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Tratamento fisioterapêutico após um AVC Cursos de FISIOTERAPIA para mudar sua carreira: ● Curso Online de Doenças Neuromusculares ● Curso Online de Fisioterapia Aplicada a Neurologia ● 10 cursos de Avaliação ● Programa de Certificação Completa de Excelência em Quadril ● Programa de Certificação completa de Coluna Vertebral ● Aprenda a tratar cervicalgias com Terapia Manual ● Ventilação Mecânica Invasiva: princípios básicos e modos convencionais e Maratona de Neonatologia ● Tudo sobre Fascias Musculares e Bandagem Neuromuscular Funcional ● Aprenda a tratar Lombalgias ● Curso Online Completo de Reabilitação da Cintura Escapular ● Aperfeiçoamento 100% online de Fisioterapia em oncologia ● Atualidades em Fisioterapia Traumato-ortopédica - 40hs ● Ebooks: Exercícios Funcionais para Fisioterapia, Fisioterapia Hospitalar Completa e Guia de Testes Ortopédicos Clique e entre em grupo de FISIOTERAPIA Um AVE pode causar danos importantes no cérebro do indivíduo ocasionando diferentes tipos de comprometimento funcional (depende da área acometida). Dentre algumas das consequências que o AVE pode causar, podemos citar: dificuldade em engolir, problemas de equilíbrio, dificuldade de comunicação, perda de memória confusão, dificuldades de controlar a bexiga, paralisia, dormência em algumas partes do corpo, e dificuldade em pé e caminhar. A fisioterapia após AVC melhora a qualidade de vida e a recuperar os movimentos perdidos. O principal objetivo é devolver a capacidade motora e fazer com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho, sem necessitar de um cuidador. Saiba que o fisioterapeuta tem um papel fundamental na reabilitação desses pacientes, auxiliando com que ele retorne as suas atividades de vida diária o mais breve possível. Dentre os objetivos da fisioterapia na reabilitação de pacientes com AVE podemos citar: ● Fortalecimento e estabilização do tronco, ● Aumento da resistência e tolerância a exercícios, ● Restaurar a mobilidade global desse individuo, ● Treino sensório-motor, marcha e equilíbrio. Grande parte dos pacientes que estão hospitalizados por ter sido acometido por um AVE, já iniciam o trabalho de fisioterapia já no ambiente hospitalar. Em grande parte dos casos, quanto mais cedo o indivíduo iniciar o trabalho de fisioterapia, melhor! Normalmente a fisioterapia deve ser iniciada em 48 horas após ocorrido. Nesse processo de reabilitação é importante a parceria fisioterapeuta-paciente. Dependendo da extensão, recorrências e área acometida pelo AVE, esse processo pode demandar um pouco mais tempo de recuperação. Dessa forma, o trabalho em equipe é imprescindível para o bom prosseguimento do tratamento. A fisioterapia tem auxiliado pacientes com AVE. Esse processo de reabilitação tem se mostrado efetivo e seguro para que esses pacientes retornarem a suas atividades de vida diária. A não ser que esse paciente tenha uma contraindicação observada pela equipe de profissionais de saúde, aconselha-se o inicio imediato do tratamento fisioterapêutico. As sessões de fisioterapia devem começar o quanto antes, ainda no hospital e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, pois quanto mais rápido o paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação. Exercícios de reabilitação após AVC Alguns exemplos de exercícios de fisioterapia para AVC são: Abrir e fechar os braços, à frente do corpo, podendo variar em: Abrir somente um braço de cada vez e depois os dois ao mesmo tempo; ● Caminhar em linha reta, e depois alternando entre ponta dos pés e calcanhares; ● Usar a bicicleta ergométrica por 15 minutos, depois pode-se variar resistência e distância alcançada; ● Caminhar na esteira durante cerca de 10 minutos com ajuda do terapeuta. Estes exercícios podem ser feitos de forma contínua por mais de 1 minuto cada um. Além desses exercícios é importante realizar alongamento muscular em todos os músculos para melhorar a amplitude dos movimentos e realizar exercícios respiratórios para evitar o acúmulo de secreções que podem levar a pneumonia, por exemplo. Também podem ser usados exercícios com bolas, resistências, espelhos, pesos, camas elásticas, rampa, faixas elásticas e tudo o que for necessário para melhorar a capacidade física e mental do paciente. Entretanto, também pode-se recorrer ao uso de TENS, ultrassom e bolsas de água quente ou gelo, conforme a necessidade. Resultados da fisioterapia após AVC A fisioterapia pode conseguir muitos benefícios, como: ● Melhorar a aparência do rosto, deixando mais simétrico; ● Aumentar a movimentação dos braços e pernas; ● Facilitar o andar, e ● Tornar o indivíduo mais independente nas suas atividades diárias, como pentear o cabelo, cozinhar e se vestir, por exemplo. A fisioterapia deve ser realizada diariamente, ou no mínimo, 3 vezes por semana. Apesar do trabalho intenso da fisioterapia, alguns pacientes podem não apresentar grandes melhoras, pois os exercícios devem ser bem feitos e isso depende também da vontade do paciente. Como uma das sequelas do AVC é a depressão, estes pacientes podem ter uma maior