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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
PROCEDIMENTO (RITOS)
Enquanto o processo é uma unidade como relação processual em busca da prestação jurisdicional, o procedimento é a exteriorização dessa relação e, por isso, pode assumir diversas feições ou modos de ser. A essas várias formas exteriores de se movimentar o processo aplica-se a denominação de procedimentos.
Procedimento é sinônimo de rito do processo, ou seja, “o modo e a forma por que se movem os atos do processo”.
Procedimento COMUM		SUMÁRIO E ORDINÁRIO 
			(regra geral*)		(ambos os ritos só existiam no CPC/73)
			ESPECIAL		CPC E EM LEIS EXTRAVAGANTES
			(exceções)
Observações: 1) Não existe mais a divisão entre os ritos sumário e ordinário, agora tratamos apenas de rito comum, isso porque esses procedimentos eram do CPC/73 e não foram acolhidos pelo CPC/15. 2) NÃO HÁ MAIS O QUE SE FALAR EM RITOS SUMÁRIO E ORDINÁRIO. 3) As demandas que foram ajuizadas antes da vigência do novo CPC, seguirão a mesma tramitação até o final do processo, ou seja, uma ação que foi ajuizada pelo rito ordinário deverá seguir até o final com os trâmites processuais do rito ( até mesmo por uma questão de segurança processual).
PETIÇÃO INICIAL
O processo começa por inciativa da parte. Devendo a petição, como peça solene e formal, dar início ao processo, considerando sua formalidade a mesma deve estar elaborada sobre o crivo dos artigos 319, 320 e 106 do CPC.
Artigo 320, CPC
Esse artigo dispõe que a P.I. deverá ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Obs: Instruir = juntar/anexar
Que documentos são esses?
- Pessoa Física: RG e CPF
-Pessoa Jurídica: Cartão CNPJ e Atos Constitutivos
- Além desses, é necessário que se junte à P.I. a procuração!
Art. 106, CPC
Esse artigo, apesar do seu caput, não fala apenas do advogado que postula em causa própria. Seu primeiro inciso fala que o advogado deverá declarar na petição inicial o seu nome, seu endereço e seu número de inscrição na OAB. 
Isso porque, na P.I. preciso logo identificar quem é o advogado, pois as intimações processuais ocorrem em seu nome. 
Art. 319, CPC
Esse artigo elenca os requisitos da Petição Inicial. Vejamos: 
O juízo a quem é dirigida (regra de competência)
Os nomes, prenomes, estado civil (existência de união estável), profissão, CPF ou CNPJ, endereço eletrônico, o domicílio e residência do autor e do réu (qualificação das partes – apesar da nacionalidade e do RG não estarem elencado no artigo supra citado, é costume a sua colocação – obs: caso o autor não disponha das informações, previstas no artigo, do réu, poderá, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias para sua obtenção ( art. 319, parágrafo 1º) – A petição inicial não poderá ser indeferida se faltar alguma informação do réu, desde que seja possível a sua citação ( art. 319, parágrafo 2º) – Além disso, em nenhum caso será justificado o indeferimento da peça, por incompletude dos elementos identificadores do réu, “se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça (art. 319, parágrafo 3º)). 
O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (Causa de pedir próxima (fato), o que leva o autor a ajuizar a ação, o seu porque, e causa de pedir remota (fundamentos) é o que faz o autor achar que tem direito)
O pedido
O valor da causa (Toda causa ainda que sem conteúdo econômico apresenta um valor certo e determinado fixado em moeda corrente – “Dá-se a causa o valor de R$...”).
REGRAS DE FIXAÇÃO DO VALOR DA CAUSA
Causas com conteúdo econômico: Se tiver conteúdo econômico, este será o valor da causa. 
Art. 291, CPC: diz que toda causa será atribuído um valor certo, ainda que sem conteúdo econômico imediatamente aferível. (ex: ação de investigação de paternidade não tem imediatamente, um conteúdo econômico aferível).
Art. 392, CPC: I) na ação de cobrança será o valor que se pretende receber; II) ação discutindo contrato será o contrato na íntegra; III) ação de alimentos será a soma de 12 meses; IV) verifica-se o valor do IPTU; V) ação de dano moral será o valor pretendido; VI) cumulação de pedidos será a soma deles; VII) pedidos alternativos o de maior valor; VIII) pedido subsidiário, o valor do principal.
