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Apostila+Completa+Contabilidade+Governamental++2019

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CIÊNCIAS 
CONTABEIS 
 
 
Revisão/Atualização, Professor: 
PAULO CÉSAR DE SOUZA. Msc. 
Objetivo: Conceito da Contabilidade 
Pública e sua aplicação, Manual Aplicado 
ao Setor Público – MPCASP 
 
Autor: Professor JOSÉ DIVANIL SPÓSITO 
BERBEL. Msc. 
CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL 
 
 
 
 
2
 
 Parte I – Noções Gerais 
 
1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à 
realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. 
Administrar é gerir os serviços públicos; significa não só prestar serviços, como 
também, dirigir, governar com o objetivo de obter um resultado útil. 
 
 No exercício de sua função fundamental de promover o bem-comum, o 
Estado é a organização política do poder. Pode-se definir, portanto, o Estado 
como a Nação politicamente organizada. O limite espacial dentro do qual o 
Estado exerce de modo efetivo e exclusivo o poder de império sobre as pessoas e 
bens é o conceito de território. Território pode também ser considerado como o 
âmbito de validez da ordenação jurídica, chamada Estado. 
 
 O Brasil, consoante dispositivo inserido no primeiro artigo da Constituição, 
define-se como Estado Federal, através do seguinte texto: 
 
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito, tendo 
como fundamentos: 
 
 I – a soberania; 
 II – a cidadania; 
 III – a dignidade da pessoa humana; 
 IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 V – o pluralismo político. 
 
 
CONCEITO DE ESTADO DE DIREITO: 
 
O Estado de Direito é, por definição, a sociedade civil política e juridicamente 
organizada. Ou seja, governantes e governados devem estar sujeitos à lei. Esta 
estabelece a tripartição do Poder em legislativo, Executivo e Judiciário, e a maneira 
de escolha para os cargos públicos. 
 
Ao Legislativo, e somente a ele, deve caber a elaboração da lei. 
 
Ao Executivo cabe realizar as ações necessárias para que a sociedade 
possa atingir os fins a que se propõe, fins estes estabelecidos em sua lei maior, a 
Constituição (carta magna). 
 
Assim, cabe ao Executivo realizar as ações para concretizar o plano de 
governo que, em princípio, foi aprovado pela sociedade ao elegê-lo. 
 
 
 
 
 
3
Ao Judiciário cabe dirimir as controvérsias surgidas na aplicação da lei ao 
caso concreto, seja entre particulares e o Estado, ou entre os entes federativos 
(União, Estados, Municípios e DistritoFederal). 
 
 
 
2 FINANÇAS PÚBLICAS 
 
O atendimento das necessidades públicas é obtido através de imensa rede 
de serviços mantida pelo Estado; no desempenho dessas atividades, o Governo 
tem de valer-se do trabalho do homem, operando nas mais diferentes 
especializações, e tem de adquirir materiais de consumo e bens permanentes. O 
Governo paga pela obtenção desses recursos. Portanto, precisa procurar e obter a 
quantidade necessária de numerário para efetuar os pagamentos. 
 
 
ATIVIDADE FINANCEIRA: 
 
Para realizar as ações próprias do Estado, como: defesa do território nacional 
(Forças Armadas), acesso de todos à Justiça (Poder Judiciário), saúde, habitação, 
educação, saneamento básico etc., o Estado necessita de recursos financeiros. 
 
Assim, simultaneamente com essas atividades, o Estado exerce mais uma: a 
atividade financeira, que visa obter recursos, gerenciá-los e aplicá-los de acordo 
com a lei. 
 
A atividade financeira do Estado desenvolve-se, basicamente, em três áreas: 
a receita, ou seja, a obtenção dos recursos; a gestão, que é a administração não 
só desses recursos como também de todo o patrimônio do Estado, e a despesa, 
que é a aplicação dos recursos no pagamento das verbas autorizadas no 
orçamento anual. 
 
 
RESPONSABILIDADE FISCAL: 
 
A atividade financeira do Estado vinha sendo regida pela Lei nº 4.320, de 
17-3-64. Entretanto, a Constituição Federal, promulgada em 5-10-88, determinou 
que nova lei complementar disporia sobre finanças públicas (art. 163 da CF). 
 
Essa disposição constitucional só foi atendida com a promulgação da Lei de 
Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar nº 101, de 4-5-2000), que 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal. 
 
A lei complementar é lei de caráter nacional. Portanto, tem vigência sobre 
todo o território nacional. Sobrepõe-se a todas as leis federais, estaduais e 
municipais. 
 
 
 
 
 
4
Hierarquia das Leis: 
 
1º - Constituição Federal 
2º - Emendas à Constituição 
3º - Lei Complementar 
4º - Lei Ordinária 
Por essa razão, obriga a todos os entes federativos, aos Três Poderes, 
Tribunais de Contas e Ministério Público. Obriga também, no âmbito do Poder 
Executivo (federal, estadual e municipal), a administração direta, os fundos, 
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. 
 
As normas da LRF dispõem basicamente sobre: 
 
a) orçamento público - rigoroso equilíbrio entre receita e despesa; 
b) receita pública - previsão e arrecadação; 
c) despesa pública - definições e limites; 
d) endividamento - limites; 
e) gestão patrimonial; 
f) transparência na gestão fiscal - escrituração, consolidação de contas, relatórios, 
prestação de contas e fiscalização. 
 
Os relatórios exigidos pela LRF devem ser disponibilizados, em meio 
eletrônico de acesso público, nos prazos legais, e suas informações devem estar 
fundamentadas na contabilidade. 
 
As normas de contabilidade pública, dispostas na Lei nº 4.320/64, estão 
sendo revisadas por meio de projeto de lei, para atualizá-las e torná-las compatíveis 
com a LRF. 
 
A Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal - LCRF (Lei nº 10.028, de 19-
10-2000) acrescenta ao Código Penal um novo capítulo, que define os crimes 
contra as finanças públicas e estabelece as respectivas penas. 
 
 
3 RECEITA PÚBLICA 
 
No direito financeiro, o conceito de receita pública corresponde a toda a 
entrada de recursos monetários, seja por arrecadação de tributos (impostos, taxas e 
contribuições), que representa variação positiva no patrimônio líquido, seja pela 
obtenção de empréstimo, portanto, endividamento, consistindo em simples permuta 
de valores (troca de dinheiro por obrigação), não produzindo, no ato do empréstimo, 
variação no patrimônio líquido. 
 
A receita pública classifica-se em: 
 
a) receita corrente: a que produz variação positiva no patrimônio líquido, por 
aumento de valor do ativo. Por exemplo: arrecadação de tributos, 
 
 
 
 
5
recebimento de dividendos de sociedades de economia mista ou de 
empresas estatais dependentes etc.; 
 
b) receita de capital: a que corresponde a permuta de valores do ativo por 
valores do passivo. Por exemplo: operações de crédito (tomada de 
empréstimos públicos ou privados), alienação de bens (venda de controle 
acionário de empresas estatais privatizadas) etc. 
 
 
4 DESPESA PÚBLICA 
 
No direito financeiro, o conceito de despesa pública corresponde a toda saída 
de numerário, seja por uma mutação patrimonial diminutiva, que produz uma 
variação negativa no patrimônio líquido, seja por um fato que simplesmente permuta 
valores e que, portanto, não altera o patrimônio líquido. 
 
A despesa pública classifica-se em: 
 
a) despesas correntes: as que produzem variação negativa no patrimônio 
líquido, ou seja, redução de valor do ativo. Por exemplo: despesas de custeio 
(pagamento de pessoal civil e militar, de material de consumo etc.); 
 
b) despesas de capital: as que representam simples permuta de valores do 
ativo. Por exemplo: investimentos (obras públicas, equipamentos e instalações,aquisições de imóveis, concessão de empréstimo etc.). 
 
 
 
5 ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
No direito financeiro, o orçamento é documento fundamental para a atividade 
financeira do Estado. 
 
De acordo com a melhor doutrina, Allomar Baleeiro assim o define: 
 
O orçamento é considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder 
Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento 
dos serviços públicos e outros fins adotado pela política econômica ou geral do país, 
assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. 
 
O orçamento, no Estado de Direito, não é mero documento de caráter 
contábil ou administrativo, mas sim poderoso instrumento de política econômica e 
social que, para sua execução, depende da correta e eficaz alocação dos recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
Existem três leis orçamentárias, de acordo com o art. 165 da CF: 
 
a) orçamento plurianual: é na verdade um plano de metas de política governamental 
que envolve programas de duração prolongada. É uma programação econômica voltada 
para os vários setores de atividade do governo; 
 
 
b) lei de diretrizes orçamentárias: de acordo com o § 22 do art. 165 da CF, 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá 
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento; 
 
 
 
c) orçamento anual: é a que abrange o orçamento fiscal (receitas e despesas), 
referente aos três Poderes da União, fundos, órgãos e entidades de administração direta 
e indireta, fundações instituídas e mantidas pelo poder público, além do orçamento de 
investimentos das empresas estatais, bem como o orçamento da seguridade social. O 
orçamento anual é de um exercício financeiro público, que, no Brasil, desde o tempo do 
Império, coincide com o ano-calendário, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. 
 