dificuldade em ir às sessões e sentirem-se desanimados, não realizando os exercícios corretamente, o que dificulta a sua recuperação. Por isso, é necessário que um paciente que tenha sofrido um AVC seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo. Objetivos do tratamento O primeiro passo é traçar quais os objetivos do tratamento fisioterapêutico. O profissional deverá realizar uma anamnese completa e avaliar quais são as necessidades mais urgentes do paciente. Quanto a isso, você pode questioná-lo e saber o que mais incomoda. Lembre-se de que o paciente deve ser visto como um todo, então é importante não focar só na patologia e nas sequelas, mas também tentar reintegrá-lo à sociedade para que ele possa voltar a realizar boa parte das tarefas que fazia antes. Além disso, se o paciente já estiver com hipertonia, reduzir essa espasticidade é mais do que necessário e, na fase elástica, prevenir contraturas e tentar normalizar o tônus postural deve ser um dos objetivos mais importantes do tratamento. Cuide também dos problemas pulmonares. Dependendo da região do cérebro que foi afetada, o paciente pode sentir dificuldade para respirar. Isso pode ter graves consequências como o acúmulo de muco, dificultando as trocas gasosas através dos alvéolos. Tratamentos na fase aguda Por meio dos exames de imagem e do laudo médico, é possível determinar em que área do cérebro ocorreu a lesão e qual artéria foi prejudicada. O diagnóstico fisioterapêutico deve ser realizado e as condutas traçadas. Vejamos agora quais são as condutas que devem ser aplicadas em cada fase da recuperação do paciente. O paciente pode estar no hospital ou receber atendimento domiciliar. Aqui, como o paciente ainda está acamado, deve-se ter o cuidado com a prevenção da formação de úlceras, devendo auxiliar o paciente na mudança de decúbito a cada duas horas. Os sinais vitais devem ser constantemente monitorados, especialmente a pressão arterial, a frequência cardíaca e respiratória. É nessa fase que o profissional pode evitar diversas complicações para o paciente no futuro. Para isso, é necessário mobilizar articulações, especialmente dos membros afetados. Como na fase espástica, os membros costumam entrar em um certo padrão de posicionamento, é precisoevitar ao máximo que isso ocorra por meio dessa mobilização que pode ser estática como na patela ou por meio de movimentos de extensão e flexão. Por estar acamado, o paciente pode sentir dificuldade para evacuar. Dessa forma, você deve orientá-lo não fazer força para isso, já que a Pressão Intracraniana (PIC) pode aumentar, o que é indesejável nesse momento e muito arriscado. O uso de laxantes e mudança alimentar com muito líquido e fibras é o mais recomendado. Já para os pacientes que apresentam dificuldade de comunicação e articulação das palavras, o ideal é que o fisioterapeuta crie uma espécie de código como piscar o olho uma vez para sim e duas para não, ou mesmo levantar a mão não lesionada em caso de dor, entre outras táticas. Aqui pode-se dar início aos exercícios respiratórios como o freno labial ou drenagem postural, nos quais o paciente não precisa fazer um grande esforço físico. Após liberado pelo médico e com a pressão arterial estável, também é possível dar início aos movimentos de fortalecimento muscular, especialmente, nos membros não afetados que servirão de suporte para os afetados. Tratamentos na fase tardia ou fase espástica Tente, ao máximo, envolver os familiares nesses cuidados. Mostre a eles que podem também ajudar na reabilitação do paciente ao tentar deixá-lo o mais independente possível, especialmente dentro de casa. Alguns objetivos devem ser mantidos — como aumentar a mobilidade articular — e outros já podem ser deixados de lado caso o paciente não esteja mais acamado, já que se trata da fase crônica, na qual as mudanças de decúbito deixam de ser necessárias. A prevenção de contraturas e demais deformidades também precisa ser mantida com o avanço do tratamento. Fortalecimento muscular Para essa fase, o fisioterapeuta pode dar início a alguns exercícios mais vigorosos de fortalecimento muscular, usando o peso do próprio corpo do paciente ou alguns acessórios como faixas elásticas ou pesos. Aliás, as caneleiras podem ajudar a dar maior estabilidade e alguns casos e também serem utilizadas em treinos de equilíbrio mais avançados. Equilíbrio ou propriocepção E, falando em equilíbrio, treinos na cama elástica e andar em linha reta podem ser muito eficientes. Como o padrão do membro inferior afetado é ficar em extensão, foque em exercícios nos quais sejam necessários dobrar o joelho e o quadril. Colocar obstáculos como barras e demais objetos no meio do caminho é uma excelente forma de prevenir e de reduzir esse padrão. O local precisa ser adaptado com barras na lateral para evitar que o paciente caia. Amplitude de movimento Essa é uma conduta que deve ser aplicada na fase aguda e com maior intensidade na fase tardia. Afinal de contas, estamos lidando com músculos hipertônicos e contraturas. Assim, duas condutas devem ser realizadas frequentemente: o alongamento em todos os