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CIÊNCIAS CONTABEIS Revisão/Atualização, Professor: PAULO CÉSAR DE SOUZA. Msc. Objetivo: Conceito da Contabilidade Pública e sua aplicação, Manual Aplicado ao Setor Público – MPCASP Autor: Professor JOSÉ DIVANIL SPÓSITO BERBEL. Msc. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL 2 Parte I – Noções Gerais 1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. Administrar é gerir os serviços públicos; significa não só prestar serviços, como também, dirigir, governar com o objetivo de obter um resultado útil. No exercício de sua função fundamental de promover o bem-comum, o Estado é a organização política do poder. Pode-se definir, portanto, o Estado como a Nação politicamente organizada. O limite espacial dentro do qual o Estado exerce de modo efetivo e exclusivo o poder de império sobre as pessoas e bens é o conceito de território. Território pode também ser considerado como o âmbito de validez da ordenação jurídica, chamada Estado. O Brasil, consoante dispositivo inserido no primeiro artigo da Constituição, define-se como Estado Federal, através do seguinte texto: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito, tendo como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V – o pluralismo político. CONCEITO DE ESTADO DE DIREITO: O Estado de Direito é, por definição, a sociedade civil política e juridicamente organizada. Ou seja, governantes e governados devem estar sujeitos à lei. Esta estabelece a tripartição do Poder em legislativo, Executivo e Judiciário, e a maneira de escolha para os cargos públicos. Ao Legislativo, e somente a ele, deve caber a elaboração da lei. Ao Executivo cabe realizar as ações necessárias para que a sociedade possa atingir os fins a que se propõe, fins estes estabelecidos em sua lei maior, a Constituição (carta magna). Assim, cabe ao Executivo realizar as ações para concretizar o plano de governo que, em princípio, foi aprovado pela sociedade ao elegê-lo. 3 Ao Judiciário cabe dirimir as controvérsias surgidas na aplicação da lei ao caso concreto, seja entre particulares e o Estado, ou entre os entes federativos (União, Estados, Municípios e DistritoFederal). 2 FINANÇAS PÚBLICAS O atendimento das necessidades públicas é obtido através de imensa rede de serviços mantida pelo Estado; no desempenho dessas atividades, o Governo tem de valer-se do trabalho do homem, operando nas mais diferentes especializações, e tem de adquirir materiais de consumo e bens permanentes. O Governo paga pela obtenção desses recursos. Portanto, precisa procurar e obter a quantidade necessária de numerário para efetuar os pagamentos. ATIVIDADE FINANCEIRA: Para realizar as ações próprias do Estado, como: defesa do território nacional (Forças Armadas), acesso de todos à Justiça (Poder Judiciário), saúde, habitação, educação, saneamento básico etc., o Estado necessita de recursos financeiros. Assim, simultaneamente com essas atividades, o Estado exerce mais uma: a atividade financeira, que visa obter recursos, gerenciá-los e aplicá-los de acordo com a lei. A atividade financeira do Estado desenvolve-se, basicamente, em três áreas: a receita, ou seja, a obtenção dos recursos; a gestão, que é a administração não só desses recursos como também de todo o patrimônio do Estado, e a despesa, que é a aplicação dos recursos no pagamento das verbas autorizadas no orçamento anual. RESPONSABILIDADE FISCAL: A atividade financeira do Estado vinha sendo regida pela Lei nº 4.320, de 17-3-64. Entretanto, a Constituição Federal, promulgada em 5-10-88, determinou que nova lei complementar disporia sobre finanças públicas (art. 163 da CF). Essa disposição constitucional só foi atendida com a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar nº 101, de 4-5-2000), que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. A lei complementar é lei de caráter nacional. Portanto, tem vigência sobre todo o território nacional. Sobrepõe-se a todas as leis federais, estaduais e municipais. 4 Hierarquia das Leis: 1º - Constituição Federal 2º - Emendas à Constituição 3º - Lei Complementar 4º - Lei Ordinária Por essa razão, obriga a todos os entes federativos, aos Três Poderes, Tribunais de Contas e Ministério Público. Obriga também, no âmbito do Poder Executivo (federal, estadual e municipal), a administração direta, os fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. As normas da LRF dispõem basicamente sobre: a) orçamento público - rigoroso equilíbrio entre receita e despesa; b) receita pública - previsão e arrecadação; c) despesa pública - definições e limites; d) endividamento - limites; e) gestão patrimonial; f) transparência na gestão fiscal - escrituração, consolidação de contas, relatórios, prestação de contas e fiscalização. Os relatórios exigidos pela LRF devem ser disponibilizados, em meio eletrônico de acesso público, nos prazos legais, e suas informações devem estar fundamentadas na contabilidade. As normas de contabilidade pública, dispostas na Lei nº 4.320/64, estão sendo revisadas por meio de projeto de lei, para atualizá-las e torná-las compatíveis com a LRF. A Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal - LCRF (Lei nº 10.028, de 19- 10-2000) acrescenta ao Código Penal um novo capítulo, que define os crimes contra as finanças públicas e estabelece as respectivas penas. 3 RECEITA PÚBLICA No direito financeiro, o conceito de receita pública corresponde a toda a entrada de recursos monetários, seja por arrecadação de tributos (impostos, taxas e contribuições), que representa variação positiva no patrimônio líquido, seja pela obtenção de empréstimo, portanto, endividamento, consistindo em simples permuta de valores (troca de dinheiro por obrigação), não produzindo, no ato do empréstimo, variação no patrimônio líquido. A receita pública classifica-se em: a) receita corrente: a que produz variação positiva no patrimônio líquido, por aumento de valor do ativo. Por exemplo: arrecadação de tributos, 5 recebimento de dividendos de sociedades de economia mista ou de empresas estatais dependentes etc.; b) receita de capital: a que corresponde a permuta de valores do ativo por valores do passivo. Por exemplo: operações de crédito (tomada de empréstimos públicos ou privados), alienação de bens (venda de controle acionário de empresas estatais privatizadas) etc. 4 DESPESA PÚBLICA No direito financeiro, o conceito de despesa pública corresponde a toda saída de numerário, seja por uma mutação patrimonial diminutiva, que produz uma variação negativa no patrimônio líquido, seja por um fato que simplesmente permuta valores e que, portanto, não altera o patrimônio líquido. A despesa pública classifica-se em: a) despesas correntes: as que produzem variação negativa no patrimônio líquido, ou seja, redução de valor do ativo. Por exemplo: despesas de custeio (pagamento de pessoal civil e militar, de material de consumo etc.); b) despesas de capital: as que representam simples permuta de valores do ativo. Por exemplo: investimentos (obras públicas, equipamentos e instalações,aquisições de imóveis, concessão de empréstimo etc.). 5 ORÇAMENTO PÚBLICO No direito financeiro, o orçamento é documento fundamental para a atividade financeira do Estado. De acordo com a melhor doutrina, Allomar Baleeiro assim o define: O orçamento é considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotado pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. O orçamento, no Estado de Direito, não é mero documento de caráter contábil ou administrativo, mas sim poderoso instrumento de política econômica e social que, para sua execução, depende da correta e eficaz alocação dos recursos. 6 Existem três leis orçamentárias, de acordo com o art. 165 da CF: a) orçamento plurianual: é na verdade um plano de metas de política governamental que envolve programas de duração prolongada. É uma programação econômica voltada para os vários setores de atividade do governo; b) lei de diretrizes orçamentárias: de acordo com o § 22 do art. 165 da CF, compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento; c) orçamento anual: é a que abrange o orçamento fiscal (receitas e despesas), referente aos três Poderes da União, fundos, órgãos e entidades de administração direta e indireta, fundações instituídas e mantidas pelo poder público, além do orçamento de investimentos das empresas estatais, bem como o orçamento da seguridade social. O orçamento anual é de um exercício financeiro público, que, no Brasil, desde o tempo do Império, coincide com o ano-calendário, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. 