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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 - JURISDIÇÃO - COMPETÊNCIA

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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 (AV1) – Parte 01
JURISDIÇÃO
O Estado exerce o monopólio da justiça. Logo, a jurisdição é um poder-dever, uma função típica do judiciário, de prestar tutela jurisdicional a todo cidadão que tenha uma pretensão resistida por outrem. (essa pretensão é chamada de LIDE)
- A lide acaba na sentença ou no acordo, pois nesse momento o judiciário já exerceu sua função jurisdicional. 
COMPETÊNCIA
Jurisdição é o poder de julgar e executar, que todo órgão judicial detém. Competência são os limites dentro dos quais a jurisdição é exercida por determinado órgão judicial.
-Todo Juiz tem jurisdição, mas nem todos se apresentam com competência para conhecer e julgar determinado litígio (só o competente pode) 
Obs: Há uma exceção de competência do Juiz no caso da Tutela de Urgência. Na ausência do juiz competente qualquer outro pode despachar após o processo é encaminhado para o juiz competente.
PASSOS PARA A FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA
1º COMPETÊNCIA INTERNA X COMPETÊNCIA INTERNACIONAL 
- A competência Internacional será estudada em Direito Internacional. No entanto, essa divisão de competências decorre do entendimento de que só deve haver jurisdição até onde o Estado efetivamente consiga executar soberanamente suas sentenças. Não interessa nenhum Estado avançar indefinitivamente sua área de jurisdição sem que possa tornar efetivo o julgamento de seus tribunais. Limita-se então a jurisdição pelo princípio da efetividade. 
- A competência Interna, divide-se em:
	-EXCLUSIVA
Quando somente o Brasil puder solucionar tal questão. Estão elencados no artigo 23 CPC.
Isto é, se alguma delas vier a ser ajuizada e julgada no exterior nenhum efeito produzirá em nosso território.
	-CONCORRENTE
Tanto o poder judiciário brasileiro quanto o estrangeiro tem competência para solucionar a lide. Estão elencados nos artigos 21 e 22 do CPC. 
IMPORTANTE: Posso ter duas ações iguais, uma no Brasil e outa no exterior?
R: Nas hipóteses de competência concorrente (artigos 21 e 22, CPC), a eventual existência de uma ação ajuizada, sobre a mesma lide, perante um tribunal estrangeiro, não induz LITISPENDÊNCIA e não obsta a que a autoridade brasileira conheça da mesma causa. Isso porque, o fenômeno da litispendência é nacional (artigo 24, CPC). 
Mas então, se eu posso ter o mesmo processo (pedido/causa de pedir/partes) em dois tribunais diferentes qual desses prevalecerá? 
R: Prevalecerá aquela que transitar em julgado (não cabendo mais recursos) primeiro, ou seja, se tornar coisa julgada.
Todavia, a sentença estrangeira só tem validade no território nacional se passar pelo crivo do STJ, que irá realizar, ou não, uma ação de homologação de sentença estrangeira, analisando se tal sentença está de acordo com a Constituição Federal.
Logo, o trânsito em julgado da sentença estrangeira será o trânsito da ação de homologação feita pelo STJ. 
2º COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS
São as causas que não provém de recursos (como a maior parte das ações chegam aos tribunais), mas são originalmente feitas nos tribunais. 
Ex: Ação de homologação de sentença estrangeira, como exposto acima, é feita diretamente pelo STJ. Outro exemplo é a ação de inconstitucionalidade do STF. 
Competências originárias estão:
STF – art. 102,I,CF
STJ – art. 105,I,CF
TRF – art. 108,I,CF
TJ – na constituição de cada estado
3º COMPETÊNCIA JUSTIÇA COMUM X COMPETÊNCIA JUSTIÇA ESPECIAL
A competência as justiça civil é residual: excluídas as matérias atribuídas às Justiças Especiais (Trabalhista, Militar e Eleitoral).
4º COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL X COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
- A competência da Justiça Federal está descrito no artigo 109 da Constituição Federal, se trata de um rol taxativo, para a Justiça Estadual é todo o residual, não tem previsão legal.
- A competência especial da justiça federal não abrange as causas em que são partes as sociedades de economia mista da União já que se trata de pessoas jurídicas de Direito Privado.
