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Campus Estácio de Sá apostila bianca n apaga

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Campus Estácio de Sá
Nome: Bianca dos Santos Julio de Souza
Apostilas em Slides
Professora: EDIMEIA OLIVEIRA CAMPOS
 
 Educação Especial na Perspectiva Inclusiva
	Aula: 01
 
Mapa conceitual
 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
O movimento mundial pela Educação Inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. 
A concepção da Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, busca superar a visão do caráter substitutivo da Educação Especial ao ensino comum, bem como a organização de espaços educacionais separados para alunos com deficiência.
A Educação Especial possui caráter complementar e transversal dentro do sistema educacional em todas as etapas, níveis e modalidades. 
Na perspectiva da Educação Inclusiva, a Educação Especial tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas turmas comuns do ensino regular.
A
 
constituição do sujeito no mundo não é, a 
priori
, deficiente devido unicamente a sua deficiência, mas torna-se mais ou menos deficiente devido ao processo de 
internalização
 de valores socioculturais.
(VYGOTSKY, 1998)
Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças. (MANTOAN) 
Educação inclusiva
A visão psicossocial, que o grupo social tem da deficiência, influencia a construção da imagem que a pessoa deficiente tem de si mesma.
ESTIGMA
 
Podem-se mencionar três tipos de estigma nitidamente diferentes: 
Abominações do corpo — várias deformidades físicas;
Culpas de caráter individual — percebidas como vontade fraca, paixões tirânicas ou não naturais, crenças falsas e rígidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos conhecidos de, por exemplo, distúrbio mental, prisão, vício, alcoolismo, homossexualidade, desemprego, tentativas de suicídio e comportamento político radical;
Estigmas tribais de raça, nação e religião — podem ser transmitidos através de linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma família. (GOFFMAN)
Quais paradigmas orientam a perspectiva da Educação Inclusiva no contexto educacional contemporâneo?
Quais os desafios para a prática docente em uma escola inclusiva ?
Como devem aprender os professores, quais as competências requeridas nessa formação?
Que elementos novos devem ser destacados no planejamento escolar ?
Quais aspectos são importantes na elaboração de um projeto curricular inclusivo ?
Resenha do livro por Margarita Victoria Gómez
 
Aula : 02 DA INTEGRAÇÃO À INCLUSÃO: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Integração X Inclusão
A integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor.
Já a inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente excluídos. A meta da inclusão é, desde o início não deixar ninguém fora do sistema escolar, que terá de se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a sua metáfora — o caleidoscópio. 
(MONTOAN, Maria Tereza)
“... o benefício da inclusão não é apenas para crianças com deficiência, é efetivamente para toda a comunidade, porque o ambiente escolar sofre um impacto no sentido da cidadania, da diversidade e do aprendizado.” 
(HADDAD, Fernando)
Desde a Antiguidade até os dias de hoje, podemos observar uma longa trajetória de transformações em relação ao movimento de inclusão/exclusão social da pessoa com deficiência e ao modo como é alterado, ao longo da história, o comportamento da sociedade quando se defronta com a questão do convívio com a diferença, a diversidade humana e a pluralidade cultural.
Vídeo — Visão Histórica da Deficiência
Projeto Escola Viva — MEC
Fonte do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=dGaaVtYeklU 
Diferentes paradigmas na história da Educação Especial no Brasil:
Médico–assistencialista; 
De serviços;
 ● De suportes.
A proposta de construção de um projeto educacional inclusivo e de uma escola para todos tem como referência novos paradigmas e requer uma intervenção junto a diferentes setores da sociedade para garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades especiais a todos os espaços comuns da escola regular. 
O paradigma de suporte orienta a proposta de inclusão educacional e, segundo essa concepção, é preciso que a escola e as demais instâncias sociais revejam suas formas de organização com o objetivo de criar uma rede de suporte e apoio para auxiliar o processo de inclusão social e educacional do aluno com deficiência.
Transformações na Educação Especial X Inclusão
Segregação -
Escola Especial
Classe Especial –
Segregação na Classe Regulas
Escola Inclusiva
Inclusão e Direitos Humanos
“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos; são dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” (artigo I). 
Declaração Universal dos
Direitos Humanos (1948)
Artigo 26
Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948
Educação mais do que um direito fundamental, é a garantia para busca de todos os outros direitos.
Qual a função do Ministério Público?
O Ministério Público é responsável, perante o
Poder Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses da sociedade e pela fiel observância da Constituição (das leis).
 