6 DÍVIDA PÚBLICA A dívida pública é constituída pelos empréstimos que os governos federais, estaduais e municipais obtém por meio de operações de crédito, internas ou externas. As operações de crédito com a finalidade de obter empréstimos classificam-se em: a) operações de crédito por antecipação de receita é uma modalidade de empréstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir déficit de caixa. Deve ser paga no mesmo exercício financeiro. O Estado oferece em garantia desse empréstimo parte da sua receita. Por exemplo: a arrecadação do ICMS de determinado período; b) operações de crédito em geral - são os demais que não resultam de antecipação de receita. São empréstimos de longo prazo que objetivam atender, em geral, a despesas de capital e tomados mediante colocação, junto a investidores nacionais ou estrangeiros, de títulos da dívida pública. 7 CONCEITOS DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO O governo absolutista exerce a atividade financeira a sua vontade, livremente, sem restrições; é protegido pelo direito da força. Mas nos Estados de Direito, em que os governantes se curvam à força do Direito, a atividade financeira é controlada, é exercida dentro de determinadas limitações; a lei estabelece as restrições; são as normas constitucionais, são as normas ordinárias, são os regulamentos, atos, portarias, ordens de serviço etc. que constituem o complexo disciplinador da atividade financeira. A esse conjunto de princípios e normas que regulam a atividade financeira do Estado (receita, gestão e despesa) de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), também conhecida como Lei de Meios, e com a Lei de Responsabilidade Fiscal, denomina-se Direito Financeiro. Entretanto, a receita relativa à arrecadação de tributos (impostos, taxas e contribuições) tornou-se tão complexa que as normas que regulam sua imposição e arrecadação tiveram que ser separadas do Direito Financeiro para formar um novo ramo: o Direito Tributário. Pode-se, portanto, definir Direito Tributário como o conjunto de princípios e normas jurídicas que regem as relações jurídicas entre o Estado e o Particular, relativas à instituição e arrecadação dos tributos. O Direito Público destina-se a regular as relações entre Estado e sociedade e o Direito Privado a regular as relações entre os indivíduos da sociedade (particulares). Assim tem-se a seguinte divisão: DIREITO PÚBLICO –––– DIREITO CONSTITUCIONAL Direito Administrativo - Direito Financeiro - Direito Tributário Direito Penal Direito Judiciário DIREITO PRIVADO 8 Direito Civil Direito Comercial Direito Trabalhista EXERCÍCIOS - nº 1 1) Para viver em sociedade, o homem necessitou de uma entidade de força superior, que pudesse fazer regras de conduta. Criou-se, então, o: _________________ 2) A elaboração das leis, é atribuição do: ______________________ 3) “Realizar ações para concretizar o plano de governo que, em princípio, foi aprovado pela sociedade ao elegê-lo”. Esta é atribuição do: ____________________ 4) “Dirimir as controvérsias surgidas na aplicação da lei ao caso concreto, seja entre particulares e o Estado, ou entre os entes federativos”. Esta é atribuição do: _________________ 5) O Estado desenvolve atividades para suprir as necessidades públicas. O conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira do Estado denomina-se direito: __________ 6) A receita relativa à arrecadação de tributos tornou-se tão complexa, que as normas que regulam sua imposição e arrecadação tiveram que ser separadas do Direito Financeiro para formar um novo ramo, o:______________________ 7) “Série de mecanismos pelos quais o Estado obtém recursos econômico-financeiros, com efetivo incremento ao patrimônio público, com ou sem coação legal”. Este conceito refere-se á: _______________________ 8) “A que produz variação positiva no patrimônio líquido, por aumento de valor do ativo. Por exemplo: arrecadação de tributos, recebimento de dividendos de sociedades de economia mista ou de empresas estatais dependentes etc”. Esta definição refere-se á: __________________________ 9) “A que corresponde a permuta de valores do ativo por valores do passivo. Por exemplo: operações de crédito (tomada de empréstimos públicos ou privados), alienação de bens (venda de controle acionário de empresas estatais privatizadas) etc.”. Esta definição refere-se á: _________________________ 10) “Toda saída de numerário, seja por uma mutação patrimonial diminutiva, que produz uma variação negativa no patrimônio líquido, seja por um fato que simplesmente permuta valores e que, portanto não altera o patrimônio líquido”. Este conceito refere-se á: ___________________________ 11) “As que representam simples permuta de valores do ativo. Por exemplo: investimentos (obras públicas, equipamentos e instalações, aquisições de imóveis, concessão de empréstimos etc.”. Esta definição refere-se á: _________________________ 9 12) “As que produzem variação negativa no patrimônio líquido, ou seja, redução de valor do ativo. Por exemplo: despesas de custeio (pagamento de pessoal civil e militar, de material de consumo etc.”. Este conceito refere-se á: _________________________ 13) “O ______________ é o documento fundamental para a execução da atividade financeira do Estado. 14) O orçamento, no Estado de Direito, não é um mero documento de caráter contábil ou administrativo, mas sim poderoso instrumento de política econômicae social que para sua execução, depende da correta e eficaz alocação dos recursos. Existem três leis orçamentárias, de acordo com o art. 165 da Constituição Federal. São elas: - ____________________ - ____________________ - ____________________ 15) A lei que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, é a ______________________ 16) O que é uma Empresa de Economia Mista? Cite 3 (três) exemplos. 17) O que é uma Autarquia? Cite 2 (dois) exemplos. 18) O que é uma Empresa Estatal Dependente? Cite 2 (dois) exemplos. 19) As operações de crédito com a finalidade de obter empréstimos são chamadas de _____________________e classifica-se em: _______________________________ e ______________________________________________ 20) O Direito Público destina-se a regular as relações entre ____________________ e __________________________ e o Direito Particular a regular as relações entre os __________________________ (particulares). 21) Qual o momento em que se Considera instituído o Estado de Direito? 10 Parte II 7 ORÇAMENTO Conceito O Orçamento Público surgiu para atuar como instrumento de controle das atividades financeiras do Governo. Através de autorização previa, pode o órgão de representação popular, exercer ação fiscalizadora sobre a arrecadação e aplicação realizadas pelo Poder Executivo. É um programa de trabalho do poder Executivo, aprovado pelo Poder Legislativo, durante um período financeiro que contém planos de custeio dos serviços públicos, planos de investimentos, de inversões e planos de obtenção de recursos. Sob o aspecto econômico, segundo o Professor Alberto Deodado: O orçamento é, na sua mais exata expressão o quadro orgânico da economia pública. É o espelho da vida do Estado e, pelas cifras, se conhecem os detalhes de seu processo, de sua cultura e de sua civilização. Orçamento Programa Constitui uma modalidade de orçamento, é um instrumento de planejamento no qual a previsão dos recursos financeiros e sua destinação decorrem da elaboração de um plano completo, destacando as metas, os objetivos e as intenções do Governo durante um período. A elaboração do orçamento programa abrange quatro etapas: � Planejamento: é a definição dos objetivos a atingir; � Programação: é a definição das atividades necessárias à consecução dos objetivos; � Projeto: é a estimação dos recursos de trabalho necessários à realização das atividades; � Orçamentação: é a estimação dos recursos financeiros para pagar a utilização dos recursos de trabalho e prever as fontes dos recursos. 