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Os 10 poderes da Cúrcuma

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Os 10 poderes da Cúrcuma
Efeito anti-inflamatório
Ação antioxidante
Estimula a função cerebral
Prevenção de doenças, como o câncer
Fortalecimento do sistema imune
Proteção cardíaca
Prevenção de doenças, como o câncer
Bom contra osteoporose
Posterga o envelhecimento
Auxilia na depressão
UM ALIMENTO, DIVERSOS EFEITOS TERAPÊUTICOS
A cúrcuma – também conhecida como açafrão da Índia, açafrão da terra, falso açafrão e até mesmo raiz amarela (Gelbwurzel), na Alemanha – é um alimento de alto potencial preventivo e terapêutico.
Aqui, no Conexão Cérebro, este ingrediente já apareceu diversas vezes. Além de ser uma recomendação constante do nosso neurocientista Dr. Nelson Annunciato, a cúrcuma faz parte da rotina do especialista.
O segredo dos poderes preventivos e terapêuticos da especiaria está em seu principal princípio ativo, a curcumina. De acordo com as informações presentes no Annals of Indian Academy of Neurology e nas pesquisas da University of California, essa substância tem poderes antioxidante e anti-inflamatório tão potentes que são capazes de agir contra a oxidação e a inflamação, inclusive, das células nervosas.
Vamos, a partir de agora, desvendar algumas destas capacidades que transformam a cúrcuma em um alimento imprescindível na sua despensa.
EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO
Para utilizar os nutrientes a seu favor com o intuito de inibir a inflamação e, até mesmo, a dor, é preciso compreender como essas sensações transitam pelo seu organismo.
A partir do momento em que qualquer tecido sofre algum tipo lesão e acende o sinal vermelho para o problema, ele produz uma substância chamada ácido araquidônico.
Este ácido vai ativar duas enzimas bastante importantes, a COX-1 e a COX-2, resultando na formação de prostaglandinas, que são sinais químicos. Assim sendo, o aumento da produção deste ácido araquidônico aumenta a inflamação e a sua dor.
Para diminuir o aparecimento de inflamações crônicas e o transporte de dor, portanto, é preciso inibir o ácido araquidônico.
Como, então, fazer isso?
Certamente, você conhece a Aspirina e o Ibuprofeno. São dois dos medicamentos “antidores e anti-inflamatórios” mais populares e vendidos. E eles funcionam desta forma, bloqueando as enzimas COX-1 e COX-2, respectivamente.
Captou?
Este bloqueio pode ser também construído pelos nutrientes, e o uso contínuo da cúrcuma coíbe a COX-2.
Fácil, né?! A inibição da COX-2 é igual a menos inflamações, menos dores, e, até mesmo, menos febre.
Em um artigo que fez uma longa revisão sobre as propriedades do ingrediente e que foi publicado pelo Alternative Medicine Review – A Journal Of Clinical Therapeutics, a autora, Julie S. Jurenka, acentua o poder de bloqueia da COX-2 e ainda evidenciou suas características anti-inflamatórias em casos de pancreatites, síndrome do intestino irritável, úlceras gástricas, problemas gastrointestinais, doença de Crohn, osteoartrites, artrite reumatoide, cânceres e em períodos pós-operatórios.
A publicação ainda cita testes realizados com camundongos, que tiveram edemas provocados em suas patas. Com o uso da cúrcuma, eles tiveram uma diminuição de 50% do edema com uma dose de 48mg/kg. Ou seja, ela teve quase o mesmo efeito da cortisona e da fenilbutazona.
AÇÃO ANTIOXIDANTE
A importância de se consumir alimentos ricos em antioxidantes é que esse grupo combate os radicais livres, que são moléculas com potencial tóxico ao organismo e que estão na raiz do surgimento de diversas doenças crônicas.
Como o Departamento de Química e o Centro de Instrumentação Avançada para Análises Químicas da Universidade de Ehime, no Japão, afirma, a curcumina quebra o processo de oxidação celular, bloqueando e estimulando seu organismo a se autodefender dos radicais livres.