AULA 3: EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PRINCÍPIOS E DESAFIOS 
Legislação e Inclusão 
O Século XX caracterizou-se por um movimento mundial que procurava garantir os direitos básicos das pessoas .Desencadeando políticas públicas de inclusão em todo mundo.
10 de dezembro de 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Organização das Nações Unidas – ONU 
20 de dezembro de 1961 – LDB 
Art. 88 - “A educação dos excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade”.
Na década de 1970, destacam-se dois documentos sobre a educação e os direitos das pessoas com deficiência: 
11 de agosto de 1971 - Lei nº 5.692/71 
Definiu que deveria ser dado tratamento especial para os alunos com deficiências físicas (incluindo as deficiências sensoriais – visão e audição) e mentais, os que se encontrassem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados. Essa lei reforçou o encaminhamento dos alunos com deficiências para as classes/escolas especiais. 
9 de dezembro de 1975 
Declaração de Direitos das Pessoas Deficientes da ONU. 
O final da década de 1980, no Brasil, foi marcado por dois importantes avanços para a educação e a inclusão dos deficientes.
5 de outubro de 1988 – Promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil 
Art. 208, III – atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
Art. 227 - Criação de programa de prevenção e atendimento 
especializado. Integração social do adolescente, mediante 
treinamento para o trabalhoe a convivência, e a facilitação
 do acesso aos bens de serviço coletivo, com a eliminação 
de preconceitos e obstáculos arquitetônicos; além de
 outros dispositivos.
24 de outubro de 1989 - Lei nº 7.853/89 
Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências. 
Art. 8 - Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de alunos em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta. 
A década de 1990 apresentou diversos documentos sobre o tema:
9 de março de 1990 -Declaração de Jomtien (Tailândia)
Foi proclamada que a educação é um direito de todos e fundamental para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades. O Brasil assinou essa declaração assumindo o compromisso de erradicar o analfabetismo, universalizar o ensino fundamental e apoiar a construção de um sistema educacional inclusivo.
13 de julho de 1990 – Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente 
Art. 54, II - assegura o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
1994 – Política Nacional de Educação Especial (PNEE) 
Traçou as diretrizes gerais visando garantir o atendimento educacional das pessoas com deficiência. 
10 de junho de 1994 – Declaração de Salamanca 
Acesso e qualidade. Promovida pela UNESCO, na Espanha. Os países participantes, dentre eles o Brasil, assumiram um compromisso com a melhoria de seus sistemas de ensino e com a inclusão de todas as crianças, independente de suas diferenças/dificuldades individuais. 
10 de junho de 1994 – Declaração de Salamanca 
Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo. 
Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação de alunos com necessidades educacionais especiais em instituições especializadas não é recomendado. 
29 de junho de 1994 - Lei Federal nº 8.899/94 – Lei do Passe Livre para pessoas portadoras de deficiência no de transporte interestadual
20 de dezembro de 1996 – Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
Capítulo V - Educação Especial como modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais; atendimento educacional feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns. 
Estabelece que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às peculiaridades da “clientela” de educação especial; assegura terminalidade específica àqueles que não atingirem o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e aceleração de estudos aos superdotados. 
20 de dezembro de 1999 - Decreto nº 3.298/99
Definiu a educação especial como uma modalidade complementar e transversal a todos os níveis e modalidades de ensino.
1999 - Convenção de Guatemala 
Ratificou a obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos;
Ampliou a função da educação especial para o atendimento educacional especializado para todas as pessoas que apresentassem alguma dificuldade acentuada de aprendizagem devido a deficiências orgânicas ou não;
Admitiu, contraditoriamente, que a educação especial poderá, também, substituir o ensino regular. 
No Brasil, essa convenção foi promulgada através do Decreto nº 3.956/2001, que dita sobre a necessidade de eliminar as barreiras que impedem o acesso à escolarização. 
2001 - Plano Nacional de Educação - Lei nº 10.172/01 
Enfatizou que o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva, estabelecendo objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais.
11 de setembro de 2001 - Resolução CNE/CEB nº 2/01
Instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, manifestando o compromisso do país com o desafio de construir as condições para atender bem à diversidade de seus alunos. 
24 de abril de 2002 – Lei nº10.436/02
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. Reconheceu a LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão, apoiando seu uso e difusão e incluindo-a como disciplina integrante do currículo de formação de professores e de fonoaudiólogas.
2002 - Portaria nº 2.678/02
Diretrizes para o uso, o ensino e a difusão do BRAILLE, adotando a grafia Braille para a Língua Portuguesa e seu uso em todo território nacional. 
2005 – Decreto nº 5.626/05 
Acesso à escola de alunos surdos, dispondo sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação do professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua e a organização da educação bilíngue no ensino regular.
2004 – Decreto nº 5.296/04 
Estabeleceu normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. 
2007- Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE 
Estabeleceu eixos a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, a implantação de salas de recursos e a formação docente para o atendimento especializado.
Janeiro de 2008 – Publicação da nova “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, da SEESP/MEC 
O público-alvo da educação especial volta a ser a pessoa com deficiência, em lugar da pessoa com necessidade educacional especial; substitui a terminologia “Condutas Típicas”, introduzida pela Política Nacional de Educação Especial, em 1994, por pessoa com “Transtorno Global de Desenvolvimento” e altas habilidades ou superdotação, excluindo os alunos com dificuldades de aprendizagem que não apresentam deficiência orgânica. 
17 de setembro de 2008 - Decreto nº 6.571 
Dispõe sobre o apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino, com a finalidade de ampliar o Atendimento Educacional Especializado (AEE), regulamentando o art. 60 da LDB 9394/96. 
Passou a contabilizar duplamente, no âmbito do FUNDEB, os alunos matriculados em classe comum de ensino regular público que tiverem matrícula concomitante no AEE. 
2009 – Resolução CNE/CEB nº4 
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.
Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011
Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências.
Afirma que a Educação Especial possui caráter complementar, suplementar e transversal, situando-a no âmbito dos serviços de apoio à escolarização, em seu art. 2.
Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Programa Incluir – Acessibilidade na Educação Superior (BRASIL, 2013) 
“A inclusão das pessoas com deficiência na Educação Superior deve assegurar-lhes o direito à participação na comunidade com as demais pessoas, as oportunidades de desenvolvimento pessoal, social e profissional, bem como não restringir sua participação em determinados ambientes e em atividades com base na deficiência. Igualmente, a condição de deficiência não deve definir a área de seu interesse profissional. Para a efetivação desse direito, as IES devem disponibilizar serviços e recursos de acessibilidade que promovam a plena participação dos estudantes”.
Lei nº 13005, de 25 de junho de 2014
Artigo 8 § 1º
III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos osníveis, etapas e modalidades;
Lei nº 13.146 - 6 de julho de 2015
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência(Estatuto da Pessoa com Deficiência)
A lei por si só não transforma uma prática. A construção de uma sociedade inclusiva é mais uma questão de educação e de princípios.
 