Valor para efeitos meramente fiscais.
As provas (“protesto pela produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente oral, documental e a pericial“).
A opção do autor pela realização ou não da Audiência de Conciliação e Mediação (Essa só ocorrerá se houver interesse das partes, autor tem que falar na petição inicial se deseja ou não conciliar).
PEDIDOS
Em regra o pedido deve ser certo e determinado: pedido certo -> expresso ≠ e pedido determinado -> líquido ≠ genérico
Importante: excepcionalmente a lei autoriza um pedido implícito e genérico, vejamos:
PEDIDO IMPLÍCITO (art. 322, parágrafo 1º e art. 323, CPC)
- Juros legais; correção monetária; custas processuais; honorários advocatícios; prestações vincendas (art. 326).
PEDIDO GENÉRICO (art. 324, parágrafo 1º, CPC)
- Ações universais (quando não é possível individualizar o pedido); quando no momento em que ajuizou a ação o ato ilícito ainda não exauriu todas suas consequências danosas. 
- CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Cumulação Própria
Cumulação Simples (pedidos independentes entre si).
Cumulação Sucessiva (há uma relação de dependência entre os pedidos, o que significa que o 2º pedido só será analisado, podendo ser acolhido, se o 1º for julgado procedente).
Cumulação Imprópria (aqui não há cumulação propriamente dita, não quer dizer que serão analisados).
Cumulação Eventual (Pedido Principal + Pedido Subsidiário; se o pedido principal não for acolhido tem os subsidiários).
Cumulação alternativa ( tenho dois pedidos principais, tanto faz, os dois me satisfazem, ou o 1º ou o 2º)
 VÍCIOS
	DEFERIMENTO
	SANEAMENTO
	INDEFERIMENTO
	-> A petição inicial está perfeita, sem vícios.
	-> A petição inicial tem que ser emendada, tem vício sanável.
	-> A petição inicial tem vícios insanáveis.
	CITE-SE
É uma decisão interlocutória, pois está implícito “defiro a petição inicial”.
	ART 321
15 dias, prazo para sanar qualquer vício.
ART 106, 1º
05 dias, para sanar vício referente à capacidade postulatória (nome adv., nº OAB, escritório)
	VÍCIO SANAVÉL + INÉRCIA
Se não cumpre os prazos do vício sanável. 
VÍCIO INSANÁVEL
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR
- FIRMA FACIE
- Quando o juiz já julga IMPROCEDENTE sem citar o réu. 
- Não posso julgar proc., nem parcialmente, para não ferir o princípio do contraditório e da ampla defesa.
- Liminar -> antes da citação
- Quando há entendimento pacífico dos tribunais, já posso dar improcedência (quando o ator litiga contra entendimento dos tribunais.)
Art. 330, CPC
Existem dois incisos de hipóteses de vícios sanáveis: 
IV – quando não atendidas os prazos dos arts 106 (parágrafo primeiro – capacidade postulatória) e 321 (se a inicial não está acompanhada dos doc. Indispensáveis, se falta algo dos seus requisitos do 319 ou apresenta defeitos e irregularidades que dificultam o julgamento). 
	OBS: SE NÃO OBEDECIDOS OS PRAZOS, ISSO NÃO TORNA O VÍCIO INSANÁVEL!
IV – se a petição inicial contiver pedidos incompatíveis entre si (nesse caso, o juiz fará o autor escolher um dos pedidos, sem necessidade de indeferir). 
Os demais incisos tratam das hipóteses de vícios sanáveis:
I – se for inepta (a PI é inepta quando – está no parágrafo primeiro do artigo mencionado - faltar o pedido ou a causa de pedir (fatos e fundamentos); quando o pedido for genérico, salvo as hipóteses legais; quando os fatos, fundamentos e pedidos não tem um decorrência lógica).
II – se a parte for ilegítima (tia ambrósia)
III – se a parte carecer de interesse processual (lembrar que interesse processual é o binômio: necessidade + adequação) 
INDEFERIMENTO POR INÉRCIA ANTE VÍCIO SANÁVEL E VÍCIO INSANÁVEL -> SENT. TERMINATIVA ART 485, I, CPC
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR -> SEM. DEFIVITIVA ART 332, CPC
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃOE MEDIAÇÃO (art. 334, cpc)
Se o autor manifestar interesse na ACM: audiência é designada e em seguida o réu será citado para e o autor intimado para comparecerem na data designada.