5º FORO COMPETENTE*
Foro significa lugar, qual lugar a ação será proposta? (mais adiante iremos analisar todos os aspectos desse passo)
6º JUÍZO COMPETENTE
É sinônimo de varas.
CRITÉRIO TERRITORIAL
(FORO COMPETENTE)
- FORO COMUM
- A Regra Geral é a do foro comum. E esse tal foro comum é o do domicílio do réu (artigo 46, CPC).
- Domicilio está descrito no artigo 70 do código civil – o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
INCAPAZ
Quando o réu é incapaz, relativa ou absolutamente, é representado ou assistido. Logo, o domicílio do incapaz é o mesmo do representante ou assistente. (art. 50, CPC)
PESSOA JURÍDICA
(art. 53, “a”, “b” e “c”)
- FORO SUBSIDIÁRIO
Ainda na regra geral, mas preciso de mais elemento para definir o domicilio. São os parágrafos do artigo 48.
- FORO ESPECIAL
Critério ratione matéria:
1 – Imóveis (D.R.) art. 47
2- Inventário e Partilha art. 48
3- Ausência art. 49
Critério ratione personae:
1- União art. 51
2 – Alimentando art. 53, II
3- Casal art. 53, I
4 – Idoso art. 53, III
Critério ratione loci:
1 - Obrigação de fazer art. 53, III, “d”
2 – Reparação de danos art. 53, IV, “a”
CRITÉRIO RATIONE MATÉRIA
1 – Imóveis
“foro de eleição” = o que é eleito no contrato
“foro de situação da coisa” = onde está localizado o bem imóvel
- Preciso dividir o artigo em duas partes. Na primeira o autor pode escolher entre:
- o foro de domicílio do réu
- foro de eleição
- foro de situação da coisa
Mas, se alguns dos Direitos Reais Forem aqueles descritos na segunda parte (é taxativo), só poderá ser o foro de situação da coisa (caput)
2 – inventário/ partilha
- Quem faleceu é o inventariado, o “autor da herança” (de cujus é para direito matéria)
- Será o último domicílio do inventariado (porque o atual é o cemitério), sempre que tiver domicílio certo, será lá. Não importando os outros requisitos. 
I – se o inventariado não tivesse domicílio certo, vai para onde estiver o bem (foro de situação do bem).
II- Se era domicílio incerto, e tiver mais de um imóvel em mais de um local, o inventariante escolhe onde vai abrir o inventário.
3 – Ausência 
- Ausente é a pessoa que deixou seu domicílio sem um representante, procurador.
- É ausente hoje, mas tem seu último domicílio que é o lugar que será proposta a ação.
CRITÉRIO RATIONE PERSONAE
1 – União
Pode ser autora: nesses casos será sempre o domicílio do réu.
Pode ser a ré: nesses casos o autor escolhe, pode ser o domicílio do autor, D.F., lugar do fato ou o foro de situação do bem.
2 - alimentando 
Será o domicílio do representante ou assistente. “domicílio do alimentado para a ação em que pede alimentos”
3 – casal
- Trabalhamos com exclusão, para as dissoluções de união afetiva aplicamos a mesma regra.
- No caso que guarda compartilhada, em que ambos tem a guarda, como tem incapaz o autor escolhe se será proposta no domicílio do autor ou do réu. 
4 – Idoso
É idoso aquele que possui idade igual ou superior a 60 anos. 
Se o assusto for previsto do estatuto do idoso, a ação será prevista no domicílio do idoso. 
CRITÉRIO RATIONE LOCI
1 - Obrigação de fazer
- a competência será o lugar onde deverá ser cumprida a obrigação.
2- Reparação de danos
Em uma ação de danos morais, será onde aconteceu o ato, o fato determina o local, foro.
3- Reparação de danos (acidente de trânsito)
Será o domicílio do autor, ou no lugar do fato.
CRITÉRIO OBJETIVO
A) EM RELAÇÃO A MATÉRIA
- Cada comarca tem um número diferente de varas especiais e residuais. Pode ter comarca sem vara especializada, mas nunca sem residual.
As especiais podem ser: de família, Fazenda Pública (como aqui em Petrópolis)
B) EM RELAÇÃO AO VALOR DA CAUSA
Toda causa, ainda que sem conteúdo econômico, apresente um valor certo e determinado fixado em moeda corrente. O valor da causa é estabelecido na petição inicial. 
