. 21ª ed. Campinas: Papirus, 2013. 
NEVADO, R. A. Ambientes virtuais que potencializam as relações de ensino-aprendizagem. 
Boletim Salto para o futuro. Rio de Janeiro: TV Escola, SEED-MEC, 2005. (Série Novas formas 
de aprender: comunidades de aprendizagem).
PETERS, O. A Educação a Distância em transição. Rio Grande do Sul: Unisinos, 2003.
SILVA, M. Internet na escola e inclusão. In: Ministério da Educação. Tecnologias na escola. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2014.
SILVA, M. Sala de aula interativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.
TAJRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na 
atualidade. São Paulo: Érica, 2012.
46/228
Aula 2 - Tema: Ambiente Virtual de 
Aprendizagem – Bloco I 
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/901bfa50175701c9b821824e732c4da2>.
Aula 2 - Tema: Ambiente Virtual de 
Aprendizagem – Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
8f53539e0f74c0264ef6fd37c8510dd5>. 
Assista a suas aulas
47/228
1. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são recursos que 
auxiliam o professor no processo de ensino e aprendizagem, propiciando:
a) mais entretenimento no modo de ensinar em sala de aula, para atrair os jovens.
b) o compartilhamento de conhecimento de forma mais democrática, participativa, 
colaborativa e dinâmica.
c) as atividades virtuais e individuais, sem mediação do docente, para que haja mais 
liberdade de pensamento e ação.
d) liberdade no planejamento de aula pelo docente, sem preocupações preliminares quanto 
ao recurso a ser escolhido.
e) a adequação do uso dos celulares e tablets durante as explicações do professor em sala de 
aula, em utilização de redes sociais e chats.
Questão 1
48/228
2. Uma prática docente realmente mediadora depende dos meios tecno-
lógicos, sem os quais se torna inviável o processo de interação. Portanto, é 
correto afirmar que:
a) O uso dos recursos tecnológicos na educação deve desencorajar as mudanças tão 
necessárias para a revisão do processo ensino-aprendizagem na escola.
b) O desenvolvimento desigual provocado pela concentração de poder e renda não tem 
relação com a exclusão digital.
c) É totalmente possível o processo de interação tecnológica em ambientes educacionais 
que também sofrem pela falta de estrutura e acesso à internet.
d) As TIC têm cada vez mais exigido a formação de um professor com capacidades de mediar 
a assimilação e construção de novos conhecimentos.
e) Fatores socioeconômicos desencadeiam a exclusão digital por dificultar o acesso às 
tecnologias da informação e da comunicação, mas não afetam a escola.
Questão 2
49/228
3. O desafio atual do professor na era digital é preparar atividades mais fo-
cadas e interessantes, o que facilita a aprendizagem. Considerando o novo 
cenário com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) 
em sala de aula, não se pode afirmar que:
a) As redes podem se tornar ferramentas de interação e colaboração valiosas, desde que 
bem utilizadas.
b) É possível tirar o melhor proveito das TIC para fins educacionais, visto que é uma 
ferramenta que interessa a todos.
c) Não há como o professor saber quais são os interesses dos jovens para os quais planeja as 
aulas.
d) Recursos de interação digitais permitem ao aluno a construção do seu próprio saber em 
colaboração com os seus pares e os professores.
e) As redes sociais com fins educativos devem ser acompanhadas por mudanças nos 
modelos de ensino-aprendizagem.
Questão 3
50/228
4. (IBMECRJ/2009 - adaptada) Considerando essa importante inovação 
tecnológica contemporânea, analise a informação: A integração econômi-
ca global é facilitada pelo uso das mesmas técnicas, contudo, integrar não 
significa incluir a todos.
Com base nas informações e em seus conhecimentos, escolha a alternativa 
que melhor explica a afirmativa apresentada.
a) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo de integração econômica global, é 
também responsável pela chamada exclusão digital, pois acentua a distância entre os usuários 
e aqueles que já viviam em situação de marginalidade econômica e social.
b) A era da informação e da revolução científica prioriza a qualificação da mão de obra e a 
incorporação de novas habilidades, reconhecendo a diferença existente entre ricos e pobres.
c) A velocidade da informação é o benefício apresentado pela internet para a globalização, 
pois reduz o espaço mundial a um espaço virtual, sem a necessidade de integrar a todos os 
internautas.
Questão 4
51/228
d) A internacionalização da rede e a incorporação de centenas de milhões de usuários por 
todo o planeta excluem as diferenças culturais e econômicas devido à mundialização dos 
padrões de consumo.
e) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e negociações em escala mundial, 
evitando a exclusão digital pelas parcerias com empresas e investimentos em inovações 
tecnológicas.