Obs: a citação é feita apenas uma vez e para o réu, nas próximas vezes será sempre intimado, como o autor (CITAÇÃO = CHAMAMENTO DO RÉU AO PROCESSO).
Se o autor se manifestar contrário a realização da ACM: réu será citado para apresentar sua defesa através de uma peça processual chamada contestação. 
Se o réu for citado para comparecer à ACM e não tiver interesse: deverá até 10 dias antes da data designada para a audiência, protocolar uma petição informando seu desinteresse. 
A ausência de qualquer uma das partes na ACM: importa em um ato atentatório à dignidade da Justiça, sendo a parte faltosa penalizada com multa de até 2% (art.334, parágrafo 8º). 
IMPORTANTE: SE O RÉU NÃO COMPARECER NA ACM ELE NÃO É REVEL!
ACM com acordo/composição: sentença definitiva (homologatória)
ACM em que não houve acordo entre as partes: haverá prazo de 15 dias para contestação.
Contagem de prazo – feito em dias úteis, onde deverá excluir o primeiro dia e acrescentar o último dia.
A ACM pode ser desdobrada, ou seja, pode haver mais de uma sessão desde que as partes demonstrem pleno interesse na composição da lide. 
Corrente Majoritária: ambas as partes, autor e réu devem ter interesse na conciliação
CONTESTAÇÃO 
É regida por dois princípios:
1 – Princípio da Eventualidade: réu tem que alegar toda a matéria defensiva, de preliminar e de mérito.
2 – Princípio da Impugnação Específica: segundo este princípio, cabe ao réu impugnar precisamente cada um dos pontos apresentados na petição inicial. 
Se o réu não alegar ocorre a PRECLUSÃO CONSUMATIVA, que é quando a parte já praticou o ato. Não podendo ter duas contestações, mesmo que dentro do prazo. 
Prazo -> 15 dias úteis, todavia seu termo inicial é variável. Vejamos:
Realização da ACM, mas sem composição: termo inicial será a ACM. 
Ausência de uma das partes na ACM: termo inicial será a ACM. 
Réu sem interesse na ACM (no caso de ter apresentado 10 dias antes da data designada uma petição demonstrando seu desinteresse): termo inicial será a data que protocolar tal petição. 
Autor informa na petição inicial que não tem interesse na ACM, ou se trata de direito indisponível: o termo inicial será a data em que o “estagiário” juntar do mandado de citação (NÃO SERÁ A DATA EM QUE O OFICIAL DE JUSTIÇA ENTREGAR O MANDADO CUMPRIDO).
No caso de litisconsórcio passivo, para que a ACM não ocorra por vontade dos réus, só se todos forem contrários à realização da mesma. No caso de só um querer, a ACM ocorrerá.
e.1 – os réus atravessam um petição conjunta dizendo que não tem interesse na ACM: termo inicial será a data do protocolo. 
e.2 - os réus apresentam petições separadas informando que não tem interesse em conciliar: termo inicial será a data do protocolo.
e.3- o autor informa que não tem interesse na ACM, sendo assim todos os réus serão citados para contestar: termo inicial será um só, será a data de juntada do último mandado de citação cumprido.
Obs: artigo 229, CPC -> se os litisconsortes forem representados por advogados de escritórios distintos terão prazos contados em dobro.
Espécies de defesa:
O réu poderá alegar duas matérias de defesa:
Defesa Processual -> Preliminares
Defesa de Mérito -> Direta: o réu contesta o direito aquisitivo alegado pelo autor
		 -> Indireta: o réu reconhece o direito aquisitivo do autor, porém alega um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do mesmo.
Exemplo: em uma ação de cobrança, o réu reconhece o valor devido ao autor, mas alega que já quitou o débito (fato extintivo). 
Preliminares (Art. 337) dividem-se em:
1 – Dilatórias: como o próprio nome já diz, essas preliminares dilatam o processo, estendem a tramitação processual.
Inexistência ou nulidade de citação (a citação é pessoal, devendo o réu assinar pessoalmente o mandado – réu alega essa preliminar para a devolução do prazo da contestação – processo é estendido).
Incompetência relativa ou absoluta (juiz declina e dilata o prazo). 