 
 
6 DÍVIDA PÚBLICA 
 
A dívida pública é constituída pelos empréstimos que os governos federais, 
estaduais e municipais obtém por meio de operações de crédito, internas ou 
externas. 
 
As operações de crédito com a finalidade de obter empréstimos classificam-se 
em: 
 
a) operações de crédito por antecipação de receita é uma modalidade de 
empréstimo, de curto prazo, que o Estado faz para suprir déficit de caixa. Deve 
ser paga no mesmo exercício financeiro. O Estado oferece em garantia desse 
empréstimo parte da sua receita. Por exemplo: a arrecadação do ICMS de 
determinado período; 
 
b) operações de crédito em geral - são os demais que não resultam de 
antecipação de receita. São empréstimos de longo prazo que objetivam atender, 
em geral, a despesas de capital e tomados mediante colocação, junto a 
investidores nacionais ou estrangeiros, de títulos da dívida pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
CONCEITOS DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO 
 
 
O governo absolutista exerce a atividade financeira a sua vontade, 
livremente, sem restrições; é protegido pelo direito da força. Mas nos Estados de 
Direito, em que os governantes se curvam à força do Direito, a atividade financeira 
é controlada, é exercida dentro de determinadas limitações; a lei estabelece as 
restrições; são as normas constitucionais, são as normas ordinárias, são os 
regulamentos, atos, portarias, ordens de serviço etc. que constituem o complexo 
disciplinador da atividade financeira. 
 
 
A esse conjunto de princípios e normas que regulam a atividade financeira do 
Estado (receita, gestão e despesa) de acordo com a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO), também conhecida como Lei de Meios, e com a Lei de 
Responsabilidade Fiscal, denomina-se Direito Financeiro. 
Entretanto, a receita relativa à arrecadação de tributos (impostos, taxas e 
contribuições) tornou-se tão complexa que as normas que regulam sua imposição e 
arrecadação tiveram que ser separadas do Direito Financeiro para formar um novo 
ramo: o Direito Tributário. 
 
Pode-se, portanto, definir Direito Tributário como o conjunto de princípios 
e normas jurídicas que regem as relações jurídicas entre o Estado e o 
Particular, relativas à instituição e arrecadação dos tributos. 
 
O Direito Público destina-se a regular as relações entre Estado e 
sociedade e o Direito Privado a regular as relações entre os indivíduos da 
sociedade (particulares). 
 
Assim tem-se a seguinte divisão: 
 
DIREITO PÚBLICO –––– DIREITO CONSTITUCIONAL 
Direito Administrativo 
 - Direito Financeiro 
 - Direito Tributário 
Direito Penal 
Direito Judiciário 
DIREITO PRIVADO 
 
 
 
 
8
 Direito Civil 
 Direito Comercial 
 Direito Trabalhista 
 EXERCÍCIOS - nº 1 
 
1) Para viver em sociedade, o homem necessitou de uma entidade de força superior, que 
pudesse fazer regras de conduta. Criou-se, então, o: _________________ 
 
2) A elaboração das leis, é atribuição do: ______________________ 
 
3) “Realizar ações para concretizar o plano de governo que, em princípio, foi aprovado pela 
sociedade ao elegê-lo”. Esta é atribuição do: ____________________ 
 
4) “Dirimir as controvérsias surgidas na aplicação da lei ao caso concreto, seja entre 
particulares e o Estado, ou entre os entes federativos”. 
 Esta é atribuição do: _________________ 
 
5) O Estado desenvolve atividades para suprir as necessidades públicas. O conjunto de 
normas e princípios que regulam a atividade financeira do Estado denomina-se direito: 
__________ 
 
6) A receita relativa à arrecadação de tributos tornou-se tão complexa, que as normas que 
regulam sua imposição e arrecadação tiveram que ser separadas do Direito Financeiro 
para formar um novo ramo, o:______________________ 
 
7) “Série de mecanismos pelos quais o Estado obtém recursos econômico-financeiros, com 
efetivo incremento ao patrimônio público, com ou sem coação legal”. Este conceito 
refere-se á: _______________________ 
 
8) “A que produz variação positiva no patrimônio líquido, por aumento de valor do ativo. 
Por exemplo: arrecadação de tributos, recebimento de dividendos de sociedades de 
economia mista ou de empresas estatais dependentes etc”. 
 Esta definição refere-se á: __________________________ 
 
9) “A que corresponde a permuta de valores do ativo por valores do passivo. Por exemplo: 
operações de crédito (tomada de empréstimos públicos ou privados), alienação de bens 
(venda de controle acionário de empresas estatais privatizadas) etc.”. Esta definição 
refere-se á: _________________________ 
 
10) “Toda saída de numerário, seja por uma mutação patrimonial diminutiva, que produz 
uma variação negativa no patrimônio líquido, seja por um fato que simplesmente 
permuta valores e que, portanto não altera o patrimônio líquido”. Este conceito refere-se 
á: ___________________________ 
 
11) “As que representam simples permuta de valores do ativo. Por exemplo: investimentos 
(obras públicas, equipamentos e instalações, aquisições de imóveis, concessão de 
empréstimos etc.”. Esta definição refere-se á: _________________________ 
 
 
 
 
 
9
12) “As que produzem variação negativa no patrimônio líquido, ou seja, redução de valor 
do ativo. Por exemplo: despesas de custeio (pagamento de pessoal civil e militar, de 
material de consumo etc.”. Este conceito refere-se á: _________________________ 
 
13) “O ______________ é o documento fundamental para a execução da atividade 
financeira do Estado. 
 
14) O orçamento, no Estado de Direito, não é um mero documento de caráter contábil ou 
administrativo, mas sim poderoso instrumento de política econômicae social que para 
sua execução, depende da correta e eficaz alocação dos recursos. Existem três leis 
orçamentárias, de acordo com o art. 165 da Constituição Federal. São elas: 
- ____________________ 
- ____________________ 
- ____________________ 
 
15) A lei que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal, é a ______________________ 
 
 
16) O que é uma Empresa de Economia Mista? Cite 3 (três) exemplos. 
 
 
 
 
 
 
17) O que é uma Autarquia? Cite 2 (dois) exemplos. 
 
 
 
 
 
18) O que é uma Empresa Estatal Dependente? Cite 2 (dois) exemplos. 
 
 
 
 
 
 
19) As operações de crédito com a finalidade de obter empréstimos são chamadas de 
_____________________e classifica-se em: _______________________________ e 
______________________________________________ 
 
 
20) O Direito Público destina-se a regular as relações entre ____________________ e 
__________________________ e o Direito Particular a regular as relações entre os 
__________________________ (particulares). 
 
 
21) Qual o momento em que se Considera instituído o Estado de Direito? 
 
 
 
 
 
 
10
Parte II 
 
7 ORÇAMENTO 
 
 
Conceito 
 
O Orçamento Público surgiu para atuar como instrumento de controle das 
atividades financeiras do Governo. Através de autorização previa, pode o órgão de 
representação popular, exercer ação fiscalizadora sobre a arrecadação e aplicação 
realizadas pelo Poder Executivo. 
 
É um programa de trabalho do poder Executivo, aprovado pelo Poder 
Legislativo, durante um período financeiro que contém planos de custeio dos 
serviços públicos, planos de investimentos, de inversões e planos de obtenção de 
recursos. 
 
Sob o aspecto econômico, segundo o Professor Alberto Deodado: 
 
O orçamento é, na sua mais exata expressão o quadro orgânico da economia pública. É 
o espelho da vida do Estado e, pelas cifras, se conhecem os detalhes de seu processo, 
de sua cultura e de sua civilização. 
 
 
Orçamento Programa 
 
Constitui uma modalidade de orçamento, é um instrumento de planejamento 
no qual a previsão dos recursos financeiros e sua destinação decorrem da 
elaboração de um plano completo, destacando as metas, os objetivos e as intenções 
do Governo durante um período. 
 
A elaboração do orçamento programa abrange quatro etapas: 
 
� Planejamento: é a definição dos objetivos a atingir; 
 
 
� Programação: é a definição das atividades necessárias à consecução dos 
objetivos; 
 
 
� Projeto: é a estimação dos recursos de trabalho necessários à realização 
das atividades; 
 
 
� Orçamentação: é a estimação dos recursos financeiros para pagar a 
utilização dos recursos de trabalho e prever as fontes dos recursos. 
 
 
 
 
 
11
7.1 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Entre os inúmeros princípios, sobressaem-se alguns que são defendidos pela 
maioria dos financistas, entre os quais destacam-se: 
 
� Anualidade ou Periodicidade; 
As previsões de receita e despesa devem sempre se referir a um limitado 
período de tempo; essa regra obriga o Poder Executivo a pedir, 
periodicamente, nova autorização para cobrar tributos e aplicar o produto 
da arrecadação. O período de doze meses tem sido considerado ideal. 
 
� Especificação ou Discriminação; 
Este princípio veda as autorizações globais, tanto para arrecadar tributos 
como para aplicar os recursos financeiros; exige que o plano de cobrança 
dos tributos e programa de custeio e investimentos seja exposto 
detalhadamente. Os sistemas e os graus de especificação são aqueles 
constantes nos anexos da Lei 4.320/64. 
 