AULA 4: DIVERSIDADES E DIFERENÇAS NO CONTEXTO ESCOLAR 
O que é cultura? 
O que é multiculturalismo?
O que cultura e multiculturalismo têm 
a ver com o cotidiano das pessoas? 
Escola e cultura popular vivem bem?
Como a escola lida com as diferentes
 culturas presentes no ambiente escolar?
Qual a contribuição das diferentes culturas
 para a formação acadêmica do aluno? 
As diferenças são então concebidas como realidades sócio-históricas, em processo contínuo de construção-desconstrução-construção, dinâmicas, que se configuram nas relações sociais e estão atravessadas por questões de poder. 
São constitutivas dos indivíduos e dos grupos sociais. Devem ser reconhecidas e valorizadas positivamente no que têm de marcas sempre dinâmicas de identidade, ao mesmo tempo em que combatidas as tendências a transformá-las em desigualdades, assim como a tornar os sujeitos a elas referidos objeto de preconceito e discriminação. (CANDAU)
“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem, lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.” (Boaventura de Souza Santos) 
Multiculturalismo e Currículo 
Eu penso que nós vivemos, queiramos ou não, numa sociedade plural. Essa pluralidade se manifesta a cada dia. Ela é visível no noticiário, nos conflitos que se estabelecem, ela penetra em todos os espaços. E ela penetra também na sala de aula. Então, eu penso que é importante que todos os que trabalham na escola, todos os que ajudam a construção do currículo, que essas pessoas reflitam que resposta dar na escola a essa diversidade”.
A Formação do Professor da Escola Inclusiva 
 
A Formação do Professor e a Lei 
LDB9394/96 dispõe em seu art. 59, que “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: (...) III – professores com especialização adequada, em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns”. (BRASIL, 1996) 
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) 
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base de sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a atuação no atendimento educacional especializado, e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos da educação especial. 
Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, aos atendimentos de Saúde, à promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça. (BRASIL, 2008, p. 17 e 18)
Formação do professor do Atendimento Educacional Especializado 
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 
Art. 12 - Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite ao exercício da docência e formação específica para a Educação Especial. 
Art. 13 - São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: 
I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;
 II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; 
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 
III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; 
IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
 V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 
VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; 
VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares
Formação do Professor 
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
Art. 5º § 2o O apoio técnico e financeiro de que trata o caput contemplará as seguintes ações:
II - formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa visão;
IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação na perspectiva da educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais;
O Ministério da Educação, através da SECADI – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, implementa cursos para formação de professores. 
AULA 5: O PARADIGMA DE SUPORTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
O que é currículo? 
Qual a importância do currículo para formação humana ?
“A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. 
Relaciona princípios e operacionalização , teoria e prática, planejamento e ação.
“A instituição escolar, como vimos, foi constituída na história da humanidade como o espaço de socialização do conhecimento formal historicamente construído. O processo de educação formal possibilita novas formas de pensamento e de comportamento: por meio das artes e das ciências o ser humano transforma sua vida e de seus descendentes. A escola é um espaço de ampliação da experiência humana, devendo, para tanto, não se limitar às experiências cotidianas da criança e trazendo, necessariamente, conhecimentos novos, metodologias e as áreas de conhecimento contemporâneas. O currículo se torna, assim, um instrumento de formação humana.” (Elvira Souza Lima)
Um Currículo para formação humana precisa: 
- Estar situado historicamente; 
 - Introduzir sempre novos conhecimentos, não se limitando aos conhecimentos relacionados às vivências do alunos;
 - Ser orientado para a inclusão de todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento.
As estratégias de ação e os padrões de interação entre as pessoas são definidos pelas práticas culturais. Isto significa que a cultura é constitutiva dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem.Base Nacional Comum Curricular – MEC
 Adaptações Curriculares 
“Adaptações curriculares são respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais. O acesso ao Currículo; a participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível.” 
Adaptações Curriculares“De acordo com as diretrizes do MEC, os critérios de adaptação curricular são indicadores do que os alunos devem aprender, de como e quando aprender, das distintas formas de organização do ensino e de avaliação da aprendizagem com ênfase na necessidade de previsão e provisão de recursos e apoio adequados.” (Elizabet Dias de Sá)
Avaliação na Escola Inclusiva 
... a avaliação torna-se inclusiva, na medida em que permite identificar necessidades dos alunos, de suas famílias, das escolas e dos professores. Mas, identificá-las, apenas, não basta. É preciso construir propostas e tomar as providências que permitam concretamente satisfazê-las. 
 