Valor da causa (acarreta no recolhimento de custas)
Conexão (o processo é remetido, ocorrendo a dilatação)
Falta de caução ( ajuíza a mesma ação, mas deve comprovar o pagamento de custas do 1º processo) 
Justiça Gratuita indevida ( pagará 10x o valor)
Ex: contestação alegando competência relativa -> é dilatória, estende a tramitação do processo até que seja feito o declínio de competência. 
2 – Peremptórias: extinguem o processo sem resolução o mérito. 
Inépcia da Petição Inicial (quando faltar o pedido ou a causa de pedir (fatos e fundamentos))
Perempção (quando autor abandona a mesma causa por três vezes)
Litispendência
Coisa Julgada
Convenção de arbitragem 
Ex: contestação que alega ilegitimidade ativa é peremptória, extingue o processo sem resolução de mérito. 
3 – Dilatórias potencialmente peremptórias: a princípio, dilatam o processo, estendem sua tramitação, uma vez que identificam um vício sanável, porém se o mesmo não for sanado haverá extinção sem resolução de mérito. 
Incapacidade da parte
Ex: réu alega na contestação que a parte é incapaz, é um vício sanável, podendo a parte ser representada por sua genitora, tratando-se então de preliminar dilatória potencialmente peremptória. 
RECONVENÇÃO 
-> Quando há duas ações em um mesmo processo.
Tem como objetivo facilitar a tramitação processual.
-> Na reconvenção o réu sai da posição passiva e passa para a posição ativa, ou seja, este passa a fazer um pedido em face do autor. Para que seja cabível a reconvenção o juízo deve ser competente para as duas demandas e deve haver um elo em comum entre elas.
-> Sendo assim, o juiz irá proferir uma sentença com dois capítulos, sendo o primeiro capítulo referente a ação principal e o segundo referente a reconvenção. Havendo entre essas duas uma relação de prejudicialidade.
-> Destaca-se que a reconvenção não precisa se apresentada em peça autônoma, podendo fazer parte da própria contestação.
Réu não limita-se a defender-se e sim passa a fazer um pedido ao autor. 
-> Deve-se observar o contraditório e também a ampla defesa.
-> Na reconvenção, o seu autor é chamado de autor recoviendo e o réu é chamado de recoviente e deve apresentar contestação. 
-> Prazo: 15 dias ( o mesmo da contestação)
REVELIA
-> Art. 334, CPC 
-> É a ausência de contestação do réu
-> Efeitos da Revelia:
	1) EFEITO MATERIAL – presunção de veracidade (RELATIVA) de todos os fatos alegados pelo autor. 
Assim não há o que se falar em produção de provas pelo autor, uma vez que milita em seu favor esta presunção relativa. 
Contudo, o réu, apesar de revel, poderá ingressar ao processo a qualquer tempo e caso o faça antes da instrução prolatória poderá produzir contra-prova de forma a derrubar a presunção de veracidade aos fatos alegados pelo autor. 
As exceções estão dispostas no art. 345, CPC. 
Litisconsórcio Passivo (quando pelo menos um contestou)
Se o litígio versar sobre Direitos Indisponíveis
Petição Inicial sem documentos que comprovem
Alegações Contrarias 
-> Essas são hipóteses em que a revelia não gera efeitos materiais, logo apesar de não haver contestação cabe ao autor provar suas alegações. 
	2) EFEITO PROCESSUAL 
	a – Julgamento antecipado do mérito (art. 355, II, CPC – Sentença com resolução de mérito)
	b – Os prazos contra o revel fluem a partir da publicação no D.O.
REVELIA ANTE A CITAÇÃO FICTA
CITAÇÃO	-REAL		-> Correios (carta com AR) ou Oficial de Justiça (mandato) 
			- FICTA		-> Edital (local incerto e não sabido) – DO/Jornal Local – 						Hora Certa(suspeita de ocultação, precisa autorização juiz)
-> Na citação pessoal real tenho a certeza absoluta que o réu foi citado, enquanto na citação ficta não há essa certeza absoluta que foi entregue ao réu. ( na real quem assina é o réu, na ficta não)
-> Logo, quando há citação ficta, a revelia não tem o mesmo peso doque a citação real. 
-> Especificidades: será nomeado um curador especial, quando há revelia ante citação ficta, que irá contestar. 
