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Aula 03 - ESCOLHA E AVALIAÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS

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Ovinocaprinocultura – Aula 03							2015
AVALIAÇÃO E ESCOLHA DE OVINOS E CAPRINOS
Prof. José Antonio A. Cutrim Junior
INTRODUÇÃO
Para que o objetivo da criação de ovinos e caprinos possa ser alcançado, o entendimento das características externas do animal se faz necessário.
Conhecer as partes do corpo do animal, para então, realizar uma avaliação comparativa, se faz de suma importância para termos na mão critérios possíveis de seleção dos melhores animais.
Tais avaliações servem para realizar possíveis descartes de animais indesejados, além de introduzir no rebanho, animais que venham agregar valor genético e econômico.
O julgamento do aspecto exterior do animal sempre foi considerado uma ciência e uma arte, sendo hoje mais ciência (Ezoognózia) do que arte, permitindo assim:
Selecionar animais a serem mantidos ou descartados no rebanho
Selecionar animais que irão participar de exposições
Escolher animais que irão participar de provas zootécnicas
Adquirir animais para formação do rebanho, que na maioria das vezes, a avaliação da aparência é o único recurso disponível para o comprador
Inscrever animais em sociedades de registro genealógico
Financiar a compra de animais
O objetivo da avaliação do exterior do animal é selecionar animais o mais próximo possível do ideal, aumentando-se com o passar do tempo, o rigor da avaliação e do padrão de exigência.
ESQUELETO E EXTERIOR DE OVINOS E CAPRINOS
Para facilitar a compreensão do funcionamento do organismo dos animais, é importante conhecer as regiões e as partes que o compõem, sua localização, características e funções. 
Esqueleto
Cabeça
Compreende ossos do crânio e face, entre os quais citamos o frontal, em que há dois processos ósseos (os cornos), sobre os quais se fixam os chifres e a mandíbula, onde encontramos os principais músculos da mastigação.
O incisivo e o nasal, em que observamos as narinas e estão inclusas as conchas nasais, responsáveis pelo aquecimento e filtração do ar respirado.
A órbita ocular é composta pelos ossos frontal, lacrimal e zigomático.
Coluna vertebral
Forma a linha dorsal, que deve ser retilínea, as pode apresentar desvios em função de lordose, sifose ou escoliose (defeitos).
Compreende 42 a 44 vértebras
Sete vértebras cervicais, a primeira denominada atlas e a segunda, áxis que permite todos os movimentos da cabeça
Treze vertebras torácicas, sobre as quais se articulam as costelas e que possuem a particularidade de terem a apófise espinhosa mais desenvolvida do que outras vértebras. As primeiras, aproximadamente na direção vertical dos apêndices torácicos anteriores (patas), têm as apófises espinhosas mais largar e constituem a região denominada de cruz. Nessa região que se mede a altura do animal.
Seis vértebras lombares para os caprinos e de seis a sete para ovinos, que determinam a região dos flancos.
Quatro a cinco vértebras sacrais para os caprinos e quatro para os ovinos, fusionadas, que se articula com a região coxal.
Entre onze a treze vértebras coccígeas para caprinos e dezesseis a vinte quatro para ovinos, que constituem a cauda.
Tórax
Caixa que contém, entre outros órgãos, o coração e os pulmões, limitada lateralmente pelas costelas, em número de treze pares, dorsalmente pelas vértebras torácicas e ventralmente pelo esterno, onde os nove primeiros pares de costelas se fixam diretamente.
Essas estruturas determinam a capacidade respiratória, que possui grande influência na produção leiteira.
Figura 01. Esqueleto caprino. Fonte: Ribeiro (1997)
Apêndices torácicos
Compreendem a escápula, o úmero, o rádio, a ulna, os carpos, os metacarpos, as falanges e os sesamóides.
A escápula faz a ligação do apêndice ao tórax.
O úmero corresponde ao osso do braço. Articula-se em sua parte superior com a escápula e forma, a este nível, a ponta da “espádua”.
O rádio e a ulna, com sua protuberância, o olecrano, que corresponde ao cotovelo humano.
Os carpos, que correspondem ao pulso humano, são constituídos de pequenos ossos dispostos em duas fileiras: radial, intermédio, ulnas e acessório na primeira fileira, e terceiro e quarto fusionados, o segundo carpianio na fileira distal.
Os metacarpos se apresentam fusionados e constituem os ossos da “canela”. Abaixo encontramos as falanges proximal, média e distal junto aos sesamóides proximais e distais, denominados “boleto”, e cobrindo parcialmente a falange medial e a distal, encontramos os cascos.
Cada apêndice anterior está unido ao tronco pela escápula, músculos e tendões que lhe dão solidez, mas também flexibilidade e articulação.
Apêndices pélvicos
Compreendem o fêmur, a tíbia e a fíbula, o tarso e o metatarso
O fêmur é o osso da perna. Sua parte superior se articula com os ossos coxal. Na sua parte inferior, se articula com dois ossos (fusionados nos caprinos), a tíbia e a fíbula. A patela compreende essa articulação.
 O jarrete tem como base os ossos do tarso. Corresponde ao tornozelo humano. Essa articulação compreende cinco ossos dispostos em duas fileiras: um deles, o tarso fibular, forma a ponta do jarrete.
Os metatarsos são os ossos da canela posterior, região compatível ao metacarpo. 
Coxal
Os ossos coxal (íleo, ísquio e púbis) formam a cintura pélvica, sobre a qual se articulam os dois fêmures.
Os ossos do coxal determinam quatro pontos: os pontos das “cadeiras” ou íleo, e os pontos da nádega, os ísquios. 
Esses quatro pontos determinam a garupa, parte superior da pélvis.
O comprimento da garupa é a distância entre a ponta do íleo e a do ísquio e a largura, a distância as pontas do íleo.
Exterior
Divisão do corpo em quatro partes: Cabeça, Pescoço, Tronco e Membros.
Cabeça
Apresenta duas extremidades: Superior e Inferior
Extremidade superior: nuca, marrafa e garganta
Extremidade inferior: boca
Apresenta quatro faces: uma Anterior, duas Laterais e uma Posterior.
Face anterior: fronte, chanfro e focinho
Faces laterais: chifres, orelhas, fonte, bochechas e narinas
Face posterior: ganachas e entre-ganachas
Pescoço
Junção da cabeça ao tronco, de tamanho médio, mais musculoso no macho e mais delicado nas fêmeas.
Figura 02. Exterior macho caprino.
Tronco
Apresenta duas extremidades: Anterior e Posterior
Extremidade Anterior: peito, axilas e inter-axilas
Extremidade Posterior: cauda, ânus, vulva, períneo e nádegas.
Apresenta quatro faces: uma Superior, duas Laterais e uma Inferior.
Face superior: cernelha, dorso, lombo e garupa
Faces laterais: costado, flanco e anca
Face inferior: cilhadouro, ventre e região inguinal
Membros
Regiões próprias dos membros anteriores: espádua, braço, cotovelo, antebraço e joelho
Regiões próprias dos membros posteriores: cocha, perna, jarrete.
Regiões comuns aos quatro membros: canela, boleto, quartela, coroa e cascos (unha). 
Figura 03. Exterior fêmea leiteira caprina. Fonte: Ribeiro (1997)
Figura 04. Exterior ovino.
APARÊNCIA GEREAL VS ESTADO DE SAÚDE
Para uma avaliação sobre aparência geral de ovinos e caprinos, todas as partes do corpo devem ser consideradas.
 O animal deve apresentar vigor, proporcionalidade, tipo e porte característico 
Cabeça de comprimento médio, elegante, com fronte e focinho amplos e bem definidos;
Olhos brilhantes, vivos e limpos;
Orelhas de tamanho adequado e de acordo com o padrão da raça;
Ombro e a paleta devem compor um conjunto inclinado em direção à cernelha, formando uma perfeita junção do corpo.
Características de um animal saudável:
Alerta, vivo e gracioso
Movimentos: livres, sem claudicações, com andar firme.
Postura e comportamento: esperto, com olhar vivo, atento às ocorrências do meio.
Pelagem: fina, brilhante e macia.
Pele: flexível e solta, sem marcas de bernes ou cicatrizes.
Conjuntiva rosada, focinho úmido, narinas abertas e sem corrimento
Respiração: compassada e sem ruídos.
Órgão reprodutor feminino
Vulva limpa, sem corrimento;
Úbere: pele flexível,sem rachaduras ou alterações anatômicas
Órgão reprodutor masculino
Bolsa escrotal bem proporcionada; 
Testículos presentes, soltos, simétricos; Sem corrimento na uretra
Membros e cascos: 
Normais e com bons aprumos;
Cascos íntegros e sem rachaduras.
Avaliação da idade: Mudas; Desgaste e Rasamento.
Caráter leiteiro
Vigor
Feminilidade - animais delicados
Ligações harmoniosas: úbere bem implantado e morfologicamente bem feito
Forma de cunha, sem carne em excesso;
Representativa da raça
Membros bem aprumados
Beleza: Deve ser considerada quando caracteriza eficiência. Ex: bons cascos
Defeito: Representa uma inadequação.
Vício: Dificulta ou impede o aproveitamento do animal
Congênito: chifrar, morder, trepar nas instalações, etc...
Adquirido: varar cercas, mamar em si mesma, etc...
Classificação de defeitos:
Leves: afetam a aparência
Moderados: afetam a aparência
Sérios: afetam a produção e às vezes a aparência
Desclassificantes: impedem boa produção (antieconômicos)
É importante observar sinais de laminite, cotovelos e/ou joelhos inchados, mastite, desnutrição, diarréia, e a presença de ectoparasitas.
Outras características a observar: apetite, fertilidade, prolificidade, facilidade de ordenha, rusticidade e docilidade.
Em animais puros observar as características da raça como cor da pelagem, tamanho, estrutura da fronte e das orelhas e outras peculiaridades.
CARACTERÍSTICAS DE ANIMAIS DE LEITE E CORTE
No julgamento do animal tanto para descarte como para aquisição, deve se levar em consideração alguns aspectos como o vigor, vivacidade a harmonia entre as partes do corpo. 
Após este primeiro julgamento parcial, o procedimento seguinte será a avaliação do exterior propriamente dita, onde o técnico deverá identificar os atributos e defeitos de acordo com a função econômica que deseja adquirir.
O animal apresenta características do seu exterior que denotam função econômica do qual ele deve ser explorado.
Animais com características funcionais para exploração de leite apresentam-se bem diferentes para animais com características para exploração de carne.
Características de animais leiteiros
O animal com aptidão para produção de leite apresenta-se descarnado, com pescoço fino e longo, cernelha cortante e bem definida, vértebras da coluna proeminentes e bem separadas, ossos das costelas achatados, espaçados e bem arqueados.
Também são achatados os ossos da perna que apresentam coxas moderadamente magras e bem separadas quando observadas de trás, proporcionando espaço suficiente para o úbere e seus ligamentos.
Figura 05. Característica leiteira dos caprinos. A esquerda cabra cheia e arredondada; à direita uma cabra angulosa e cortante; ao centro um animal de característica intermediária. 
Fonte: Ribeiro (2003).
Capacidade corporal
A capacidade corporal de caprinos leiteiros compreende o perímetro torácico e o barril, devendo o tórax ser largo e profundo, formado por costelas também largas e bem arqueadas.
O peito deve ser amplo, com espaço abundante para os órgãos respiratórios e circulatórios, assim como para uma maior capacidade digestiva.
O animal leiteiro apresenta maior comprimento e profundidade do corpo como um todo.
Os animais leiteiros apresentam as três cunhas classicamente apontadas como características de animais leiteiros.
As três cunhas se formam devido o aumento de volume do anterior para o posterior.
Figura 06. Características relacionadas à capacidade corporal e as três cunhas características da cabra leiteira. Fonte: Ribeiro (1997).
Sistema mamário
O úbere de ser volumoso, sustentado por ligamentos fortes e suaves, apresentando textura leve, flexível e elástica.
O úbere deve estar livre de edemas, caroços, cicatrizes e carnosidades, com capacidade suficiente para alimentar suas crias.
Suas tetas devem ser uniformes, de tamanho moderado, cilíndricas e livres de obstrução, bem separadas, voltadas para baixo e ligeiramente para frente.
 