“A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais.” (Mantoan)
Tecnologia Assistiva 
 “Um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência.” (BERSCH, 2006, p. 2) 
Tecnologia Assistiva 
AULA 6: ACESSIBILIDADE E O TRABALHO PEDAGÓGICO JUNTO AO 
ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA 
Conceito de Deficiência Física 
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema osteoarticular, o sistema muscular e o sistema nervoso. 
As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. 
Deficiência Física
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De acordo com a limitação física apresentada, é necessário utilizar recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas, no cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 2006)
Educação Inclusiva – Alunos com Deficiência Física 
A deficiência física pode nem sempre aparecer isolada, em muitos casos, encontraremos associações com privações sensoriais (visuais ou auditivas), deficiência intelectual, autismo etc. 
Vídeo cordas
Educação Inclusiva – Alunos com Deficiência Física 
Paralisia Cerebral — termo utilizado para designar um conjunto complexo de distúrbios da motricidade voluntária, isto é, do controle dos movimentos, uma vez que é essa a parte afetada no cérebro. 
Estima-se que aproximadamente 2/3 das pessoas que têm paralisia cerebral apresentam deficiência intelectual; entretanto, frequentemente o retardo mental é produto dos problemas de comunicação, ao invés de uma deficiência básica.
Educação Inclusiva – Alunos com Deficiência Física 
Conheça a história de Fábio Fernandes, jornalista, estudou na Escola Municipal Presidente Médici, em Bangu/ RJ na década de 1990:
Estimulação Precoce 
Tem como objetivo estimular a criança e ampliar suas competências, abordando os estímulos que interferem na sua maturação para favorecer o desenvolvimento motor e cognitivo. A criança deve ser inserida nesse programa, tendo seu início tão logo o bebê esteja clinicamente estável e se estender até os 3 anos de idade.
Essa é a fase que o cérebro desenvolve mais rapidamente, constituindo oportunidade para o estabelecimento das funções que repercutirão em maior independência e, consequentemente, maior qualidade de vida no futuro.
É imprescindível o envolvimento de pais e familiares no programa.
Atendimento Educacional Especializado – Aluno com Deficiência Física :Para que o educando com deficiência física possa acessar o conhecimento escolar e interagir com o ambiente em que frequenta, faz-se necessário criar condições adequadas à sua locomoção, comunicação, conforto e segurança. 
É o Atendimento Educacional Especializado, ministrado preferencialmente nas escolas do ensino regular, que deverá realizar uma seleção de recursos e técnicas adequados a cada tipo de comprometimento ao desempenho das atividades escolares. 
O objetivo é que o aluno tenha um atendimento especializado capaz de melhorar sua comunicação e sua mobilidade.
Tecnologia Assistiva : O Atendimento Educacional Especializado faz uso da Tecnologia Assistiva direcionada à vida escolar do educando com deficiência física, visando à inclusão escolar. 
Deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência. (BERSCH, 2006) 
Comunicação Aumentativa e Alternativa 
A Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA – é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca, então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua via de expressão e compreensão. (BERSCH e SCHIRMER, 2005) 
Comunicação Aumentativa e Alternativa 
Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de ideias), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar seus questionamentos, desejos, sentimentos e entendimentos. A alta tecnologia nos permite também a utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa.(BERSCH e SCHIRMER, 2005)
Inclusão e Acessibilidade 
A acessibilidade é garantida através da observância da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), merecendo destaque as seguintes normas:
a) NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos;
b) NBR 13994 – Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Deficiência. 
AULA 8: A ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
Deficiência Intelectual 
Parte do documentário: Do luto à luta – Síndrome de Down
Deficiência Intelectual - Conceito 
A deficiência intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD), caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade. 
Deficiência Intelectual - Principais Causas 
• Alterações cromossômicas; 
• Alterações gênicas (erros inatos do metabolismo);
• Tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos teratogênicos;
• Doenças maternas crônicas ou gestacionais (como diabetes mellitus);
• Doenças infecciosas na mãe, que podem comprometer o feto: sífilis, rubéola, toxoplasmose;
• Desnutrição materna.
• Hipóxia ou anoxia (oxigenação cerebral insuficiente);
• Prematuridade e baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG);
• Icterícia grave do recém-nascido (kernicterus).
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;
• Infecções: meningites, sarampo;
• Intoxicações exógenas: envenenamentos provocados por remédios, inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.;
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc.
Principais Tipos de Deficiência Intelectual 
Deficiência Intelectual x Doença Mental 
Deficiência Intelectual — atraso no desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive. Comprometimentocognitivo, que acontece antes dos 18 anos, e que prejudica as habilidades adaptativas.
Doença Mental — engloba uma série de condições que causa alteração de humor e comportamento e pode afetar o desempenho da pessoa na sociedade. Essas alterações acontecem na mente da pessoa influenciando a sua percepção da realidade. Em resumo, é uma doença psiquiátrica.
Diferentes Características do Aluno com Deficiência Intelectual 
O aluno com deficiência intelectual apresenta alterações e defasagens nas estruturas mentais para o conhecimento, o que acarreta dificuldades na construção de conhecimentos e na demonstração de sua capacidade cognitiva. 
Necessita de um espaço de ensino-aprendizado que seja facilitador e estimulador de suas potencialidades, e que respeite sua forma particular de se apropriar dos conteúdos e de participar das atividades escolares. 
Diferentes Características do Aluno com Deficiência Intelectual 
O modelo de avaliação do aluno com Deficiência Intelectual depende das concepções interativas e contextuais do desenvolvimento. 
Está baseado na premissa de que os processos de desenvolvimento e de aprendizagem são resultantes da interação do sujeito (com seu equipamento biológico de base e sua história de vida) com os adultos, colegas e amigos significativos, nos diversos contextos de vida (família, escola e sociedade) e com os objetos do conhecimento.
O processo de desenvolvimento das funções superiores depende da incorporação e internalização de padrões e formas de relação com os outros. 
Para Vygotsky, autor sociointeracionista, a aprendizagem ocorre quando a criança, de acordo com seu grau de desenvolvimento prévio, interage com o outro incorporando signos, símbolos e novos padrões apresentados por este outro com quem interage.
Deficiência Intelectual e Estimulação Precoce 
Estimulação precoce é o conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores destinado a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo.
O início do processo de desenvolvimento é um período de grande plasticidade cerebral, o ambiente pode estimular o cérebro a formar redes de conexões neuronais. Quanto mais jovem é o indivíduo mais plástico é o cérebro. 
Suportes Educacionais para o Aluno com Deficiência Intelectual 
SO preconceito e o estigma sobre a pessoa com deficiência intelectual criam obstáculos que dificultam ou impedem a concretização do processo de inclusão do aluno com deficiência intelectual. Esses entraves precisam ser superados para a concretização da proposta inclusiva de educação, que prevê a inserção do aluno com deficiência intelectual na escola regular e a oferta do atendimento educacional especializado no contra turno como suporte ao processo de escolarização. 
Ao invés de adaptar e individualizar/diferenciar o ensino para alguns, a escola comum precisa recriar suas práticas, mudar suas concepções, rever seu papel, sempre reconhecendo e valorizando as diferenças. 
Atendimento Educacional Especializado para o Aluno com Deficiência Intelectual 
A gestão dos processos de aprendizagem consiste na organização de situações de aprendizagem nos espaços das salas de recurso multifuncional, bem como na interlocução com o professor do ensino comum. A ação do professor na sala de recurso multifuncional deve centrar-se na atenção aos aspectos que podem potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência, objetivando também eliminar as barreiras que dificultam a aprendizagem desse aluno.
Plano de atendimento educacional especializado — consiste na previsão de atividades que devem ser realizadas com o aluno na sala de recurso multifuncional. 
O acompanhamento prevê a articulação do professor do AEE com outros profissionais que possam dar suporte às necessidades específicas desses alunos. Prevê, também, a articulação com a família no sentido de construir as condições propícias ao desenvolvimento e aprendizagem. O acompanhamento implica na necessidade de avaliação permanente da evolução do aluno nos diferentes espaços educacionais e no redimensionamento do plano do AEE. 
Conheça Débora Seabra que trabalha como auxiliar de desenvolvimento infantil. Para Laísa Palhano, mãe de uma das ex-alunas de Débora, “existe um ganho mútuo, tanto de Débora, que trabalha aprendendo e se sentindo incluída, como para (sua filha) Rebeca, que aprende a enxergar a vida com uma maneira diferente, ainda muito inocente, muito imatura, acaba que o processo de inclusão aconteceu de maneira natural.”
AULA 9: A INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN 
Parte do documentário Do luto à luta:
 https://www.youtube.com/watch?v=fWI9O6gU-2A 
Características do Aluno com Síndrome de Down
A Síndrome de Down (SD) é uma alteração cromossômica de origem acidental que se caracteriza pela existência de um cromossomo excedente nas células do portador. Enquanto indivíduos considerados normais têm 46 cromossomos em cada célula, agrupados em 23 pares, o portador de SD apresenta 47, estando o cromossoma extra localizado no par 21; daí a SD ser também conhecida como trissomia do par 21 (PUESCHEL, 1990).
O excesso de material genético resultante da anomalia cromossômica está vinculado a vários distúrbios, entre eles a hipotonia (flacidez) muscular, malformações congênitas e, principalmente, a deficiência intelectual.
http://estacio.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788572444422/pages/195 
Características do Aluno com Síndrome de Down
Estudos vinculam o comprometimento intelectual na SD à redução do número e volume das células neurais. Acredita-se que alguns genes do cromossoma extra interfiram no desenvolvimento normal do Sistema Nervoso Central (SNC) e nas funções químicas do cérebro (PUESCHEL, 1990). 
No entanto, o amadurecimento intelectual desses indivíduos passa pelas mesmas etapas que o de pessoas ditas normais, havendo apenas uma defasagem da idade mental para o da pessoa com Síndrome de Down em relação ao seu par considerado normal da mesma idade cronológica.
Aluna com Deficiência Completa Ensino Médio e que ser Atriz 
A estudante Renata Basso, 19 anos, completou o Ensino Médio no Colégio Coronel Pilar, de Santa Maria (RS). 
Ela tem Síndrome de Down, o que não a impediu de estudar em classes regulares durante toda sua trajetória escolar. 
Sua irmã mais velha, Rosane, responsável pela educação da menina, conta que acompanhou de perto seu aprendizado em cada estágio de desenvolvimento, em cada disciplina e suas relações com cada professor.
Alfabetização do Aluno com Síndrome de Down
Os processos de aprendizagem da leitura e da escrita por alunos com deficiência intelectual são semelhantes aos daqueles considerados normais sob muitos aspectos.
Esses aspectos dizem respeito ao letramento, à dimensão desejante, às expectativas do entorno, ao ensino e às interações escolares.
As expectativas positivas dos familiares e dos professores interferem na aprendizagem dos alunos. Essas expectativas se manifestam nas diversas situações de interações sociofamiliares e escolares.
Embora possam existir diferenças no desenvolvimento das crianças, é importante ter consciência de que elas podem se beneficiar com as diferentes experiências no contexto familiar e escolar.
Desejar que todos aprendam igualmente é uma tarefa impossível, mesmo se tratando de pessoas ditas normais. Essa compreensão possibilita uma educação pautada no respeito aos ritmos e às potencialidades individuais. “A educação para estas crianças deveria se basear na organização especial de suas funções e em suas características mais positivas, ao invés de se basear em seus aspectos mais deficitários” (VYGOTSKY, 1987).
Atendimento Educacional Especializado para o Aluno com Síndrome de Down
O Atendimento Educacional Especializado decorre de uma nova concepção da Educação Especial, sustentada legalmente, e é uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência.Esse atendimento existe para que os alunos possam aprender o que é diferente dos conteúdos curriculares do ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência.
O Atendimento Educacional Especializado deve permitir ao aluno elaborar suas questões, suas ideias, de forma ativa e não corroborar para sua alienação diante de todo e qualquer saber.	
Suporte para o Desenvolvimento do Aluno com Síndrome de Down
Crianças com Síndrome de Down respondem bem a estruturas e rotinas e são capazes de apreendê-las bem. 
Ensiná-las a rotina e a estrutura dos seus dias com o auxílio de sugestivos recursos visuais fortes e claros, como fotografias e objetos de referência, pode ajudá-las a aprender. 
Por esses meios, elas podem entender melhor seu ambiente, aprender o comportamento apropriado para situações e atividades específicas, e prever a próxima atividade. Dificuldades com a compreensão de explicações e instruções verbais também são superadas. A maioria das crianças com Síndrome de Down precisará de apoio adicional nos seus primeiros anos escolares, embora isso possa não significar a provisão de uma equipe extra. 
Todo membro participante dos contextos da criança deve estar familiarizado com as necessidades da criança e ser capaz de trabalhar bem com ela. Computadores têm se provado de enorme valor para crianças pequenas com Síndrome de Down, visto que eles pedem a utilização dos potenciais visuais, enquanto dão a oportunidade de progresso em um ritmo próprio. 
Hoje, muitas empresas produzem programas excelentes e coloridos para crianças pequenas, separando tarefas em passos viáveis. 
Também estão disponíveis programas que trabalham o desenvolvimento da linguagem dos primeiros anos e habilidades de pensamento básico
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AULA 10: O CURRÍCULO E A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA REGULAR 
Diferentes características do aluno com surdez;
Escolarização do aluno com surdez no Ensino Inclusivo;
Atendimento educacional especializado para o aluno com surdez;
A proposta de ensino bilíngue: Libras/Português;
Recursos adaptados para a aprendizagem do aluno com surdez.
Diferentes Características do Aluno com Surdez 
A surdez, clinicamente, é compreendida como a redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons que uma pessoa apresenta, devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. 
Diferentes Características do Aluno com Surdez 
Quanto ao período de aquisição, a surdez pode ser dividida em dois grandes grupos:
Congênitas, quando o indivíduo já nasceu surdo. Nesse caso a surdez é pré-lingual, ou seja, ocorreu antes da aquisição da linguagem; 
Adquiridas, quando o indivíduo perde a audição no decorrer da sua vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré ou pós-lingual, dependendo da sua ocorrência ter se dado antes ou depois da aquisição da linguagem.
GRAU DA SURDEZ
Surdez leve: a criança é capaz de perceber os sons da fala; adquire e desenvolve a linguagem oral espontaneamente;
Surdez moderada: a criança pode demorar um pouco para desenvolver a fala e a linguagem; são crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado da leitura e escrita;
Surdez severa: a criança terá dificuldades	em adquirir a fala e a linguagem espontaneamente; poderá adquirir vocabulário do contexto familiar;
Surdez profunda: a criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral espontaneamente; só responde auditivamente a sons muito intensos, como bombas e trovão.
O grau da surdez, a idade ou o estágio em que ocorreu a perda auditiva e a forma de comunicação que a pessoa utiliza, dentre outros aspectos, precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda às necessidades do aluno surdo.
Escolarização do Aluno com Surdez no Ensino Inclusivo
A concepção atual de que a Educação Inclusiva é a melhor proposta para a escolarização do aluno surdo, envolvendo o trabalho integrado entre alunos surdos e ouvintes, desde a Educação Infantil.
Escolarização do Aluno com Surdez no Ensino Inclusivo
Nem sempre a proposta de ensino bilíngue foi reconhecida como a mais adequada para o aluno com surdez As primeiras tentativas de educação de alunos surdos, ocorridas no século XVI, baseavam-se nos métodos de ensino oralista e na proposta de desmutização da
pessoa surda.
Tendências educacionais que marcaram a história da Educação de surdos: 
Oralista;
Comunicação total;
Bilinguismo.
Para garantir a efetiva inclusão escolar, esse aluno deve frequentar a classe regular de uma escola comum e o atendimento educacional especializado, no turno oposto à escolarização regular. 
O atendimento especializado deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o ensino da Língua Portuguesa. 
O ambiente educacional bilíngue na Escola Inclusiva é importante e indispensável, já que respeita a estrutura da Libras e da Língua Portuguesa. O Atendimento Educacional Especializado em Libras fornece a base conceitual dessa língua e do conteúdo curricular estudado na sala de aula comum, o que favorece ao aluno com surdez a compreensão desse conteúdo.
 A Proposta de Ensino Bilíngue: Libras/Português
Libras é a Língua Brasileira de Sinais e se caracteriza como um sistema linguístico de natureza visual/motora, com estrutura gramatical própria. 
Atualmente, é reconhecido como o principal sistema linguístico de comunicação e expressão da comunidade surda do Brasil. 
A Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhece oficialmente a Libras como a primeira língua da pessoa surda em todo o território brasileiro e assegura ao aluno surdo o acesso ao ensino bilíngue (Libras – Português), no Ensino Básico. 
 
