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UNIDADE 3 E 4 ATMOSFERA TERRESTRE E RADIAÇÃO SOLAR DISCIPLINA: METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA AGRÍCOLA PROFESSORA: EDIVANIA DE ARAUJO LIMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFa CINOBELINA ELVAS – BOM JESUS (PI) E-mail: edy_al@hotmail.com DEFINIÇÃO E CONSTITUIÇÃO - Definição: massa de ar que envolve a Terra - partículas sólidas, massas líquidas e elementos gasosos. Gases permanentes ou não-variáveis (90 Km de altitude): conjunto de gases (predominância) - Nitrogênio (78%) - Oxigênio (21%) - Gases nobres (hélio, neônio, argônio, xenônio e criptônio, etc.) (1%) Gases variáveis: CO2, vapor d’água, ozônio (O3) 02 ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA • Troposfera: camada que se encontra em contato com a superfície da Terra. - Altitude: 15 -18 Km (Equador) 6 – 8 Km (Pólos) - Espessura: variável com as estações do ano. - Movimentos verticais intensos (convecção e subsidência) - Temperatura: altitude (6,5°C /Km – LAPSE RATE) - OBS: 75% DA MASSA TOTAL TODO VAPOR D’DÁGUA • Tropopausa: região de transição entre a Troposfera e a estratosfera. - Espessura: 3 Km - Característica: Isotermia (-50 a -55°C) ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA • Estratosfera: camada superior que se encontra aproximadamente a 50 Km de altitude - Altitude: 50 Km - Temperatura: aumenta com a altitude (atingindo a 0°C) - OBS: - Região onde se concentra o Ozônio (absorve radiação UV) - Camada Fria por baixo e quente por cima - Ausência de movimentos verticais. • Estratopausa: camada de transição entre a estratosfera e a mesosfera. -Temperatura: isotermia (0°C) - Espessura: 3 a 5 Km ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA • Mesosfera: camada aquecida por baixo (camada de ozônio) al - Temperatura: diminui (3,5°C/Km) - OBS: - Região onde se observa as Auroras - Não existe mais CO2 e Vapor d’àgua - Pequenos movimentos verticais. • Mesopausa: camada de transição entre a mesosfera e termosfera. -Temperatura: isotermia (0°C) - Espessura: 10 Km • Termosfera: camada que ocorre a partir de 90 Km – Topo da Atmosfera (1.000 Km de altitude). -Temperatura: imprecisa (500 a 2000K) RADIAÇÃO SOLAR - A energia solar é gerada por meio de complexas reações termonucleares. - Toda a energia emitida do Sol é na forma de radiação eletromagnética (HALACY, 1977). - A produção de energia pelo Sol não é constante. - A distribuição da energia eletromagnética emitida pelo Sol, em função do comprimento de onda, no topo da atmosfera é chamada de espectro eletromagnético (IQBAL, 1983). RADIAÇÃO SOLAR RADIAÇÃO SOLAR ATENUAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR PELA ATMOSFERA TERRESTRE • A Terra está envolvida pela atmosfera que é constituída por moléculas de gases, poeiras em suspensão e outras partículas sólidas e liquidas, e vários tipos de nuvens. A radiação solar, ao atingir a atmosfera terrestre, é atenuada por três processos físicos (GARG, 1982). * Processos de espalhamento por moléculas dos diferentes gases e aerossóis (Espalhamento Rayleigh) r 0,1 * Espalhamento Mie r 0,1 *Absorção e reflexão, causadas pelos constituintes atmosféricos (gases, aerossóis e nuvens). VARIAÇÃO ANUAL DA IRRADIÂNCIA SOLAR Variação anual da irradiância solar (em cal.cm-2.dia-1) incidente em