� Exclusividade; 
Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária não conterá 
matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. 
 
� Unidade; 
De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve constituir uma só 
peça, compreendendo as receitas e as despesas do exercício, de modo a 
demonstrar, pelo confronto das duas somas, se há equilíbrio, superávit ou 
déficit. 
 
� Universalidade ou Orçamento Bruto; 
De origem francesa, trata-se de requisito essencial a um bom sistema 
orçamentário. A luz do princípio da universalidade, todas as receitas e 
todas as despesas devem ser incluídas no orçamento, tendo por objetivo 
oferecer ao Poder Legislativo controle seguro sobre as operações 
financeiras realizadas pelo Poder Executivo. 
 
� Autorização Prévia, Clareza, Exatidão, Natureza Contábil etc... 
 
 
7.2 TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
 
 
Estimativa da receita 
 
O cálculo da receita a ser arrecadada no exercício seguinte constitui um 
trabalho relevante e de responsabilidade, pois a receita orçamentária representa 
uma importante fonte de recursos para a realização dos programas de trabalho. 
 
 
 
 
12
Os procedimentos adotados na estimação da receita evoluíram, mas ainda 
não existem normas concretas e definitivas que conduzam a uma avaliação exata da 
receita. 
 
O órgão central de orçamento do Ministério do Planejamento, auxiliado pelo 
cadastro fiscal, pela contabilidade, pela administração tributária e por outros órgãos 
da administração, envolvidos no processo arrecadatório, terá condições de definir, 
numa primeira aproximação, o montante da receita a ser arrecadada no exercício 
seguinte. 
 
 
Fixação da despesa 
 
Ao contrário da receita, que é estimada, a despesa é fixada pelo orçamento. 
Deste modo, a realização da receita pode ultrapassar sua previsão, mas a realização 
da despesa encontra seu limite no valor fixado. 
 
Os valores constantes no orçamento, referente às despesas orçamentárias, 
costumam ser denominados; despesa fixada, despesa prevista, despesa autorizada, 
dotação, verba, autorização de despesa, recurso orçamentário, crédito orçamentário 
ou simplesmente crédito. 
 
A efetiva aplicação dos recursos orçamentários, os pagamentos, denomina-
se, na contabilidade orçamentária, despesa realizada e na contabilidade financeira 
despesa paga. 
 
 
7.3 PREVISÃO E RESULTADOS ORÇAMENTÁRIOS: 
 
Segundo a natureza da diferença entre as somas da receita e da despesa, ou 
inexistindo diferença, diz-se que há um déficit previsto, um superávit previsto, ou um 
orçamento equilibrado. 
 
 
 
Déficit 
 Deficitário, o orçamento em que a receita orçada é inferior à 
 despesa autorizada. 
 
Superávit 
 Superavitário, aquele em que a receita estimada supera o total da 
 despesa fixada. 
 
Equilíbrio 
 Considerado equilibrado, o orçamento em que o total da receita 
 prevista coincide com o total da despesa fixada. 
 
 
 
 
 
 
 
13
Todavia, no final do exercício, o resultado financeiro alcançado, após a 
execução orçamentária, poderá coincidir ou não com a previsão inicial, como segue:- 
 
 
 
 
 
PREVISÃO INICIAL OCORRIDO 
 
 Menor que o previsto 
 Igual ao previsto 
DÉFICIT PREVISTO Maior que o previsto 
 Equilíbrio 
 Superávit 
 
 Menor que o previsto 
 Igual ao previsto 
SUPERÀVIT PREVISTO Maior que o previsto 
 Equilíbrio 
 Déficit 
 
 Déficit 
EQUILÍBRIO PREVISTO Equilíbrio 
 Superávit 
 
 
 
 
 
A lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá: o plano plurianual, as 
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. 
 
 
 A seguir apresentamos um modelo de Orçamento anual: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14
 
 
Demonstração das Receitas e Despesas Segundo as Categorias Econômicas
$ $ $ $
Receitas Correntes Despesas Correntes
Tributária 10.000 De Custeio 25.500 
De Contribuições 6.000 Transf. Correntes 6.000 
Patrimonial 4.000 
Agropecuária 1.000 
Industrial 3.000 
de Serviços 2.000 
Transf. Correntes5.000 
Outras 500 
Soma 31.500 Soma 31.500 
Receitas de Capital Despesas de Capital
Oper. de Crédito 10.000 Investimentos 14.400 
Alienação de Bens 4.000 Inverções financeiras 2.000 
Amortização de Emprest. 2.000 Transf. de Capital 1.000 
Transf. de Capital 1.000 
Outras 400 
Soma 17.400 Soma 17.400 
Déficit Orçamentário 0 Superávit Orçamentário 0
Total 48.900 Total 48.900 
ORÇAMENTO ANUAL 
Anexo I da Lei 4.320/64
RECEITA (fonte) DESPESA (função)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15
 EXERCÍCIOS - nº 2 
 
 
1. Apresente uma definição de Orçamento Público? 
 
 
 
2. O que é um “Orçamento Programa”? 
 
 
 
 
3. Quais são as etapas para elaboração do “Orçamento Programa”? Comente-as. 
 
 
 
 
4. Cite 3 (três) Princípios Orçamentários. 
 
 
 
5. Faça comentários sobre 2 (dois) Princípios Orçamentários. 
 
 
 
 
 
6. Como boa técnica de elaboração orçamentária as receitas são ________________, e as 
despesas são ___________________. 
 
 
7. A efetiva aplicação dos recursos orçamentários, os pagamentos, denomina-se, na 
contabilidade orçamentária,_____________________________e na contabilidade 
financeira _______________________________________. 
 
 
8. Segundo a natureza da diferença entre as somas das receitas e das despesas, o 
resultado do orçamento poderá ser: 
 
 
 
9. Comente as 3 (três) possibilidades de resultado do orçamento público. 
 
 
 
10. A lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá: o _________________________, as 
 ________________________________ e os ____________________________________ 
 
 
 
 
 
16
 EXERCÍCIOS - nº 3 
 
Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os Resultados, 
Corrente e de Capital: 
 
Contas Valores 
Investimentos 1.000 
Amortização de Empréstimos 5.000 
Tributária - Imposto Sobre Exportação 8.000 
Outras Despesas Correntes 25.000 
Agropecuária 14.000 
Industrial 15.000 
Inversões Financeiras 6.000 
De Custeio 21.000 
Despesas com transferências de Capital 4.000 
Tributária - Taxas de Fiscalização Ambiental 2.000 
De Serviços 10.000 
Operações de Crédito 3.000 
 
 
Orçamento Anual 
 
 RECEITAS DESPESAS 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
Sub-total das Receitas Sub-total das Despesas 
 
Déficit Orçamentário Superávit Orçamentário 
 
Total Total 
 
 
 
 
 
17
 EXERCÍCIOS – nº 4 
 
Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os Resultados, 
Corrente e de Capital: 
 
Contas Valores 
Despesas com transferências de Capital 1.000 
Tributária - Taxas de Fiscalização Ambiental 5.000 
Operações de Crédito 8.000 
Investimentos 25.000 
De Serviços 14.000 
De Custeio 15.000 
Industrial 6.000 
Inversões Financeiras 10.000 
Amortização de Empréstimos 4.000 
Outras Despesas Correntes 3.000 
Tributária - Imposto Sobre Exportação 10.000 
Agropecuária 3.000 
 
 
 ORÇAMENTO ANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
Sub-total Sub-total 
 
 
 
Total Total 
 
 
 
 
 
18
 EXERCÍCIO - nº 5 
 
 
Classificar as contas, montar o Orçamento Público e apurar os resultados 
Corrente e de Capital: 
 
 
Despesas c/ Transf. de Capital 1.500 Receitas Tributárias 14.000 
Receita Industrial 3.500 Despesa de Custeio 29.500 
Receita Agropecuária 1.000 Amortização de Empréstimos 2.000 
Alienação de Bens 6.000 Investimentos 18.000 
Operações de Crédito 11.000 Receita de Contribuições 7.000 
Outras Receitas de Capital 500 Inversões Financeiras 3.000 
Outras Receitas Correntes 500 Receita de Serviços 2.000 
Receita de Transf. de Capital 1.500 Receita Patrimonial 4.000 
Receita de Transf. Correntes 6.000 Despesa c/ Transf. Correntes 6.000 
 
 ORÇAMENTO ANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
 
 
 
 
 
 
Soma Soma 
 
Sub-total Sub-total 
 
 
 
Total Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
19
8 COMPOSIÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS: 
 
8.1 PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTO - (PPA) 
 
A População aumenta, as cidades desenvolvem-se e, conseqüentemente, as 
necessidades da população também crescem. 
 
Para atender ao aumento da demanda o Governo é obrigado a criar mais 
hospitais e postos de saúde, mais escolas, aumentar o fornecimento de água e 
ampliar os serviços de saneamento básico etc. E, para o desenvolvimento 
econômico, terá de abrir e pavimentar mais estradas e vias urbanas, portos, 
aeroportos; aprimorar os meios de comunicação; incentivar os centros produtivos; 
para isso, precisará de mais imóveis, instalações, aparelhamentos, equipamentos, 
materiais e mais pessoal. Tudo isso resultará em maiores desembolsos de recursos 
financeiros. 
 