 Libras e Português carregam estruturas diferenciadas. Um documento, publicado pelo Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos do Ministério da Educação, em 2004, sobre a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa (http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf), evidencia que, como em qualquer língua falada, “a fonologia é organizada baseada em um número restringido de sons que podem ser combinados em sucessões para formar uma unidade maior, ou seja, a palavra. Nas línguas de sinais, as configurações de mãos, juntamente com as localizações em que os sinais são produzidos, os movimentos e as direções, são as unidades menores que formam as palavras”.
A aquisição da Libras desde a mais tenra idade possibilita às crianças surdas maior rapidez e naturalidade na exposição de seus sentimentos, desejos e necessidades.
Possibilita a estruturação do pensamento e da cognição e ainda uma interação social, ativando consequentemente o desenvolvimento da linguagem.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdez.pdf 
Alguns aplicativos gratuitos de smartphone têm como objetivo facilitar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, como o:
ProDeaf Móvel;
 Hand Talk; 
 Uni Libras.
Visite o site do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).
O Instituto oferece, além da formação no Ensino Fundamental e Médio, o Curso de Graduação Bilíngue de Pedagogia e Curso de Graduação em Letras (Licenciatura em Libras/Português e Bacharelado em Tradução e Interpretação Libras/Português). www.ines.gov.br 
Visite o site da Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos). Entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que tem por finalidade a defesa de políticas em educação, cultura, saúde e assistência social, em favor da comunidade surda brasileira, bem como a defesa de seus direitos. www.feneis.org.br 
Aula 11: A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O ALUNO COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
Definição de Transtornos Globais de Desenvolvimento - TDG 
Os alunos com transtornos globais de desenvolvimento são caracterizados como aqueles que “apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
Autismo
	Características principais 
	Idade de manifestação 
	Importante para o diagnóstico diferencial 
	Prejuízo no desenvolvimento da interação social e da comunicação. Pode haver atraso ou ausência do desenvolvimento da linguagem. Naqueles que a possuem, pode haver uso estereotipado e repetitivo ou uma linguagem idiossincrática. Repertório restrito de interesses e atividades. Interesse por rotinas e rituais não funcionais. 
	Antes dos 3 anos de idade. 
	Prejuízo no funcionamento ou atrasos em pelo menos 1 das 3 áreas: Interação social; Linguagem para comunicação social; Jogos simbólicos ou imaginativos. 
	Características principais 
	Idade de manifestação 
	Importante para o diagnóstico diferencial 
	Prejuízo persistente na interação social. Desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.
	Tem início mais tardio do que o Autismo ou é percebido mais tarde (entre 3 e 5 anos). Atrasos motores ou falta de destreza motora podem ser percebidos antes dos 6 anos. 
	Diferentemente do Autismo, podem não existir atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, nas habilidades de autoajuda apropriadas à idade, no comportamento adaptativo, à exceção da interação social, e na curiosidade pelo ambiente na infância.
	Características principais 
	Idade de manifestação 
	Importante para o diagnóstico diferencial 
	Regressão pronunciada em múltiplas áreas do funcionamento, após um desenvolvimento normal constituído de comunicação verbal e não verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativo apropriado para a idade. 
As perdas clinicamente significativas das habilidades já adquiridas em pelo menos duas áreas: linguagem expressiva ou receptiva, habilidades sociais ou comportamento adaptativo, controle intestinal ou vesical, jogos ou habilidades motoras. Apresentam déficits sociais e comunicativos e aspectos comportamentais geralmente observados no Autismo.
	Após 2 anos e antes dos 10 anos de idade.
	O transtorno não é melhor explicado pelo Autismo ou Esquizofrenia. Excluídos transtornos metabólicos e condições neurológicas. Muito raro e muito menos comum do que o Autismo. 
	Características principais 
	Idade de manifestação 
	Importante para o diagnóstico diferencial 
	Existe prejuízo severo no desenvolvimento da interação social recíproca ou de habilidades de comunicação verbal e não verbal ou comportamentos, interesses e atividades estereotipados 
	