Questão 4
52/228
5. (FUNCAB/2012- adaptada) As TICs aplicadas na educação, tais como o 
uso da informática, a utilização da internet, da multimídia e de outros re-
cursos ligados às linguagens digitais de que atualmente se dispõe, estão 
cada vez mais presentes nas escolas para qualificar o processo educativo. 
Sobre elas, é correto afirmar:
a) Em nada ou muito pouco vêm colaborar para tornar o processo ensino-aprendizagem 
mais prazeroso, eficiente e de qualidade.
b) A integração das novas tecnologias à educação deverá ocorrer de forma aleatória, sem o 
estabelecimento de objetivosespecíficos ou projetos próprios, pois o que importa é oferecer 
aos alunos o acesso ao computador.
c) São usadas para substituir as técnicas e metodologias convencionais, como, por exemplo, 
o livro, o quadro de giz e o mimeógrafo.
d) Os resultados serão favoráveis graças ao grande preparo da equipe docente para qualquer 
eventualidade, ao longo do processo ensino-aprendizagem.
e) A obtenção de resultados qualitativos no processo educacional escolar com o uso dessas 
tecnologias depende da forma como elas são introduzidas e utilizadas nesse processo.
Questão 5
53/228
Gabarito
1. Resposta: B.
O emprego das tecnologias possibilita 
uma aula mais dinâmica e interativa, 
possibilitando um maior interesse do 
aluno em dialogar e aprender, de forma 
participativa e dinâmica.
2. Resposta: D.
Antigamente o professor era o detentor 
do conhecimento, e com o emprego da 
tecnologia ele passou a um novo papel, o 
de mediador. Neste novo papel, o professor 
é o elo entre o conhecimento e o aluno, 
reforça o conceito de transformação, 
criação, colaboração e partilha de 
conteúdo, devendo instigar este último ao 
diálogo e à reconstrução do conhecimento.
3. Resposta: C.
Por meio das redes sociais e dos ambientes 
virtuais de aprendizagem, o professor pode 
instigar os alunos na busca e discussão 
de conhecimentos, bem como acessar as 
áreas de interesse dos alunos para que 
possa trazer, por meio de planejamento, a 
associação entre o conteúdo das aulas e a 
realidade/interesses dos alunos.
4. Resposta: A.
O desenvolvimento desigual provocado 
pela concentração de poder e renda é ainda 
mais radical quando olhamos pelo viés da 
exclusão digital, que distancia aqueles que 
54/228
usam a tecnologia e se beneficiam dela 
no cotidiano, daqueles que não possuem 
acesso.
5. Resposta: E.
O uso dos recursos tecnológicos na 
educação deve encorajar as mudanças tão 
necessárias para a revisão do processo 
ensino-aprendizagem na escola. Deve 
estimular professores e alunos a recriarem 
estratégias de uso das TICs em sala de aula 
para impulsionar ações que ressignifiquem 
qualitativamente o ensino.
Gabarito
55/228
Unidade 3
Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital
Objetivos
 » Reconhecer que o advento da internet, a disseminação das 
tecnologias digitais e a ascensão de um novo perfil de aluno vêm 
estimulando um repensar pedagógico.
 » Entender a abrangência, relevância, importância social e 
educacional da internet e dos recursos tecnológicos disponíveis.
 » Compreender a integração de diferentes tecnologias ao processo 
educacional e seus inúmeros benefícios. 
 » Utilizar estratégias diferenciadas para um número crescente de 
pessoas que procuram por modelos alternativos de aprendizagem. 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital56/228
Introdução
Cada vez mais, assuntos que envolvem tecnologias nas escolas ganham mais espaço nos 
debates educacionais. Começa a ter corpo a ideia de que as instituições de ensino não 
podem mais ficar para trás, devendo estar inseridas em um mundo cada vez mais conectado, 
proporcionando a professores e alunos novas formas de ensino e aprendizagem. Dessa forma, 
emerge o entendimento de que os ensinamentos básicos da escola – escrever, ler e calcular – já 
não são mais suficientes para atender aos desafios do século 21.
As exigências reais dos dias de hoje demandam, de alunos e de professores, colaboração, 
criatividade, inovação e empreendedorismo, e esses condicionantes tornaram-se tão 
importantes quanto os conteúdos mais básicos da escola. Para caminharmos nesse sentido, é 
essencial entendermos, aqui na disciplina, que é preciso levar a tecnologia digital para dentro 
das salas de aula como uma poderosa ferramenta a serviço do ensino-aprendizagem. 