LEI 9099/95 – JEC
- Até 40 salários mínimos
-Legitimidade: 
	-ativa: PJ de direito privado, micro empresa de pequeno valor. Pessoa física maior e capaz.
	- passiva: Pessoa física maior e capaz. Pessoa jurídica de direito privado.
Obs: ator pode escolher justiça comum ou o JEC.
	
LEI 10259/01– JEF 
-Até 60 salários mínimos
-Legitimidade
	- ativa: PF maior e capaz/ PJ de Direito privado (microempresa de pequeno porte)
	- passiva: União,...
LEI 12153/09 – JEFP
-Até 60 salários mínimos
-Legitimidade
	- ativa: PF maior capaz. PJ de Direito Privado (microempresa de pequeno porte)
	- passiva: Estado, DF, Territórios, Municípios, autarquias, fundações, empresas públicas. 	
Se cumpridas as exigência não é facultado ao autor integrar o rito do FEFP, é obrigatório.
CRITÉRIO FUNCIONAL
A)VÁRIOS JUÍZOS SUBMETIDOS AO MESMO PROCESSO
1) VERTICAL
Quando o processo vai de uma instância a outra. (ex: recursos)
2) HORIZONTAL
Quando ambos juízos pertencem a mesma instância ( ex: carta precatória)
B) VÁRIOS PROCESSOS SUBMETIDO AO MESMO JUÍZO
Quando dois processos que como são vinculados devem permanecer no mesmo juízo. (ex: caso dos embargos à execução fiscal que acompanham o processo principal da Execução Fiscal)
	COMPETÊNCIA RELATIVA
	COMPETÊNCIA ABSOLUTA
	Interesse PARTICULAR
	Interesse Público
	A incompetência SÓ poderá ser alegada pelo réu
	Alegada pelo réu ou de ofício pelo juiz
	Deve ser alegada no prazo da contestação
	Pode ser alegada a qualquer tempo e grau de jurisdição
	Alegada na preliminar da CONTESTAÇÃO
	É alegada por simples PETIÇÃO
	Vício SANÁVEL
	Vício INSANÁVEL
	Ocorre Prorrogação (juízo que era incompetente torna-se competente)
	Não ocorre prorrogação, Juízo incompetente nunca será competente.
	Critério Territorial
	Regra geral
	Competência relativa
	Exceção art. 47 (2º parte)
	Competência Absoluta
	Critério Funcional
	Competência Absoluta
	Critério Objetivo em relação a matéria
	Competência Absoluta
	Critério Objetivo em relação ao valor da causa
	JEC
	Competência relativa
	JEF
	Competência Absoluta
	JEFP
	Competência Absoluta
CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Somente aplica-se aos casos de competência relativa. Motivos:
1) Inércia
Incompetência Relativa, réu deixa de falar no prazo da contestação e o juízo que era incompetente passa a ser competente.
2) Foro de eleição art. 63, § 3º, CPC
Previsão contratual é pré determinado (todavia, deve ser eleito por ambas as partes).
CONTRATO DE ADESÃO: Quando não for escolhido pelas duas partes, quando for imposto, juiz irá declarar de ofício a incompetência relativa.
- É UMA EXCEÇÃO, à incompetência relativa, pois aqui é declarada de ofício, autorizada pelo artigo 63, §3º
3) Conexão art. 55 cpc
Quando as ações lhes forem comum o pedido e/ou a causa de pedir. AS PARTES PODEM SER DIFERENTES.
-Deverão ser reunidas, apensada e caminharão juntas. 
4) Continência art. 56 cpc
Uma está contida na outra
OBS: as demandas (conexão e continência serão reunidas no juízo prevento).
- Juízo prevento será aquele em que a petição inicial for distribuída primeiro.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
- Quem tem competência para solucionar o conflito de competência é o órgão hierarquicamente superior a ambos. 
PRINCÍPIO DA PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO
- A competência é fixada no momento do ajuizamento da demanda o que ocorre com a distribuição ou registro da petição inicial, sendo assim as mudanças de fato havidas no curso da lide na alteram a competência. Exemplo, mesmo se o réu viver se mudando, sempre será o da PI.

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