	Quando tais características estão presentes, mas não são satisfeitos os critérios diagnósticos para um Transtorno Global do Desenvolvimento ou para outros quadros diagnósticos como Esquizofrenia, Transtorno da Personalidade Esquizotípica ou Transtorno da Personalidade Esquiva.
Diferentes características do aluno com TGD 
Espectro Autista 
. 
Documentário – Os diferentes tipos de autismo - apresenta a importância do diagnóstico e da estimulação precoce para criança autista.
https://www.youtube.com/watch?v=P8C4VRy7Ov0 
Pessoas com TGD dificuldades encontradas
Funções Executivas - função que se relaciona com a capacidade de antecipar, planificar, controlar impulsos, inibir respostas inadequadas, flexibilizar pensamento e ação. O aprendizado a ser desenvolvido na escola se sustenta, em grande parte, no uso das funções executivas;
Teoria da Mente - significa a capacidade de atribuir estados mentais a outras pessoas e predizer o seu comportamento em função dessas atribuições (PREMACK & WOODRUFF, 1978). Não conseguindo atribuir esses significados, a criança com autismo não interage com o meio social da mesma forma que as demais crianças. 
O processo de ensino-aprendizagem do aluno com TGD 
No contexto escolar, o trabalho pedagógico proposto deve valorizar as interações de grupo, as leituras e manejos adequados das regras sociais dentro de um espaço estimulador e desafiante para o aluno com TGD. 
Nesse contexto, o aluno encontrará um ambiente que promove seu bem-estar, equilíbrio emocional e oportunidade de estabelecer interações sociais significativas e desenvolver seu processo de aprendizagem e construção de conhecimentos.
O aluno com TGD apresenta uma forma diferenciada de percepção, compreensão e de inserção no mundo, o que refletirá na qualidade de suas interações no contexto escolar e social. 
Um ambiente inclusivo pode ser mais motivador ao aluno com TGD, além de poder oferecer uma variedade maior de comportamentos e de oportunidades de aprendizagem e interação social. 
Ao perguntar a um criança autista de 9 anos o que que representava a figura da direita, o neuropediatra José Salomão Schwartzman teve como resposta o desenho da esquerda. 
Assista ao vídeo com a professora doutora Dayse Serra explicando o processo de alfabetização do aluno autista.
https://www.youtube.com/watch?v=FfJ1Rm9VJPU 
O professor do AEE poderá contribuir orientando os profissionais da escola na elaboração das estratégias no cotidiano escolar, na elaboração de recursos e na organização da rotina, de acordo com as peculiaridades de cada aluno e de cada escola. 
Os alunos com TGD deverão frequentar o AEE quando forem identificadas necessidades educacionais específicas que demandem a oferta desse atendimento, beneficiando-se das atividades e dos recursos pedagógicos e de acessibilidade, disponibilizados nas salas de recursos multifuncionais.
A importância da mediação com o aluno com TGD 
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº13.146, no artigo 28 garante a oferta de profissionais de apoio escolar.
No parágrafo primeiro desse mesmo artigo, impede a cobrança de valores adicionais para oferta de adaptações curriculares pelas instituições particulares em suas mensalidades.
A escola pode ser de fato um lugar de competência social para qualquer criança, mas pode ser especialmente importante para as crianças com TEA. 
É nesse espaço que elas podem aprender com outras crianças, exercitar a sociabilidade por mais comprometida que seja e, finalmente, exercer um direito indisponível, o da educação. 
A inclusão escolar tem se mostrado essencial para que as crianças e os adolescentes com TGD desenvolvam competências a serem utilizadas no decorrer de toda a sua vida. 
Por mais complexas que possam se apresentar as manifestações do TGD, é fundamental que seja garantido à criança o direito à escola desde a Educação Infantil. 
Aula 12: O ALUNO COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Características do aluno com Altas Habilidades/Superdotação 
Segundo documentos oficiais do MEC, alunos com Altas Habilidades/Superdotação são os educandos que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual superior; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.
Dessa forma, entendemos que “a superdotação pode existir em somente uma área da aprendizagem acadêmica ou pode ainda ser generalizada em habilidades que se manifestam através de todo o currículo escolar”. 
Características do aluno com Altas Habilidades/Superdotação 
Renzulli – A teoria dos três anéis 
Características do aluno com Altas Habilidades/Superdotação 
Howard Gardner – Inteligências Múltiplas
 