11 7.1 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Entre os inúmeros princípios, sobressaem-se alguns que são defendidos pela maioria dos financistas, entre os quais destacam-se: � Anualidade ou Periodicidade; As previsões de receita e despesa devem sempre se referir a um limitado período de tempo; essa regra obriga o Poder Executivo a pedir, periodicamente, nova autorização para cobrar tributos e aplicar o produto da arrecadação. O período de doze meses tem sido considerado ideal. � Especificação ou Discriminação; Este princípio veda as autorizações globais, tanto para arrecadar tributos como para aplicar os recursos financeiros; exige que o plano de cobrança dos tributos e programa de custeio e investimentos seja exposto detalhadamente. Os sistemas e os graus de especificação são aqueles constantes nos anexos da Lei 4.320/64. � Exclusividade; Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. � Unidade; De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve constituir uma só peça, compreendendo as receitas e as despesas do exercício, de modo a demonstrar, pelo confronto das duas somas, se há equilíbrio, superávit ou déficit. � Universalidade ou Orçamento Bruto; De origem francesa, trata-se de requisito essencial a um bom sistema orçamentário. A luz do princípio da universalidade, todas as receitas e todas as despesas devem ser incluídas no orçamento, tendo por objetivo oferecer ao Poder Legislativo controle seguro sobre as operações financeiras realizadas pelo Poder Executivo. � Autorização Prévia, Clareza, Exatidão, Natureza Contábil etc... 7.2 TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA Estimativa da receita O cálculo da receita a ser arrecadada no exercício seguinte constitui um trabalho relevante e de responsabilidade, pois a receita orçamentária representa uma importante fonte de recursos para a realização dos programas de trabalho. 12 Os procedimentos adotados na estimação da receita evoluíram, mas ainda não existem normas concretas e definitivas que conduzam a uma avaliação exata da receita. O órgão central de orçamento do Ministério do Planejamento, auxiliado pelo cadastro fiscal, pela contabilidade, pela administração tributária e por outros órgãos da administração, envolvidos no processo arrecadatório, terá condições de definir, numa primeira aproximação, o montante da receita a ser arrecadada no exercício seguinte. Fixação da despesa Ao contrário da receita, que é estimada, a despesa é fixada pelo orçamento. Deste modo, a realização da receita pode ultrapassar sua previsão, mas a realização da despesa encontra seu limite no valor fixado. Os valores constantes no orçamento, referente às despesas orçamentárias, costumam ser denominados; despesa fixada, despesa prevista, despesa autorizada, dotação, verba, autorização de despesa, recurso orçamentário, crédito orçamentário ou simplesmente crédito. A efetiva aplicação dos recursos orçamentários, os pagamentos, denomina- se, na contabilidade orçamentária, despesa realizada e na contabilidade financeira despesa paga. 7.3 PREVISÃO E RESULTADOS ORÇAMENTÁRIOS: Segundo a natureza da diferença entre as somas da receita e da despesa, ou inexistindo diferença, diz-se que há um déficit previsto, um superávit previsto, ou um orçamento equilibrado. Déficit Deficitário, o orçamento em que a receita orçada é inferior à despesa autorizada. Superávit Superavitário, aquele em que a receita estimada supera o total da despesa fixada. Equilíbrio Considerado equilibrado, o orçamento em que o total da receita prevista coincide com o total da despesa fixada. 13 Todavia, no final do exercício, o resultado financeiro alcançado, após a execução orçamentária, poderá coincidir ou não com a previsão inicial, como segue:- PREVISÃO INICIAL OCORRIDO Menor que o previsto Igual ao previsto DÉFICIT PREVISTO Maior que o previsto Equilíbrio Superávit Menor que o previsto Igual ao previsto SUPERÀVIT PREVISTO Maior que o previsto Equilíbrio Déficit Déficit EQUILÍBRIO PREVISTO Equilíbrio Superávit A lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá: o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. A seguir apresentamos um modelo de Orçamento anual: 14 Demonstração das Receitas e Despesas Segundo as Categorias Econômicas $ $ $ $ Receitas Correntes Despesas Correntes Tributária 10.000 De Custeio 25.500 De Contribuições 6.000 Transf. Correntes 6.000 Patrimonial 4.000 Agropecuária 1.000 Industrial 3.000 de Serviços 2.000 Transf. Correntes5.000 Outras 500 Soma 31.500 Soma 31.500 Receitas de Capital Despesas de Capital Oper. de Crédito 10.000 Investimentos 14.400 Alienação de Bens 4.000 Inverções financeiras 2.000 Amortização de Emprest. 2.000 Transf. de Capital 1.000 Transf. de Capital 1.000 Outras 400 Soma 17.400 Soma 17.400 Déficit Orçamentário 0 Superávit Orçamentário 0 Total 48.900 Total 48.900 ORÇAMENTO ANUAL Anexo I da Lei 4.320/64 RECEITA (fonte) DESPESA (função) 15 EXERCÍCIOS - nº 2 1. Apresente uma definição de Orçamento Público? 2. O que é um “Orçamento Programa”? 3. Quais são as etapas para elaboração do “Orçamento Programa”? Comente-as. 4. Cite 3 (três) Princípios Orçamentários. 5. Faça comentários sobre 2 (dois) Princípios Orçamentários. 6. Como boa técnica de elaboração orçamentária as receitas são ________________, e as despesas são ___________________. 7. A efetiva aplicação dos recursos orçamentários, os pagamentos, denomina-se, na contabilidade orçamentária,_____________________________e na contabilidade financeira _______________________________________. 8. Segundo a natureza da diferença entre as somas das receitas e das despesas, o resultado do orçamento poderá ser: 9. Comente as 3 (três) possibilidades de resultado do orçamento público. 10. A lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá: o _________________________, as ________________________________ e os ____________________________________ 16 EXERCÍCIOS - nº 3 Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os Resultados, Corrente e de Capital: Contas Valores Investimentos 1.000 Amortização de Empréstimos 5.000 Tributária - Imposto Sobre Exportação 8.000 Outras Despesas Correntes 25.000 Agropecuária 14.000 Industrial 15.000 Inversões Financeiras 6.000 De Custeio 21.000 Despesas com transferências de Capital 4.000 Tributária - Taxas de Fiscalização Ambiental 2.000 De Serviços 10.000 Operações de Crédito 3.000 Orçamento Anual RECEITAS DESPESAS Soma Soma Soma Soma Sub-total das Receitas Sub-total das Despesas Déficit Orçamentário Superávit Orçamentário Total Total 17 EXERCÍCIOS – nº 4 Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os Resultados, Corrente e de Capital: Contas Valores Despesas com transferências de Capital 1.000 Tributária - Taxas de Fiscalização Ambiental 5.000 Operações de Crédito 8.000 Investimentos 25.000 De Serviços 14.000 De Custeio 15.000 Industrial 6.000 Inversões Financeiras 10.000 Amortização de Empréstimos 4.000 Outras Despesas Correntes 3.000 Tributária - Imposto Sobre Exportação 10.000 Agropecuária 3.000 ORÇAMENTO ANUAL Soma Soma Soma Soma Sub-total Sub-total Total Total 18 EXERCÍCIO - nº 5 Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os resultados Corrente e de Capital: Despesas c/ Transf. de Capital 1.500 Receitas Tributárias 14.000 Receita Industrial 3.500 Despesa de Custeio 29.500 Receita Agropecuária 1.000 Amortização de Empréstimos 2.000 Alienação de Bens 6.000 Investimentos 18.000 Operações de Crédito 11.000 Receita de Contribuições 7.000 Outras Receitas de Capital 500 Inversões Financeiras 3.000 Outras Receitas Correntes 500 Receita de Serviços 2.000 Receita de Transf. de Capital 1.500 Receita Patrimonial 4.000 Receita de Transf. Correntes 6.000 Despesa c/ Transf. Correntes 6.000 ORÇAMENTO ANUAL Soma Soma Soma Soma Sub-total Sub-total Total Total 19 8 COMPOSIÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS: 8.1 PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTO - (PPA) A População aumenta, as cidades desenvolvem-se e, conseqüentemente, as necessidades da população também crescem. Para atender ao aumento da demanda o Governo é obrigado a criar mais hospitais e postos de saúde, mais escolas, aumentar o fornecimento de água e ampliar os serviços de saneamento básico etc. E, para o desenvolvimento econômico, terá de abrir e pavimentar mais estradas e vias urbanas, portos, aeroportos; aprimorar os meios de comunicação; incentivar os centros produtivos; para isso, precisará de mais imóveis, instalações, aparelhamentos, equipamentos, materiais e mais pessoal. Tudo isso resultará em maiores desembolsos de recursos financeiros. Os órgãos de planejamento elaboram esses estudos, definem os novos investimentos, estabelecem seus graus de prioridade; fazem projetos, orçam os custos, traçam os cronogramas físicos e financeiros. Este plano de ampliação dos serviços públicos devidamente ordenado, classificado e sistematizado segundo os graus de prioridade constituindo o que se chama de Plano Plurianual de Investimentos. A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. O PPA é um planejamento com características orçamentárias e tem a duração de quatro anos, cuja vigência se estende até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial e subseqüente, objetivando garantir a continuidade dos planos e programas instituídos pelo governo anterior. PPA x0 x1 x2 x3 x4 x1 x2 x3 x4 Mandato x1 x2 x3 x4 x1 x2 x3 x4 8.