ESTIMULA A FUNÇÃO CEREBRAL
Os pesquisadores já identificaram que, no cérebro de pessoas com Alzheimer, há maior concentração da proteína beta-amiloide, a responsável pela destruição da capacidade de lembrar.
Durante muitos anos, acreditou-se que estas placas beta-amiloide (conhecidas também como “placas senis”) fossem as grandes vilãs do cérebro, levando à morte dos neurônios. Hoje, sabe-se que elas surgem para proteger as células nervosas, quando o órgão está sendo ameaçado por, por exemplo, inflamações crônicas.
Assim, combater essas inflamações significa proteger nossos cérebros.
Segundo os ensaios científicos, a curcumina age justamente neste ponto, bloqueando a formação de placas da proteína beta-amilóide e, caso elas já tenham se formado, consegue quebrá-las, realizando uma espécie de “faxina”.
Por esta razão, vários estudos apontaram que na Índia, onde o curry, um tempero feito com a cúrcuma, é um dos principais componentes da dieta, a incidência e prevalência do Alzheimer é muito menor do que outros países.
O efeito protetor é altamente significativo, como mostrou um estudo epidemiológico que fez uma revisão bibliográfica em mais de 35 pesquisas já veiculadas sobre o tema.
Os achados publicados nos Arquivos de Neuropsiquiatria da Revista de Saúde Pública indicam que a prevalência média de demência em pessoas acima dos 65 anos de idade foi 7% na América do Sul. Já na Índia, a taxa média foi em torno de 1%, a menor média mundial.
Com as recentes descobertas sobre a plasticidade cerebral, sabe-se que a formação de novas conexões cerebrais é possível por conta de um tipo de hormônio chamado BDNF (sigla em inglês para Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro).
E a cúrcuma, como aponta o Departamento de Farmacologia da Escola Básica de Ciências da Universidade de Peking, na China, evita a diminuição de BDNF induzida por estresse crônico.
AUXILIA NA DEPRESSÃO
Por ajudar a aumentar os níveis de BDNF, a cúrcuma também pode ajudar as pessoas que estão com depressão.
Um estudo feito pelo Government Medical College, na Índia, dividiu 60 pacientes em três grupos. Um grupo tomou Prozac, outro consumiu um grama de curcumina. Já o terceiro, recebeu Prozac e curcumina.
Depois de seis semanas de análises, os especialistas observaram que, quem tinha consumido, a curcumina apresentou melhoras parecidas com quem estava no grupo do Prozac.
Além disso, há evidências que a curcumina também aumenta os níveis de neurotransmissores importantes para a felicidade e a sensação de prazer, como a serotonina e a dopamina.
COMO USAR A CÚRCUMA NO DIA A DIA
COMBINAÇÃO CERTEIRA
Segundo o Dr. Nelson Annunciato, em suas pesquisas sobre o cardápio ideal, ele constatou que o consumo de cúrcuma combinado com a piperina potencializa os efeitos protetores do ingrediente.
Para quem não está familiarizado, a piperina é a popular pimenta! Melhor ainda, a pimenta preta, por conter maior quantidade da substância.
Tal constatação está endossada pelo estudo da St. John’s Medical College, que afirma que a piperina aumenta a absorção da cúrcuma e aumenta sua ação em até 2000%.
Ele sugere que as pessoas já deixem pronta, em uma embalagem de vidro, a proporção de 9 colheres de cúrcuma para cada 1 de pimenta preta ralada ou moída.
PARTE DA ROTINA DO NOSSO NEUROCIENTISTA
O Dr. Nelson, que é um habitual consumidor de cúrcuma com piperina, diz que a dosagem ideal de consumo para ter o feito protetor é de duas colheres de sopa cheias do tempero milagroso ao longo do dia.
A indicação do especialista é que você consuma cúrcuma diariamente, usando como condimento no preparo de todos os alimentos. Utilize este preparo para temperar carnes, frangos, ovos, arroz, feijão e outros alimentos.
