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Português para Assistente - UFCG - 2019 ( https://tec.ec/s/QmR0k )
Português
Questão 600: CPCON UEPB - Ag (Pref Sapé)/Pref Sapé/Administrativo/2016
Atente ao poema abaixo e responda o que se pede:
Texto
Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
(João Cabral de Melo Neto).
 
Sobre o poema acima, é CORRETO se afirmar que:
 a) A comparação do fazer poético com o ato de catar feijão leva-nos ao entendimento da
metapoesia, isto é, o poema, enquanto linguagem, falando do próprio ato de se fazer, característica da
função meramente mecânica e referencial da linguagem.
 b) A comparação do fazer poético com o ato de catar feijão leva-nos ao entendimento da
metapoesia, isto é, o poema, enquanto linguagem, falando do próprio ato de se fazer, característica da
função apelativa da linguagem.
 c) A comparação do fazer poético com o ato de catar feijão leva-nos ao entendimento da
metapoesia, isto é, o poema, enquanto linguagem, falando do próprio ato de se fazer, característica da
função metalinguística da linguagem.
 d) A comparação do fazer poético com o ato de catar feijão leva-nos ao entendimento da
metapoesia, isto é, o poema, enquanto linguagem, falando do próprio ato de se fazer, característica da
função fática da linguagem.
 e) Não se registra, no poema em análise, nenhuma função da linguagem.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/523192
Questão 601: CONSULPLAN - Ag (Ibiraçu)/Pref Ibiraçu/Defesa Civil/2015
Observe a tirinha.
 
 
A função de linguagem que predomina no texto anterior é a
 a) conativa.
 b) metáfora.
 c) referencial.
 d) metalinguística.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/412856
Questão 602: INAZ do Pará - Ag AC (Curuçá)/Pref Curuçá/2015
TEXTO 01 para a questão.
"Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá
argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, é necessário
lembrar que, na Antiguidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam
distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não parecia ser muito superior a distância da Terra
aos planetas. Suponhamos agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu
visível à noite deve abranger, de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim
parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada
instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estelar,
então o campo de visão à noite não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver
mais da metade, outras vezes poderíamos ver menos da metade do zodíaco, de horizonte a horizonte.
Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de estrelas. E se
ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas."
MARTINS, Roberto de A. Introdução geral ao Commentariolus, de Nicolau Copérnico.
 
Sabendo-se qual das funções de linguagem foi privilegiada neste texto, marque a opção que traz o
elemento da comunicação a que está relacionada tal função?
 a) mensagem;
 b) código;
 c) referente;
 d) emissor;
 e) suporte.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/554989
Questão 603: PR4 (UFRJ) - Ass (UFRJ)/UFRJ/Alunos/Geral/2018
DISCRETA PRIMAVERA
 
Fernanda Torres
 
As petições pululam na tela do computador. Assino, assino todas elas. Peço a demarcação das terras
indígenas, a liberação do aborto e a descriminalização das drogas. Grito contra o trabalho escravo, o
preconceito racial e de gênero; tento melar o emprego indiscriminado de agrotóxicos, frear o degelo
das calotas polares, o desmatamento e a destruição dos corais da Amazônia. Clamo pelo fim da guerra
na Síria, da corrupção e do foro privilegiado; exijo a reforma política; voto pela proteção dos micos-
leões e falho com os ursos-polares.
 
E, em meio ao acúmulo de urgências, ao imenso ruído do planeta, vacilo entre a paralisia e a ação.
Entre o engajamento e a reflexão no silêncio. Entre ser e não ser.
 
Quem É Primavera das Neves?, documentário de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, toca em cheio na
histeria do agora, sem falar diretamente dela.
 
Primavera Ácrata Saiz das Neves é uma mulher que enfrentou o açoite e os insultos do mundo, a
afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as delongas da lei, a
prepotência do mando e o achincalhe do século XX.
 
Filha de pai anarquista e mãe sufragista, fugidos das ditaduras de Franco e Salazar, ela cresceu no
Catete do pós-guerra, estudou no Licée e dominou seis línguas. Casou-se com um tenente português e
retornou para o Brasil em 1964, sozinha, com uma filha pequena. O marido permaneceu em Lisboa,
condenado à prisão por ter participado da mal-sucedida Revolta da Beja.
 