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ( LDO ) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridade da administração pública, federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 20 O planejamento do Poder Executivo traçando as metas que o Governo deseja atingir durante o seu mandato, não pode ser posto em prática sem a prévia aprovação do Poder Legislativo. Constitui atribuição do Congresso Nacional examinar, discutir, emendar e aprovar, anualmente, os planos de custeio e de investimentos do Poder Executivo. O conjunto de documentos, sintéticos e analíticos, demonstrando os planos do Governo, enviados ao Legislativo, denomina-se proposta orçamentária. Com a aprovação pelo Poder Legislativo, a proposta orçamentária transforma-se em orçamento público. Após a publicação da lei, o Poder Executivo poderá dar início à execução dos seus planos. 8.3 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL ( LOA ) A Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito. Possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal. O orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível, que traduz, em termos financeiros, para determinado período, os planos e programas de trabalho, ajustando o ritmo de execução ao fluxo de recursos previstos,de modo a assegurar a contínua e oportuna liberação desses recursos. No Brasil, a metodologia utilizada é a denominada de Orçamento-Programa. Essa metodologia foi fortalecida com a implantação do Plano Plurianual 2000-2003, também denominado de Avança Brasil. Segundo o parágrafo 5º do art. 165 da Constituição Federal, a Lei Orçamentária Anual compreenderá: • O orçamento Fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituições e mantidas pelo poder público; • O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e • O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 21 A lei que aprova a receita orçamentária não pode conter matéria estranha ao orçamento; isso significa que a lei orçamentária não disporá sobre assunto que não se relacione estritamente com o orçamento. É o princípio da exclusividade, consagrado na Constituição Brasileira. Pode a lei orçamentária conter autorização ao Poder Executivo para abrir créditos adicionais suplementares e para realizar operações de créditos por antecipação de receitas. A lei do orçamento compreenderá todas as despesas e todas as receitas do Estado, inclusive as de operações de créditos autorizadas em lei. É o princípio da Universalidade. Estimativa da Receita: O cálculo da receita a ser arrecadada no exercício seguinte constitui um trabalho relevante e de responsabilidade, pois a receita orçamentária representa uma importante fonte de recursos par a realização dos programas de trabalho – atividades e projetos – traçados pelo Poder Executivo. Durante a montagem do orçamento, o órgão responsável deve catalogar, de forma sistemática e permanente, informações que auxiliarão no trabalho de estimar as receitas. A Equipe técnica orçamentista precisa ser dotada de suficiente experiência e sensibilidade para pesar bem cada um dos fatores que modificam o valor da receita prevista. 22 EXERCÍCIOS - nº 6 Composição das Leis Orçamentárias. 1) A Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo II (das Finanças Públicas), nos traz na Seção II (dos Orçamentos), em seu artigo 165, que as leis do Poder Executivo estabelecerão três instrumentos do Processo de Planejamento-Orçamento. Quais são eles (as)? R: 2) O _______________________é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem ao atingimento das metas fixadas para um período de ________anos. 3) O que estabelece, de forma regionalizada, a Lei que instituir o Plano Plurianual? R: 4) O que compreende a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)? R: 5) Quem elabora a Lei de Diretrizes Orçamentárias? R: 6) O que é uma proposta orçamentária? R: 7) A __________________ é o orçamento propriamente dito. 8) O planejamento do Poder Executivo não pode ser posto em prática sem a prévia aprovação do _____________________. 9) Quais os orçamentos compreendidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA)? R: 10) –Quando a Lei orçamentária pode abrir créditos adicionais suplementares? R: 11) Quando a proposta orçamentária é aprovada pelo Poder Legislativo, esta se transforma em ______________. 12) A Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 165, § 8º nos diz que “A Lei orçamentária não conterá dispositivos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa [...]”. Esta afirmação se reporta a qual princípio orçamentário? R: 13) Quando o Poder Executivo pode dar inicio à execução de seus Planos? R: 23 14) A Lei do Orçamento compreenderá todas as despesas e receitas do Ente Governamental, inclusive as operações de créditos autorizadas em lei. Qual é o princípio orçamentário que contempla esta afirmação? R: 9 RECEITA PÚBLICA Receita Pública é, no sentido mais amplo, o recolhimento de bens aos cofres públicos. Inicialmente, desdobra-se em dois grandes grupos: Receita Orçamentária e Receita Extra-Orçamentária. Receita Orçamentária: É aquela devidamente discriminada no orçamento público; são os tributos, as rendas, as transferências, as alienações, os retornos de empréstimos e as operações de créditos por prazo superior a doze meses. Classifica-se a receita orçamentária nas categorias econômicas: Receitas correntes e Receitas de Capital. RECEITAS (ENTRADA) TODOS OS RECEBIMENTOS INGRESSOS QUE SERÃO RESTITUÍDOS NO FUTURO INGRESSOS QUE NÃO SERÃO RESTITUÍDOS simples ENTRADAS DE CAIXA RECEITA PÚBLICA 24 ..Receitas Correntes: � Receita tributária Impostos Taxas Contribuição e melhoria Contribuições sociais � Do Patrimônio Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços Transferências correntes A Receita Tributária é composta por Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. Conceitua-se como a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado. A Lei 4.320/64 descreve que: Tributo é a receita derivada, instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição e nas leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. A Receita de Contribuições é também uma fonte das receitas correntes, destinada a arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo. A Receita Patrimonial, Agropecuária e Industrial são fontes que se compõem de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, juros, participações e dividendos; da produção vegetal, animal e de derivado; e da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção. As Receitas de Serviços são outra fonte das receitas correntes que se originam da prestação de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de comunicação e de outros serviços diversos, bem como tarifa de utilização de faróis, aeroportuárias, de pedágio. As Transferências Correntes são outra fonte oriunda de recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de gastos, classificáveis em despesas correntes. Outras Receitas Correntes também são fonte de receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas. 25 .. Receitas de capital; � Operações