ESPAÇO DO NEUROCURIOSO
Olá, Dr. Nelson
Perguntas:
1 – Em qual limite a deficiência da memória ainda pode ser revertida?
2 – O óleo de coco aquecido em fritura, não perde o seu poder benéfico?
3 – O NADH pode e como deve ser tomado como medicamento para a memória?
Ficarei muitíssimo grato pelo atendimento,
Jamil Dequech.
Saudações, Sr. Jamil.
Gostei muito de suas perguntas, as quais servirão para elucidar e ajudar outros assinantes.
Vamos lá:
1) Em realidade, não existe um ponto específico ou determinado que possa ser aplicável a todas as pessoas,pois, nós somos o nosso programa genético com suas inclinações e todo o nosso estilo de vida.
Em outras palavras, caso uma pessoa tenha nascido com uma forte inclinação genética, por exemplo, com o gene APOE-4 e tenha tido um estilo de vida (estresse + privação do sono + carência e ou deficiência nutricional + abuso de substâncias tóxicas + etc. + etc.), talvez, esse “limite” seja bem “anterior” do que de uma outra pessoa, a qual não nasceu com a inclinação genética e desfrutou de um estilo de vida muito saudável.
Claro que todos nós tendemos a pensar assim: “2 + 2 = 4”. Bem, isso está correto, do ponto de vista matemático. Porém, quando falamos de seres biológicos (e o ser humano é um ser biológico), temos que pensar assim: “4 = ?”. Pode-se observar aqui a complexidade da resposta como, por exemplo: “2 + 2” ou “6 – 2” ou “1.000 – 996” e assim por diante.
Ainda que seja meio frustrante não ter um limite específico para todos, temos, graças à plasticidade do sistema nervoso, pelo menos, a esperança de poder ajudar a melhorar a memória, até mesmo de pessoas que já tenham sido diagnosticadas com Alzheimer, por exemplo, algo que, há alguns anos, era totalmente inimaginável.
2) Felizmente, o óleo de coco é estável, mesmo a altas temperaturas e, com isso, ele não perde suas importantes e vitais qualidades.
3) A suplementação (prefiro o termo “suplemento” ou “suplementação”, pois já é algo “contido/conhecido” do nosso corpo, ao invés de “medicamento”, que são substâncias não existentes na natureza e manipuladas para se obter uma patente, sendo, assim “desconhecidas” pelo nosso corpo) do NADH pode e deve, sim, ser realizada não somente para a memória, mas, também, para potencializar a função de todas nossas células. Apenas lembrando: o NADH faz parte do Ciclo respiratório de nossas mitocôndrias (“Ciclo de Krebs”) e, com isso, ajuda-as a produzir mais energia (ATP = Adenosina Trifosfato).
Grato por nos acompanhar, aqui, na Jolivi e muita Saúde Natural para o senhor.
Nelson Annunciato
Obs: se possível, leia, por favor, a resposta abaixo, para o Sr. Luiz, sobre o Óleo de Coco e regressão (ainda que, por vezes, parcial) do Alzheimer.
Olá, Dr. Nelson, tudo bem?
Desde o começo deste ano adotei o uso do óleo de coco, conforme sua recomendação (três colheres de sopa, puro, antes das refeições).
Isto já é de conhecimento de toda minha família.
Como tenho parentes que residem nos Estados Unidos, uma delas me enviou o link em que condenam o uso do óleo de coco.
Você poderia comentar por favor?
Muito obrigado.
Abraço,
Luiz Henrique Basso
Saudações, Sr. Luiz.
Inicialmente, agradeço o interesse e preocupação, também, de seus parentes, nos EUA.
Grato, também, pela sua pergunta, a qual tem “dado panos pra manga”, como se diz, popularmente.
Refiro-me à infeliz afirmação feita de que o Óleo de Coco é um veneno. Em realidade, o Óleo de Coco tem sido, vira e mexe, atacado porque ele contém, predominantemente, ácidos graxos saturados.