uma superfície plana e horizontal, fora da influência da atmosfera, em função da latitude e época do ano, adotando- se a constante solar igual a 1,94 cal. cm-2.min-1. RADIAÇÃO SOLAR Variação ao longo dia INSTRUMENTOS DE MEDIDAS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS FATORES QUE INFLUENCIAM NO TOTAL DE RADIAÇÃO SOLAR DISPONÍVEL À SUPERFÍCIE TERESTRE - Absorção ou espalhamento de parte dos raios solares pelos constituintes da atmosfera - Reflexão ou absorção dos raios solares pelas nuvens - Inclinação da superfície - Duração do dia - Inclinação dos raios solares IRRADIÂNCIA SOLAR DIÁRIA INCIDENTE SOBRE UMA SUPERFÍCIE HORIZONTAL NO TOPO DA ATMOSFERA 𝑅0 = 37,60 ∗ 𝐷 𝐷 𝐻′𝑠𝑒𝑛 𝜑 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝛿 + 𝑐𝑜𝑠𝜑. 𝑐𝑜𝑠𝛿 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝐻 (MJ/m2d) OBS: H em radianos ________180° 𝐷 𝐷 = 1+0,033*cos(dn*360/365) Por simplificação usar = 1 𝐷 𝐷 IRRADIÂNCIA SOLAR DIÁRIA INCIDENTE SOBRE UMA SUPERFÍCIE INCLINADA NO TOPO DA ATMOSFERA ∅𝑎 = 𝜑 + 𝛽 Superfície inclinadas () para norte ou sul 𝑅0 = 37,60 ∗ 𝐷 𝐷 𝐻′𝑠𝑒𝑛 𝜙𝑎 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝛿 + 𝑐𝑜𝑠𝜙𝑎. 𝑐𝑜𝑠𝛿 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝐻 (MJ/m2d) IRRADIÂNCIA SOLAR GLOBAL DIÁRIA À SUPERFÍCIE DO SOLO 𝑅𝑔 = 𝑅0 𝑎 + 𝑏 ∗ 𝑛 𝑁 (MJ/m2d) • FAO (Food Agricultural Organization) a= 0,25 b= 0,50 Meses a b Jan 0,36 0,33 Fev 0,31 0,39 Mar 0,35 0,36 Abr 0,30 0,38 Mai 0,31 0,35 Jun 0,33 0,34 Jul 0,30 0,36 Ago 0,34 0,34 Set 0,32 0,36 Out 0,28 0,42 Nov 0,28 0,47 Dez 0,22 0,50 n – insolação N - Fotoperíodo BALANÇO DE RADIAÇÃO BALANÇO DE RADIAÇÃO NA SUPERFÍCIE (Rn) É a contabilização líquida entre toda energia radiante recebida e perdida pela superfície. 𝐵𝑂𝐶 = 𝑅𝑔 1 − 𝛼 (MJ/m2d) 𝐵𝑂𝐿 = −4,8989 ∗ 10−9 ∗ 𝑇4 0,09 ∗ 𝑒 − 0,56 ∗ 0,1 + 0,9 ( 𝑛 𝑁 ) (MJ/m2d) BOC – Balanço diário de Radiação de Ondas Curtas BOL – Balanço diário de Radiação de Ondas Longas T – Temperatura média do ar (abrigo meteorológico) T+273 = (T Kelvin) e - Pressão média diária de vapor d’água (mm/Hg) n – insolação (dado) 𝑅𝑛 = 𝐵𝑂𝐶 + 𝐵𝑂𝐿 (MJ/m2d) BALANÇO DE ENERGIA DISTRIBUIÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR DENTRO DE UM DOSSEL VEGETATIVO • A densidade de fluxo de radiação solar global diminui à medida que penetra numa comunidade vegetal. • Atenuação da Radiação Solar em um dossel vegetativo: - geometria da planta, - grande variedade de folhas - diferentes espécies, idades e origens de plantas. • Ex. - Plantas Aquáticas – transmitem de 4 a 8% da luz incidente. - Árvores Perenes e gramas – 5 a 10% (folhas apresentam muitas formas e modelos, assim como variáveis orientações e inclinações) CONHECIMENTO DA RADIAÇÃO SOLAR DENTRO DO DOSSEL VEGETATIVO • Transmissibilidade - se altera com a idade da planta. - Primavera e início do verão, a transmissibilidade de folhas jovens é relativamente alta. - Com a maturação da folha, decresce no verão e cresce quando as folhas se tornam amarelas no outono. - Importante para saber a relação entre a Radiação Solar e rendimento das culturas; - Baseado: transmissibilidade, no arranjo e inclinação das folhas, densidade e altura das plantas e ângulo de inclinação dos raios solares. • Arranjo foliar - Folhas que transmitem 10 % de radiação estivessem dispostas horizontalmente, (em camadas contínuas) somente 1 % da