Figura 07. Sistema mamário caprino (esquerda) e ovino (direita).
Ligamento anterior do úbere: observa-se a resistência dos ligamentos laterais à parede do corpo e varia de extremamente solto a extremamente forte e “aderido”.
Figura 08. Ligamento anterior do úbere extremamente solto, à esquerda e extremamente aderido, à direita. Ao centro uma condição intermediária. Fonte: Ribeiro (2003).
Altura do úbere posterior: é avaliado medindo-se a distância entre a vulva e o ligamento posterior. É um indicativo da capacidade potencial para produção, afetando a capacidade do úbere; também está relacionado com a capacidade do úbere em manter a sua forma e posição através de lactações sucessivas.
Figura 09. Altura do úbere posterior. Menor altura posterior do úbere, à esquerda e maior altura, à direita. Ao centro uma condição intermediária. Fonte: Ribeiro (2003).
Arco do úbere posterior: considera a largura e o formato do ligamento do úbere posterior. É um indicativo da capacidade de produção e afeta a capacidade do úbere e a capacidade de manter a sua forma e posição ao longo das lactações.
Figura 10. Arco do úbere posterior. Menor arqueamento posterior do úbere, à esquerda e maior arqueamento, à direita. Ao centro uma condição intermediária. Fonte: Ribeiro (2003).
Ligamento suspensório médio do úbere: é avaliado medindo-se a distância do piso do úbere ao ligamento suspensório médio. É o suporte primário para o úbere. Afeta a produção mantendo as tetas protegidas e o úbere elevado, reduzindo o potencial de injúria.
Figura 11. Ligamento suspensório médio. Sem ligamento suspensório médio, à esquerda e maior, à direita. Condição intermediária ao centro. Fonte: Ribeiro (2003).
Profundidade do úbere: é avaliada pela distância entre o piso do úbere e os jarretes. É necessária uma certa profundidade para que o úbere tenha volume, mas profundidade em excesso torna o úbere mais suscetível a injúrias e a mastite.
Figura 12. Profundidade do úbere. Úbere extremamente profundo, à esquerda e pouco profundo, à direita. Condição intermediária ao centro. Fonte: Ribeiro (2003).
Úbere posterior: é a forma do úbere da teta ao ligamento posterior, vista de lado e indica a capacidade do úbere posterior.
Figura 13. Visão do úbere posterior. Úbere sem proeminência pós região de nádegas, à esquerda e bem proeminente, à direita. Condição intermediária ao centro. 
Fonte: Ribeiro (2003).
Posição da teta: é analisada dividindo-se cada metade do úbere em 3 partes. Está relacionada a facilidade de ordenha e a susceptibilidade a injúrias
Figura 14. Posição da teta. Tetas muito lateralmente, à esquerda e muito centralizadas ao úbere como um todo, à direita. Condição intermediária ao centro. Fonte: Ribeiro (2003).
Figura 15. Posição da teta, ligamento médio, tamanho e formato de úbere da vaca (esquerda), cabra (ao centro) e ovelha (direita). Foto: Emediato (2008). 
Tamanho da teta: é medida na região de inserção da teta no úbere. É uma característica relacionada à facilidade de ordenha.
Figura 16. Tetas de bom tamanho e diâmetro, com implantação adequada. 
Fonte: Ribeiro (1997).
Características de animais de corte
Animais com função econômica para corte apresentam uma aparência mais compacta com pescoço curto e grosso, cernelha e garupa larga, lombo e garupa carnosos, pernas mais curtas com ossos arredondados e coxas com maior musculosidade.
 