Em meio à insensatez e às injustiças de seu tempo, Primavera dedicou a vida à amizade, à
maternidade, ao amor e à arte. Foi íntima e discreta, e nem por isso mesquinha, pequena ou
indiferente.
 
Traduziu Lewis Carroll, Vladimir Nabokov, Arthur C. Clarke e Emily Dickinson, Simenon e Julio Verne.
Foi poeta, mãe, mulher, amiga e adoradora de Wagner; influenciou de forma profunda os que a
conheceram, mas teve uma vida invisível. Morreu aos 47 anos.
 
Teria permanecido anônima, não fosse a obstinação de arqueólogo de Furtado e Azevedo, que,
intrigados com o nome da tradutora de Alice no País das Maravilhas, desencavaram sua preciosa
história.
 
Eulalie, a amiga saudosa, que sempre admirou a personalidade livre e contemporânea de Primavera,
jamais percebeu nela a vontade de se promover — é o verbo que usa: promover.
 
Hoje, estamos todos em promoção, gritando a esmo, como numa liquidação de Natal.
 
O século XXI promove revoluções movidas a likes. Não diminuo a importância das petições que, reitero,
assino convicta. Mas o milênio que se inicia também produziu uma perturbadora pornografia do ego, do
exibicionismo das selfies; o bestialógico da multiplicação de blogueiros e a brutalidade travestida de
diversão dos realities. Um confessionário a céu aberto, onde todos, e cada um, têm o quinhão de
narcisismo preenchido pela publicação de seu diário de bordo.
 
Primavera era em tudo o contrário. Apesar das perseguições que testemunhou e sofreu, da inteligência
e sensibilidade que possuiu, nunca se impôs ao mundo, ou impôs o seu mundo aos demais.
 
A ela, bastava ser — qualidade cada vez mais rara de ver, ter e encontrar.
 
Fonte: http://vejario.abril.com.br/blog/fernanda-torres/discreta-primavera/
 
Assinale a alternativa que classifica corretamente o termo em destaque em “Casou-se com um tenente
português”.
 a) Partícula apassivadora.
 b) Pronome reflexivo.
 c) Índice de indeterminação.
 d) Conjunção integrante.
 e) Dêitico.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/601331
Questão 604: Instituto AOCP - Ass Adm (UFFS)/UFFS/2016
Bons dias!
 
(Machado de Assis - publicada em 21 de janeiro de 1889)
 
Vi não me lembra onde...
 
É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assimse pode
chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se
mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a
gente volta para casa “lesta e aguda”, como se dizia em não sei que comédia antiga.
 
Naturalmente, cansadas as pernas, meto-me no primeiro Bond que pode trazer-me a casa ou à Rua do
Ouvidor, que é onde todos moramos. Se o Bond é dos que têm de ir por vias estreitas e atravancadas,
torna-se um verdadeiro obséquio do céu. De quando em quando, para diante de uma carroça que
despeja ou recolhe fardos. O cocheiro trava o carro, ata as rédeas, desce e acende um cigarro: o
condutor desce também e vai dar uma vista de olhos ao obstáculo. Eu, e todos os veneráveis camelos
da Arábia, vulgo passageiros, se estamos dizendo alguma coisa, calamo-nos para ruminar e esperar.
 
Ninguém sabe o que sou quando rumino. Posso dizer, sem medo de errar, que rumino muito melhor do
que falo. A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais
fina, mas muito menos sincera. Ruminando, a ideia fica íntegra e livre. Sou mais profundo ruminando;
e mais elevado também.
 
Ainda anteontem, aproveitando uma meia hora de Bond parado, lembrei-me não sei como o incêndio
do club dos Tenentes do Diabo. Ruminei os episódios todos. Entre eles, os atos de generosidade tinham
parte das sociedades congêneres; e fiquei triste de não estar naquela primeira juventude, em que a
alma se mostra capaz de sacrifícios e de bravura. Todas essas dedicações dão prova de uma
solidariedade rara, grata ao coração.
 
Dois episódios, porém, me deram a medida do que valho, quando rumino. Toda a gente os leu
separadamente; o leitor e eu fomos os únicos que os comparamos.
 
Refiro-me, primeiramente, à ação daqueles sócios de outro club, que correram à casa que ardia, e,
acudindo-lhes à lembrança os estandartes, bradaram que era preciso salvá-los. “Salvemos os
estandartes!”, e tê-lo-iam feito, a troco da vida de alguns, se não fossem impedidos a tempo. Era
loucura, mas loucura sublime. Os estandartes são para eles o símbolo da associação, representam a
honra comum, as glórias comuns, o espírito que os liga e perpetua.
 