A história começa nos anos 50, quando um pesquisador da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, chamado de Ancel Keys, “possuído” pela ideia de que a gordura saturada pudesse ser maléfica, ganhou uma posição (infelizmente) no Ministério da Saúde, nos EUA. Com esta posição, ele infiltrou esta errônea ideia em todas as universidades americanas e começou a fomentar as pesquisas que viesse a dar este caráter de toxidade ao óleo de coco. Lamentável.
Assim sendo, aqueles indivíduos que perpetuam esta idéia equivocada sobre as gorduras saturadas, sem levar em consideração trabalhos mais recentes que comprovam que cerca de 60% do leite materno e cerca de 60% do nosso cérebro (membranas dos neurônios e bainha de mielina) são formados por gordura saturada, partem do princípio que o óleo de coco levaria a um aumento no número de infartos do miocárdio e acidentes vasculares encefálicos (popularmente denominados de “derrames”).
Estas afirmações desconsideram totalmente (talvez por falta de informação, talvez por “interesses” externos) o fato de que esta gordura saturada é formada, predominantemente, por Triglicérides de Cadeia Média (TCM), os quais são de suma importância para nossos neurônios.
Peça, por obséquio, aos seus parentes, nos EUA, para procurar na Internet os trabalhos publicados pela Dr. Mary T. Newport, quem, já em 2008, conseguiu regredir o Alzheimer de seu esposo, Steve, administrando 4 colheres, das de sopa, de óleo de coco. A regressão do Alzheimer, neste caso, não foi de 100% pois, quando ela iniciou esta administração, a enfermidade, no Steve, já estava tão avançada e já havia ocorrido a morte de vários neurônios.
Outra substância extremamente benéfica para nós, ao consumir óleo de coco, é o Ácido Láurico, o qual se transforma, em nosso corpo, em Monolaurina, a qual combate vírus, bactérias e fungos, melhorando nosso sistema imune.
Acredite, por favor, aqui estão descritos APENAS dois efeitos importante dentre os VÁRIOS efeitos POSITIVOS do consumo de Óleo de Coco!
Desejo, também aos seus parentes, muita Saúde Natural!
Nelson Annunciato
Os 10 poderes da Cúrcuma
Efeito anti-inflamatório
Ação antioxidante
Estimula a função cerebral
Prevenção de doenças, como o câncer
Fortalecimento do sistema imune
Proteção cardíaca
Prevenção de doenças, como o câncer
Bom contra osteoporose
Posterga o envelhecimento
Auxilia na depressão
UM ALIMENTO, DIVERSOS EFEITOS TERAPÊUTICOS
A cúrcuma – também conhecida como açafrão da Índia, açafrão da terra, falso açafrão e até mesmo raiz amarela (Gelbwurzel), na Alemanha – é um alimento de alto potencial preventivo e terapêutico.
Aqui, no Conexão Cérebro, este ingrediente já apareceu diversas vezes. Além de ser uma recomendação constante do nosso neurocientista Dr. Nelson Annunciato, a cúrcuma faz parte da rotina do especialista.
O segredo dos poderes preventivos e terapêuticos da especiaria está em seu principal princípio ativo, a curcumina. De acordo com as informações presentes no Annals of Indian Academy of Neurology e nas pesquisas da University of California, essa substância tem poderes antioxidante e anti-inflamatório tão potentes que são capazes de agir contra a oxidação e a inflamação, inclusive, das células nervosas.
Vamos, a partir de agora, desvendar algumas destas capacidades que transformam a cúrcuma em um alimento imprescindível na sua despensa.
EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO
Para utilizar os nutrientes a seu favor com o intuito de inibir a inflamação e, até mesmo, a dor, é preciso compreender como essas sensações transitam pelo seu organismo.
A partir do momento em que qualquer tecido sofre algum tipo lesão e acende o sinal vermelho para o problema, ele produz uma substância chamada ácido araquidônico.
Este ácido vai ativar duas enzimas bastante importantes, a COX-1 e a COX-2, resultando na formação de prostaglandinas, que são sinais químicos. Assim sendo, o aumento da produção deste ácido araquidônico aumenta a inflamação e a sua dor.