Figura 17. Aspecto geral de um animal de corte. Fonte a esquerda: Ribeiro (1997). 
Deve haver uma adequada camada muscular sobre as costelas.
O úbere deve ter inserção alta e fora do risco de injúrias, especialmente em um rebanho criado de forma extensiva.
AVALIAÇÃO GERAL DE OVINOS E CAPRINOS
Com base na imagem do animal ideal e com o objetivo econômico da criação definida, o técnico utilizará os seguintes parâmetros para avaliação individual dos animais para compra ou descarte com segurança e critério:
Idade;
Saúde (vigor, energia, vivacidade e indicativos dedoenças);
Conformação;
Órgãos genitais (conformação normal e desenvolvimento)
Fertilidade;
Controle de produção;
Tipo racial;
Ascendências (pais); Descendências (progênie) e Colaterais (irmãos);
Procedência do animal;
Idoneidade do produtor.
Aprumos
Define-se como aprumo a direção dos membros em toda a sua extensão ou de suas regiões em particular, de forma a sustentar solidamente o corpo do animal e permitir seu deslocamento fácil.
Devem ser fortes e adequadamente posicionados, livres de aumento nas articulações.
Os defeitos de aprumos causam desconforto ao animal quando parado em pé, ou esforço desgastante quando se locomove.
Importância:
Sustentar solidamente o corpo do animal e permitir seu deslocamento fácil;
Sustentar o reprodutor na hora da monta;
Nas fêmeas, sustentar o peso do úbere e da gestação.
Aprumos anteriores
Vistos de perfil, os aprumos anteriores são normais quando a linha do aprumo que parte da ponta da espádua atinge o solo logo adiante da unha. 
O animal é considerado acampado de frente quando as unhas alcançam ou ultrapassam a linha do aprumo e debruçado, quando o eixo do ombro se inclina para trás, com uma maior distância entre a linha de aprumo e a unha. 
Diz-se que o animal é ajoelhado, quando o joelho se projeta para frente e transcurvo quando o desvio é para trás. 
Figura 18. Visão lateral dos aprumos anteriores. Fonte: Ribeiro (1998). 
Vistos de frente, os membros anteriores devem ser paralelos e afastados, indicando um tórax largo.
Quando os pés se afastam da linha de aprumo, diz-se que o animal é aberto de frente, sendo fechado de frente quando ocorre o inverso.
Quando os joelhos estão arqueados para fora, utiliza-se a denominação joelhos arqueados, e em caso contrário, joelhos cambaios.
Figura 19. Visão frontal dos aprumos anteriores. Fonte: Ribeiro (1998). 
 
Figura 20. Visão frontal dos aprumos anteriores. Fonte: Elivaldo, et al. (2013). 
Aprumos posteriores
Para os machos, são eles que sustentam o bode na hora da monta. 
Em fêmeas leiteiras, os aprumos posteriores são particularmente importantes, pois além de suportarem o úbere e o aumento de peso das gestações ainda dão sustentação ao bode no momento da cobertura.
Vistos de perfil, a linha de aprumo é traçada da ponta da nádega, passa pela ponta do jarrete, tangencia a canela pela borda superior e alcança o solo, logo atrás da uma.
O animal é considerado acampado de trás quando o eixo do membro se afasta para trás da linha de aprumo. Nesse caso, como também no acampado de frente, o animal apresenta-se selado.
Quando as canelas ficam muito adiantadas em relação a linha de aprumo, denomina-se sobre si de trás ou acurvilhado.
Como consequência, a garupa apresenta-se muito inclinada, o ângulo do jarrete muito fechado e o boleto muito baixo.
Figura 21. Visão lateral dos aprumos posteriores. Jarrete aberto = acampado de trás; Jarrete fechado = acurvilhado. Fonte: Ribeiro (1998). 
 