Nesse contexto, o papel do professor é crucial. Assim como profissionais de outras áreas têm 
passado por processos de formação para aquisição de habilidades tecnológicas, professores 
precisam se apropriar das novas tecnologias para serem capazes de avaliar e utilizar as 
melhores estratégias pedagógicas. 
Mas então, que tecnologia é esta que está mexendo conosco e alterando a nossa rotina? 
Provavelmente, você pensa que é somente o computador. Mas, não! Na realidade, a grande 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital57/228
revolução tecnológica da nossa época 
é também o acesso à internet. Você já 
parou para pensar como vivíamos antes 
do advento desta tecnologia e como 
vivemos agora? Consegue se lembrar de 
mudanças tão significativas na sociedade? 
A capacidade de interação que nos é 
proporcionada pela internet é fantástica 
e mudou a maneira de nos relacionarmos 
com os outros e de enxergarmos o mundo 
que nos rodeia.
Outro aspecto importante é entender a 
importância de criar oportunidades de 
uso de tecnologias digitais no processo 
ensino-aprendizagem, e qual o objetivo 
final da educação. Nas primeiras páginas 
dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN) está descrito que o objetivo final do 
Ensino Médio é preparar o aluno para dar 
continuidade aos seus estudos, ingressar 
no mercado de trabalho e exercer sua 
cidadania. Se isto é fato, é preciso olhar 
para todos os graus de ensino e analisar se 
nossas estratégias têm sido eficazes.
1. A Tecnologia a Serviço do 
Homem
O homem, desde os tempos mais remotos, 
tem a necessi dade de comunicar-se. Nesse 
sentido, a troca de informações, o registro 
de fatos e o expressar das ideias e emoções 
foram fatores que incentivaram a evolução 
das formas de comunicação. Por isso, 
atualmente, a comunicação faz-se cada 
vez mais presente em nos sas vidas. 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital58/228
É por meio dos sentidos que os seres hu-
manos conseguem obter informações 
e, assim, adquirem contato com o meio 
ambiente, possibilitando a transmissão 
e o recebimen to de mensagens. Quanto 
à troca de mensagens, esta permite 
ao homem formar uma teia social ou 
formular ideias coletivamente, desde 
as mais simples até as mais complexas. 
Inicialmente, sons e gestos eram utilizados 
para transmitir mensagens entre os 
homens, de maneira que, com o tempo, 
a fala, os símbolos gráficos e a escrita 
cumpriram esse papel. 
Temos de considerar, também, que 
a escrita ocupa um lugar especial na 
capacidade de comunicação humana, pois 
foi o primei ro método de comunicação 
assíncrono, além de ter possibilitado a 
perpetuação da história e do conhecimento 
por meio de livros e documentos redigidos.
O aparecimento de novas tecnologias 
sempre implica mu danças na estrutura 
da sociedade, como ocorreu com o 
ato de escrever, o qual evoluiu desde a 
escrita cuneiforme, em tijolos ce râmicos, 
passando pela invenção do papel e todas 
as demais for mas de grafia. Entretanto, 
foi a invenção da prensa mecânica, por 
Gutemberg, que expandiu a capacidade 
da escrita em divulgar e perpetuar ideias, 
modificando o modo de pensar, de agir e 
de per ceber o mundo; com isso, iniciou-
se, realmente, a democratização do 
conhecimento. 
Mas foi no início do século 20, com o 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital59/228
surgimento das várias tecnologias, que 
o homem pôde se comuni car a longa 
distância, de forma quase instantânea. 
O telégrafo com fio e o rádio são bons 
exemplos dessas inovações. 
Já a partir da década de 1940 surgiu 
a chamada Era da Informação, com o 
despontar da cibernética e, consequente-
mente, de novas tecnologias, as quais 
permitiram uma comunica ção mais 
estruturada, rápida, efetiva e interativa. 
Nesse contexto podemos falar, inclusive, 
sobre o surgimento e a evolução do 
computador.Surgimento e evolução do 
computador 
A chegada dos computadores nas salas 
de aula brasileiras é recente. Porém, o 
desenvolvimento do equipamento para uso 
em pesquisas já soma décadas. O primeiro 
computador, chamado Z-1, que fazia 
uso de re lês, foi inventado em 1936 pelo 
alemão Konrad Zuse. 
Entretanto, o governo nazista subestimou 
o equipamento e não se interessou pela 
máquina. Avançando um pouco no tempo, 
chegamos à Segunda Guer ra Mundial. 