radiação, na maioria das regiões verdes, iria penetrar na segunda camada (Nichiprovich, 1968). - FOTOPERÍODO - UTILIZAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR PELAS CULTURAS - Ponto de vista fisiológico (atuante em processos fotossintéticos e morfológicos em uma planta). - Ponto de vista físico (propicia a distribuição diferencial de energia para um mesmo meio, ao longo do ciclo anual). - Garner e Allard (1920) *diferentes variedades de soja - Plantas de “floração precoce” – dias longos para florescer; - Plantas de “floração tardia” – dias curtos. Fotoperíodoinfluência: na dormência, elongação, distribuição natural das plantas, etc. * Plantas de dias curtos - duração solar inferior a 12 horas (dias curtos) aceleram seu ciclo, adiantando a floração. - Todas elas, quanto mais próximas do equador, forem cultivadas, menor o seu ciclo. - Plantas originárias da região tropical e subtropicais. - -Crisâtemo (planta ornamental), morangos * Plantas de dias longos - duração solar superior a 12 ou 14 horas (dias longos) aceleram seu ciclo, adiantando a floração, - Plantas originárias das regiões montanhosas de zonas temperadas - São espécies que podem formar suas flores sob qualquer período de iluminação. - São indiferentes à duração do dia Plantas Neutras PLANTAS INTERMEDIÁRIAS INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NOS ANIMAIS • A Radiação Solar influi efetivamente sobre o animal. • Raios Ultravioletas: - afetam os animais que não tem pigmentação nos olhos; - afetam os animais que não tem cor ou apresentam pele seca (secreção sebácea); - animais de pele rosa, clara, despigmentada (desenvolvem câncer e hiperqueratose da pele). - animais de cara branca, como o bovino da raça Hereford tendem a apresentar câncer sobre as pálpebras ou sobre os olhos. INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NOS ANIMAIS • A Radiação Solar influi efetivamente sobre o animal; • Influência o comportamento dos animais (FOTOPERÍODO); - Diurnos - Crepusculares - noturnos FOTOPERÍODO (N) • Reprodução - Luz direta - desenvolvimento dos ovos dos peixes; - Ausência de luz - retarda o desenvolvimento de larvas de certos insetos; - Alguns animais apenas se reproduzem quando o “N” ultrapassa um determinado valor, outros apenas se reproduzem quando os dias são curtos. • A formação de vitamina D ao nível da pele – os raios ultra-violeta são responsáveis pela produção de vitamina D na pele dos vertebrados. No entanto, quando em excesso, esses mesmos raios podem ter efeitos muito prejudiciais na saúde dos organismos. INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NOS ANIMAIS INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NOS ANIMAIS • Mudança de Pelagem e Plumagem dos Animais - animais como a lebre dos Alpes ou a raposa do Ártico têm pelagem cinzenta ou acastanhada no Verão mas no Inverno são brancos . Nas criações a pasto, a incidência da radiação solar direta representa a maior fonte de calor recebida pelos animais do ambiente. Para evitar ou reduzir o estresse térmico provocado pela radiação solar, o uso do sombreamento é uma alternativa viável, beneficiando o conforto térmico e favorecendo a termorregulação dos animais (GLASER, 2008). INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NOS ANIMAIS
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