Figura 22. Visão lateral dos aprumos posteriores e anteriores. Plantado = acampado de trás; Arremetido = acurvilhado. Fonte: Elivaldo, et al. (2013).
Vistos de trás, a linha de aprumo é traçada saindo da ponta da nádega e passando pelo meio do jarrete, canela, boleto quartela e casco. 
O animal é aberto de trás quando há desvios dos membros para fora da linha de aprumo e fechado de trás quando o desvio é no sentido contrário.
Ele é cambaio quando os pés estão para fora, com os joelhos aproximados, e zambro quando os pés estão para dentro.
Figura 23. Visão de trás dos aprumos posteriores. Fonte: Ribeiro (1998). 
 
Figura 24. Visão de trás dos aprumos posteriores. Fonte: Elivaldo, et al. (2013).
Quartela
Quando a quartela é muito comprida e seu eixo com a linha horizontal forma um ângulo de 45º, o animal é chamado de baixo de quartela, longo, juntado, sapateiro ou achinelado. 
Quando a quartela é muito curta e o ângulo é maior que 50º, utiliza-se a denominação fincado de quartela ou curto juntado. 
Figura 25. Aspectos relacionados aos pés e aos cascos. Fonte: Ribeiro (1998).
 
Figura 26. Animal com baixo de quartela (esquerda) e animal com pé fincado (direita). Foto: Fernandes e Barros (2013).
Linha superior
Um dorso forte irá suportar um corpo volumoso contendo um ou mais crias, sem causar estresse a matriz. 
Os principais defeitos da linha do dorso são:
Lordose: quando a linha dorso-lombar apresenta uma depressão (animal selado)
 
Figura 27. Linha superior normal (acima) e animal com lordose (abaixo). Fonte: acima e esquerda, Ribeiro (1997); a direita, Elivaldo, et al. (2013).
Cifose: quando há um “abaulamento” na linha dorso-lombar. Contrário da lordose.
 
Figura 28. Linha superior com cifose. Fonte: esquerda, Ribeiro (1997); a direita, Elivaldo, et al. (2013).
Escoliose: quando há irregularidade no sentido lateral .
 
Figura 29. Linha superior com escoliose. Fonte: esquerda, Ribeiro (1997); a direita, Elivaldo, et al. (2013).
Garupa
Deve ser longa, larga e ligeiramente inclinada. 
Esta região compreende a bacia a qual, se for bastante ampla, permite melhor desenvolvimento do feto, facilita o parto, melhor implantação do úbere com maior volume e maior deposição de carne.
Ângulo da garupa: considera-se o ângulo a medida dos ílios para os ísquios. Está relacionado com drenagem do trato reprodutivo, comprimento do úbere, força do ligamento anterior, profundidade do úbere e acúmulo de carne.
Figura 30. Ângulo da garupa. Muito inclinada para baixo, à esquerda e muito levantada, à direita. Ao centro uma condição intermediária. Fonte: Ribeiro (2003). 
Largura da garupa: é a distância entre os íleos. Está relacionada à facilidade de parto e é um indicador da largura do corpo e do potencial para largura do úbere, assim como potencial de produção de carnes nobres.
Figura 31. Largura da garupa. Muito estreita, à esquerda e muito larga, à direita. Ao centro uma condição intermediária. Fonte: Ribeiro (2003). 
Perfil da Cabeça e Boca
Perfil da cabeça: o perfil da cabeça compreende a parte da fronte e do chanfro, chegando até a narina. Leve desvio para um dos lados, na região do chanfro, chamamos de desvio de chanfro.
 
Figura 32. Perfil da cabeça normal, à esquerda e com desvio de chanfro, à direita. Fonte: à esquerda, Elivaldo, et al. (2013); a direita Lima e Câmara (2006).
Boca: o animal pode apresentar desvios da mandíbula. Quando a mandíbula esta projetada para trás dos lábio superiores (retração), prejudicando a mordedura, chamamos o animal de retrognata. Caso a mandíbula esteja voltada para frente dos lábios, ficando os dentes incisivos à frente do pulvino dentário, chamamos o animal de prognata. Caso haja um desvio lateral da mandíbula, dando a impressão de boca torta no animal, afirmamos que o mesmo apresenta inhatismo.
 