Nesse período, as pesquisas na área da 
eletrônica au mentaram e, em 1944, a 
Marinha americana, em conjunto com a 
Universidade de Harvard e a IBM, construiu 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital60/228
o MARK I. Tal equipa mento era um gigante 
eletromagnético, que ocupava 120 metros 
quadrados, tinha milhares de relês e, para 
realizar a multiplicação de um número de 
dez dígitos, demorava três segundos. 
Paralelamente, o Exército americano 
também desenvolvia o seu computador, 
com objetivo de calcular as trajetórias de 
mísseis com maior precisão. Inaugurado 
em fevereiro de 1946, batizado de 
ENIAC, utilizava apenas válvulas, era 
mil vezes mais rápido e tinha o dobro 
do tamanho do MARK I. Contudo, foi o 
matemático húngaro John von Neumann 
que formalizou, em 1945, o projeto lógico 
de um computador digital, e sugeriu a 
adoção do sistema binário em todos os 
computadores, bem como sugeriu que as 
instruções fossem armazenadas interna-
mente na sequência correta de sua 
utilização. 
A primeira geração comercial de 
computadores chegou ao mercado em 
1951, com o UNIVAC, e, posteriormente, 
com o IBM 701 e 704, além dos ingleses 
MADAM, SEC e APEC. Tais máquinas tinham 
um tamanho monstruoso e consumiam 
cerca de 14.000 Watts. 
Com a invenção do transistor, no final da 
década de 1950, chega a segunda geração 
de computadores, os quais pesavam em 
torno de 150 quilos e consumiam menos 
que 1.500 Watts. Alguns exem plos dessa 
geração são o IBM 1401, o BURROUGHS B 
200 e o TRA DIC, do Bell Laboratories. Em 
seguida, surgiram os circuitos integrados, 
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apresentados pela Texas Instruments, 
em 1964, que trouxeram ao mundo os 
computadores de terceira geração. 
Diante disso, surgem conceitos como 
memória virtual, sistema operacional, 
multiprogramação e software; essa 
geração propiciou o surgimento dos 
microcomputadores ou computadores 
pessoais e mudou radicalmente a 
sociedade em que vivemos. Há alguns 
anos, por exemplo, não se imaginava a 
possibilidade da comu nicação online 
entre pessoas distantes fisicamente, nem 
o com partilhamento de informações por 
meio de envio de documentos e imagens. 
Com o avanço dos recursos tecnológicos, 
podemos nos comunicar com mais 
velocidade e de várias formas diferentes. 
Evolução da telecomunicação 
A era da telecomunicação foi iniciada em 
1844, quando Sa muel Morse transmitiu a 
primeira mensagem por uma linha tele-
gráfica entre Washington e Baltimore 
utilizando o Código Morse. A partir de 
então, a telegrafia foi o único meio de 
telecomunicação por mais de 30 anos. Até 
que, em 1876, Graham Bell apresentou ao 
mundo o te lefone. Tal invento revolucionou 
a maneira que a telecomunicação era feita, 
em primeiro lugar, por não necessitar da 
utilização de um código específico para 
isso, pois usava algo que já era de domínio 
das pessoas: a fala; e, em segundo lugar, 
por ocorrer sem a neces sidade de estações 
especiais para tal operação. 
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Outro marco da evolução da 
telecomunicação foi a invenção do 
transmissor por ondas de rádio em 1895, 
por Guglielmo Mar coni. Obviamente, 
esse tipo de transmissão foi aproveitado 
para aprimorar o telégrafo e o telefone, 
tornando-os, em alguns casos, 
independentes de fios. Ademais, foi 
utilizado em diversas outras formas de 
telecomunicação, como o rádio, televisão, 
rádio de co municação, satélites etc.
Com a corrida espacial, a telecomunicação 
ganhou um novo campo. Em 1957, o 
primeiro satélite foi posto em órbita pelos 
rus sos, de nome Sputnik, que transmitia 
um sinal de rádio em for ma de bips que 
podiam ser captados por receptores na 
Terra. Em 1962 entrou em operação 
o Telstar, o primeiro satélite dedicado 
à telecomunicação, que permitia a 
transferência de conversas tele fônicas, 
fotos e sinais de televisão. Atualmente, 
há uma classe de dispositivos dedicados a 
rea lizar a comunicação entre dispositivos 
eletrônicos, como computa dores pessoais, 
consoles de videogames, PDAs, celulares 
etc. Tais dispositivos podem se conectar 
por cabos e, também, por ondas de rádio 
sem o uso de fios (wireless). As tecnologias 
mais utilizadas para as conexões wireless 
são: 
• Bluetooth: Permite a transmis são 
de dados de forma simples a uma 
distância de até 100 metros, com 
velocidade de até 3Mbp/s. 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital63/228
• Wifi: permite a conexão de 
dispositivos para a transmissão de 
dados a uma distância de até 100 
metros. 