Os órgãos de planejamento elaboram esses estudos, definem os novos 
investimentos, estabelecem seus graus de prioridade; fazem projetos, orçam os 
custos, traçam os cronogramas físicos e financeiros. 
 
Este plano de ampliação dos serviços públicos devidamente ordenado, 
classificado e sistematizado segundo os graus de prioridade constituindo o que se 
chama de Plano Plurianual de Investimentos. 
 
A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
O PPA é um planejamento com características orçamentárias e tem a duração 
de quatro anos, cuja vigência se estende até o final do primeiro exercício financeiro 
do mandato presidencial e subseqüente, objetivando garantir a continuidade dos 
planos e programas instituídos pelo governo anterior. 
 
PPA x0 x1 x2 x3 x4 x1 x2 x3 x4 
 
Mandato x1 x2 x3 x4 x1 x2 x3 x4 
 
 
 
8.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ( LDO ) 
 
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridade da 
administração pública, federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
 
 
 
20
O planejamento do Poder Executivo traçando as metas que o Governo deseja 
atingir durante o seu mandato, não pode ser posto em prática sem a prévia 
aprovação do Poder Legislativo. 
 
Constitui atribuição do Congresso Nacional examinar, discutir, emendar e 
aprovar, anualmente, os planos de custeio e de investimentos do Poder Executivo. 
 
O conjunto de documentos, sintéticos e analíticos, demonstrando os planos 
do Governo, enviados ao Legislativo, denomina-se proposta orçamentária. 
 
Com a aprovação pelo Poder Legislativo, a proposta orçamentária 
transforma-se em orçamento público. Após a publicação da lei, o Poder Executivo 
poderá dar início à execução dos seus planos. 
 
 
 
8.3 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL ( LOA ) 
 
A Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito. Possui a 
denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal. O orçamento 
é um processo contínuo, dinâmico e flexível, que traduz, em termos financeiros, para 
determinado período, os planos e programas de trabalho, ajustando o ritmo de 
execução ao fluxo de recursos previstos,de modo a assegurar a contínua e 
oportuna liberação desses recursos. 
 
No Brasil, a metodologia utilizada é a denominada de Orçamento-Programa. 
Essa metodologia foi fortalecida com a implantação do Plano Plurianual 2000-2003, 
também denominado de Avança Brasil. 
 
Segundo o parágrafo 5º do art. 165 da Constituição Federal, a Lei Orçamentária 
Anual compreenderá: 
 
• O orçamento Fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituições e 
mantidas pelo poder público; 
 
• O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e 
 
• O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
 
 
 
 
21
A lei que aprova a receita orçamentária não pode conter matéria estranha ao 
orçamento; isso significa que a lei orçamentária não disporá sobre assunto que não 
se relacione estritamente com o orçamento. É o princípio da exclusividade, 
consagrado na Constituição Brasileira. 
 
Pode a lei orçamentária conter autorização ao Poder Executivo para abrir 
créditos adicionais suplementares e para realizar operações de créditos por 
antecipação de receitas. 
 
A lei do orçamento compreenderá todas as despesas e todas as receitas do 
Estado, inclusive as de operações de créditos autorizadas em lei. É o princípio da 
Universalidade. 
 
 
 
Estimativa da Receita: 
 
O cálculo da receita a ser arrecadada no exercício seguinte constitui um 
trabalho relevante e de responsabilidade, pois a receita orçamentária representa 
uma importante fonte de recursos par a realização dos programas de trabalho – 
atividades e projetos – traçados pelo Poder Executivo. 
 
 
 
Durante a montagem do orçamento, o órgão responsável deve catalogar, de 
forma sistemática e permanente, informações que auxiliarão no trabalho de estimar 
as receitas. A Equipe técnica orçamentista precisa ser dotada de suficiente 
experiência e sensibilidade para pesar bem cada um dos fatores que modificam o 
valor da receita prevista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22
 EXERCÍCIOS - nº 6 
 
 Composição das Leis Orçamentárias. 
 
1) A Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo II (das Finanças Públicas), nos traz na 
Seção II (dos Orçamentos), em seu artigo 165, que as leis do Poder Executivo 
estabelecerão três instrumentos do Processo de Planejamento-Orçamento. Quais são eles 
(as)? 
R: 
 
2) O _______________________é um plano de médio prazo, através do qual procura-se 
ordenar as ações do governo que levem ao atingimento das metas fixadas para um período 
de ________anos. 
 
3) O que estabelece, de forma regionalizada, a Lei que instituir o Plano Plurianual? 
R: 
 
 
4) O que compreende a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)? 
R: 
 
 
5) Quem elabora a Lei de Diretrizes Orçamentárias? 
R: 
 
6) O que é uma proposta orçamentária? 
R: 
 
7) A __________________ é o orçamento propriamente dito. 
 
8) O planejamento do Poder Executivo não pode ser posto em prática sem a prévia 
aprovação do _____________________. 
 
9) Quais os orçamentos compreendidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA)? 
R: 
 
 
10) –Quando a Lei orçamentária pode abrir créditos adicionais suplementares? 
R: 
 
11) Quando a proposta orçamentária é aprovada pelo Poder Legislativo, esta se transforma 
em ______________. 
 
12) A Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 165, § 8º nos diz que “A Lei orçamentária 
não conterá dispositivos estranhos à previsão da receita e fixação da despesa [...]”. Esta 
afirmação se reporta a qual princípio orçamentário? 
R: 
13) Quando o Poder Executivo pode dar inicio à execução de seus Planos? 
R: 
 
 
 
 
 
23
14) A Lei do Orçamento compreenderá todas as despesas e receitas do Ente 
Governamental, inclusive as operações de créditos autorizadas em lei. Qual é o princípio 
orçamentário que contempla esta afirmação? 
R: 
 
 
 
 
 
 
9 RECEITA PÚBLICA 
 
Receita Pública é, no sentido mais amplo, o recolhimento de bens aos cofres 
públicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Inicialmente, desdobra-se em dois grandes grupos: Receita Orçamentária 
e Receita Extra-Orçamentária. 
 
Receita Orçamentária: 
 
É aquela devidamente discriminada no orçamento público; são os tributos, as 
rendas, as transferências, as alienações, os retornos de empréstimos e as 
operações de créditos por prazo superior a doze meses. 
 
Classifica-se a receita orçamentária nas categorias econômicas: 
 
 Receitas correntes e Receitas de Capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITAS 
(ENTRADA) 
TODOS OS 
RECEBIMENTOS 
INGRESSOS QUE SERÃO 
RESTITUÍDOS NO FUTURO 
INGRESSOS QUE NÃO 
SERÃO RESTITUÍDOS 
simples 
ENTRADAS 
DE CAIXA 
RECEITA 
PÚBLICA 
 
 
 
 
24
..Receitas Correntes: 
 
� Receita tributária 
Impostos 
Taxas 
Contribuição e melhoria 
Contribuições sociais 
 
� Do Patrimônio 
Patrimonial 
Agropecuária 
Industrial 
Serviços 
Transferências correntes 
 
 
 A Receita Tributária é composta por Impostos, Taxas e Contribuições de 
Melhoria. Conceitua-se como a resultante da cobrança de tributos pagos pelos 
contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos 
benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado. 
 
 A Lei 4.320/64 descreve que: 
 
Tributo é a receita derivada, instituída pelas entidades de direito público, compreendendo 
os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição e nas leis vigentes em 
matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou 
específicas exercidas por essas entidades. 
 
 A Receita de Contribuições é também uma fonte das receitas correntes, 
destinada a arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, 
destinadas, geralmente, à manutenção dos programas e serviços sociais e de 
interesse coletivo. 
 
 A Receita Patrimonial, Agropecuária e Industrial são fontes que se compõem 
de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao 
Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, juros, participações e 
dividendos; da produção vegetal, animal e de derivado; e da indústria extrativa 
mineral, de transformação e de construção. 
 As Receitas de Serviços são outra fonte das receitas correntes que se 
originam da prestação de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de 
comunicação e de outros serviços diversos, bem como tarifa de utilização de faróis, 
aeroportuárias, de pedágio. 
 
 As Transferências Correntes são outra fonte oriunda de recursos financeiros 
recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao 
atendimento de gastos, classificáveis em despesas correntes. 
 
 Outras Receitas Correntes também são fonte de receitas correntes originárias 
da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida 
ativa e receitas diversas. 
 
 
 
 
25
 
 
 .. Receitas de capital; 
 
� Operações de Crédito 
 
� Amortizações de empréstimos; 
 
� Alienações de bens; 
 
� Transferências de capital; 
 
� Outras receitas de capital. 
 
 As Operações de Crédito são fontes oriundas da realização de recursos 
financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e 
financiamentos, que podem ser internas ou externas.As Amortizações de Empréstimos são fontes das receitas de capital, através 
das quais se recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras 
entidades de direito público. 
 
 As Alienações de Bens são outra fonte das receitas de capital, captadas 
através da venda de bens patrimoniais móveis e imóveis, e dizem respeito às 
conversões de bens e valores em espécies, isto é, conversão desses bens e valores 
em moeda corrente. 
 