Figura 33. Animal retrognata, acima à esquerda, prognata, acima à direita e com Inhatismo, abaixo ao centro. Fonte: acima, Santana (2011); abaixo, Elivaldo, et al. (2013)
Aparelho reprodutor masculino
Os órgãos dos reprodutores devem apresentar-se bem desenvolvidos, sadios sem a presença de defeitos que venham a colocar em dúvida a condição do animal para reprodução.
Os testículos dos reprodutores devem estar localizados na bolsa escrotal, possuírem forma ovóide, tamanhos simétricos e uma consistência firme.
Deve-se selecionar reprodutores que não apresentem politetia, testículos enrijecidos ao toque ou macios e esponjosos.
Reprodutores que apresentam defeitos produzirão menos espermatozoides, tornando-se insatisfatórios para reprodução mesmo conseguindo produzir uma cria.
Deve-se observar também o pênis, com o objetivo de verificar se o mesmo não apresenta sinais de inflamação. Para tal, basta puxar o prepúcio e expor a glande.
Figura 34.Defeitos em testículos de ovinos e caprinos. Fonte: Lima e Câmara (2006).
Figura 35. Defeitos desclassificatórios observados em testículos de ovinos e caprinos. Fonte: Lima e Câmara (2006).
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL DE OVINOS E CAPRINOS
A condição corporal é uma ferramenta de manejo, através da qual podemos corrigir deficiências decorrentes do plano nutricional. 
A condição corporal é obtida através da realização de avaliações destes animais em épocas estratégicas do ciclo produtivo, no sentido de permitirmos que as prioridades de demanda de nutrientes sejam atendidas a contento. 
Estas avaliações seguem determinados sistemas, nos quais se adota vários escores, procedimentos e fichas de acompanhamento, sendo feitas pela avaliação visual e manual em ovinos e caprinos.
O ciclo produtivo e a avaliação corporal
As matrizes apresentam grande variação no escore de condição corporal nas diferentes fases do ciclo produtivo, sendo que após o parto observa-se a maior perda de escore, ou seja, mobilização de reservas.
Apesar de serem subjetivas, com a aplicação correta das avaliações e aplicação das correções necessárias quanto à nutrição, com certeza aumentaremos de forma significativa a eficiência do uso dos recursos alimentares da fazenda, bem como daqueles adquiridos fora, e isto se traduzirá em aumentos no desempenho reprodutivo de nossos rebanhos de ovinos e caprinos.
Figura 36. Estágios do ciclo de produção. Fonte: Branco (2008).
Através dos processos fisiológicos que ocorrem em cada fase do ciclo de produção das matrizes, o organismo determina quais as prioridades para atender as diferentes funções, e a partir disto, define a partição biológica e o uso dos nutrientes absorvidos através do trato digestório. 
Esta prioridade tem em um extremo as exigências para manutenção como função primordial, e no outro, o acúmulo de reservas corporais, como de baixa prioridade.
Como dito anteriormente, a avaliação de condição corporal através da aplicação de escores deve ser feita de forma consistente, periódica, e seguindo a metodologia recomendada, pois os procedimentos para cada espécie são universalmente aceitos.
Figura 37. Prioridades na partição de nutrientes no corpo do animal. Fonte: Branco (2008).
A avaliação do escore de condição corporal deve levar em conta a observação de diferentes pontos do corpo animal e deve ser aplicada a todos os animais da mesma forma. 
Pontos importantes a serem observados são os processos transversos e espinhosos, a gordura de cobertura, os espaços intercostais, a região do ombro, a inserção da cauda, a região do vazio, da garupa e do peito.
Durante a avaliação deve-se considerar que alguns fatos podem nos levar a cometer erros, e entre estes destacamos o enchimento do trato digestório, a gestação, a quantidade de pelo ou lã e a quantidade de músculo.
Figura 38. Locais de apalpação para avaliação do ECC. Fonte: Branco (2008).
Determinação do escore de condição corporal (ECC)
A avaliação do escore de condição corporal em ovinos e caprinos é uma prática de manejo em que se usa a avaliação visual e as mãos, para determinar o grau de deposição de gordura e músculo na região do dorso-lombo, costela e esterno dos animais. 
O escore deve ser dado usando as mãos para evitar erros que podem ocorrer em função de um excesso do enchimento do trato digestório ou de lã, que podem distorcer a verdadeira condição.
Em ovinos, o peso corporal é tido como uma medida indireta e pouco sensível para se avaliar o estado nutricional. 
Nessa espécie, os aspectos de presença ou não de lã, diferentes raças, estado e gestações simples, duplas ou triplas, limitam o uso do peso para estimar o estado nutricional.
Figura 39. Prática de apalpação em ovinos e caprinos para determinação do ECC. 
Fonte: Villaquiran et al. (2005)
A avaliação do escore de condição corporal é uma prática que busca estimar a composição corporal do animal em termos de percentual de gordura e de proteína.
O método de avaliação do ECC baseia-se na palpação da região dorso-lombar da coluna vertebral, região do esterno e costelas, verificando a quantidade de gordura e músculo encontrada no ângulo formado pelos processos espinhosos, transversos, depositado sobre o osso do esterno e aderido às costelas. 
Em ovinos e caprinos a pontuação de escore vai de 1 a 5, sendo que o ECC igual a 1 representa um animal caquético, ou seja, muito magro, e o ECC igual a 5 um animal obeso. 
Ovelhas e cabras não devem se apresentar magras, nem gordas, mas, não podemos nos esquecer de que em determinados períodos do ciclo produtivo o escore pode ser mais baixo e, em outros, mais alto.
ESCORE 01
Os processos espinhosos são proeminentes e agudos ao toque, e muitas vezes com os espaços intervertebrais visíveis. 
Na região lombar os processos transversos são agudos ao toque e podemos passar os dedos através dos espaços entre os mesmos. 
A região do músculo do olho do lombo é desprovida de cobertura de gordura.
Figura 40. Condição 01 de ECC. Animal Extremamente Magro. Fonte: Branco (2008).
 
Figura 32. Condição 01 de ECC. Carcaça sem deposição de gordura na altura da 13ª costela (área do olho do lombo). Fonte: DAF (1994).
Animal emaciado e fraco. A espinha dorsal é altamente visível e forma uma crista contínua. 
O flanco é oco. Costelas são claramente visíveis. 
Não há cobertura de gordura e os dedos penetram facilmente em espaços intercostais (entre as costelas).
Os processos espinhosos das vértebras lombares podem ser comprimido facilmente entre o polegar e o indicador; são ásperos, proeminentes, e distintos dando uma aparência de dente de serra. 
Muito pouco do músculo. Não é possivel sentir gordura entre a pele e o processo espinhoso. Há uma profunda depressão na transição do processo espinhoso para o transverso.
A mão pode facilmente compreender os processos transversos das vértebras lombares, que são muito proeminentes. A metade do comprimento dos processos transversos é sensível.
A gordura esternal pode ser facilmente compreendida entre o polegar e os dedos.
A cartilagem e articulações que unem costelas eo esterno são facilmente sentida.
Figura 41. Condição 01 de ECC em Caprinos. Fonte: Villaquiran et al (2005).
ESCORE 02
Os processos espinhosos são proeminentes e agudos ao toque, e muitas vezes com os espaços intervertebrais visíveis. 
Na região lombar os processos transversos são um pouco menos agudos ao toque e podemos passar os dedos através dos espaços entre os mesmos se aplicarmos alguma pressão. 
A região do músculo do olho do lombo apresenta pouca cobertura de gordura.
Figura 42. Condição 02 de ECC. Animal Magro. Fonte: Branco (2008).
 
Figura 35. Condição 02 de ECC. Carcaça com pouca deposição de gordura na altura da 13ª costela (área do olho do lombo). Fonte: DAF (1994).
Animal ligeiramente ossudo. A espinha dorsal é ainda visível com uma crista contínua. 
Algumas costelas podem ser visto e há uma pequena quantidade de gordura de cobertura. Costelas ainda são sentidos. Espaços intercostais são suaves, mas ainda pode ser penetrada.
Os processos espinhosos das vértebras lombares são evidentes e ainda pode ser comprimido entre o polegar eo indicador. No entanto, uma massa muscular pode ser sentida entre a pele e o processo espinhoso.
Existe uma depressão na transição do processo espinhoso para o transverso.
A mão pode agarrar os processos transversos, mas os contornos dos processos transversos são difíceis de ver. Cerca de um terço a metade do comprimento dos processos transversos é sensível.
Gordura esternal é mais largo e espesso, mas ainda pode ser agarrado e levantado pelo polegar eo indicador. A camada de gordura pode ainda ser deslocada ligeiramente de um lado para o outro. 
Figura 43. Condição 02 de ECC em Caprinos. Fonte: Villaquiran et al (2005).
ESCORE 03
Os processos espinhosos se apresentam mais lisos e arredondados e podemos sentir suas extremidades apenascolocando pressão durante o toque. 
Na região lombar os processos transversos são lisos e bem cobertos, e apenas colocando bastante pressão é possível sentir as extremidades dos mesmos. 
A região do músculo do olho do lombo apresenta mais ampla e maior cobertura de gordura.
Figura 44. Condição 03 de ECC. Animal Médio. Fonte: Branco (2008).
 