• Redes 3G e 4G: utilizadas pelo 
serviço móvel celular com ob jetivo 
de disponibilizar uma conexão 
para transmissão de dados em alta 
velocidade. 
Essas formas de transmissão nos 
trazem para uma nova realidade em 
telecomunicações: os podcasts. Esses 
arquivos de áudio podem ser acessados 
dos tablets, celulares e computadores, 
distribuídos via feed RSS, ou seja, enviados 
num formato de distribuição em tempo 
real pela internet. O usuário escolhe o 
assunto de seu interesse, assina o canal 
de notícias e recebe as atualizações 
permanentemente, como músicas, 
programas esportivos, culturais, opiniões, 
tudo gravado e sem precisar navegar ao site 
principal. 
O desenvolvimento da internet
No final da década de 1950 e início da 
década de 1960, pes quisadores utilizaram 
linhas telefônicas para que computadores 
pudessem realizar troca de dados. Em 
resposta ao lançamento do satélite 
russo Sputnik, em 1957, foi criada, pelo 
Departamento de Defesa dos Estados Uni-
dos, a Advanced Research Projects Agency 
(ARPA). Como alterna tiva a uma rede de 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital64/228
computadores centralizada no Pentágono, 
foi lançada, em 1969, a ARPANET, 
que interligava os departamentos de 
pesquisa da ARPA sem qualquer tipo de 
centralização. 
Pouco tempo depois, nas décadas de 1970 
e de 1980, a AR PANET estendeu-se para 
fins militares, de maneira que apenas os 
pesquisadores que possuíam trabalhos 
relativos à defesa tinham autorização para 
se conectar à rede. Foi apenas na década 
de 1990 que o Departamento de Defesa 
permitiu que civis tivessem acesso à rede, 
que viria a ser denominada internet. Em 
1995 havia seis milhões de computadores 
unidos permanentemente à rede. 
Desde então, termos como multimídia, 
hipertexto, telemática e hipermídia 
são frequentes em nosso cotidiano. O 
desenvolvimento tecnológico e a internet, 
de fato, revolucionaram a maneira 
como vivemos e enxergamos o mundo. 
Temos hoje um mundo globalizado e 
interconectado, onde as informações e o 
conhecimento estão apenas a um clique 
de nós. Na educação, para que o professor 
possa usar esses recursos em sua prática 
pedagógica, é preciso uma formação 
adequada e uma constante atualização. 
Essa situação implica não somente em 
dominar a tecnologia e suas possibilidades, 
mas uma reflexão profunda sobre o papel 
do professor nos novos tempos e na 
sociedade da informação.
O número gigantesco de usuários fez 
que a internet tivesse os mais diversos 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologiae a inclusão digital65/228
propósitos: acesso à rede de pesquisa, a 
servi dores remotos de dados e a servidores 
de jogos, os quais foram algumas 
das primeiras aplicações da internet. 
Diversos outros serviços passaram a estar 
disponíveis pela internet em virtude da 
evolução da tecnologia, como os acessos 
a bancos de dados, educação a distância, 
transações bancárias, serviço de vendas 
(e-com merce), serviços de relacionamentos, 
entre outros. 
Atualmente, temos acesso a essas 
tecnologias, como a produção colaborativa 
de conteúdo, a aprendizagem eletrônica 
(e -learning), que tem exigido a inserção 
do computador no processo de ensino-
aprendizagem em todos os níveis e 
modalidades educacionais.
Outro fator que contribuiu com o 
crescimento da inter net é o seu potencial 
para uso nos negócios, podendo agilizar 
pro cessos ou reduzir os custos de 
comunicação. Nesse contexto, uma das 
áreas mais exploradas é a realização de 
transações comerciais via web, a qual 
é denominada comércio eletrônico, ou 
e-commer ce. Existem vários exemplos na 
internet de empresas que tiveram sucesso 
em suas operações online. No Brasil, temos 
o caso da Americanas.com, que possui 
lojas físicas, e do Submarino, que não 
tem. Mas é a Amazon.com o maior caso 
internacional de sucesso, que iniciou suas 
operações como uma livraria. 