Segundo Davis e Rimm (1994), um potencial não cultivado é um potencial perdido. 
O aluno com altas habilidades/superdotação necessita de uma variedade de experiências de aprendizagem enriquecedoras que estimulem o seu desenvolvimento e favoreçam a realização plena de seu potencial (ALENCAR & FLEITH, 2001). 
Existe o mito de que o aluno superdotado apresenta necessariamente um bom rendimento escolar. Porém, atitudes negativas comrelação à escola, bem como um currículo e estratégias educacionais que não levam em consideração diferenças individuais, quanto aos interesses, estilos de aprendizagem e habilidades, são alguns dos fatores que podem interferir negativamente no desempenho dos alunos com potencial elevado.
Bases  legislativas para inclusão de aluno com AH/Superdotação
Lei de Diretrizes e Bases da Educação: 9394/96
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
Atendimento Educacional Especializado - Resolução Nº4/2009
Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
 Art. 4º Para fins destas Diretrizes, considera-se público-alvo do AEE:
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade 
 Art. 7º Os alunos com altas habilidades/superdotação terão suas atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de escolas públicas de ensino regular em interface com os núcleos de atividades para altas habilidades/superdotação e com as instituições de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes e dos esportes. 
O processo de identificação do aluno com altas habilidades/superdotação deve envolver uma avaliação abrangente e multidimensional, que englobe variados instrumentos e diversas fontes de informações (como indivíduo, professores, colegas de turma e familiares), levando-se em conta a multiplicidade de fatores ambientais e as riquíssimas interações entre eles que devem ser consideradas como parte ativa desse processo (BRONFENBRENNER, 1999; CHAGAS, ASPESI & FLEITH, 2005).
Delou (1987) elaborou uma lista de indicadores de superdotação que serve de parâmetros para observação de alunos em sala de aula. Alguns exemplos desses indicadores são:
O aluno demonstra prazer em realizar ou planejar quebra-cabeças e problemas em forma de jogos;
O aluno mantém e defende suas próprias ideias; 
O aluno sente prazer em superar os obstáculos ou as tarefas consideradas difíceis; 
O aluno dirige mais sua atenção para fazer coisas novas do que para o que já conhece e/ ou faz;
 