de Crédito � Amortizações de empréstimos; � Alienações de bens; � Transferências de capital; � Outras receitas de capital. As Operações de Crédito são fontes oriundas da realização de recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e financiamentos, que podem ser internas ou externas.As Amortizações de Empréstimos são fontes das receitas de capital, através das quais se recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito público. As Alienações de Bens são outra fonte das receitas de capital, captadas através da venda de bens patrimoniais móveis e imóveis, e dizem respeito às conversões de bens e valores em espécies, isto é, conversão desses bens e valores em moeda corrente. As Transferências de Capital são outra fonte de recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. Há ainda Outras Receitas de Capital, que é uma fonte das Receitas de Capital destinada a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrável nas fontes anteriores. Receita Extra Orçamentária: É aquela que não integra o orçamento público e, sua realização não se vincula à execução do orçamento e, tão pouco constitui renda para o Estado. É verdade que o dinheiro recebido, a título de receita extra-orçamentária, soma-se as disponibilidades financeiras, mas, em contrapartida, constitui um passivo exigível e, assim sendo, será restituído quando reclamado. 26 São receitas extra-orçamentárias: � Cauções; � Consignações em folha de pagamento; � Retenções na fonte; � Salários não reclamados; � Operações de crédito a curto prazo. Estágios da Receita: A receita orçamentária passa por três fases denominadas de estágios: previsão, arrecadação e recolhimento: � Previsão Trata-se do 1º estágio da receita. É a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exercício. É a individualização, o relacionamento e discriminação da espécie e o seu valor. � Arrecadação Representa o 2º estágio da receita. É o momento em que os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores (bancos e repartições) a fim de liquidarem suas obrigações para com o Estado. � Recolhimento É o 3º estágio da receita e compreende o ato pelo qual os agentes arrecadadores (bancos e repartições) entregam ao tesouro público, o produto da arrecadação. 27 EXERCÍCIOS - nº 7 Receitas Públicas. 1) O que é receita pública? R: 2) Quais são os dois grandes grupos em que se desdobram as Receitas Públicas? R: 3) O que é Receita Orçamentária? R: 4) Quais são as categorias econômicas das Receitas Orçamentárias? R: 5) Cite 5 exemplos de fontes das Receitas Correntes. R: 6) Defina o que são Receitas de Serviços. R: 7) A cobrança de multas, juros de mora e indenizações pertencem a qual categoria econômica e qual fonte de Receitas? R: 8) Quais as fontes que compõem as Receitas de Capital? R: 9) Como podemos classificar o recebimento de uma tarifa de pedágio? R: 10) O que é Receita Extra-Orçamentária? R: 11) Cite 3 exemplos de Receitas Extra-Orçamentárias. R: 28 12) Quais são as três fases da Receita Pública? R: 13) Defina os três estágios da Receita Pública. R: 10 DESPESA PÚBLICA Para manter as necessidades da população, o governo mantém, em pleno funcionamento, uma complexa rede de serviços: escolas, segurança, postos de saúde e hospitais, estradas, saneamento básico, iluminação urbana, justiça, relacionamento com outros países, etc. Tais serviços são custeados pelos Governos dos três níveis, conforme as áreas de suas competências. Os benefícios prestados à população pelo poder público exigem, para sua manutenção, recursos materiais e humanos: materiais de consumo, materiais permanentes, máquinas e equipamentos, instalações, técnicos de vários graus com boa qualificação profissional, cientistas, pesquisadores, auxiliares de diferentes níveis de especialização trabalhadores braçais, etc. Os bens adquiridos e os recursos humanos contratados são pagos pelo Governo. Para enfrentar esses gastos o poder público necessita de recursos financeiros. São os cidadãos, beneficiados pelos serviços postos à sua disposição, que fornecem esses recursos. Cada cidadão contribui com uma quota, calculada segundo suas rendas, suas propriedades e suas atividades; cada contribuinte participa nas despesas públicas conforme suas posses. Uns contribuem com parcelas maiores que outros. Muitos, menos favorecidos pela sua colocação no quadro sócio-econômico, nem mesmo chegam a contribuir, embora usufruam, igualmente, de todos os serviços públicos. Denominam-se despesas públicas os gastos destinados à manutenção dos serviços públicos mencionados. 29 Despesa Pública: Constitui despesa pública, todo pagamento efetuado a qualquer título pelos agentes pagadores. Classifica-se em dois grandes grupos: Despesa Orçamentária e Despesa Extra-Orçamentária. Despesa Orçamentária: É a despesa discriminada e fixada no orçamento público, cuja realização depende de autorização legislativa e que não pode efetivar-se sem o crédito orçamentário correspondente. Divide-se em categorias econômicas: ..Despesas correntes: � Despesas de custeio (destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à lei do orçamento – pessoal, material de consumo, serviços); � Transferências correntes (àquelas que não correspondem a uma contraprestação direta de bens ou serviços – subvenções ). ..Despesas de capital: � Investimentos (necessárias ao planejamento e a execução de obras públicas, aquisição de material permanente, instalações, equipamentos, imóveis para obras); � Inversões financeiras (imóveis, bens de capital, participação no capital de entidades); DESPESAS (SAÍDAS) TODOS OS PAGAMENTOS DESEMBOLSOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO DE INGRESSOS ANTERIORES DESEMBOLSOS QUE NÃO TÊM CORRESPONDÊNCIAS COM ENTRADAS ANTERIORES SIMPLES SAÍDAS DE CAIXA DESPESA PÚBLICA 30 � Transferências de capital (consistem na transferência de bens e ou numerários a outra entidade). Despesa Extra Orçamentária: Considera-se despesa extra-orçamentária os pagamentos que não dependem de autorização do Poder Legislativo, são aquelas que não estão vinculadas ao orçamento público; não integram o orçamento. Correspondem à restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título de receita extra-orçamentária. São exemplos de despesa extra-orçamentária:- � Devoluções de cauções; � Fianças; � Salários não reclamados; � Pagamentos de restos a pagar; � Consignações em folha de pagamentos; � Etc... 10.1 LICITAÇÃO: Lei 8.666/93 As despesas com obras, serviços, inclusive de publicidade e compras da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação. Entretanto, a lei prescreve algumas exceções que dispensam ou tornam inexigível esse procedimento. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 31 probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. No julgamento das propostas serão levadas em conta, conforme o caso, sempre no interesse do serviço público,as condições de qualidade, rendimento, preço, pagamento, prazos e outras previstas no edital ou no convite. Para efeito de licitação de obras, serviços e compras considera-se: Obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; Serviços: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesses para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. As modalidades de licitação são: concorrência; tomada de preços; convite; concurso, leilão e pregão. A concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa a qual afixará em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios, constantes do edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis cuja aquisição 32 haja derivado de procedimentos judiciais, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor de avaliação. Pregão: é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, (compras), qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública. O Artigo 2º da lei 10520/2002, em seu § 1º, permite que o pregão seja realizado por meio de utilização de tecnologia de informação. A Medida provisória 2.182/2001 havia instituído o pregão apenas para a União, que estava sendo considerada inconstitucional, pois deveria atender a todos os Entes Federativos. Com a conversão da MP na Lei 10520/2002, superou-se a questão, tendo sido o pregão aprovado a todas as esferas públicas. Conforme o Artigo 1º , parágrafo único, do Decreto nº 3.555/00, o pregão aplica-se aos fundos especiais, às autarquias, às fundações, às empresas públicas , às sociedade de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União. 