Esse foi o primeiro episódio. Ao pé dele, temos o do empregado que dormia na sala. Acordou este,
cercado de fumo, que o ia sufocando e matando. Ergueu-se, compreendeu tudo, estava perdido, era
preciso fugir. Pegou em si e no livro da escrituração e correu pela escada abaixo.
 
Comparai esses dois atos, a salvação dos estandartes e a salvação do livro, e tereis uma imagem
completa do homem. Vós mesmos que me ledes sois outros tantos exemplos de conclusão. Uns dirão
que o empregado, salvando o livro, salvou o sólido; o resto é obra de sirgueiro. Outros replicarão que a
contabilidade pode ser reconstituída, mas que o estandarte, símbolo da associação, é também a sua
alma; velho e chamuscado, valeria muito mais que o que possa sair agora’ novo, de uma loja.
Compará-lo-ão à bandeira de uma nação, que os soldados perdem no combate, ou trazem esfarrapada
e gloriosa.
 
E todos vós tereis razão; sois as duas metades do homem, formais o homem todo... Entretanto, isso
que aí fica dito está longe da sublimidade com que o ruminei. Oh! Se todos ficássemos calados! Que
imensidade de belas e grandes ideias! Que saraus excelentes! Que sessões de Câmara! Que magníficas
viagens de Bond!
 
Boas noites!
 
(Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br.)
 
Na oração, “Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos”, a
palavra SE pode ser corretamente classificada, na ordem em que aparece, como
 a) conjunção subordinativa e parte integrante do verbo.
 b) pronome reflexivo e partícula apassivadora.
 c) conjunção subordinativa e índice de indeterminação do sujeito.
 d) partícula expletiva e conjunção coordenativa.
 e) conjunção subordinativa e conjunção integrante.
 
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/529094
Questão 605: CS UFG - Ass (IF GOIANO)/IF GOIANO/Alunos/2014
Leia o Texto 4 para responder à questão.
Texto 4
 
Murar o medo
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi
a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem, os
anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas. Nem sempre os que me
protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me
ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças
sempre foi praticada não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na
minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambientes que
reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais
protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do
meu território. O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa
natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte
vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste
mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting
internacional: os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela
independência do país, e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de
todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram restaurantes junto à nossa
porta, os ditos terroristas são governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático
avô que não deixou descendência. O preço dessa narrativa de terror foi, no entanto, trágico para o
continente africano.
 
COUTO, Mia. Discurso pronunciado nas Conferências do Estoril da
Fundação Cascais. Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia.php? id_noticia=186637&id_secao=11>. Acesso em: 13
mar. 2014.
 
Na oração “No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas”, a partícula “se” funciona
como
 a) conjunção condicional.
 b) pronome reflexivo.
 c) partícula apassivadora.
 d) indeterminador do sujeito.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/298276
Questão 606: QUADRIX - Of Adm (FDSBC)/FDSBC/2019
 
Veja:
 
“Responder com simplicidade e clareza às perguntas dos filhos aumenta a comunicação e a confiança
que eles têm nos pais.”
 
A palavra “que”, sublinhada no trecho:
 a) é um pronome relativo que retoma “confiança”.
 b) é um pronome pessoal reto.
 c) é um pronome demonstrativo, que foi usado incorretamente no trecho.
 d) é um pronome interrogativo, usado em interrogativa indireta – sem ponto de interrogação.
 e) é um pronome relativo, cujo uso causou problemas de clareza para o trecho em que aparece.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/801538
Questão 607: PR4 (UFRJ) - Ass (UFRJ)/UFRJ/Alunos/Geral/2018
DISCRETA PRIMAVERA
 
Fernanda Torres
 
As petições pululam na tela do computador. Assino, assino todas elas. Peço a demarcação das terras
indígenas, a liberação do aborto e a descriminalização das drogas. Grito contra o trabalho escravo, o
preconceito racial e de gênero; tento melar o emprego indiscriminado de agrotóxicos, frear o degelo
das calotas polares, o desmatamento e a destruição dos corais da Amazônia. Clamo pelo fim da guerra
na Síria, da corrupção e do foro privilegiado; exijo a reforma política; voto pela proteção dos micos-
leões e falho com os ursos-polares.
 