Figura 45. Condição 03 de ECC. Carcaça com deposição de gordura na altura da 13ª costela (área do olho do lombo). Fonte: DAF (1994).
A espinha dorsal não é proeminente. Costelas são quase imperceptíveis; uma camada uniforme de gordura recobre as costelas. Espaços intercostais são sentidos usando a pressão.
Os processos espinhosos das vértebras lombares não podem ser facilmente comprimidos porque a camada de tecido que cobre as vértebras é grosso. Ao pressionar o dedo sobre os processos espinhosos, uma pequena concavidade é sentida. Há um declive suave na transição do processo espinhoso para o transverso.
O contorno dos processos transversos das vértebras lombares é um pouco perceptível. Menos de um quarto do comprimento dos processos transversos é sensível.
A gordura esternal é larga e espessa. Ele ainda pode ser comprimida, mas tem muito pouco movimento. A cartilagem das articulações das costelas é pouco sentida.
Figura 46. Condição 03 de ECC em Caprinos. Fonte: Villaquiran et al (2005).
ESCORE 04
Os processos espinhosos podem ser sentidos apenas com forte pressão. 
Os processos transversos não podem ser sentidos. 
A região do músculo do olho do lombo apresenta ampla e grande cobertura de gordura.
Figura 47. Condição 04 de ECC. Animal Gordo. Fonte: Branco (2008).
 
Figura 48. Condição 04 de ECC. Carcaça com ampla deposição de gordura na altura da 13ª costela (área do olho do lombo). Fonte: DAF (1994).
A espinha dorsal não pode ser vista. Costelas não são vistas. O animal apresenta boa conformação lateral.
É impossível sentir os processos espinhosos das vértebras lombares, que são envoltos em uma espessa camada de músculo e gordura. Os processos espinhosos formam uma linha contínua. Há uma transição arredondada a partir do processo espinhoso para transverso.
O contorno dos processos transversos das vértebras lombares não é mais discernível. Os processos transversos um bordo liso, arredondado, sem processo individual discernível.
Gordura esternal é difícil de apreender por causa de sua largura e profundidade. Ela não pode ser movida de um lado para o outro.
Figura 49. Condição 04 de ECC em Caprinos. Fonte: Villaquiran et al (2005).
ESCORE 05
Os processos espinhosos não são detectados. 
Há uma depressão de gordura onde normalmente sentimos as extremidades dos processos espinhosos. 
Os processos transversos não podem ser sentidos. 
A região do músculo do olho do lombo apresenta ampla e excessiva cobertura de gordura.
Figura 50. Condição 05 de ECC. Animal Extremamente Gordo. Fonte: Oliveira (2009).
 
Figura 51. Condição 05 de ECC. Carcaça com elevada deposição de gordura na altura da 13ª costela (área do olho do lombo). Fonte: DAF (1994).
A espinha dorsal esta imersa da gordura. Costelas não são visíveis. A caixa torácica é coberta com gordura excessiva.
A espessura do músculo e da gordura é tão grande que as marcas de referência sobre os processos espinhosos são perdidas. Os processos espinhosos formam uma depressão ao longo da espinha dorsal e há um abaulamento na transição do processo espinhoso para o transverso.
A espessura do músculo e gordura é tão grande que as marcas de referência sobre os processos transversais também são perdidas. É impossível compreender os processos transversos.
A gordura esternal agora se estende e abrange o esterno, juntando-se a cartilagem cobertura de gordura das costelas. Ele não pode ser apreendido.
Figura 52. Condição 05 de ECC em Caprinos. Fonte: Villaquiran et al (2005).
O ciclo de produção e o escore de condição corporal (ECC) recomendado
O escore de condição corporal é usado para monitorar a ovelha e a cabra nas diferentes fases de produção ao longo do ano, e é utilizada para definir quais animais necessitam de maior atenção quanto ao manejo nutricional.
A avaliação da condição corporal das ovelhas e das cabras do rebanho deve ser feita em pelo menos três períodos críticos durante o ano, ou seja, 4-6 semanas antes do parto, no desmame, e 4-6 semanas antes da época de reprodução. Estas avaliações permitirão detectar problemas e solucioná-los a tempo. 
Tabela 01. Escore de condição corporal ideal para cada fase do ciclo produtivo de ovelhas e cabras
	Fase do ciclo
	Escore Ideal
	Estação de Reprodução
	3,0 - 3,5
	Início da Gestação
	2,5 - 4,0
	Final da Gestação
	3,0 - 4,0
	Parição - parto simples
	3,0 - 3,5
	Parição - parto duplo
	3,5 - 4,0
	Desmame
	2,0 - 2,5
Fonte: Branco (2008).
É importante destacar que nenhuma ovelha ou cabra estará em escore de condição corporal abaixo do recomendado sem uma boa razão. Algumas razões para isto são:
Alta produção de leite, e estas são suas melhores ovelhas, cuide delas; 
Carga parasitária excessiva, o que exige um plano de utilização de vermífugos; 
Baixo mérito genético da ovelha, que deverá ser descartada; 
Problemas na dentição, que muitas vezes é ignorado pelo produtor; 
A idade da ovelha, e neste caso normalmente os maiores problemas são com os animais mais jovens e os mais velhos; 
Doenças.
Em rebanhos bem manejados mais de 90% dos animais devem apresentar escore entre 2 e 4. 
Para facilitar o manejo é recomendado atribuir escores intermediários, como 2,5. Os escores intermediários são úteis e importantes quando a condição do animal não é muito clara. A exatidão é difícil, e podemos afirmar que se errarmos ao atribuir os escore como 3 ao invés de 3,5 não temos grandes problemas, mas se atribuirmos escores errados como 2 ao invés de 3,5 o problema será grande.
O escore de condição corporal também é importante para avaliarmos animais que estão sendo criados para o abate. 
O grau de acabamento do animal que está relacionado com a carcaça que será obtida após o abate está diretamente relacionado ao ECC do animal vivo. 
Tanto na indústria de ovinos como na de caprinos, o ECC 3 é o mais desejável, pois serão obtidas carcaças bem terminadas mas sem excesso de gordura. 
Animais com ECC igual a 1 não estão terminados, e o desenvolvimento muscular é precário. 
Animais com ECC igual a 5 têm excessiva gordura depositada. O escore 5 é encontrado com mais facilidade em ovinos e raramente visto em caprinos.
AVALIAÇÃO DA IDADE APROXIMADA DE OVINOS E CAPRINOS PELA DENTIÇÃO
Os ruminantes possuem os dentes incisivos (da frente) apenas na arcada inferior (mandíbula) e na arcada superior (maxilar) apresentam uma "almofada" chamada de pulvino dentário.
Figura 53. Pulvino dentário, dentes molares utilizados e dentes incisivos. Estes últimos utilizados para verificação da idade do animal. Fonte: Fernandes et al. (2011).
Assim como as demais espécies, os pequenos ruminantes apresentam duas dentições: uma decídua (de leite ou temporária) e uma definitiva (permanente). 
A erupção dos dentes de leite ocorre nos primeiros dias de vida do cabrito/cordeiro e são substituídos gradualmente por dentes definitivos à medida que o animal envelhece.
Os dentes de leite são mais delicados, menores, mais finos e mais claros. Já os permanentes são maiores, amarelados e com estrias.
Figura 54. Dentição decídua (de leite) em animal jovem (A) e definitiva em animal adulto (B). Fonte: Fernandes et al. (2011).
Essa primeira dentição de leite é constituída por 8 dentes incisivos (somente na arcada inferior) e 12 molares, totalizando 20 dentes. 
Já a dentição permanente (após todas as trocas) é formada por 32 dentes.
Tabela 2. Dentição de caprinos e ovinos adultos
Fonte: Fernandes et al. (2011).
Por meio da avaliação da arcada dentária e da evolução dos dentes incisivos (troca do decíduo pelo permanente edesgaste) é possível determinar a idade aproximada dos caprinos e ovinos. 
Porém, essas mudanças e desgastes dos dentes podem variar em função de inúmeros fatores, inclusive alimentação, que podem prejudicar a avaliação, não sendo este um método preciso e apenas uma estimativa.
Essa avaliação é muito importante para rebanhos que não fazem controle zootécnico dos animais. 
Além disso, sempre que se pretende comprar um animal é muito importante fazer essa avaliação para verificar a real idade do animal.
A determinação da idade dos caprinos e ovinos por meio da avaliação da dentição é um processo relativamente simples. 
Para isso, primeiro é necessário conter adequadamente o animal, levantar o lábio superior e abaixar o inferir, expondo os dentes incisivos.
 