planos de movimento e também técnicas como mobilizações passivas e a facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF). O PNF tem como principal função facilitar o movimento por meio da repetição e estimulando a condução nervosa. É interessante que, durante a técnica, o paciente seja orientado a olhar para a parte do corpo manipulada, acompanhando o movimento e, assim, melhorando os resultados. Com essa repetição, o paciente também consegue ganhar maior amplitude. Hidroterapia A hidroterapia também é um excelente recurso para pacientes com AVC em fase tardia. Como a água reduz o peso do corpo, eles podem caminhar pela piscina sem tanto desequilíbrio e ainda consegue ganhar força, já que precisam vencer a água. Até mesmo a temperatura da água, que é mais aquecida, consegue aumentar a mobilidade articular e promover um maior relaxamento dos músculos. Por conta disso, o paciente consegue também ganhar maior amplitude de movimento e sai da posição de passivo para ativo, podendo executar todos os movimentos realizados em solo de forma independente ou quase todos que possam ser adaptados para o ambiente aquático. Os reflexos posturais, que estão reduzidos em alguns casos, também tendem a melhorar. Uma pesquisa realizada em 2016, chegou à conclusão que a hidroterapia consegue acelerar a recuperação desse indivíduo tornando-o novamente apto a exercer as atividades da vida diária (AVDs). Estimulação elétrica neurofuncional (FES) O FES consegue promover a contração muscular por meio da ativação de fibras nervosas proprioceptivas e motoras. Além disso, esse tipo de estimulação pode evitar a perda de sarcômeros, ocasionada por conta do desuso do membro que está hipertônico e espástico. Inclusive, esse tratamento pode estimular a síntese de novas células musculares. Uma pesquisa conseguiu constatar que os pacientes com sequelas crônicas de AVC conseguiram melhoras no desempenho funcional com uso da FES. Inclusive, o fortalecimento muscular da mão realizado pela FES conseguiu aumentar a amplitude de movimento do membro superior em alguns pacientes. Também pode ser aplicado no ombro, reduzindo a dor por meio do fortalecimento. Estimulação da sensibilidade A propriocepção é uma habilidade que todos temos e que o paciente que sofreu um AVC acaba perdendo em partes por conta da atrofia muscular ou por danos no cérebro. Ela é essencial para evitar quedas constantes e assim, maiores complicações de saúde. Portanto, estimule o membro afetado do paciente com objetos de diversas texturas. Podem ser coisas simples como um pedaço de tecido, uma esponja e objetos finos com leves toques na pele. Marcha e trocas posturais Como a locomoção do paciente com AVC fica comprometida, treina a marcha e as trocas posturais é muito importante para fazer com que consiga ter maior independência. Sendo assim, treine as trocas de postura sentada e em pé e posturas para se levantar da cama e para se deitar nela. Ficar sustentado por uma perna só também é um ótimo exercício. Para ajudar, o paciente também precisa mentalizar o movimento, aumentando a quantidade de estímulos nervoso para o membro. Além desses tratamentos, realizar mobilizações passivas, caso o paciente ainda não tenha força suficiente ou controle da musculatura é essencial. Se já apresenta alguma melhora, é possível iniciar os exercícios de forma passivo-assistida. Exercícios isométricos também são excelentes formas de ganhar maior resistência. O paciente também pode sentir dificuldade em ficar em uma única posição, especialmente, na fase elástica por falta de apoio do membro afetado. Por exemplo, para treinar um paciente para permanecer na posição sentada, você pode colocá-lo numa cadeira e pedir ao familiar que forneça o apoio necessário, estimulando o indivíduo a pegar objetos nas mais diversas direções mantendo a postura. Nos casos de a dificuldade ser de mudança de posição como de sentado para de pé, é possível dar algumas orientações como posicionar os pés atrás da linha dos joelhos, movimentos repetitivos de oscilação do tronco para frente como uma espécie de treino, entre outras estratégias. Quanto tempo fazer A fisioterapia pode iniciar logo do dia seguinte ao AVC, estimulando a pessoa para ficar fora da cama do hospital, sendo recomendado cerca de 3 à 6 meses de tratamento de fisioterapia neurológica individualizada. As sessões duram cerca de 1 hora, com exercícios realizados com a ajuda do terapeuta, ou sozinhos, segundo a capacidade que a pessoa possui. Além dos exercícios realizados em consultório, pode ser preciso realizar exercícios e alongamentos em casa, para um estímulo muscular diário. Colocar o paciente para jogar videogames que exercitam todo o corpo como o Wii e a X-box, por exemplo, para manter o estímulo muscular também em casa. É importante que o tratamento fisioterapêutico seja realizado continuamente eque o indivíduo tenha muito estímulo para evitar que as contraturas musculares aumentem e o arco de movimento fique cada vez menor deixando o indivíduo acamado e totalmente dependente do cuidado de outros. 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