E, em meio ao acúmulo de urgências,ao imenso ruído do planeta, vacilo entre a paralisia e a ação.
Entre o engajamento e a reflexão no silêncio. Entre ser e não ser.
 
Quem É Primavera das Neves?, documentário de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, toca em cheio na
histeria do agora, sem falar diretamente dela.
 
Primavera Ácrata Saiz das Neves é uma mulher que enfrentou o açoite e os insultos do mundo, a
afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as delongas da lei, a
prepotência do mando e o achincalhe do século XX.
 
Filha de pai anarquista e mãe sufragista, fugidos das ditaduras de Franco e Salazar, ela cresceu no
Catete do pós-guerra, estudou no Licée e dominou seis línguas. Casou-se com um tenente português e
retornou para o Brasil em 1964, sozinha, com uma filha pequena. O marido permaneceu em Lisboa,
condenado à prisão por ter participado da mal-sucedida Revolta da Beja.
 
Em meio à insensatez e às injustiças de seu tempo, Primavera dedicou a vida à amizade, à
maternidade, ao amor e à arte. Foi íntima e discreta, e nem por isso mesquinha, pequena ou
indiferente.
 
Traduziu Lewis Carroll, Vladimir Nabokov, Arthur C. Clarke e Emily Dickinson, Simenon e Julio Verne.
Foi poeta, mãe, mulher, amiga e adoradora de Wagner; influenciou de forma profunda os que a
conheceram, mas teve uma vida invisível. Morreu aos 47 anos.
 
Teria permanecido anônima, não fosse a obstinação de arqueólogo de Furtado e Azevedo, que,
intrigados com o nome da tradutora de Alice no País das Maravilhas, desencavaram sua preciosa
história.
 
Eulalie, a amiga saudosa, que sempre admirou a personalidade livre e contemporânea de Primavera,
jamais percebeu nela a vontade de se promover — é o verbo que usa: promover.
 
Hoje, estamos todos em promoção, gritando a esmo, como numa liquidação de Natal.
 
O século XXI promove revoluções movidas a likes. Não diminuo a importância das petições que, reitero,
assino convicta. Mas o milênio que se inicia também produziu uma perturbadora pornografia do ego, do
exibicionismo das selfies; o bestialógico da multiplicação de blogueiros e a brutalidade travestida de
diversão dos realities. Um confessionário a céu aberto, onde todos, e cada um, têm o quinhão de
narcisismo preenchido pela publicação de seu diário de bordo.
 
Primavera era em tudo o contrário. Apesar das perseguições que testemunhou e sofreu, da inteligência
e sensibilidade que possuiu, nunca se impôs ao mundo, ou impôs o seu mundo aos demais.
 
A ela, bastava ser — qualidade cada vez mais rara de ver, ter e encontrar.
 
Fonte: http://vejario.abril.com.br/blog/fernanda-torres/discreta-primavera/
 
Em “Eulalie, a amiga saudosa, que sempre admirou a personalidade livre e contemporânea de
Primavera (...)”, a palavra destacada é:
 a) aposto.
 b) pronome relativo.
 c) pronome apassivador.
 d) vocativo.
 e) conjunção integrante.
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Questão 608: FAURGS - Ass Adm (UFRGS)/UFRGS/2016
Sabe-se que a leitura é um dos mais importantes fatores no processo de desenvolvimento intelectual e
que através dela o indivíduo contribui para seu enriquecimento pessoal e também para sua própria
compreensão do mundo, visto que o crescimento econômico e social de uma nação depende em grande
parte do grau de instrução de seu povo. Ler é ampliar a percepção, é ser motivado à observação de
fatos que(a) antes passavam despercebidos, enfim ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.
Antigamente, a leitura era considerada simplesmente um meio de receber uma mensagem importante.
Hoje, pesquisas definem o ato de ler como um processo mental de vários níveis que contribui muito
para o desenvolvimento da inteligência.
Por essa razão, a leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é também um dos meios mais
eficazes de desenvolvimento da linguagem e da personalidade, já que possibilita uma melhor
compreensão do mundo, permitindo ao indivíduo uma visão crítica da realidade. Aquele que não critica
apenas assimila, não forma sua opinião própria, repete apenas o que(b) recebe. Por isso, não é por
acaso que as sociedades menos desenvolvidas e mais dominadas são as que(c) não leem, são aquelas
que admitem o analfabetismo com naturalidade.
Por esses e outros motivos é que(d) a leitura e os livros devem estar constantemente presentes na vida
das pessoas, não bastando apenas completar a sua educação escolar. A tarefa do futuro é a educação
permanente, ou melhor, a autoeducação permanente.
O mais importante da leitura é encontrar o livro certo, no momento certo, para a pessoa certa, livros
que satisfaçam plenamente os interesses de diferentes pessoas, devendo-se respeitar a escolha do
leitor, pois quando se lê o que(e) se gosta, faz-se com prazer.
O interesse é a pedra de toque do progresso, do prazer e da utilidade da leitura. É o gerador de toda a
atividade voluntária de leitura.
Adaptado de: A importância da leitura para a construção do conhecimento. Disponível em: <http://www.webartigos.
com/artigos/a-importancia-da-leitura-para-a-construcao- do-conhecimento/53095>. Acesso em: 19 ago. 2016.
 