Figura 55. Exposição da dentição incisiva. Fonte: FAO (1994) à esquerda, Fernandes et al. (2011) à direita.
Os dentes incisivos (inferiores) que são utilizados para determinação da idade aproximada dos animais. 
Esses dentes são classificados em: pinças (dentes da frente), primeiros médios, segundos médios e cantos, totalizando quatro pares. Não se esqueça de que os caprinos e ovinos possuem incisivos apenas na arcada inferior (mandíbula).
Figura 56. Esquema representativo da dentição incisiva inferior dos pequenos ruminantes. Fonte: Fernandes et al. (2011).
Determinação da idade pela dentição
Os cabritos e cordeiros nascem sem dentes e nos primeiros 3-5 dias nascem às pinças e os primeiros médios. 
Com 08-12 dias de idade nascem os segundos médios e com 25-30 dias de idades os cantos.
Figura 57. Animal recém-nascido sem dentes (A) e início do aparecimento das pinças com dois dias de idade (B). Fonte: Fernandes et al. (2011).
Com em torno de 1,0 ano de idade inicia a primeira troca da dentição de leite pela permanente. O primeiro par de dentes a ser substituído é a pinça (dente da frente). 
As pinças caem aos 12 meses (1,0 ano) e completam sua expansão aos 18 meses (1 ano e meio).
Figura 58. Troca completa das duas pinças. Fonte: Fernandes et al. (2011).
Existe pequena variação (meses) entre as épocas de trocas dos dentes incisivos quando comparamos animais de raças ou espécie (caprino ou ovino) diferentes. 
No entanto, como esta variação é pequena e a determinação da idade pela avaliação da arcada dentária é uma estimativa aproximada, podemos utilizar um esquema geral conforme a Tabela 3.
Tabela 3. Idade de erupção da dentição de leite, permanente e de desgaste dos mesmos em ovinos e caprinos
	Dentes
	1ª Dentição
	2ª Dentição
	Desgaste
	Pinças
	3 a 5 dias
	1,0 a 1,5 anos
	4,0 anos
	Primeiros médios
	3 a 5 dias
	1,5 a 2,0 anos
	5,0 anos
	Segundos médios
	8 a 12 dias
	2,5 a 3,0 anos
	6,0 anos
	Cantos
	25 a 30 dias
	3,5 a 4,0 anos
	7,0 anos
	Pré-molares
	-
	1,5 a 2,0 anos
	-
	Primeiro molar
	-
	3,0 meses
	-
	Segundo molar
	-
	9 a 12 meses
	-
	Terceiro molar
	-
	1,5 a 2,0 anos
	-
Fonte: Adaptado de PUGH (2005), extraído de Fernandes et al. (2011).
Com em torno de 18 meses (1,0 ano e meio) de idade inicia a segunda troca da dentição de leite pela permanente. O segundo par de dentes a ser substituído são os primeiros médios. Finaliza com 24 meses (2,0 anos). 
Figura 59. Troca completa das duas pinças e dos dois primeiros médios. 
Fonte: Fernandes et al. (2011).
Com em torno de 30 meses (2,0 anos e meio) de idade inicia a terceira troca da dentição de leite pela permanente. O terceiro par de dentes a ser substituído são os segundos médios. Finaliza com 36 meses (3,0 anos). 
Figura 60. Troca completa das duas pinças, dos dois primeiros médios e dos dois segundos médios. Fonte: Fernandes et al. (2011).
Com em torno de 36 meses (3,0 anos e meio) de idade inicia a quarta e última troca da dentição de leite pela permanente. O quarto par de dentes a ser substituído são os cantos. Finaliza com 42 meses (4,0 anos). 
Figura 61. Troca completa de todos os dentes incisivos. Fonte: Fernandes et al. (2011).
A partir dos 4 anos de idade, todas as trocas de dentes de leite pelos permanentes já foram realizadas e o animal é chamado de "boca cheia". 
Nessa fase a estimativa da idade deve ser feita pela avaliação do desgaste ou arrasamento dos dentes. 
O desgaste ocorre pelo desaparecimento da parte superior e o surgimento do “avale” (arrasamento do dente). Porém, animais que recebem alimentos mais grosseiros e com alto teor de fibra podem apresentar maior desgaste dos dentes, o que dificulta a avaliação nessa fase.
Figura 62. Troca completa de todos os dentes incisivos. Fonte: Fernandes et al. (2011).
Figura 63. Desgaste e características da dentição. Fonte: Dias, et al (2011).
Após ocorrer o desgaste de todos os dentes incisivos (utilizados para avaliação da idade), por volta dos 6 a 7 anos, começa o afastamento aparente dos dentes. Este afastamento inicia das pinças para os cantos, apresentando-se em todos os dentes por volta dos 9 anos.
Figura 64. Afastamento dos dentes em animais com idade avançada (entre 8 e 9 anos). 
Fonte: Fernandes et al. (2011).
Animais com idade avançada podem apresentar perdas de dentes. Estas perdas estão diretamente relacionadas com a dieta, o estado nutricional e sanitário do animal.
 