 As Transferências de Capital são outra fonte de recursos recebidos de outras 
entidades de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis 
em Despesas de Capital. 
 
 Há ainda Outras Receitas de Capital, que é uma fonte das Receitas de Capital 
destinada a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação 
genérica não enquadrável nas fontes anteriores. 
 
 
 
Receita Extra Orçamentária: 
 
É aquela que não integra o orçamento público e, sua realização não se 
vincula à execução do orçamento e, tão pouco constitui renda para o Estado. 
 
 
É verdade que o dinheiro recebido, a título de receita extra-orçamentária, 
soma-se as disponibilidades financeiras, mas, em contrapartida, constitui um passivo 
exigível e, assim sendo, será restituído quando reclamado. 
 
 
 
 
 
 
 
26
São receitas extra-orçamentárias: 
 
� Cauções; 
 
� Consignações em folha de pagamento; 
 
� Retenções na fonte; 
 
� Salários não reclamados; 
 
� Operações de crédito a curto prazo. 
 
 
Estágios da Receita: 
 
A receita orçamentária passa por três fases denominadas de estágios: 
previsão, arrecadação e recolhimento: 
 
� Previsão 
 
Trata-se do 1º estágio da receita. É a estimativa de quanto se espera 
arrecadar durante o exercício. É a individualização, o relacionamento e 
discriminação da espécie e o seu valor. 
 
� Arrecadação 
 
Representa o 2º estágio da receita. É o momento em que os 
contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores (bancos e 
repartições) a fim de liquidarem suas obrigações para com o Estado. 
 
� Recolhimento 
 
É o 3º estágio da receita e compreende o ato pelo qual os agentes 
arrecadadores (bancos e repartições) entregam ao tesouro público, o 
produto da arrecadação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27
 EXERCÍCIOS - nº 7 
 
 
 
Receitas Públicas. 
 
 
1) O que é receita pública? 
R: 
 
 
2) Quais são os dois grandes grupos em que se desdobram as Receitas Públicas? 
R: 
 
 
3) O que é Receita Orçamentária? 
R: 
 
 
4) Quais são as categorias econômicas das Receitas Orçamentárias? 
R: 
 
 
5) Cite 5 exemplos de fontes das Receitas Correntes. 
R: 
 
 
6) Defina o que são Receitas de Serviços. 
R: 
 
 
7) A cobrança de multas, juros de mora e indenizações pertencem a qual categoria 
econômica e qual fonte de Receitas? 
R: 
 
 
8) Quais as fontes que compõem as Receitas de Capital? 
R: 
 
 
9) Como podemos classificar o recebimento de uma tarifa de pedágio? 
R: 
 
 
10) O que é Receita Extra-Orçamentária? 
R: 
 
 
11) Cite 3 exemplos de Receitas Extra-Orçamentárias. 
R: 
 
 
 
 
28
 
 
12) Quais são as três fases da Receita Pública? 
R: 
 
 
13) Defina os três estágios da Receita Pública. 
R: 
 
 
 
 
 
 
10 DESPESA PÚBLICA 
 
 
 
Para manter as necessidades da população, o governo mantém, em pleno 
funcionamento, uma complexa rede de serviços: escolas, segurança, postos de 
saúde e hospitais, estradas, saneamento básico, iluminação urbana, justiça, 
relacionamento com outros países, etc. 
 
Tais serviços são custeados pelos Governos dos três níveis, conforme as 
áreas de suas competências. 
 
Os benefícios prestados à população pelo poder público exigem, para sua 
manutenção, recursos materiais e humanos: materiais de consumo, materiais 
permanentes, máquinas e equipamentos, instalações, técnicos de vários graus com 
boa qualificação profissional, cientistas, pesquisadores, auxiliares de diferentes 
níveis de especialização trabalhadores braçais, etc. 
 
Os bens adquiridos e os recursos humanos contratados são pagos pelo 
Governo. 
 
Para enfrentar esses gastos o poder público necessita de recursos 
financeiros. São os cidadãos, beneficiados pelos serviços postos à sua disposição, 
que fornecem esses recursos. 
 
Cada cidadão contribui com uma quota, calculada segundo suas rendas, suas 
propriedades e suas atividades; cada contribuinte participa nas despesas públicas 
conforme suas posses. Uns contribuem com parcelas maiores que outros. Muitos, 
menos favorecidos pela sua colocação no quadro sócio-econômico, nem mesmo 
chegam a contribuir, embora usufruam, igualmente, de todos os serviços públicos. 
 
 
Denominam-se despesas públicas os gastos destinados à manutenção 
dos serviços públicos mencionados. 
 
 
 
 
 
29
 
 
Despesa Pública: 
 
 
Constitui despesa pública, todo pagamento efetuado a qualquer título pelos 
agentes pagadores. Classifica-se em dois grandes grupos: Despesa Orçamentária e 
Despesa Extra-Orçamentária. 
 
 
 
 
 
 
Despesa Orçamentária: 
 
 
É a despesa discriminada e fixada no orçamento público, cuja realização 
depende de autorização legislativa e que não pode efetivar-se sem o crédito 
orçamentário correspondente. 
 
Divide-se em categorias econômicas: 
 
 
..Despesas correntes: 
 
� Despesas de custeio (destinadas à manutenção dos serviços criados 
anteriormente à lei do orçamento – pessoal, material de consumo, 
serviços); 
 
� Transferências correntes (àquelas que não correspondem a uma 
contraprestação direta de bens ou serviços – subvenções ). 
 
..Despesas de capital: 
 
� Investimentos (necessárias ao planejamento e a execução de obras 
públicas, aquisição de material permanente, instalações, equipamentos, 
imóveis para obras); 
 
� Inversões financeiras (imóveis, bens de capital, participação no capital 
de entidades); 
DESPESAS 
(SAÍDAS) 
TODOS OS 
PAGAMENTOS 
DESEMBOLSOS RELATIVOS 
À RESTITUIÇÃO DE 
INGRESSOS ANTERIORES 
DESEMBOLSOS QUE NÃO TÊM 
CORRESPONDÊNCIAS COM 
ENTRADAS ANTERIORES 
SIMPLES 
SAÍDAS 
DE CAIXA 
DESPESA 
PÚBLICA 
 
 
 
 
30
 
 
� Transferências de capital (consistem na transferência de bens e ou 
numerários a outra entidade). 
 
 
 
 
 
Despesa Extra Orçamentária: 
 
 
Considera-se despesa extra-orçamentária os pagamentos que não 
dependem de autorização do Poder Legislativo, são aquelas que não estão 
vinculadas ao orçamento público; não integram o orçamento. 
 
Correspondem à restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título 
de receita extra-orçamentária. 
 
São exemplos de despesa extra-orçamentária:- 
 
 
� Devoluções de cauções; 
 
� Fianças; 
 
� Salários não reclamados; 
 
� Pagamentos de restos a pagar; 
 
� Consignações em folha de pagamentos; 
 
� Etc... 
 
 
 
10.1 LICITAÇÃO: Lei 8.666/93 
 
 
 As despesas com obras, serviços, inclusive de publicidade e compras da 
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão 
necessariamente precedidas de licitação. Entretanto, a lei prescreve algumas 
exceções que dispensam ou tornam inexigível esse procedimento. 
 
 A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
 
 
 
 
31
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos. 
 
 No julgamento das propostas serão levadas em conta, conforme o caso, 
sempre no interesse do serviço público,as condições de qualidade, rendimento, 
preço, pagamento, prazos e outras previstas no edital ou no convite. 
 
 
 Para efeito de licitação de obras, serviços e compras considera-se: 
 
 Obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, 
realizada por execução direta ou indireta; 
 
 Serviços: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de 
interesses para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, 
montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, 
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; 
 
 Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só 
vez ou parceladamente. 
 
As modalidades de licitação são: concorrência; tomada de preços; 
convite; concurso, leilão e pregão. 
 
A concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir requisitos mínimos 
de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. 
 
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, 
observada a necessária qualificação. 
 
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a 
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três 
pela unidade administrativa a qual afixará em local apropriado, cópia do instrumento 
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente 
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da 
apresentação das propostas. 
 
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a 
escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios 
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios, constantes do edital publicado 
na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. 
 
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda 
de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente 
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis cuja aquisição 
 
 
 
 
32
haja derivado de procedimentos judiciais, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor de avaliação. 
 
 
 Pregão: é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços 
comuns, (compras), qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a 
disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública. 
O Artigo 2º da lei 10520/2002, em seu § 1º, permite que o pregão seja realizado por 
meio de utilização de tecnologia de informação. A Medida provisória 2.182/2001 
havia instituído o pregão apenas para a União, que estava sendo considerada 
inconstitucional, pois deveria atender a todos os Entes Federativos. Com a 
conversão da MP na Lei 10520/2002, superou-se a questão, tendo sido o pregão 
aprovado a todas as esferas públicas. Conforme o Artigo 1º , parágrafo único, do 
Decreto nº 3.555/00, o pregão aplica-se aos fundos especiais, às autarquias, às 
fundações, às empresas públicas , às sociedade de economia mista e às demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União. 
 