Quanto à classificação das palavras do texto, é correto afirmar que
 a) o que é pronome.
 b) o que é preposição.
 c) o que é conjunção.
 d) o que é adjetivo.
 e) o que é advérbio.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/707924
Questão 609: Instituto AOCP - Ag (Angra)/Pref Angra/Administrativo/2015
Espectadores têm chance de “degustação” das
Paralimpíadas. Ingressos estão à venda
07/09/2015
Cadeiras de roda e próteses entre bicicletas, skates e patins: a integração entre atletas paralímpicos e
o público na Lagoa Rodrigo de Freitas marcou a celebração da data de um ano para as Paralimpíadas
Rio 2016, nesta segunda-feira (7.09). Durante o Festival Paralímpico, que teve dois dias de
programação na capital fluminense, os espectadores puderam ter um gostinho de como serão os
primeiros Jogos da América do Sul, no ano que vem.
O cronômetro que marca o tempo até o dia do evento foi acionado de dentro de uma roda de
confraternização que reuniu atletas brasileiros e estrangeiros, o mascote das Paralimpíadas, Tom,
autoridades e dirigentes. O ministro do Esporte, George Hilton, esteve presente ao lado do presidente
do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, e dos presidentes dos comitês paralímpicos internacional e
brasileiro (Phillip Craven e Andrew Parsons).
“Quero dizer que neste um ano para os Jogos, os esforços são para que a gente tenha não apenas um
grande evento, mas que possamos despertar a cultura desportiva em todo o território nacional. O Rio
terá a missão de espalhar por todo o país a chama paralímpica, e nós daremos todo o apoio que for
preciso para que o paradesporto no Brasil continue nos orgulhando”, disse George Hilton.
Andrew Parsons lembrou que o 7 de setembro também marca o início da venda de ingressos para os
Jogos Paralímpicos. “Nossa meta é vender 3,3 milhões de entradas. Se conseguirmos, vai ser o maior
número de ingressos vendidos de toda a história da Paralimpíada. Os preços são bem convidativos, tem
ingresso a R$ 10, é muito barato. A ideia não é fazer uma grande arrecadação, mas expor o esporte
paralímpico ao maior número de pessoas possível”, afirmou.
Fonte: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/noticias/espectadores-temchance- de-degustacao-das-paralimpiadas-no-rio-
ingressos-estao-avenda
 
Assinale a alternativa cujo “que” NÃO tem a função de retomar o termo antecedente.
 a) “O cronômetro que marca o tempo...”.
 b) “...roda de confraternização que reuniu atletas brasileiros e estrangeiros”.
 c) “...e nós daremos todo o apoio que for preciso”.
 d) “Andrew Parsons lembrou que o 7 de setembro também marca o início da venda de ingressos”.
 e) “...os primeiros Jogos da América do Sul, no ano que vem”.
Esta questão possui comentário do professor nosite. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/519135
Questão 610: FAURGS - Tec (UFRGS)/UFRGS/Laboratório/Industria/2014
A questão a seguir se refere ao texto abaixo.
 
A tia Benvinda convidou duas amigas, a tia Flor e a tia Amada, para uma visita. Como era muito
esquecida (como as amigas, aliás), pediu ao filho, Moise, que anotasse num papelzinho o que(a) tinha
de servir. “Comece com café”, anotou Moise. “Siga com as cerejas, queijos e por fim os doces”.
 