10.2 ESTÁGIOS DA DESPESA: Os procedimentos adotados na realização da despesa pública são classificados em grupos que reúnem operações de mesma natureza. Cada um desses grupos é denominado estágios, tanto no período de fixação da despesa como no período de realização da despesa, são constituídos de estágios:- Conforme nos apresenta o Glossário da Secretaria do Tesouro Nacional2, a definição dos estádios da despesa pode ser assim definida: Estágios da Despesa: Os estágios da despesa são: empenho, liquidação e pagamento. Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição; Liquidação: é a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual; Pagamento: é a emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. Embora alguns autores apresentem apenas três estágios para as despesas públicas (empenho, liquidação e pagamento), trabalharemos com as colocações do Professor Heilio Kohama* , que nos apresenta quatro estágios para as despesas públicas, quais sejam: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Detalhando um pouco mais, temos: 2 Disponível na World Wide Web em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/glossario/glossario_e.asp - Acesso em 23/01/2005 * KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública. Teoria e Prática. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 151. 33 A Fixação é na realidade a primeira etapa ou estágio desenvolvido pela despesa orçamentária, é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de Orçamento. Seja dito de passagem que ela é precedida por toda uma gama de procedimentos que vão desde a elaboração das propostas, a mensagem do Poder Executivo, o projeto de lei, a discussão pelo Poder Legislativo e a conseqüente aprovação e promulgação, transformando-a em Lei Orçamentária. Por conseguinte, a Lei de Orçamento é o documento que caracteriza a fixação da despesa orçamentária, ou seja, o instrumento no qual são legalmente fixadas as discriminações e especificações dos créditos orçamentários, que se constitui no corolário da chamada etapa da elaboração desenvolvida pelo ciclo orçamentário. A etapa da elaboração termina com a edição da Lei Orçamentária, que em última análise constitui o estágio da Fixação. � Empenho O Empenho da despesa é um ato emanado de autoridade competente, cria para o poder público a obrigação de pagamento. O empenho gera a obrigação de pagar. Logo, a ausência de empenho não obriga o pagamento. Se uma autoridade administrativa autorizar a realização de uma despesa, sem empenhá-la, a responsabilidade pelo pagamento é sua, pessoal, e não da repartição. Empenhar uma despesa consiste em emitir um documento denominado nota de empenho. São elementos essenciais desse documento: o nome completo do credor; o valor a ser pago; o histórico da despesa ( fazendo referência ao número da concorrência ); o saldo da dotação; etc... � Liquidação Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios de respectivo crédito. Tem por finalidade apurar a origem e o objeto do pagamento, a importância exata e quem se deve efetuar o pagamento. � Pagamento Último estágio da despesa, onde o credor comparece aos agentes pagadores, identifica-se, recebe o seu crédito e dá a competente quitação. 34 10.3 RESTOS A PAGAR: A despesa orçamentária empenhada, mas não paga até o último dia do ano financeiro, é apropriada ao exercício em contrapartida com a conta financeira resíduos passivos ou restos a pagar. O artigo 36, da Lei 4.320/64, assim dispõe: Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. � despesas processadas entende-se aquelas que completaram o estágio liquidação e; � despesas não processadas são aquelas que não concluíram o estágio liquidação, mesmo que nele já tenham ingressado. 10.4 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: O orçamento pode consignar dotação especial para o processamento de despesas relativas a exercícios encerrados. Esse crédito foi criado com a finalidade deeliminar, ou pelo menos de reduzir, abertura de créditos especiais destinados a atender pagamentos de despesas que, por diversas razões, não puderam se pagas em exercícios anteriores. 11 Movimentação de créditos e mecanismos retificadores do orçamento. Aprovado por lei, o orçamento público não pode ser alterado senão por outra lei. Durante a execução orçamentária, o Poder Executivo pode solicitar ao Poder Legislativo, e este conceder, novos créditos orçamentários. Os créditos adicionais aumentam a despesa púbica do exercício, já fixada no orçamento. A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei determina que cada solicitação de crédito adicional será acompanhada da indicação de recursos hábeis. 35 São considerados recursos hábeis:- � Superávit financeiro do ano anterior; � Excesso de arrecadação; � Anulações de dotações orçamentárias e os créditos adicionais; � Operações de créditos autorizadas. Os créditos adicionais, segundo as suas finalidades, classificam-se: � Créditos suplementares; Destinados a reforçar dotação já existente no orçamento em vigor. A fim de evitar freqüentes pedidos de suplementação, a legislação financeira permite que a própria lei orçamentária autorize o Poder Executivo a reajustaras dotações orçamentárias suplementando e reduzindo dentro de um limite percentual estabelecido. � Créditos especiais; Destinados a amparar programas novos que não figuram no orçamento. � Créditos extraordinários; Destinados a atender despesas imprevisíveis e urgentes como as decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade pública. 36 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS RECEITA (fonte) Prevista Realizada Diferença DESPESA (função) Fixada Realizada Diferença Receitas Correntes Despesas Correntes Tributária 10.000 9.000 1.000 De Custeio 25.500 20.500 5.000 De Contribuições 6.000 5.500 500 Transf. Correntes 6.000 5.500 500 Patrimonial 4.000 3.900 100 Agropecuária 1.000 800 200 Industrial 3.000 3.700 (700) de Serviços 2.000 1.500 500 Transf. Correntes 5.000 4.000 1.000 Outras 500 400 100 Soma 31.500 28.800 2.700 Soma 31.500 26.000 5.500 Déficit Corrente Superávit Corrente 2.800 (2.800) Receitas de Capital Despesas de Capital Oper. de Crédito 10.000 9.000 1.000 Investimentos 14.400 11.400 3.000 Alienação de Bens 4.000 5.000 (1.000) Invenções financeiras 2.000 1.500 500 Amortiz. de Emprest. 2.000 1.800 200 Transf. de Capital 1.000 700 300 Transf. de Capital 1.000 800 200 Outras 400 300 100 Soma 17.400 16.900 500 Soma 17.400 13.600 3.800 Déficit de Capital Superávit de Capital 3.300 (3.300) Total 48.900 45.700 3.200 Total 48.900 45.700 3.200 37 EXERCÍCIOS - nº 8 Despesa Pública 1) São os gastos destinados à manutenção dos serviços públicos. Esta afirmação faz referência às ___________________. 2) Constituem despesas públicas: a) todos os recebimentos, a qualquer título, junto aos cofres públicos; b) todos os pagamentos efetuados a qualquer título pelos agentes pagadores; c) todos os pagamentos efetuados pelos agentes receptores; d) todos os encargos financeiros pagos à autoridade competente. 3) As despesas públicas são classificadas em dois grandes grupos: R: ____________________e ___________________________. 4) Podemos dizer que despesa orçamentária é aquela que: a) é discriminada e fixada no orçamento público; b) está relacionada com as entradas no orçamento público; c) é discutida e pode ser recebida de acordo com peça orçamentária; d) é aquela que é fixada pelo Poder Judiciário. 5) Para sua realização, a despesa orçamentária depende da: a) autorização do Poder Judiciário; b) autorização do Poder de Polícia do Estado; c) autorização do Poder Legislativo; d) autorização do Chefe da Casa Civil. 6) Ainda sobre a realização da despesa orçamentária, podemos dizer que ela: a) pode ser efetivada sem o crédito orçamentário correspondente; b) não pode ser aprovada sem a participação do Conselho Orçamentário; c) não pode ser efetivada sem o crédito orçamentário correspondente; d) não pode ser efetivada sem os limites constantes das taxas orçamentárias; 7) As Despesas Orçamentárias estão divididas em duas categorias econômicas: a) despesas correntes e despesas permanentes; b) despesas concorrentes e despesas fixadas; c) despesas bancárias e despesas pré-fixadas; d) despesas correntes e despesas de capital. 