Para diminuir o aparecimento de inflamações crônicas e o transporte de dor, portanto, é preciso inibir o ácido araquidônico.
Como, então, fazer isso?
Certamente, você conhece a Aspirina e o Ibuprofeno. São dois dos medicamentos “antidores e anti-inflamatórios” mais populares e vendidos. E eles funcionam desta forma, bloqueando as enzimas COX-1 e COX-2, respectivamente.
Captou?
Este bloqueio pode ser também construído pelos nutrientes, e o uso contínuo da cúrcuma coíbe a COX-2.
Fácil, né?! A inibição da COX-2 é igual a menos inflamações, menos dores, e, até mesmo, menos febre.
Em um artigo que fez uma longa revisão sobre as propriedades do ingrediente e que foi publicado pelo Alternative Medicine Review – A Journal Of Clinical Therapeutics, a autora, Julie S. Jurenka, acentua o poder de bloqueia da COX-2 e ainda evidenciou suas características anti-inflamatórias em casos de pancreatites, síndrome do intestino irritável, úlceras gástricas, problemas gastrointestinais, doença de Crohn, osteoartrites, artrite reumatoide, cânceres e em períodos pós-operatórios.A publicação ainda cita testes realizados com camundongos, que tiveram edemas provocados em suas patas. Com o uso da cúrcuma, eles tiveram uma diminuição de 50% do edema com uma dose de 48mg/kg. Ou seja, ela teve quase o mesmo efeito da cortisona e da fenilbutazona.
AÇÃO ANTIOXIDANTE
A importância de se consumir alimentos ricos em antioxidantes é que esse grupo combate os radicais livres, que são moléculas com potencial tóxico ao organismo e que estão na raiz do surgimento de diversas doenças crônicas.
Como o Departamento de Química e o Centro de Instrumentação Avançada para Análises Químicas da Universidade de Ehime, no Japão, afirma, a curcumina quebra o processo de oxidação celular, bloqueando e estimulando seu organismo a se autodefender dos radicais livres.
ESTIMULA A FUNÇÃO CEREBRAL
Os pesquisadores já identificaram que, no cérebro de pessoas com Alzheimer, há maior concentração da proteína beta-amiloide, a responsável pela destruição da capacidade de lembrar.
Durante muitos anos, acreditou-se que estas placas beta-amiloide (conhecidas também como “placas senis”) fossem as grandes vilãs do cérebro, levando à morte dos neurônios. Hoje, sabe-se que elas surgem para proteger as células nervosas, quando o órgão está sendo ameaçado por, por exemplo, inflamações crônicas.
Assim, combater essas inflamações significa proteger nossos cérebros.
Segundo os ensaios científicos, a curcumina age justamente neste ponto, bloqueando a formação de placas da proteína beta-amilóide e, caso elas já tenham se formado, consegue quebrá-las, realizando uma espécie de “faxina”.
Por esta razão, vários estudos apontaram que na Índia, onde o curry, um tempero feito com a cúrcuma, é um dos principais componentes da dieta, a incidência e prevalência do Alzheimer é muito menor do que outros países.
O efeito protetor é altamente significativo, como mostrou um estudo epidemiológico que fez uma revisão bibliográfica em mais de 35 pesquisas já veiculadas sobre o tema.
Os achados publicados nos Arquivos de Neuropsiquiatria da Revista de Saúde Pública indicam que a prevalência média de demência em pessoas acima dos 65 anos de idade foi 7% na América do Sul. Já na Índia, a taxa média foi em torno de 1%, a menor média mundial.
Com as recentes descobertas sobre a plasticidade cerebral, sabe-se que a formação de novas conexões cerebrais é possível por conta de um tipo de hormônio chamado BDNF (sigla em inglês para Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro).
E a cúrcuma, como aponta o Departamento de Farmacologia da Escola Básica de Ciências da Universidade de Peking, na China, evita a diminuição de BDNF induzida por estresse crônico.
AUXILIA NA DEPRESSÃO
Por ajudar a aumentar os níveis de BDNF, a cúrcuma também pode ajudar as pessoas que estão com depressão.