Chegaram as visitas, conversaram um pouco, e tia Benvinda foi até a cozinha. Olhou no papelzinho, viu
que(b) tinha de servir café e voltou com o café. Tomaram café, conversaram mais um pouco, tia
Benvinda recolheu as xícaras, foi até a cozinha e olhou de novo o papelzinho: “Comece com o café...”.
De modo que(c) trouxe café. Tomaram café, conversaram, de novo a anfitriã foi até a cozinha e... mais
café. Assim se passou a tarde.
 
Finalmente, as duas idosas levantaram-se, despediram- se e se foram. No caminho, tia Flor comentou
com tia Amada:
 
– Que(d) jeito grosseiro de receber tem essa Benvinda! Nem nos serviu café!
 
Ao que(e) a outra a olhou com surpresa:
 
– Benvinda? Benvinda disseste? E quando a viste?
 
Neste meio tempo, Moise chegou à casa da mãe e perguntou como havia sido o encontro.
 
– Não vale a pena preparar tanta coisa – foi a resposta. – As visitas nem apareceram.
 
Extraído e adaptado de: SCLIAR, M.; FINZI, P. ELIAHU, T.
Humor Judaico: do éden ao divã. São Paulo: Shalom, 1990.
 
Assinale a alternativa em que a palavra exerce no texto a função de conjunção integrante.
 a) que
 b) que
 c) que 
 d) Que
 e) que
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/719091
Questão 611: VUNESP - Of Adm (SEDUC SP)/SEDUC SP/2019
(Bill Watterson. Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo, Conrad Editora do Brasil,
2013)
 
É correto concluir, da leitura da tira, que a resposta do pai a respeito do computador
 a) confunde o garoto, que passa a interrogar-se sobre a verdadeira razão para o pai omitir-se de
comprar-lhe o aparelho.
 b) contraria o garoto, que via no computador a esperança de ter menos trabalho na elaboração de
suas atividades escolares.
 c) aborrece o garoto, que continua acreditando que o computador é fundamental para melhorar seu
rendimento escolar.
 d) satisfaz o garoto, que se convence de que o computador poderá auxiliá-lo melhor ainda do que
ele inicialmente imaginara.
 e) atenua as preocupações do garoto, que se convence de que o computador facilita a elaboração
dos trabalhos escolares.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/799675
Questão 612: VUNESP - Of Adm (SEDUC SP)/SEDUC SP/2019
Irmãos em livros
Outro dia, num táxi, o motorista me disse que “gostava de ler” e comprava “muitos livros”. Dei-lhe
parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que “gostava de todas”, mas, de há
alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah, sim? Comentei que também gostava de todos os
táxis, mas, a partir dali, passaria a usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como
se processasse a informação. Virou-se para mim e disse: “Entendi. O senhor tem razão”.
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas ou despreparadas –
apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso muito bem entendê-las porque também
não tenho o menor interesse por automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um
carro, acho que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram alguma
coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para o espaço. Nada disso me faz
falta, assim como o livro e a livraria a eles.
No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão fascinante. São
milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma personalidade. São romances,
biografias, ensaios, poesia, livros de história, de fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que
se despendeu de esforço intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar.
Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor conseguiu dar.
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de algum tipo de
conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para congraçar. Aliás, quanto mais se
aprende, mais se vai às livrarias.
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber quem somos e,
inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)
 
Conforme o autor do texto,
 a) a quantidade e a diversidade de esforço intelectual empreendido nos livros produzem uma
atmosfera de atração no ambiente das livrarias.
 b) a dispersão por assuntos muito variados, apesar de exigir grande esforço intelectual do escritor,
não raro acaba resultando numa obra medíocre.
 c) a disseminação da prática de comprar livros pela internet tem contribuído decisivamente para
promover o desinteresse pela leitura.
 d) o hábito da leitura é incompatível com o interesse por automóveis, pela alta culinária e,
especialmente, pelas novas tecnologias digitais.
 e) a leitura realizada em outros ambientes que não seja o de uma livraria acaba resultando numa
compreensão medíocre do conteúdo da obra.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/799690
Questão 613: VUNESP - Ass Adm (UFABC)/UFABC/2019
Leia o texto para responder a questão abaixo.
 
Millennials são iguais aos pais,
porém mais pobres, conclui Fed
 
A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na análise dos gastos com
automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião pública americana, os jovens da geração
Millennial são assassinos em série — responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do
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