 
10.2 ESTÁGIOS DA DESPESA: 
 
 
Os procedimentos adotados na realização da despesa pública são 
classificados em grupos que reúnem operações de mesma natureza. Cada um 
desses grupos é denominado estágios, tanto no período de fixação da despesa 
como no período de realização da despesa, são constituídos de estágios:- 
 
Conforme nos apresenta o Glossário da Secretaria do Tesouro Nacional2, a 
definição dos estádios da despesa pode ser assim definida: 
 
 Estágios da Despesa: Os estágios da despesa são: empenho, liquidação e 
 pagamento. Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o 
 estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição; 
 Liquidação: é a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva 
 do cumprimento contratual; Pagamento: é a emissão do cheque ou ordem bancária 
 em favor do credor. 
 
 Embora alguns autores apresentem apenas três estágios para as 
despesas públicas (empenho, liquidação e pagamento), trabalharemos com 
as colocações do Professor Heilio Kohama* , que nos apresenta quatro 
estágios para as despesas públicas, quais sejam: fixação, empenho, 
liquidação e pagamento. 
 
 Detalhando um pouco mais, temos: 
 
 
2 Disponível na World Wide Web em: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/glossario/glossario_e.asp - Acesso em 23/01/2005 
* KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública. Teoria e Prática. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 151. 
 
 
 
 
 
33
 A Fixação é na realidade a primeira etapa ou estágio desenvolvido 
pela despesa orçamentária, é cumprida por ocasião da edição da 
discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de 
Orçamento. Seja dito de passagem que ela é precedida por toda uma gama 
de procedimentos que vão desde a elaboração das propostas, a mensagem 
do Poder Executivo, o projeto de lei, a discussão pelo Poder Legislativo 
e a conseqüente aprovação e promulgação, transformando-a em Lei 
Orçamentária. 
 
 Por conseguinte, a Lei de Orçamento é o documento que caracteriza a 
fixação da despesa orçamentária, ou seja, o instrumento no qual são 
legalmente fixadas as discriminações e especificações dos créditos 
orçamentários, que se constitui no corolário da chamada etapa da elaboração 
desenvolvida pelo ciclo orçamentário. A etapa da elaboração termina com a 
edição da Lei Orçamentária, que em última análise constitui o estágio da 
Fixação. 
 
 
� Empenho 
 
O Empenho da despesa é um ato emanado de autoridade competente, 
cria para o poder público a obrigação de pagamento. O empenho gera a 
obrigação de pagar. Logo, a ausência de empenho não obriga o 
pagamento. 
 
Se uma autoridade administrativa autorizar a realização de uma 
despesa, sem empenhá-la, a responsabilidade pelo pagamento é sua, 
pessoal, e não da repartição. 
 
Empenhar uma despesa consiste em emitir um documento 
denominado nota de empenho. São elementos essenciais desse 
documento: o nome completo do credor; o valor a ser pago; o histórico da 
despesa ( fazendo referência ao número da concorrência ); o saldo da 
dotação; etc... 
 
� Liquidação 
 
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base 
os títulos e documentos comprobatórios de respectivo crédito. Tem por 
finalidade apurar a origem e o objeto do pagamento, a importância exata e 
quem se deve efetuar o pagamento. 
 
� Pagamento 
 
Último estágio da despesa, onde o credor comparece aos agentes 
pagadores, identifica-se, recebe o seu crédito e dá a competente quitação. 
 
 
 
 
 
 
 
34
10.3 RESTOS A PAGAR: 
 
 
A despesa orçamentária empenhada, mas não paga até o último dia do 
ano financeiro, é apropriada ao exercício em contrapartida com a conta financeira 
resíduos passivos ou restos a pagar. 
 
O artigo 36, da Lei 4.320/64, assim dispõe: 
 
Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 
de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. 
 
� despesas processadas entende-se aquelas que completaram o estágio liquidação e; 
 
� despesas não processadas são aquelas que não concluíram o estágio liquidação, 
mesmo que nele já tenham ingressado. 
 
 
 
 
10.4 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: 
 
 
O orçamento pode consignar dotação especial para o processamento de 
despesas relativas a exercícios encerrados. 
 
 
Esse crédito foi criado com a finalidade deeliminar, ou pelo menos de reduzir, 
abertura de créditos especiais destinados a atender pagamentos de despesas que, 
por diversas razões, não puderam se pagas em exercícios anteriores. 
 
 
 
11 Movimentação de créditos e mecanismos retificadores do 
orçamento. 
 
 
Aprovado por lei, o orçamento público não pode ser alterado senão por 
outra lei. 
 
Durante a execução orçamentária, o Poder Executivo pode solicitar ao Poder 
Legislativo, e este conceder, novos créditos orçamentários. 
 
Os créditos adicionais aumentam a despesa púbica do exercício, já fixada no 
orçamento. 
 
A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei 
determina que cada solicitação de crédito adicional será acompanhada da 
indicação de recursos hábeis. 
 
 
 
 
35
 
 
 
São considerados recursos hábeis:- 
 
� Superávit financeiro do ano anterior; 
� Excesso de arrecadação; 
� Anulações de dotações orçamentárias e os créditos adicionais; 
� Operações de créditos autorizadas. 
 
 
Os créditos adicionais, segundo as suas finalidades, classificam-se: 
 
 
� Créditos suplementares; 
Destinados a reforçar dotação já existente no orçamento em vigor. 
A fim de evitar freqüentes pedidos de suplementação, a legislação 
financeira permite que a própria lei orçamentária autorize o Poder 
Executivo a reajustaras dotações orçamentárias suplementando e 
reduzindo dentro de um limite percentual estabelecido. 
 
 
� Créditos especiais; 
Destinados a amparar programas novos que não figuram no orçamento. 
 
 
 
� Créditos extraordinários; 
Destinados a atender despesas imprevisíveis e urgentes como as 
decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36
 
 
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS 
 
RECEITA (fonte) Prevista Realizada Diferença DESPESA (função) Fixada Realizada Diferença 
Receitas Correntes Despesas Correntes 
Tributária 10.000 9.000 1.000 De Custeio 
 
25.500 20.500 5.000 
De Contribuições 6.000 5.500 500 Transf. Correntes 6.000 5.500 
 
500 
Patrimonial 4.000 3.900 100 
Agropecuária 1.000 800 200 
Industrial 3.000 3.700 (700) 
de Serviços 2.000 1.500 500 
Transf. Correntes 5.000 4.000 1.000 
Outras 500 400 100 
Soma 31.500 28.800 2.700 Soma 31.500 26.000 5.500 
 
Déficit Corrente Superávit Corrente 2.800 (2.800) 
 
Receitas de Capital Despesas de Capital 
Oper. de Crédito 10.000 9.000 1.000 Investimentos 14.400 11.400 3.000 
Alienação de Bens 4.000 5.000 (1.000) Invenções financeiras 2.000 1.500 
 
500 
Amortiz. de Emprest. 2.000 1.800 200 Transf. de Capital 1.000 700 
 
300 
Transf. de Capital 1.000 800 200 
Outras 400 300 100 
Soma 17.400 16.900 500 Soma 17.400 13.600 3.800 
 
Déficit de Capital Superávit de Capital 3.300 (3.300) 
 
Total 48.900 45.700 3.200 Total 48.900 45.700 3.200 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37
 EXERCÍCIOS - nº 8 
 
 
Despesa Pública 
 
 
 
1) São os gastos destinados à manutenção dos serviços públicos. Esta afirmação faz referência às 
___________________. 
 
 
2) Constituem despesas públicas: 
 a) todos os recebimentos, a qualquer título, junto aos cofres públicos; 
 b) todos os pagamentos efetuados a qualquer título pelos agentes pagadores; 
 c) todos os pagamentos efetuados pelos agentes receptores; 
 d) todos os encargos financeiros pagos à autoridade competente. 
 
3) As despesas públicas são classificadas em dois grandes grupos: 
R: ____________________e ___________________________. 
 
 
4) Podemos dizer que despesa orçamentária é aquela que: 
 a) é discriminada e fixada no orçamento público; 
 b) está relacionada com as entradas no orçamento público; 
 c) é discutida e pode ser recebida de acordo com peça orçamentária; 
 d) é aquela que é fixada pelo Poder Judiciário. 
 
5) Para sua realização, a despesa orçamentária depende da: 
 a) autorização do Poder Judiciário; 
 b) autorização do Poder de Polícia do Estado; 
 c) autorização do Poder Legislativo; 
 d) autorização do Chefe da Casa Civil. 
 
6) Ainda sobre a realização da despesa orçamentária, podemos dizer que ela: 
 a) pode ser efetivada sem o crédito orçamentário correspondente; 
 b) não pode ser aprovada sem a participação do Conselho Orçamentário; 
 c) não pode ser efetivada sem o crédito orçamentário correspondente; 
 d) não pode ser efetivada sem os limites constantes das taxas orçamentárias; 
 
7) As Despesas Orçamentárias estão divididas em duas categorias econômicas: 
 a) despesas correntes e despesas permanentes; 
 b) despesas concorrentes e despesas fixadas; 
 c) despesas bancárias e despesas pré-fixadas; 
 d) despesas correntes e despesas de capital. 
 