-> nesse caso, a contestação poderá:
			- ter impugnação genérica
			- e ser após o decurso de prazo (contestação tempestiva, o prazo é devolvido).
 ESPECIFICAÇÃO DAS PROVAS
-> O ônus da prova incumbe aquele que alega, ou seja, cabe ao autor provar os fatos alegados na Petição Inicial e o réu provar os fatos alegados na contestação. 
-> essa fase será após o despacho “As partes para especificarem suas provas”
-> as provas dividem-se em: oral (depoimento pessoal e testemunhal), documental e pericial. 
RÉPLICA
-> É a manifestação do autor sobre a contestação, todavia só há réplica se a contestação apresentar preliminares e/ou defesa de mérito indireta.
-> Prazo: 15 dias
-> Quando a contestação apenas nega os fatos narrados na inicial (mérito direta), não há réplica. 
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
 A – Extinção do Processo (art. 354, CPC): 
“Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.”
Art. 485, CPC -> sentença terminativa
Art. 487, II e III, CPC -> sentença definitiva (decadência e prescrição/ homologa reconhecimento de pedido, transação ou renúncia) 
	A.1 - Dedução Objetiva/ Subjetiva do Processo (art. 354, parágrafo único, CPC):
“A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.” 
Dedução significa retirada de uma parte de algo, ou seja, quando o juiz desmembra o processo e julga apenas uma parte dele, seja pelo objeto (objetiva) ou pelos sujeitos que o compõe (subjetiva). 
DIVISÃO DE PARCELA DO PROCESSO!
B – Julgamento antecipado do Mérito pode ser: 
	B.1 – TOTAL (art. 355, CPC):
a – Não há mais provas a produzir
b – Revelia, réu revel, presunção de veracidade dos fatos, ausência de requerimento de contra prova pelo réu.
	B.2 – PARCIAL (art. 356, CPC):
a – Pedido incontroverso
b – Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
SANEAMENTO
-> O saneamento é a inexistência de vícios processuais, nesse momento o juiz reconhece que o processo não tem vícios e que está pronto para seguir o julgamento.
-> O processo está limpo, sem vícios.
 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO
-> Nessa fase, o juiz defere ou indefere as provas, ou seja, é um momento de fixa-las.
-> Fixação dos pontos controvertidos da lide. 
		O que acontece após fixa-las?
 Prova Oral -> marca data da AIJ -> intima a parte requerente da prova para apresenta rol de testemunhas
Prova Pericial -> nomeação do perito que irá realizar a perícia -> intima a parte requerente da prova para apresentar quesitação a ser respondida pelo perito, bem como a ambas partes, autor e réu, para nomearem assistentes técnicos que acompanharão a perícia. 
 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (AIJ)
IMPORTANTE: SEM PROVA ORAL NÃO HÁ AIJ!
A AIJ será designada nos processos em que houver produção de prova oral (testemunhal e depoimento pessoal) uma vez que, a colheita de provas ocorrerá na própria AIJ.
Obs: Há também a possibilidade de sendo realizada a prova pericial e entendendo juiz que faz-se necessário ouvir o perito ou os assistentes, com intuito de esclarecer o laudo, também poderá haver designação de AIJ para tal finalidade. 
 
Cabe ao juiz na AIJ exercer o poder de polícia, ou seja, restabelecer a ordem processual perdida por qualquer uma das partes. 
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
Em regra, a AIJ é una e indivisível, ocorrerá em uma única data.
Todavia, poderá ocorrer o adiantamento da AIJ (art. 362, CPC), nos seguintes casos: a) por convenção das partes, mesmo que sem motivo; b) se as partes, advogados, peritos, testemunhas, não possam comparecer por um motivo justificado; c) se ocorrer atraso do juiz em + de 30 min.
O procedimento da AIJ segue a seguinte forma: 
	5.1 – Antes de iniciar a AIJ as partes serão apregoadas (chamadas pelo oficial de justiça, tornando o ato público)
	5.2 – Instalada a audiência o primeiro ato deverá ser a tentativa de composição da lide. 
	5.3 – alcançada a conciliação, a mesma deverá ser reduzida a termo e o processo extinto com resolução de mérito, mas se não acontecer a conciliação a AIJ segue.
	5.4 – Será feita a colheita de provas na seguinte ordem:
		1) Perito e assistentes técnicos;
		2) Autor e o Réu prestam seus depoimentos pessoais;
		3) Testemunhas do autor e do réu prestam depoimento.