Figura 65. Queda dos dentes (animal com 10 anos), à esquerda e animal de 11 anos de idade sem nenhum dente incisivo, à direita. Fonte: Fernandes et al. (2011).
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Os métodos de avaliação auxiliam o técnico no julgamento dos animais segundo critérios pré-estabelecidos por associações e pelo Serviço de Registro Genealógico.
Para que a avaliação seja criteriosa e chegue a um resultado coerente e bem embasado, é importante que seja feita de forma sistematizada, seguindo os métodos descritos a seguir.
Método individual ou escala de pontos (Score cards)
O método consiste em atribuir notas ao animal, em uma escala de 100 pontos. 
Quem avaliar deve ter a imagem do animal ideal claramente definida, para comparar o animal apresentado, atribuindo-lhe nota a cada característica ou região, dando-lhe nota máxima quando perfeita, ou descontando, de acordo com a gravidade e frequência dos defeitos encontrados.
Este método o mais indicado tanto para aquisição de animais quanto para seleção dentro do rebanho, e é o utilizado pelo Serviço de Registro Genealógico de Caprinos.
Tabela 4. Escala de pontos por especialização de produção
	Características
	Leiteiras
	Corte
	Dupla Aptidão
	
	Macho
	Fêmea
	Macho
	Fêmea
	Macho
	Fêmea
	Característica racial 
	10
	5
	10
	10
	10
	5
	Cabeça
	5
	5
	5
	5
	5
	5
	Paletas/linha superior
	10
	8
	10
	10
	10
	8
	Membros e pés
	15
	12
	15
	15
	15
	12
	Caracteres leiteiros
	25
	20
	-
	-
	15
	15
	Caracteres de corte
	-
	-
	25
	20
	20
	15
	Capacidade corporal
	25
	20
	25
	25
	-
	20
	Úbere
	-
	10
	-
	7
	-
	8
	Ligações dianteiras
	-
	6
	-
	2
	-
	2
	Ligações traseiras
	-
	5
	-
	2
	-
	3
	Textura
	-
	5
	-
	2
	-
	3
	Tetas
	-
	4
	-
	2
	-
	4
	Aparelho genital
	10
	-
	10
	-
	10
	-
	Total geral
	100
	100
	100
	100
	100
	100
Fonte: ABCC (1993)
De acordo com a pontuação alcançada, os animais podem ser classificados como se segue:
91 pontos ou mais – Excelente
81 pontos até 90 – Muito bom
71 pontos até 80 – Bom para mais
61 pontos até 70 – Bom
51 pontos até 60 – Regular
Abaixo de 50 pontos – Desclassificado
Defeitos desclassificatórios
Defeitos e pelagens inadmissíveis no padrão da raça (no caso de animais puros)
Retrognatismo ou prognatismo
Cegueira parcial ou total
Albinismo
Lordose, escoliose e cifose acentuadas
Membros fracos e mal apurados
Pele despigmentada
Peito extremamente estreito, interferindo nos aprumos
Relaxamento excessivo dos músculos abdominais
Defeitos desclassificatórios em reprodutores
Monorquidismo ou criptorquidismo
Testículosatrofiados
Hiperplasia testicular uni ou bilateral
Hipoplasia testicular uni ou bilateral
Tetas extras, ou mesmas aparadas
Intersexo
Defeitos que impeçam a reprodução (ex.: hipoplasia peniana)
Feminilidade.
Defeitos desclassificatórios em reprodutores
Úbere com assimetria acentuada ou excessivamente penduloso com piso ultrapassando a linha dos jarretes
Esterilidade comprovada ou defeitos que impeçam a reprodução
Tetas extra funcionais
Ancas estreitas
Masculinidade
Método classificação linear
Este método se baseia na avaliação dos extremos biológicos, com notas variando de 1 a 9 (ou 1 a 50). 
O ideal são notas intermediárias
Ex.: na avaliação da característica “comprimento de teta”, a nota 1 seria dada a uma teta muito pequena e a nota 9 a uma muito grande, ambas indesejáveis. A melhor teta em termos de comprimento é a que receberia a nota 5.
Características normalmente avaliadas
Estatura
Profundidade do corpo
Ângulo e Largura da garupa
Musculatura
Conjunto de pernas e pés
Ângulo do casco
Ligação do úbere anterior
Colocação e Comprimento das tetas
Altura e Profundidade do úbere
Ligamento suspensório.
Método comparativo
Neste método, os animais sem defeitos desclassificatórios são comparados entre si quanto a suas qualidades e defeitos, recebendo uma classificação.
Para facilitar a avaliação, os animais devem estar divididos por categoria de mesma raça, sexo, idade e estado fisiológico similar.
Este método que é utilizado nas exposições pode ser utilizado também na aquisição e seleção de animais dentro do rebanho e já que os animais estão dispostos no mesmo lote, tem-se a oportunidade de selecionar melhor.
Método de provas zootécnicas
Esse método é indicado no processo de seleção, sendo conveniente a sua associação com um dos métodos citados anteriormente.
Por não ser baseado na avaliação exterior dos animais, oferece parâmetros mais exatos quanto à potencialidade dos mesmos.
As provas zootécnicas consistem de concurso leiteiro, prova de ganho de peso e controle de peso oficial.
O controle oficial é o mais importante porque mede o desempenho do animal nas condições normais do criatório.
REFERÊNCIAS
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NÃO EXISTE A CABRA OU A OVELHA PERFEITA
A distância entre a ponta da espádua e a ponta da nádega é que determina o comprimento do corpo
Se os joelhos estão inchados, pode ser indicativo de defeito de aprumo.
Joelho para dentro
Pés para dentro
Joelho para fora
Pés para fora
Arremetido
Plantado
Jarretes pra dentro
Pés aberto
Pés fechado
Jarretes para fora
Desvio de chanfro
Perfil normal
Prognata
Retrognata
Inhatismo
Sternum

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