Um estudo feito pelo Government Medical College, na Índia, dividiu 60 pacientes em três grupos. Um grupo tomou Prozac, outro consumiu um grama de curcumina. Já o terceiro, recebeu Prozac e curcumina.
Depois de seis semanas de análises, os especialistas observaram que, quem tinha consumido, a curcumina apresentou melhoras parecidas com quem estava no grupo do Prozac.
Além disso, há evidências que a curcumina também aumenta os níveis de neurotransmissores importantes para a felicidade e a sensação de prazer, como a serotonina e a dopamina.
COMO USAR A CÚRCUMA NO DIA A DIA
COMBINAÇÃO CERTEIRA
Segundo o Dr. Nelson Annunciato, em suas pesquisas sobre o cardápio ideal, ele constatou que o consumo de cúrcuma combinado com a piperina potencializa os efeitos protetores do ingrediente.
Para quem não está familiarizado, a piperina é a popular pimenta! Melhor ainda, a pimenta preta, por conter maior quantidade da substância.
Tal constatação está endossada pelo estudo da St. John’s Medical College, que afirma que a piperina aumenta a absorção da cúrcuma e aumenta sua ação em até 2000%.
Ele sugere que as pessoas já deixem pronta, em uma embalagem de vidro, a proporção de 9 colheres de cúrcuma para cada 1 de pimenta preta ralada ou moída.
PARTE DA ROTINA DO NOSSO NEUROCIENTISTA
O Dr. Nelson, que é um habitual consumidor de cúrcuma com piperina, diz que a dosagem ideal de consumo para ter o feito protetor é de duas colheres de sopa cheias do tempero milagroso ao longo do dia.
A indicação do especialista é que você consuma cúrcuma diariamente, usando como condimento no preparo de todos os alimentos. Utilize este preparo para temperar carnes, frangos, ovos, arroz, feijão e outros alimentos.
ESPAÇO DO NEUROCURIOSO
Olá, Dr. Nelson
Perguntas:
1 – Em qual limite a deficiência da memória ainda pode ser revertida?
2 – O óleo de coco aquecido em fritura, não perde o seu poder benéfico?
3 – O NADH pode e como deve ser tomado como medicamento para a memória?
Ficarei muitíssimo grato pelo atendimento,
Jamil Dequech.
Saudações, Sr. Jamil.
Gostei muito de suas perguntas, as quais servirão para elucidar e ajudar outros assinantes.
Vamos lá:
1) Em realidade, não existe um ponto específico ou determinado que possa ser aplicável a todas as pessoas, pois, nós somos o nosso programa genético com suas inclinações e todo o nosso estilo de vida.
Em outras palavras, caso uma pessoa tenha nascido com uma forte inclinação genética, por exemplo, com o gene APOE-4 e tenha tido um estilo de vida (estresse + privação do sono + carência e ou deficiência nutricional + abuso de substâncias tóxicas + etc. + etc.), talvez, esse “limite” seja bem “anterior” do que de uma outra pessoa, a qual não nasceu com a inclinação genética e desfrutou de um estilo de vida muito saudável.
Claro que todos nós tendemos a pensar assim: “2 + 2 = 4”. Bem, isso está correto, do ponto de vista matemático. Porém, quando falamos de seres biológicos (e o ser humano é um ser biológico), temos que pensar assim: “4 = ?”. Pode-se observar aqui a complexidade da resposta como, por exemplo: “2 + 2” ou “6 – 2” ou “1.000 – 996” e assim por diante.
Ainda que seja meio frustrante não ter um limite específico para todos, temos, graças à plasticidade do sistema nervoso, pelo menos, a esperança de poder ajudar a melhorar a memória, até mesmo de pessoas que já tenham sido diagnosticadas com Alzheimer, por exemplo, algo que, há alguns anos, era totalmente inimaginável.
2) Felizmente, o óleo de coco é estável, mesmo a altas temperaturas e, com isso, ele não perde suas importantes e vitais qualidades.