	5.5 - Após a colheita de provas orais, cada uma das partes terá 20 min., prorrogados por mais 10 min., para apresentar seus memoriais ou alegações orais finais.
		Caso o processo seja de alta complexidade as partes podem requerer a apresentação de memoriais escritos (com prazo de 15 dias).
		Obs: em regra os memoriais são orais, todavia deve seguir a mesma forma, escrito ou oral, para o autor e para o réu. 
SENTENÇA
- > Conceito: é o ato através do qual o juiz põe fim ao seu ofício de julgar a lide, podem ser terminativas (sem resolução de mérito – art. 485, CPC) ou definitivas (com resolução de mérito – art. 487, CPC). 
-> Elementos da sentença: 
RELATÓRIO (resumo do processo, o que aconteceu de mais importante)
FUNDAMENTAÇÃO (demonstra as razões para aquela decisão – todo ato processual com carga decisória tem que ser fundamentado – despacho de mero expediente não precisa, por exemplo) 
DISPOSITIVO (é a própria decisão, se julga procedente, parcialmente ou improcedente a lide – é a parte da sentença que tem a carga decisória) 
IMPORTANTE: UMA SENTENÇA SEM RELATÓRIO E/OU FUNDAMENTAÇÃO É NULA, AO PASSO QUE UMA SENTENÇA SEM DISPOSITIVO É INEXISTENTE.
-> Logo, toda a sentença deve conter todos os elementos, sendo certo que a ordem não é relevante. 
CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS
Condenatória ($$$)
- Quando a sentença condena o réu em obrigação de coisa certa, obrigação de fazer ou entregar coisa certa. 
- exemplos: a) Ação de cobrança com uma sent. procedente, a sentença condenatória por quantia certa; b) Ação de obrigação de fazer com uma sent. procedente, sent. Condenatória.
		1.1- Obrigação de quantia certa: Princípio da Congruência + Princípio do Exaurimento de Competência
	Nessas obrigações vigoram esses dois princípios. Segundo o PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA o pedido formulado pelo autor na Petição Inicial limita a atividade jurisdicional, fixando-se os limites objetivos da lide, o que significa dizer que o juiz não pode proferir sentença ultrapetita, extrapetita ou citrapetita. 
- ULTRAPETITA = além da petição
- CITRAPETITA = abaixo da petição
- EXTRAPETITA = diferente da petição
O PRINCÍPIO DO EXAURIMENTO DA COMPETÊNCIA significa que após a sentença o juiz não pode altera-la, uma vez que a prestação jurisdicional já foi cumprida. 
1.2 – Obrigação de Fazer e Obrigação de Entregar Coisa Certa: Medidas de Apoio
 Tais princípios NÃO vigoram nas obrigações de entregar coisa certa, cabendo ao juiz adotar as MEDIDAS DE APOIO as quais equivalem a tutela perdida ante o descumprimento voluntário do réu. 
Ou seja, quando a obrigação não é cumprida ela é transformada em perdas e danos, passa a ser ação de quantia certa. 
Constitutiva
- Essa sentença cria, modifica ou extingue uma relação jurídica.
-exemplos: Ação de adoção, pois ela cria uma nova relação jurídica, a do poder familiar.
Declaratória
-Essa sentença declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica, ou também pode declarar a autenticidade ou falsidade de documentos.
-exemplos: Ação deinvestigação de paternidade, essa sentença irá declarar a existência ou não da paternidade.
Mandamental 
- Essa é uma espécie de condenatória, onde o réu é obrigado a uma obrigação infungível (personalíssima)
- exemplos: Prefeitura municipal de Petrópolis ajuíza em face do Tim Maia uma obrigação de fazer, a sent. é condenatória na espécie mandamental, pois é personalíssima, apenas o Tim Maia pode realizar o show. Se não for cumprida, se ele se negar a fazer o show, a obrigação se resolve com perdas e danos. 
SENTENÇA CONDENATÓRIA (OBRIGAÇÃO DE QUANTIA CERTA)
HIPOTECA JUDICIÁRIA (Art. 495, CPC)
- 	Ocorre quando está diante de uma obrigação de quantia certa ou quando é convertida em perdas e danos, ou seja, quando deve pagar $$$$.