8) Compõem as despesas correntes: 
 a) as despesas de investimentos e custeio; 
 b) as despesas de custeio e as transferências de capital; 
 c) as transferências correntes e despesas de custeio; 
 d) as transferências correntes e as despesas com inversões financeiras. 
 
9) Despesas _____________________ são aquelas destinadas à manutenção dos serviços criados 
anteriormente à lei do orçamento: pessoal, material de consumo e serviços. 
 
10) Compõem as despesas de capital: 
 a) as despesas de investimentos, de custeio e inversões financeiras; 
 
 
 
 
38
 b) as despesas de custeio, transferências de capital e investimentos; 
 c) as transferências de capital, investimentos e inversões financeiras; 
 d) as transferências correntes, inversões financeiras e transferências de capital. 
 
11) As despesas de ________________________são constituídas pela transferência de bens ou 
numerários à outra Entidade. 
 
12) As despesas orçamentárias com instalações e imóveis para obras, são classificadas como: 
 a) despesas de custeio; b) despesas de transferências de capital; 
 c) despesas de transferências correntes; d) despesas de investimentos. 
 
13) As despesas públicas consideradas como pagamentos que não dependem de autorização do 
poder Legislativo e que não estão vinculadas ao orçamento público, são chamadas de: 
 a) despesas não-orçamentárias; b) despesas extra-orçamentárias; 
 c) despesas orçamentárias secundárias; d) despesas extraordinárias; 
 
14) São exemplos de despesas extra-orçamentárias: 
 a) bens de capital, devolução de cauções e fianças; 
 b) fianças, pagamentos de restos a pagar e serviços; 
 c) salários não reclamados, fiança e subvenções; 
 d) fiança; pagamento de restos a pagar e devolução de cauções. 
 
15) As despesas extra-orçamentárias são assim consideradas aquelas que não dependem da 
autorização do Poder Legislativo, e: 
 a) estão fixadas na peça orçamentária; 
 b) não integram o orçamento; 
 c) devem ser calculadas à taxa de juros de longo prazo (TJLP); 
 d) são fixadas de acordo com as necessidades públicas. 
 
16) A observância da igualdade perante a Lei (isonomia) e a seleção de propostas mais vantajosas 
para a Administração Pública, são garantidas quando realizamos a: 
 a) Licitação; b) Plenária Orçamentária Popular; 
 c) Tomada de Preços; d) Contabilidade Pública. 
 
17)A licitação ocorrerá quando a Administração Pública tenha que realizar determinadas despesas, 
contratadas com terceiros, principalmente com: 
 a) obras e salários, inclusive com publicidade e encargos; 
 b) serviços e obras, inclusive com compras e publicidade; 
 c) obras e fianças, inclusive com compras e cauções; 
 d) serviços e obras, inclusive com instalações e salários. 
 
18) As modalidades da licitação são: 
 a) concorrência, convite, tomada de preços, orçamento e leilão; 
 b) convite, concorrência, leilão, concurso e consignações; 
 c) concorrência, levantamento de preços, leilão e fianças; 
 d) concorrência, convite, concurso, tomada de preços e leilão; 
 
19) É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, que devem ser habilitados, possuir 
requisitos mínimos de qualificação exigidos pelo edital de execução de seu objeto. Essa modalidade 
é: 
 a) convite; b) leilão; c) concorrência; d) tomada de preços. 
 
20) ________________é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados 
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data de recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
 
21) _______________ é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que tem como 
uma das atribuições à venda de bens móveis inservíveis para a Administração. 
 
22) _______________ é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico com critérios estabelecidos pelo edital publicado na imprensa 
oficial com antecedência mínima de 45 dias. 
 
 
 
 
39
 
23) _______________ é a modalidade de licitação utilizada para a alienação de bens imóveis, cuja 
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais, a quem oferecer lances ao valor da avaliação. 
 
24) Os estágios da despesa são: 
 a) empenho, liquidação e provisão; b) provisão, liquidação e execução; 
 c) empenho, liquidação e pagamento; d) pagamento, previsão e liquidação. 
 
25) O ato emanado da autoridade competente que cria para o poder público uma obrigação de 
pagamento é o estágio da despesa chamado: 
 a) promissor; b) endosso; c) empenho; d) aceitação. 
 
26) Quando uma autoridade administrativa autorizar a realização de uma despesa, sem empenhá-
la, ficará responsável pelo pagamento: 
 a) a repartição na qual a autoridade está localizada; b) a Secretaria do Tesouro; 
 c) ela mesma; d) n.d.a. 
 
27) Empenhar uma despesa é emitir um documento denominado: 
 a) nota de compromisso de pagamento; b) nota de empenho; 
 c) nota de pendência pública; d) nota de pagamento posterior. 
 
28) Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Este estágio da despesa pública é denominado 
de: 
 a) verificação; b) exame de crédito; 
 c) liquidação; d) pagamento. 
 
29) O estágio da despesa denominado _________________tem por finalidade apurar a origem e o 
objeto do pagamento, a importância exata e a quem se deve efetuar o pagamento. 
 
30) O estágio da despesa onde o credor comparece aos agentes pagadores, identifica-se, recebe o 
seu crédito e dá a competente quitação, é: 
 a) liquidação; b) empenho; 
 c) quitação plena; d) pagamento. 
 
31) É a despesa orçamentária empenhada, mas não paga até o ultimo dia do ano financeiro. Essa 
despesa é classificada como: 
 a) liquidação; b) restos a pagar; 
 c) despesas pendentes; d) despesas pendentes a pagar. 
 
32) A apropriação ao exercício das despesas classificadas como restos a pagar tem uma 
contrapartida com a conta financeira denominada: 
 a) resíduos compensatórios ou resíduos a compensar; 
 b) pendências a pagar ou resíduos a compensar; 
 c) resíduos passivos ou restos a pagar; 
 d) pendência programada e não paga. 
 
33) As despesas _______________ são aquelas que completaram o estágio liquidação, e as 
despesas _____________________ são aquelas que: 
 
 a) não concluíram o estágio do empenho e deverão ser novamente processadas; 
 b) concluíram o estágio da legalização e podem ser liquidadas; 
 c) não concluíram o estágio do processamento e poderão ser empenhadas; 
 d) não concluíram o estágio da liquidação, mesmo que nele já tenham ingressado. 
 
 
 
 
 
34) A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a Lei determina que cada 
solicitação de crédito adicional será acompanhada da indicação de recursos hábeis. São recursos 
hábeis: 
 
 
 
 
40
 
 a) Anulações de dotações orçamentárias, os créditos adicionais e o excesso de arrecadação; 
 b) Superávit financeiro do ano anterior, as receitas programadas e o empenho global; 
 c) o empenho, a liquidação e o pagamento; 
 d) os créditos adicionais, as notas de empenho pendentes e a análise dos custos públicos. 
 
35) Os créditos adicionais, segundo suas finalidades, classificam-se em: 
 a) especiais, extraordinários e suplementares; 
 b) extraordinários, complementares e padronizados; 
 c) suplementares, casuais e estatísticos; 
 d) estatísticos, suplementares e especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Demonstração das Variações Orçamentárias 
RECEITA DESPESA 
Título Prevista Realizada Diferença Título Fixada Realizada Diferença 
Corrente 
 
Corrente 
 
 
Capital 
 
Capital 
 
 
Soma Soma 
Déficit 
 
Superávit 
 
 
Total Total 
 
R.O E = 
 
 
 
 
 
 
 2) Realize as mesmas operações do exercício 1 e apure o Resultado. 
 
TítuloTítuloTítuloTítulo ValoresValoresValoresValores TítuloTítuloTítuloTítulo ValoresValoresValoresValores 
Despesa Corrente Fixada 220.000 Receita Corrente Prevista 200.000 
Despesa de Capital Fixada 230.000 Despesa de Capital Realizada 200.000 
Receita de Capital Realizada 220.000 Receita de Capital Prevista 260.000 
Despesa Corrente Realizada 190.000 Receita Corrente Realizada 180.000 
 1) Considere as informações abaixo, transporte-as para a planilha da Demonstração, 
 Faça as somas, apure as diferenças, déficit ou superávit (se houver) e apure o Resultado 
 Orçamentário do Exercício (ROE). 
R.O.E. = Soma das Receitas Realizadas ( - ) a Soma das Despesas Realizadas. 
Título Valores Título Valores 
Receita Corrente Prevista 100.000 Despesa Corrente Fixada 100.000 
Despesa de Capital Realizada 110.000 Despesa de Capital Fixada 100.000 
Receita de Capital Prevista 100.000 Receita de Capital Realizada 110.000 
Receita Corrente Realizada 90.000 Despesa Corrente Realizada 95.000 
 
 
 
 
41
 
Demonstração das Variações Orçamentárias 
RECEITA DESPESA 
Título Prevista Realizada Diferença Título Fixada Realizada Diferença 
Corrente 
 
Corrente 
 
 
Capital 
 
Capital 
 
 
Soma Soma 
Déficit 
 
Superávit 
 
 
Total Total 
 
R.O E = 
 
 
 
 
 
12 Contabilidade Pública 
 
 
A Contabilidade Pública constitui-se no mais complexo ramo da Ciência 
Contábil. Mediante a aplicação das normas de escrituração contábil, a Contabilidade 
Pública, registra a previsão das receitas, a fixação das despesas e as alterações 
introduzidas no orçamento. Examina as operações de créditos, exerce controle 
interno acompanhando passo a passo à execução orçamentária, a fim de que ela se 
processe em conformidade com as normas gerais do Direito Financeiro. Compara a 
previsão e a execução orçamentária destacando as diferenças.Demonstram em 
seus relatórios finais, o resultado da execução orçamentária e seus reflexos 
econômico-financeiros. Mostra as variações patrimoniais resultantes ou não da 
execução orçamentária e, evidencia as obrigações, os direitos e os bens da 
entidade. 
 