3) A suplementação (prefiro o termo “suplemento” ou “suplementação”, pois já é algo “contido/conhecido” do nosso corpo, ao invés de “medicamento”, que são substâncias não existentes na natureza e manipuladas para se obter uma patente, sendo, assim “desconhecidas” pelo nosso corpo) do NADH pode e deve, sim, ser realizada não somente para a memória, mas, também, para potencializar a função de todas nossas células. Apenas lembrando: o NADH faz parte do Ciclo respiratório de nossas mitocôndrias (“Ciclo de Krebs”) e, com isso, ajuda-as a produzir mais energia (ATP = Adenosina Trifosfato).
Grato por nos acompanhar, aqui, na Jolivi e muita Saúde Natural para o senhor.
Nelson Annunciato
Obs: se possível, leia, por favor, a resposta abaixo, para o Sr. Luiz, sobre o Óleo de Coco e regressão (ainda que, por vezes, parcial) do Alzheimer.
Olá, Dr. Nelson, tudo bem?
Desde o começo deste ano adotei o uso do óleo de coco, conforme sua recomendação (três colheres de sopa, puro, antes das refeições).
Isto já é de conhecimento de toda minha família.
Como tenho parentes que residem nos Estados Unidos, uma delas me enviou o link em que condenam o uso do óleo de coco.
Você poderia comentar por favor?
Muito obrigado.
Abraço,
Luiz Henrique Basso
Saudações, Sr. Luiz.
Inicialmente, agradeço o interesse e preocupação, também, de seus parentes, nos EUA.
Grato, também, pela sua pergunta, a qual tem “dado panos pra manga”, como se diz, popularmente.
Refiro-me à infeliz afirmação feita de que o Óleo de Coco é um veneno. Em realidade, o Óleo de Coco tem sido, vira e mexe, atacado porque ele contém, predominantemente,ácidos graxos saturados.
A história começa nos anos 50, quando um pesquisador da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, chamado de Ancel Keys, “possuído” pela ideia de que a gordura saturada pudesse ser maléfica, ganhou uma posição (infelizmente) no Ministério da Saúde, nos EUA. Com esta posição, ele infiltrou esta errônea ideia em todas as universidades americanas e começou a fomentar as pesquisas que viesse a dar este caráter de toxidade ao óleo de coco. Lamentável.
Assim sendo, aqueles indivíduos que perpetuam esta idéia equivocada sobre as gorduras saturadas, sem levar em consideração trabalhos mais recentes que comprovam que cerca de 60% do leite materno e cerca de 60% do nosso cérebro (membranas dos neurônios e bainha de mielina) são formados por gordura saturada, partem do princípio que o óleo de coco levaria a um aumento no número de infartos do miocárdio e acidentes vasculares encefálicos (popularmente denominados de “derrames”).
Estas afirmações desconsideram totalmente (talvez por falta de informação, talvez por “interesses” externos) o fato de que esta gordura saturada é formada, predominantemente, por Triglicérides de Cadeia Média (TCM), os quais são de suma importância para nossos neurônios.
Peça, por obséquio, aos seus parentes, nos EUA, para procurar na Internet os trabalhos publicados pela Dr. Mary T. Newport, quem, já em 2008, conseguiu regredir o Alzheimer de seu esposo, Steve, administrando 4 colheres, das de sopa, de óleo de coco. A regressão do Alzheimer, neste caso, não foi de 100% pois, quando ela iniciou esta administração, a enfermidade, no Steve, já estava tão avançada e já havia ocorrido a morte de vários neurônios.
Outra substância extremamente benéfica para nós, ao consumir óleo de coco, é o Ácido Láurico, o qual se transforma, em nosso corpo, em Monolaurina, a qual combate vírus, bactérias e fungos, melhorando nosso sistema imune.
Acredite, por favor, aqui estão descritos APENAS dois efeitos importante dentre os VÁRIOS efeitos POSITIVOS do consumo de Óleo de Coco!
Desejo, também aos seus parentes, muita Saúde Natural!
Nelson Annunciato

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