O aluno usa métodos novos em suas atividades, combina ideias e cria produtos diferentes; 
O aluno põe em prática os conhecimentos adquiridos.
	Aprendizagem 
	Criatividade 
	Motivação 
	O aluno demonstra vocabulário avançado para a idade;
O aluno possui uma grande bagagem de informações sobre um tópico específico;
O aluno tem facilidade para lembrar informações;
O aluno tem perspicácia em perceber relações de causa e efeito. 
	O aluno demonstra senso de humor; 
 O aluno demonstra espírito de aventura ou disposição para correr riscos;
O aluno demonstra atitude não conformista, não temendo ser diferente;
O aluno demonstra imaginação. 
	O aluno demonstra obstinação em procurar informações sobre tópicos de seu interesse;
O aluno demonstra persistência, indo até o fim quando interessado em um tópico ou problema; 
 O aluno demonstra envolvimento intenso quando trabalha certos tópicos ou problemas; 
O aluno demonstra comportamento que requer pouca orientação dos professores.
PO “Modelo de Enriquecimento Escolar” foi proposto pelo educador norte-americano Joseph Renzulli com o objetivo de tornar a escola um lugar onde os talentos fossem identificados e desenvolvidos. 
Esse modelo é bastante democrático e pode ser implementado sem requerer muitas mudanças na estrutura escolar. Para Renzulli, é papel de toda a comunidade escolar o provimento, a todos os alunos, de oportunidades, recursos e encorajamento para uma produção autônoma, criativa e relevante, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade.
ropostas pedagógicas: aceleração / enriquecimento
Modelo de Enriquecimento Escolar
Propostas pedagógicas: Aceleração/Enriquecimento 
A Aceleração de Estudos deve ser feita sempre que a criança ou o adolescente mostre nível de desenvolvimento real (VYGOTSKY, 1988) assincrônico (SILVERMAN, 2002) em relação ao que é esperado para a sua idade. 
Por exemplo, se uma criança de 5 anos apresenta nível de desenvolvimento real de 7 e, por isso, já sabe ler e calcular mentalmente, ela não deve ser obrigada a frequentar o Jardim III.
A aceleração de estudos é um processo escolar que foge ao padrão usual da seriação, exigindo compatibilidade com a legislação vigente. Desde 1996, o Brasil garante pela LDB a “aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para superdotados”, (BRASIL, 1996)
Todo cuidado é pouco quando indica-se a Aceleração de Estudos, uma vez que, segundo Colangelo (2007a, p. 18), “as decisões sobre aceleração, tradicionalmente, têm estado baseadas em prejuízos pessoais ou informações incorretas e incompletas.”
Articulação entre o ensino regular e o Atendimento Educacional Especializado 
O aluno com altas habilidades/superdotação tem direito a participar do atendimento educacional especializado na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola regular ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização. 
Esse atendimento poderá ser realizado, também, em centro de atendimento educacional especializado público ou privado sem fins lucrativos, conveniado com a Secretaria de Educação.
Para o atendimento às necessidades específicas relacionadas às altas habilidades/superdotação são desenvolvidas atividades de enriquecimento curricular nas escolas de ensino regular em articulação com as instituições de educação superior, profissional e tecnológica, de pesquisa, de artes, de esportes, entre outros.
 Deverá acontecer uma articulação entre professores do AEE e os do ensino comum.
AULA 13: ARTE/EDUCAÇÃO E INCLUSÃO 
A Dimensão Inclusiva da Experiência Artística 
Incialmente, as ideias que fundamentaram a articulação da Arte com a Educação Especial no Brasil toma como base o pensamento de Hebert Read e de Viktor Lowenfeld, que, em suas obras, oferecem uma sólida base teórica para reflexão sobre o acesso à arte para pessoas com deficiência. 
Viktor Lowenfeld: “o processo criador abrange a incorporação do Eu na atividade: o próprio ato de criar fornece a compreensão do processo pelo qual outros estão passando, quando enfrentam suas próprias experiências. Viver cooperativamente, como seres bem-ajustados, e contribuir, de forma criadora, da educação paraa sociedade torna-se um dos mais importantes objetivos da educação”. 
Vygotsky (1982) afirma que todo ser humano tem potencial criador e capacidade de desenvolver a imaginação criadora. E, para que possa desenvolver esse potencial, necessita de estímulos do meio e da mediação do adulto: “a criação consiste, no seu verdadeiro sentido psicológico, em fazer algo novo; é fácil chegar à conclusão de que todos nós podemos criar em grau maior ou menor e que a criação é o acompanhante normal e permanente do desenvolvimento infantil”. 
No Brasil, cabe destacar a participação no Movimento das Escolinhas de Arte, da médica e educadora russa Helena Antipoff e dos psiquiatras Drª Nise da Silveira e Dr. Ulisses Pernambucano, que destacavam a importância da educação através da arte e o caráter terapêutico da expressão artística. 
	
Comunidade, Universidades e Projetos Inclusivos 
 
AULA 14: A FAMÍLIA E A PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA INCLUSIVA 
Família/Escola/Legislação 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garantem que as escolas têm a obrigação de articular o trabalho realizado com as famílias e que os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais.
LDB 9394/96 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: (...) VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; (...) 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: (...) VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: (...) II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
 
História das Associações de Pais/APAE/AMA 
Inclusão e Participação da Família 
Inclusão e Participação da Família 
AULA 15: A CONSTRUÇÃO DE UMA COMUNIDADE INCLUSIVA
Escola e Cultura
O filme apresenta uma realidade que ainda existe não só no Nordeste mas em muitos lugares do Brasil. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=k-A-g-BfGrI 
 
	
 Estácio de Sá
Nome: Bianca dos Santos Julio de Souza
Apostilas em Slides
Professora: JESSICA ZACARIAS DE ANDRADE
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E NOVAS MÍDIAS

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