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Educação a Distância (EaD )
Estamos vivenciando de modo efetivo 
algo que você está, neste momento, 
reali zando: a educação a distância. As 
novas Tecnologias da Informação e 
Comunicação têm ocupado vários papéis 
na sociedade atual. Ao ensino, elas têm 
propiciado grandes avanços, desde a 
automatização de tarefas ad ministrativas 
até o apoio ao processo de aprendizagem. 
A junção das novas tecnologias 
multimídias com as possibilidades 
ofereci das pelas telecomunicações e 
a internet tem revolucionado a for ma 
como o conhecimento é disseminado na 
sociedade, especial mente com a Educação 
a Distância (EaD). 
Apesar do grande destaque que a EaD 
tem recebido ultima mente, ela não é uma 
atividade nova. O esforço de levar conheci-
mento a pessoas distantes é realizado 
há muito tempo, tanto que alguns se 
confundem com o aparecimento da 
própria escrita. Tais esforços sempre foram 
potencializados com a evolução dos meios 
de comunicação, como, por exemplo, a 
imprensa, e da telecomu nicação, como 
o rádio, a televisão e, recentemente, a 
internet. 
O desenvolvimento tecnológico aplicado 
ao campo da comunicação e da informação 
provocou mudanças na evolução da 
EaD. Essa evolução tecnológica da qual 
a EaD faz parte pode ser dividida em 
fases cronológicas. A primeira ocorreu 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital67/228
até a década de 1960; foi chamada de 
geração textual e utilizava somente textos 
impressos enviados pelos Correios. A 
segunda ocorreu entre as décadas de 
1960 e 1980; foi chamada de geração 
analógica e utilizou como suporte textos 
impressos complementados por recursos 
tecnológicos audiovisuais; e a terceira, e 
atual, é a geração digital; utiliza o suporte 
de recursos tecnológicos modernos, tais 
como as tecnologias de informação e 
comunicação e de fácil acesso à internet 
e a bancos de dados. Nesse contexto, a 
informática, representada pelos mais 
diferentes recursos de tecnologia, 
foi aos poucos sendo incorporada na 
educação, de tal forma que hoje ninguém 
consegue imaginar nenhum processo de 
desenvolvimento cognitivo sem o apoio 
dela. 
A integração de diferentes tecnologias 
ao processo educacional trouxe inúmeros 
benefícios, tais como a agilidade de acesso 
às informações, a flexibilidade de ensino e 
aprendizagem, a possibilidade de simular 
um ambiente educacional contextualizado, 
próximo à realidade profissional e pessoal 
do aluno. A EaD permite oportunidades 
de educação que utilizam estratégias 
diferenciadas para um número crescente 
de pessoas que procuram por modelos 
alternativos, e isto permite que as 
pessoas possam adquirir, atualizar ou 
complementar seu conhecimento pessoal 
ou profissional.
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Tecnologia Educacional
Quando se fala em tecnologia educacional, 
automaticamente associa-se com 
atividades que envolvam computadores e 
softwares, ou seja, a informática auxiliando 
o processo de ensino-aprendizagem em 
ambientes de aprendizagem. Mas será que 
tecnologia educacional se resume a isso?
Um livro-texto é considerado uma 
“tecnologia educacional”; a lousa, o giz, 
todos o são; enfim, se empregarmos 
o conceito específico de tecnologia, 
notaremos que, especificamente no 
contexto educacional, utilizamos muitas 
tecnologias para facilitar tanto o processo 
de ensino quanto de aprendizagem.
A experiência de implantação do uso da 
tecnologia em escolas, tanto particulares 
como públicas, já nos mostrou que não 
basta ter computadores em salas de 
aula ou laboratórios, internet, softwares, 
projetores multimídia, livros apostilas, se 
esses recursos não forem utilizados para 
produzir conhecimento.
Por mais versátil que essas ferramentas 
possam parecer à primeira vista, é preciso 
algo mais para que se produzam ganhos 
significativos nos processos educacionais 
contando com tais recursos.
Considerando esse contexto, a afirmação 
de Levy (2008, p. 161) é muito 
relevante:
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(...) As novas tecnologias da comunicação e da informação transformam 
o conceito de conhecimento. O adquirir de competências torna-se um 
processo contínuo e múltiplo, em suas fontes, em suas vias de acesso, 
em suas formas. Um autêntico universo oceânico de informações 
alimenta o fluxo incessante de construções possíveis de novos saberes. 
Nessa perspectiva, a tecnologia sempre esteve presente nos contextos 
educacionais, seja pelo uso do quadro-negro, do livro didático ou da 
televisão.