-> Sentença averbada em matrícula do bem: Após a sentença há a fase recursal, para o executado não sair por aí vendendo seus imóveis é feito no Cartório de Registro de Imóveis uma averbação que este bem esta em hipoteca judiciária. 
		- é ônus da parte, não ocorre de ofício (exequente tem que requer).
		- busca evitar fraudes contra à execução. 
SENTENÇA
 REMESSA NECESSÁRIA
-> duplo grau de jurisdição obrigatório
-> Obrigatoriedade: os recursos são regidos pelo princípio do duplo grau de jurisdição, o que significa dizer que a parte sucumbente tem a faculdade de recorrer, levando o processo à análise de órgão hierarquicamente superior. Os recursos são marcados pela voluntariedade, ou seja, não havendo interposição de recurso opera-se o trânsito em julgado, uma vez que a parte sucumbente poderá pela não interposição. 
	Ocorre que o art. 496, CPC, apresenta hipótese antagônica denominada REMESSA NECESSÁRIA, logo nas hipóteses elencadas em lei, sendo proferida sentença o juiz de ofício a remete à órgão hierarquicamente superior, opera assim a obrigatoriedade.
	Logo, a sentença só transitará em julgado após ter sido confirmada pelo tribunal. Cabendo destacar que caso o juiz não remeta a sentença ao tribunal, o próprio tribunal à avocara. 
-> Hipóteses (Art. 496, CPC): Sentença que for contraria aos interesses da Fazenda Pública (União, estados, D.F., Municípios, autarquias e fundações). 
-> Regra Geral (Art. 496, I, II, CPC): sentenças contrárias aos interesses da FP submetem-se ao instituto da remessa necessária.
-> Exceção (Art. 496, parágrafo 3º e 4º, CPC): nas hipóteses desses parágrafos, muito embora a sentença proferida pelo juiz de primeiro grau seja contraia aos interesses da fazenda pública, o valor sendo irrisório para a fazenda pública (menor que mil salários mínimos para a União) ou porque a sentença foi proferida nos exatos termos dos tribunais, o que significa dizer que não serão reformadas. 
SENTENÇA ESTRANGEIRA
Competência
Ação de homologação de sentença estrangeira – STJ (Competência Originária) 
Cumprimento de sentença estrangeira – Justiça Federal (art. 109, X, CF – fase de execução após a homologação) 
2 – Juízo de Delibação 
- STJ não tem interesse em julgar novamente a lide, apenas vai analisar sua compatibilidade com o ordenamento jurídico brasileiro
- Logo, cabe ao STJ exercer o juízo de delibação e não julgar novamente o mérito da lide, uma vez que esse já foi julgado no estrangeiro. 
- O STJ limita a análise de certos requisitos legais para verificar se a decisão se coaduna.
AÇÃO RESCISÓRIA (966, CPC) 
-> Ação que pode ser ajuizada após o trânsito em julgado, permite a anulação do processo anterior e o novo julgamento do processo.
-> corpo de ação, mas alma de recurso.
-> rol taxativo
-> apenas pode ser ajuizada contra sentença de mérito (definitiva) 
PRAZO: 02 ANOS a partir do trânsito em julgado
OBJETO: a ação rescisória, no primeiro momento se presta a afastar a coisa julgada e em seguida permitir um novo julgamento.
CABIMETO: somente para sentença definitiva, ou seja, extinção do processo com resolução de mérito transitado em julgado formando coisa julgada formal e material.
ART. 996, CPC – Situações gravíssimas (rol taxativo)
Crimes de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
Impedimento (art. 144, cpc); Incompetência absoluta do juízo;
Má-fé; Colusão (colusão é quando as partes se unem para fraudar a lei, por exemplo uma testemunha que não viu nada);
Ofender a coisa julgada (exemplo ação de investigação de paternidade com sentença de improcedente gera coisa julgada formal + coisa julgada material) ;
Violar manifestamente norma jurídica (vedação das leis, qualquer lei);
Sentença baseada em prova falsa (falsidade deve ter sido apurada em processo criminal, ou que seja demonstrada na própria ação rescisória);
Se o autor obtiver apenas após o transito em julgado prova nova (exemplo: na época não existia exame de DNA e teve sentença de improcedente, logo após surge o exame e pede-se ação rescisória);
Se a sentença for proferida e não valorar alguma prova produzida nos autos do processo.

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