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Aula_05 (1)

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Comunicação nas Empresas
Rozangela Nogueira 
de Moraes
Aula 5
Objetivos de sua aprendizagem:
Compreender o que é a crase, saber empregá-la nas diferentes situações;
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Para inicio de conversa...
Sem a pequena morte
de toda noite
como sobreviver à vida
de cada dia? 
José Paulo Paes
3
www.freeimages.com
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As vezes nunca 
Engenheiros do Hawai
Tô sempre escrevendo cartas que nunca vou mandar
Pra amores secretos, revistas semanais e deputados federais
Às vezes nunca sei se "as vezes" leva crase
Às vezes nunca sei em que ponto acaba a frase
Você sempre soube (eu não sabia)
Toda frase acaba num riso de auto ironia
Você sempre soube (eu não sabia)
Toda tarde acaba com melancolia....
Origem 
A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. 
Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: 
Vou à escola. 
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Crase 
É a fusão, a contração de dois aa.
Acento grave (`) é o sinal que indica a fusão de dois aa, portanto, nenhum a tem crase, mas acento grave.
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Emprego da crase
Ocorre a crase:
Quando o termo regente exigir a preposição a e o termo regido admitir o artigo definido a; 
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Vou à praça.
Prefiro esta fruta àquela
ou quando o termo regido for representado por um pronome demonstrativo iniciado por a. 
Emprego da crase
Em locuções (prepositivas, adverbiais ou conjuntivas) com palavras femininas. 
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Às vezes não a encontro à noite.
Os policiais estão à procura do ladrão.
À proporção que chove, mais preocupados ficamos
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Sozinho 
Peninha
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
www.vagalume.com.br
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Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
 
www.vagalume.com.br
Nas locuções adverbiais com a palavra horas (mesmo subentendida): 
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Cheguei a casa às dez horas. 
Casou no sábado e logo na terça entrava em casa às três da manhã. 
 (Dalton Trevisan)
Crase pronúncia gentílicos....
Pasquale Cipro Neto – Nossa Língua Portuguesa
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Não se usa crase
Diante de palavras masculinas
A no singular e nome no plural
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Sua roupa está cheirando a suor. 
“Tudo cheirava-me a asneiras.” 
linguaeimagem.blogspot.com.br
Não se usa crase
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linguaeimagem.blogspot.com.br
Está começando a esfriar. 
Irei a uma festa
Diante de verbos
Diante de artigo indefinido
Casos facultativos da crase
Antes de pronome possessivo feminino
Antes de nome próprio de pessoa (íntima,
 familiar)
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Escrevi a / à minha professora
Não fiz referência a / à Teresa.
Casos facultativos da crase
Com a locução até a, antes de palavra feminina
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Fui até a / até à esquina, mas não o encontrei
Regras básicas
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir essas regras básicas:
Só ocorre crase diante de palavras femininas
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O sol estava a pino
2. Com os verbos:
troque estes verbos por:
 
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ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se.
vir, voltar, chegar...);
se surgir da, ocorrerá crase; 
caso contrário, não ocorrerá crase.
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Vou a Porto Alegre.
Vou à Bahia.
Casos especiais
Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, não ocorre crase.
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Preencheu o formulário a caneta.
Carlos pintou a máquina.
Ocorrerá a crase antes das palavras casa (lar), terra (antônima de bordo) e distância se aparecerem com modificador ou forem delimitadas:
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Cheguei a casa de madrugada.
Voltei à casa de minha namorada cedo.
Retornamos a terra à noitinha.
Retornarei à terra de meus avós.
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No zoológico, os animais ficam a distância.
Os guardas ficaram à distância de vinte metros.
www.urbs.curitiba.pr.gov.br
Ocorrendo a elipse da palavra moda ou maneira, das expressões à moda de, à maneira de, ocorrerá a crase diante de nomes masculinos:
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Calçados à Luís XV. (à moda de Luís XV).
Estilo à Coelho Neto.
Era um senhor atarracado, de grossos bigodes à Kaiser.
A crase no dia a dia
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lauroportugues.blogspot.com.br
ARAÚJO, Paulo S. A arte de falar em público. Rio de Janeiro: Forense e Gryphus, 2003.
BRASIL, André. Fale bem, fale sempre. São Carlos: RiMa, 2003.
CÂMARA JR. J. Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 14. ed. Petrópolis: Vozes,1997.
CINTRA, José C. Técnica para apresentações com recursos audiovisuais. São Carlos: Rima, 2002.
Como falar em público. Rio de Janeiro: Suma Econômica, 1996. (DVD e material didático).
Referências
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Comunicação nas Empresas
Rozangela Nogueira 
de Moraes
Atividade 5
Atividade 
Leia o poema:
                         
						
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Quando saio às ruas
Sinto o que é solidão
Se paro à sombra de uma velha árvore
Fico a pensar se ainda me resta alguma ilusão.
                
Marina Ferreira
Atividade 
De acordo com os seus conhecimentos no que se refere a este fato linguístico, justifique as ocorrências: 
Quando saio às ruas
Se paro à sombra...
Fico a pensar...
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Dadas as afirmações:
1- Tudo correu as mil maravilhas.
2- Caminhamos rente a parede.
3- Ele jamais foi a festas.
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Verificamos que o uso do acento indicador da crase no “a” é obrigatório:
apenas na sentença 1
apenas na sentença 2
apenas nas sentenças 1 e 2
em todas as sentenças  
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Preencha as lacunas empregando os termos que melhor se adequarem, levando em consideração a norma padrão da linguagem:
Quando vamos _______fazenda, adoro andar _____cavalo e ______pé. Essa atividade é uma ótima alternativa para aliviar -_______tensões.
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