No início, a impressão de um livro era tida como uma ação que utilizava “modernas 
tecnologias”; entretanto, com o passar do tempo, fomos acostumando-nos a várias 
tecnologias, a ponto dessa palavra, hoje, ser usada quase que exclusivamente para softwares, 
hardwares, realidade virtual, internet, mídias etc.
A mídia, como a origem da palavra sugere: meios, é algo que se coloca entre, no mínimo, dois 
participantes da dinâmica educacional: aluno-professor, aluno-aluno, professor-aluno, dentre 
outras possibilidades de configuração.
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital70/228
A mídia não é só a mensagem. Toda mídia, 
como meio que se interpõe e viabiliza a 
interação entre pessoas participantes de 
um processo educacional, não é o agente 
criativo; ela pode carregar mensagens em 
informações, mas, por si só, é incapaz de 
produzir conhecimento, pronto para ser 
oferecido.
A Informática aplicada à edu-
cação
Pierre Levy fez uma constatação muito 
importante sobre o computador, pois ele é 
incompleto sem, principalmente, o homem 
ao seu comando, “o computador não é o 
centro, mas um pedaço, um fragmento da 
trama, um componente incompleto de uma 
rede calculadora universal” (LEVY, 1996, p. 
47).
O uso de tecnologias cada vez mais 
avançadas tem exigido das instituições 
educacionais uma revisão de seus 
conceitos, de seus métodos, de seus 
recursos. Com a missão de preparar os 
jovens que estão sob sua responsabilidade 
para exercer plenamente a cidadania 
num mercado cada vez mais competitivo, 
nenhuma instituição pode fechar os 
olhos para as grandes mudanças que se 
anunciam para aqueles que têm o domínio 
tecnológico, tampouco pode se eximirde refletir sobre o significado da adoção 
destas novas tecnologias em seus projetos 
pedagógicos.
A descoberta de novas formas de ensinar 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital71/228
e aprender por meio da informática é 
um desafio extremamente motivador, 
que implica e que demanda trabalhos de 
investigação voltados para a produção 
de meios e materiais que possibilitem 
também a teorização a respeito de sua 
aplicação em relações mediadas por esta 
tecnologia.
Direito autoral 
e o Domínio Público
Antes da internet não era comum ouvirmos 
falar sobre direitos autorais. Era uma área 
do conhecimento geralmente restrita aos 
especialistas jurídicos que se interessavam 
pelo assunto. 
Porém, a sociedade digital trouxe consigo 
uma realidade muito mais participativa 
e colaborativa. Hoje, o internauta usa 
da tecnologia e da internet para ser 
consumidor de informação e autor/
produtor de informação. E, por isso, deseja 
ter a liberdade de criação, mas também a 
garantia de proteção sobre a sua obra.
Mas precisamos entender o que é isso. 
Direitos Autorais são os direitos que um 
autor tem por ter criado uma obra. E pode 
ser de dois tipos: moral e patrimonial. A 
ideia, por si só, não há como ser protegida, 
a não ser que materializada. 
Os direitos morais não podem ser vendidos 
e nem o autor pode abrir mão deles. Um 
exemplo foi na Grécia antiga, onde era 
comum o autor vender a autoria de sua 
peça. Uma pessoa escrevia a peça teatral 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital72/228
e a vendia para outra pessoa; assim, essa 
pessoa passaria a assinar como autora da 
obra.
Os direitos patrimoniais, por sua vez, 
se relacionam essencialmente com a 
exploração econômica da obra, ou seja, a 
condição de autor não pode ser vendida, 
mas a obra pode e a venda da obra implica 
a venda também dos direitos de explorá-
la comercialmente. Outra frase comum 
que sempre ouvimos é “Ah! Esse livro caiu 
em domínio público!” Mas, o que é isso 
mesmo?
Domínio Público é uma situação jurídica na 
qual se encontra uma obra cujo prazo de 
proteção expirou ou uma oba de um autor 
falecido que não deixou herdeiros ou uma 
obra de um autor desconhecido. A regra 
geral para o domínio público tem como 
prazo de proteção da obra 70 anos a partir 
de 1° de janeiro do ano seguinte ao do 
falecimento do autor. Porém, a obra cairá 
imediatamente em domínio público após 
o falecimento do autor, caso ele não tenha 
sucessores.
Isso nos leva a pensar em outro assunto: 
o plágio na educação. Principalmente 
em sala de aula, onde a construção do 
conhecimento é diária, precisamos nos 
atentar sobre o assunto.
Muitas vezes, buscamos inspiração ou 
referências em outros trabalhos, como, 
por exemplo, numa pesquisa na internet. 
Isso é comum e não há qualquer problema. 