 
Conceito: 
 
Contabilidade Pública é a disciplina que aplica na administração pública, as 
técnicas de registros e apurações contábeis em harmonia com as normas gerais do 
Direito Financeiro. 
 
Campo de Atuação: 
 
 
 
 
 
42
O campo de aplicação da Contabilidade Pública é restrito à administração 
pública nos seus três níveis de governo: 
 
� Governo Federal; 
� Governo Estadual; 
� Governo Municipal. 
 
É indispensável saber que nos três níveis de governo, União, Estados e 
Municípios, a contabilidade Pública divide-se em um primeiro plano, em dois graus: 
Contabilidade Analítica e Contabilidade Sintética. Em segundo plano, divide-se em 
especializações: Contabilidade Orçamentária, Financeira, Patrimonial e de 
Compensação. 
 
Regime Contábil: 
 
O regime contábil será misto, ou seja, de caixa para as Receitas e de 
competência para as Despesas. 
 
Plano de Contas: 
 
O plano de contas consiste em uma estruturação ordenada e sistematizada 
das contas utilizáveis em uma entidade, sua elaboração deve obedecer aos 
princípios de contabilidade geralmente aceitos e as normas legais aplicáveis em 
cada caso. O plano conterá as diretrizes gerais e especiais que orientam a feitura 
dos registros dos fatos ocorridos e dos atos praticados na entidade. 
 
12.1 Estrutura e Critérios de classificação das contas: 
 
Um plano de contas compõe-se, basicamente, das seguintes partes: 
 
. relação das contas agrupadas segundo suas funções; 
. descrição da função de cada conta, mostrando claramente o que ela representa; 
. descrição minuciosa do funcionamento das contas, indicando quando são 
debitadas ou creditadas, seu relacionamento com outras contas, a natureza do 
seu saldo e tudo mais que for julgado de utilidade para uso de cada conta; 
. fluxogramas gerais mostrando as operações básicas e as contas que deverão ser 
utilizadas em cada registro; 
. fluxogramas especiais mostrando as operações mais complexas, de 
funcionamento mais delicado, indicando os procedimentos e os lançamentos 
específicos para cada caso; 
. instruções gerais e particulares sobre a elaboração dos relatórios mensais, 
demonstrativos, análises, balanços, peças acessórias, encerramento das contas, 
providencias gerais e, etc. 
 
 
A administração pública deve organizar suas contas de conformidade com o 
padrão legal estabelecido pela Lei Federal 4.320/64 e seus anexos. Essa Lei 
padroniza a estrutura dos balanços orçamentários, financeiros e patrimoniais, 
 
 
 
 
43
indicando até as denominações dos grupos de contas e de muitas contas de 
primeiro, segundo e terceiro grau. 
 
Deste modo, os planos de contas nos vários níveis de Governo diferem entre 
si em razão da grandeza orçamentária e dos problemas específicos de cada região 
do País. Todavia, todos eles obedecem aos padrões legais instituídos pela 
legislação financeira nacional, os quais sejam:- 
 
 
Grupo I registro da previsão orçamentária, suas alterações, execução 
orçamentária, comparação entre a previsão e a execução 
orçamentárias; créditos adicionais e empenhamento da despesa. 
 
Grupo II recebimentos e pagamentos das receitas e das despesas 
orçamentárias e extra-orçamentárias; ativos e passivos financeiros; 
Grupo III bens móveis, créditos, obrigações, valores, movimento do 
almoxarifado, inscrição e baixa de ativos e passivos, incorporações e 
desincorporações de bens independentes da execução orçamentária, 
isto é, sem movimentação financeira; as superveniências e as 
insubsistências ativas e passivas; 
 
Grupo IV registro de atos que não afetam o patrimônio público; 
 
 
Para cada grupo de registros há contas especiais. Assim, para o grupo I 
temos as contas orçamentárias, que possuem as mesmas características 
operacionais das contas de compensação; fazem partida e contrapartida entre si, 
sem produzirem qualquer variação patrimonial; denomina-se Sistema Orçamentário 
(SO). Registra à vista do orçamento, a previsão orçamentária e, à vista de leis, 
decretos ou portarias, as alterações da previsão; registra o empenhamento da 
despesa e a execução orçamentária. 
 
No final do período compara a previsão com a realização, pondo em destaque 
as diferenças apuradas. Para os registros nesse sistema, serão utilizados os 
seguintes subgrupos de contas do Ativo Compensado: 
 
• 1.9.1 – Execução Orçamentária da Receita; 
• 1.9.2 – Fixação Orçamentária da Receita; 
• 2.9.1 – Previsão Orçamentária da Receita; 
• 2.9.2 – Execução Orçamentária da Despesa 
 
 
Para o grupo II temos as contas chamadas financeiras, registram somente a 
movimentação de numerários, como por exemplo: contas de tesouraria, bancos, 
caixa e todas as que com elas se relacionem, quer em partidas quer em 
contrapartidas, e que representam os débitos e os créditos financeiros, as 
responsabilidades financeiras, a movimentação de fundos, as receitas e despesas 
orçamentárias e extra-orçamentárias. Este grupo de contas forma o Sistema 
Financeiro (SF) ou a Contabilidade Financeira. 
 
 
 
 
44
 
 
Para as operações do grupo III, são utilizadas as contas denominadas de 
contas patrimoniais; elas registram o ativo e o passivo permanente, os bens móveis, 
imóveis, valores ( ações, títulos, jóias ), a dívida pública, a dívida ativa, os bens 
industriais, as variações patrimoniais decorrentes ou não da execução orçamentária 
e o saldo patrimonial. Este grupo de contas forma o Sistema Patrimonial (SP) ou a 
Contabilidade Patrimonial. 
 
 
 
 
 
O último, o grupo IV, são utilizadas as contas denominadas de compensação; 
registram o ativo e o passivo compensado, as operações que não produzem de 
imediato nenhuma variação na equação patrimonial. As contas de compensação 
representam os bens ou valores do poder público em poder de terceiros, a título de 
comodato, de empréstimo, de garantia, de cobrança, bem como, sob os mesmos 
títulos, bens de terceiros sob a guarda do Estado. Este grupo de contas forma o 
Sistema de Compensação (SC) ou a Contabilidade Patrimonial. Nesse grupo são 
utilizados os seguintes subgrupos de contas do Ativo e Passivo Compensados: 
 
 
 
• 1.9.3/2.9.3 – Execução da Programação Financeira; 
• 1.9.4/2.9.4 – Despesas e Dívidas dos Estados e Municípios; 
• 1.9.5/2.9.5 – Execução de Restos a Pagar; 
• 1.9.9/2.9.9 – Compensações Ativas/Passivas Diversas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12.2 Plano de Contas da Administração Pública : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45
SIAFI – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
PLANO DE CONTAS – ESTRUTURA 
 
CÓD. CONTA S/C NÃO ESCRITURADAS ESCRITURADAS 
 
1.0.0.0.0.00.00 ATIVO 
1.1.0.0.0.00.00 ATIVO CIRCULANTE 
1.1.1.0.0.00.00 DISPONÍVEL 
1.1.1.1.0.00.00 DISPONÍVEL MOEDA NAC. 
1.1.1.1.1.00.00 F CAIXA 
1.1.1.1.2.00.00 BANCOS C/ MOVIMENTO 
1.1.1.1.2.01.00 CTA ÚNICA DO TES. NAC. 
1.1.1.1.2.01.01 F BANCO CENTRAL DO 
BRASIL 
1.1.1.1.2.01.02 F BANCO DO BRASIL 
1.1.1.1.2.01.03 F BRADESCO 
 
 
 
 
Para facilitar o trabalho de escrituração vamos apresentar o plano de contas 
até o nível 4. Já que os três níveis anteriores apenas acumulam valores. 
 
 
Acessar 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/MCASP+7%C2%AA%20edi%
C3%A7%C3%A3o+Vers%C3%A3o+Final.pdf/6e874adb-44d7-490c-8967-b0acd3923f6d 
 
 
Extrair a 7ª Edição MANUAL DE CONTABILIDADE APLCIADA AO SETOR PÚBLICO. 
 
 
 
 
46
1 S/C ATIVO 
1.1 Ativo Circulante 
1.1.1. Disponível 
1.1.1.1 F Caixa 
1.1.1.2 F Bancos Conta Movimento 
1.1.1.3 F Aplicações Financeiras 
1.1.2 Créditos em Circulação

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