8) Compõem as despesas correntes: a) as despesas de investimentos e custeio; b) as despesas de custeio e as transferências de capital; c) as transferências correntes e despesas de custeio; d) as transferências correntes e as despesas com inversões financeiras. 9) Despesas _____________________ são aquelas destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à lei do orçamento: pessoal, material de consumo e serviços. 10) Compõem as despesas de capital: a) as despesas de investimentos, de custeio e inversões financeiras; 38 b) as despesas de custeio, transferências de capital e investimentos; c) as transferências de capital, investimentos e inversões financeiras; d) as transferências correntes, inversões financeiras e transferências de capital. 11) As despesas de ________________________são constituídas pela transferência de bens ou numerários à outra Entidade. 12) As despesas orçamentárias com instalações e imóveis para obras, são classificadas como: a) despesas de custeio; b) despesas de transferências de capital; c) despesas de transferências correntes; d) despesas de investimentos. 13) As despesas públicas consideradas como pagamentos que não dependem de autorização do poder Legislativo e que não estão vinculadas ao orçamento público, são chamadas de: a) despesas não-orçamentárias; b) despesas extra-orçamentárias; c) despesas orçamentárias secundárias; d) despesas extraordinárias; 14) São exemplos de despesas extra-orçamentárias: a) bens de capital, devolução de cauções e fianças; b) fianças, pagamentos de restos a pagar e serviços; c) salários não reclamados, fiança e subvenções; d) fiança; pagamento de restos a pagar e devolução de cauções. 15) As despesas extra-orçamentárias são assim consideradas aquelas que não dependem da autorização do Poder Legislativo, e: a) estão fixadas na peça orçamentária; b) não integram o orçamento; c) devem ser calculadas à taxa de juros de longo prazo (TJLP); d) são fixadas de acordo com as necessidades públicas. 16) A observância da igualdade perante a Lei (isonomia) e a seleção de propostas mais vantajosas para a Administração Pública, são garantidas quando realizamos a: a) Licitação; b) Plenária Orçamentária Popular; c) Tomada de Preços; d) Contabilidade Pública. 17)A licitação ocorrerá quando a Administração Pública tenha que realizar determinadas despesas, contratadas com terceiros, principalmente com: a) obras e salários, inclusive com publicidade e encargos; b) serviços e obras, inclusive com compras e publicidade; c) obras e fianças, inclusive com compras e cauções; d) serviços e obras, inclusive com instalações e salários. 18) As modalidades da licitação são: a) concorrência, convite, tomada de preços, orçamento e leilão; b) convite, concorrência, leilão, concurso e consignações; c) concorrência, levantamento de preços, leilão e fianças; d) concorrência, convite, concurso, tomada de preços e leilão; 19) É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, que devem ser habilitados, possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos pelo edital de execução de seu objeto. Essa modalidade é: a) convite; b) leilão; c) concorrência; d) tomada de preços. 20) ________________é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 21) _______________ é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que tem como uma das atribuições à venda de bens móveis inservíveis para a Administração. 22) _______________ é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico com critérios estabelecidos pelo edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. 39 23) _______________ é a modalidade de licitação utilizada para a alienação de bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais, a quem oferecer lances ao valor da avaliação. 24) Os estágios da despesa são: a) empenho, liquidação e provisão; b) provisão, liquidação e execução; c) empenho, liquidação e pagamento; d) pagamento, previsão e liquidação. 25) O ato emanado da autoridade competente que cria para o poder público uma obrigação de pagamento é o estágio da despesa chamado: a) promissor; b) endosso; c) empenho; d) aceitação. 26) Quando uma autoridade administrativa autorizar a realização de uma despesa, sem empenhá- la, ficará responsável pelo pagamento: a) a repartição na qual a autoridade está localizada; b) a Secretaria do Tesouro; c) ela mesma; d) n.d.a. 27) Empenhar uma despesa é emitir um documento denominado: a) nota de compromisso de pagamento; b) nota de empenho; c) nota de pendência pública; d) nota de pagamento posterior. 28) Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Este estágio da despesa pública é denominado de: a) verificação; b) exame de crédito; c) liquidação; d) pagamento. 29) O estágio da despesa denominado _________________tem por finalidade apurar a origem e o objeto do pagamento, a importância exata e a quem se deve efetuar o pagamento. 30) O estágio da despesa onde o credor comparece aos agentes pagadores, identifica-se, recebe o seu crédito e dá a competente quitação, é: a) liquidação; b) empenho; c) quitação plena; d) pagamento. 31) É a despesa orçamentária empenhada, mas não paga até o ultimo dia do ano financeiro. Essa despesa é classificada como: a) liquidação; b) restos a pagar; c) despesas pendentes; d) despesas pendentes a pagar. 32) A apropriação ao exercício das despesas classificadas como restos a pagar tem uma contrapartida com a conta financeira denominada: a) resíduos compensatórios ou resíduos a compensar; b) pendências a pagar ou resíduos a compensar; c) resíduos passivos ou restos a pagar; d) pendência programada e não paga. 33) As despesas _______________ são aquelas que completaram o estágio liquidação, e as despesas _____________________ são aquelas que: a) não concluíram o estágio do empenho e deverão ser novamente processadas; b) concluíram o estágio da legalização e podem ser liquidadas; c) não concluíram o estágio do processamento e poderão ser empenhadas; d) não concluíram o estágio da liquidação, mesmo que nele já tenham ingressado. 34) A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a Lei determina que cada solicitação de crédito adicional será acompanhada da indicação de recursos hábeis. São recursos hábeis: 40 a) Anulações de dotações orçamentárias, os créditos adicionais e o excesso de arrecadação; b) Superávit financeiro do ano anterior, as receitas programadas e o empenho global; c) o empenho, a liquidação e o pagamento; d) os créditos adicionais, as notas de empenho pendentes e a análise dos custos públicos. 35) Os créditos adicionais, segundo suas finalidades, classificam-se em: a) especiais, extraordinários e suplementares; b) extraordinários, complementares e padronizados; c) suplementares, casuais e estatísticos; d) estatísticos, suplementares e especiais. Demonstração das Variações Orçamentárias RECEITA DESPESA Título Prevista Realizada Diferença Título Fixada Realizada Diferença Corrente Corrente Capital Capital Soma Soma Déficit Superávit Total Total R.O E = 2) Realize as mesmas operações do exercício 1 e apure o Resultado. TítuloTítuloTítuloTítulo ValoresValoresValoresValores TítuloTítuloTítuloTítulo ValoresValoresValoresValores Despesa Corrente Fixada 220.000 Receita Corrente Prevista 200.000 Despesa de Capital Fixada 230.000 Despesa de Capital Realizada 200.000 Receita de Capital Realizada 220.000 Receita de Capital Prevista 260.000 Despesa Corrente Realizada 190.000 Receita Corrente Realizada 180.000 1) Considere as informações abaixo, transporte-as para a planilha da Demonstração, Faça as somas, apure as diferenças, déficit ou superávit (se houver) e apure o Resultado Orçamentário do Exercício (ROE). R.O.E. = Soma das Receitas Realizadas ( - ) a Soma das Despesas Realizadas. Título Valores Título Valores Receita Corrente Prevista 100.000 Despesa Corrente Fixada 100.000 Despesa de Capital Realizada 110.000 Despesa de Capital Fixada 100.000 Receita de Capital Prevista 100.000 Receita de Capital Realizada 110.000 Receita Corrente Realizada 90.000 Despesa Corrente