Porém, é importante que essa inspiração 
não leve ao plágio, ou seja, a cópia idêntica 
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital73/228
da obra pesquisada. Isso vale para a internet, mas também para livros, revistas etc. Ou seja, não 
podemos copiar o que outra pessoa criou sem que esse material original seja citado. 
A obra pode ser alterada se for de domínio público, como vimos anteriormente. Mas, se esse 
conteúdo for protegido, não podemos copiá-lo, pois estaríamos infringindo os direitos do autor. 
Quer um exemplo? Um trabalho de escola não pode ser copiado da internet. Sabe por quê? 
Além da questão do desenvolvimento do aluno, é importante saber que a cópia simples, sem a 
referência da origem da informação, não é legal.
Como não dá para pedir autorização na hora do trabalho para o autor daquelas informações 
que nos interessam, podemos aproveitar o direito de citação ou referência. 
É simples: você pode utilizar as informações no seu trabalho, seja copiando um trecho contínuo 
ou parafraseando, mas deve colocar quem é o autor daquela informação. Tomando esse 
cuidado, você estará respeitando a lei do Direito Autoral e facilitando o entendimento do seu 
trabalho.
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital74/228
Link
Acompanhe o vídeo, da TV Escola, sobre a evolução da internet e a influência da WWW (World Wide Web 
ou, em português, “Rede de Alcance Mundial”) em nossas vidas. Bits e bytes: Que mundo é esse? - Redes 
e internet. TV Escola. 2011. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/tve/video?idItem=500>. 
Acesso em 11 jun. 2015.
Um exemplo do uso do podcast na educação é o canal da Secretaria da Educação do Estado de São 
Paulo. Ouça as notícias em tempo real! Disponível em: <http://www.educacao.sp.gov.br/podcasts>. 
Acesso em: 12 jun. 2015.
Unidade 3 • Uso de diversos recursos tecnológicos: a tecnologia e a inclusão digital75/228
Link
Leia o texto do professor Hugo Assmann entitulado “A metamorfose do aprender na sociedade da 
informação”, que comenta sobre a influência significativa das novas tecnologias da informação e da 
comunicação. 
ASSMANN, Hugo. A metamorfose do aprender na sociedade da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 29, 
n. 2, p. 7-15, maio/ago. 2000. Disponível em: Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=S0100-19652000000200002&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 jun. 2015. 
Para saber mais
Que tal conhecer, cronologicamente, a evolução da internet? A Discovery Brasil disponibiliza o website 
que traz esses dados detalhadamente. Disponível em: <www.discoverybrasil.com/internet/
interactivo.shtml>. Acesso em: 12 jun. 2015.
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Para saber mais
O livro Tecnologias Digitais na Educação está disponível no Scielo Books, no endereço <http://books.
scielo.org/id/6pdyn> e apresenta uma seleção de artigos que são resultado das monografias de um 
curso de Especialização em Novas Tecnologias na Educação. Acesso em: 11 jun. 2015.
O filósofo Pierre Levy fala sobre a educação na atualidade. O vídeo faz parte da série de quatro 
documentários “Pierre Levy – As formas de saber” - produzidos pelo SESCTV. Assista em: <http://www.
youtube.com/watch?v=3PoGmCuG_kc>. Acesso em: 11 jun. 2015.
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Glossário
Assíncrono: que não mantém sincronia.
Cidadania: A cidadania (do latim, civitas, “cidade”), em Direito, é a condição da pessoa natural que, como 
membro de um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida política.
Cibernética: ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle 
automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas máquinas.
Habilidade: qualidade ou característica de quem é hábil.
Hipermídia: é a reunião dos conceitos de não linearidade, como hipertexto, interface e multimídia, numa 
só linguagem. 
Hipertexto: sistema que contém referências internas, que são os hiperlinks ou links, e nos levam para 
outros documentos. 
Telemática: integração de recursos da Informática e da Telecomunicação. 
Questão
reflexão
?
para
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Sabemos que as tecnologias digitais demandam de nós, 
professores, novas competências. A adequada integração 
destes recursos nas práticas pedagógicas dependerá de nossa 
habilidade em estruturar o ambiente de aprendizagem de modo 
não tradicional; em fundir as novas tecnologias com uma nova 
pedagogia; em desenvolver turmas socialmente ativas; em 
incentivar a interação cooperativa, o aprendizado colaborativo e o 
trabalho em equipe.
Para tanto, é necessário desenvolver um conjunto pertinente de 
habilidades de gestão da sala de aula. As principais capacidades 
do futuro incluem a capacidade

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