Realizada 95.000 41 Demonstração das Variações Orçamentárias RECEITA DESPESA Título Prevista Realizada Diferença Título Fixada Realizada Diferença Corrente Corrente Capital Capital Soma Soma Déficit Superávit Total Total R.O E = 12 Contabilidade Pública A Contabilidade Pública constitui-se no mais complexo ramo da Ciência Contábil. Mediante a aplicação das normas de escrituração contábil, a Contabilidade Pública, registra a previsão das receitas, a fixação das despesas e as alterações introduzidas no orçamento. Examina as operações de créditos, exerce controle interno acompanhando passo a passo à execução orçamentária, a fim de que ela se processe em conformidade com as normas gerais do Direito Financeiro. Compara a previsão e a execução orçamentária destacando as diferenças.Demonstram em seus relatórios finais, o resultado da execução orçamentária e seus reflexos econômico-financeiros. Mostra as variações patrimoniais resultantes ou não da execução orçamentária e, evidencia as obrigações, os direitos e os bens da entidade. Conceito: Contabilidade Pública é a disciplina que aplica na administração pública, as técnicas de registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do Direito Financeiro. Campo de Atuação: 42 O campo de aplicação da Contabilidade Pública é restrito à administração pública nos seus três níveis de governo: � Governo Federal; � Governo Estadual; � Governo Municipal. É indispensável saber que nos três níveis de governo, União, Estados e Municípios, a contabilidade Pública divide-se em um primeiro plano, em dois graus: Contabilidade Analítica e Contabilidade Sintética. Em segundo plano, divide-se em especializações: Contabilidade Orçamentária, Financeira, Patrimonial e de Compensação. Regime Contábil: O regime contábil será misto, ou seja, de caixa para as Receitas e de competência para as Despesas. Plano de Contas: O plano de contas consiste em uma estruturação ordenada e sistematizada das contas utilizáveis em uma entidade, sua elaboração deve obedecer aos princípios de contabilidade geralmente aceitos e as normas legais aplicáveis em cada caso. O plano conterá as diretrizes gerais e especiais que orientam a feitura dos registros dos fatos ocorridos e dos atos praticados na entidade. 12.1 Estrutura e Critérios de classificação das contas: Um plano de contas compõe-se, basicamente, das seguintes partes: . relação das contas agrupadas segundo suas funções; . descrição da função de cada conta, mostrando claramente o que ela representa; . descrição minuciosa do funcionamento das contas, indicando quando são debitadas ou creditadas, seu relacionamento com outras contas, a natureza do seu saldo e tudo mais que for julgado de utilidade para uso de cada conta; . fluxogramas gerais mostrando as operações básicas e as contas que deverão ser utilizadas em cada registro; . fluxogramas especiais mostrando as operações mais complexas, de funcionamento mais delicado, indicando os procedimentos e os lançamentos específicos para cada caso; . instruções gerais e particulares sobre a elaboração dos relatórios mensais, demonstrativos, análises, balanços, peças acessórias, encerramento das contas, providencias gerais e, etc. A administração pública deve organizar suas contas de conformidade com o padrão legal estabelecido pela Lei Federal 4.320/64 e seus anexos. Essa Lei padroniza a estrutura dos balanços orçamentários, financeiros e patrimoniais, 43 indicando até as denominações dos grupos de contas e de muitas contas de primeiro, segundo e terceiro grau. Deste modo, os planos de contas nos vários níveis de Governo diferem entre si em razão da grandeza orçamentária e dos problemas específicos de cada região do País. Todavia, todos eles obedecem aos padrões legais instituídos pela legislação financeira nacional, os quais sejam:- Grupo I registro da previsão orçamentária, suas alterações, execução orçamentária, comparação entre a previsão e a execução orçamentárias; créditos adicionais e empenhamento da despesa. Grupo II recebimentos e pagamentos das receitas e das despesas orçamentárias e extra-orçamentárias; ativos e passivos financeiros; Grupo III bens móveis, créditos, obrigações, valores, movimento do almoxarifado, inscrição e baixa de ativos e passivos, incorporações e desincorporações de bens independentes da execução orçamentária, isto é, sem movimentação financeira; as superveniências e as insubsistências ativas e passivas; Grupo IV registro de atos que não afetam o patrimônio público; Para cada grupo de registros há contas especiais. Assim, para o grupo I temos as contas orçamentárias, que possuem as mesmas características operacionais das contas de compensação; fazem partida e contrapartida entre si, sem produzirem qualquer variação patrimonial; denomina-se Sistema Orçamentário (SO). Registra à vista do orçamento, a previsão orçamentária e, à vista de leis, decretos ou portarias, as alterações da previsão; registra o empenhamento da despesa e a execução orçamentária. No final do período compara a previsão com a realização, pondo em destaque as diferenças apuradas. Para os registros nesse sistema, serão utilizados os seguintes subgrupos de contas do Ativo Compensado: • 1.9.1 – Execução Orçamentária da Receita; • 1.9.2 – Fixação Orçamentária da Receita; • 2.9.1 – Previsão Orçamentária da Receita; • 2.9.2 – Execução Orçamentária da Despesa Para o grupo II temos as contas chamadas financeiras, registram somente a movimentação de numerários, como por exemplo: contas de tesouraria, bancos, caixa e todas as que com elas se relacionem, quer em partidas quer em contrapartidas, e que representam os débitos e os créditos financeiros, as responsabilidades financeiras, a movimentação de fundos, as receitas e despesas orçamentárias e extra-orçamentárias. Este grupo de contas forma o Sistema Financeiro (SF) ou a Contabilidade Financeira. 44 Para as operações do grupo III, são utilizadas as contas denominadas de contas patrimoniais; elas registram o ativo e o passivo permanente, os bens móveis, imóveis, valores ( ações, títulos, jóias ), a dívida pública, a dívida ativa, os bens industriais, as variações patrimoniais decorrentes ou não da execução orçamentária e o saldo patrimonial. Este grupo de contas forma o Sistema Patrimonial (SP) ou a Contabilidade Patrimonial. O último, o grupo IV, são utilizadas as contas denominadas de compensação; registram o ativo e o passivo compensado, as operações que não produzem de imediato nenhuma variação na equação patrimonial. As contas de compensação representam os bens ou valores do poder público em poder de terceiros, a título de comodato, de empréstimo, de garantia, de cobrança, bem como, sob os mesmos títulos, bens de terceiros sob a guarda do Estado. Este grupo de contas forma o Sistema de Compensação (SC) ou a Contabilidade Patrimonial. Nesse grupo são utilizados os seguintes subgrupos de contas do Ativo e Passivo Compensados: • 1.9.3/2.9.3 – Execução da Programação Financeira; • 1.9.4/2.9.4 – Despesas e Dívidas dos Estados e Municípios; • 1.9.5/2.9.5 – Execução de Restos a Pagar; • 1.9.9/2.9.9 – Compensações Ativas/Passivas Diversas 12.2 Plano de Contas da Administração Pública : 45 SIAFI – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PLANO DE CONTAS – ESTRUTURA CÓD. CONTA S/C NÃO ESCRITURADAS ESCRITURADAS 1.0.0.0.0.00.00 ATIVO 1.1.0.0.0.00.00 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1.0.0.00.00 DISPONÍVEL 1.1.1.1.0.00.00 DISPONÍVEL MOEDA NAC. 1.1.1.1.1.00.00 F CAIXA 1.1.1.1.2.00.00 BANCOS C/ MOVIMENTO 1.1.1.1.2.01.00 CTA ÚNICA DO TES. NAC. 1.1.1.1.2.01.01 F BANCO CENTRAL DO BRASIL 1.1.1.1.2.01.02 F BANCO DO BRASIL 1.1.1.1.2.01.03 F BRADESCO Para facilitar o trabalho de escrituração vamos apresentar o plano de contas até o nível 4. Já que os três níveis anteriores apenas acumulam valores. Acessar http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/MCASP+7%C2%AA%20edi% C3%A7%C3%A3o+Vers%C3%A3o+Final.pdf/6e874adb-44d7-490c-8967-b0acd3923f6d Extrair a 7ª Edição MANUAL DE CONTABILIDADE APLCIADA AO SETOR PÚBLICO. 46 1 S/C ATIVO 1.1 Ativo Circulante 1.1.1. Disponível 1.1.1.1 F Caixa 1.1.1.2 F Bancos Conta Movimento 1.1.1.3 F Aplicações Financeiras 1.1.2 Créditos em Circulação
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