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1-TRANSTORNOS DE CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR

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Introdução a Patologia
Patologia: investiga causa das doenças e alterações associadas que resultam em sinais e sintomas do paciente.
Etiologia: causa da doença, sendo a genética e fatores ambientais os principais.
Patogenia: desenvolvimento da doença 
Visão Geral das Respostas Celulares ao Estresse e aos Estímulos Nocivos
As células quando no seu estado normal estão em homeostasia, no entanto, ao sofrerem um estimulo patológico podem se adaptar e alcançar uma nova constância, garantindo que suas funções sejam exercidas.
As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. Se a capacidade adaptativa é excedida ou se o estresse externo é inerentemente nocivo, desenvolve-se a lesão celular. A lesão pode ser reversível, quando as células retornam ao estado basal ou irreversíveis, gerando morte celular.
 
O coração é um grande exemplo das respostas adaptativas aos diferentes tipos de estresses. O miocárdio submetido a uma carga aumentada e persistente, como na hipertensão ou com estenose de uma valva, se adapta sofrendo hipertrofia — um aumento do tamanho das células individuais e finalmente de todo o coração — gerando maior força contrátil. Se o estimulo persistir as células musculares sofrerão lesão. O miocárdio pode ser lesado de modo reversível se o estresse for leve ou breve, ou pode sofrer lesão irreversível e morte celular (infarto).
Adaptações Celulares ao Estresse
HIPERTROFIA
Aumento do tamanho das células, ocorre preferencialmente em células maduras, com grande quantidade de proteína e baixa capacidade de replicação.
A hipertrofia pode ser fisiológica, como a hipertrofia e hiperplasia do útero na gravidez ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal específica, um exemplo é a hipertrofia do miocárdio em resposta a hipertensão ou estenose da valva aórtica.
Os mecanismos que influenciam a hipertrofia cardíaca envolvem, pelo menos, dois tipos de sinais: os desencadeantes mecânicos, como o estiramento, e os desencadeantes tróficos, que tipicamente são mediadores solúveis que estimulam o crescimento celular, como fatores de crescimento e hormônios adrenérgicos. Esses estímulos acionam as vias de transdução de sinais que levam à indução de vários genes que estimulam a síntese de proteínas, como fatores de crescimento e proteínas estruturais. O resultado é a síntese de mais proteínas e miofilamentos por célula, o que aumenta a força gerada com cada contração, permitindo que a célula alcance melhor desempenho. Há também uma troca de proteínas contráteis adultas para forma fetal ou neonatal. Por exemplo, durante a hipertrofia do músculo, a cadeia pesada da miosina a é substituída pela forma b da cadeia pesada de miosina, a qual possui contração mais lenta e energeticamente mais econômica.
A hipertrofia tem um limite, após o alcance desse ocorre a degeneração. Isso ocorre pois exige-se maior vascularização, visto que as células estão maiores.
 O resultado dessas alterações é a dilatação ventricular e, finalmente, a falência cardíaca, uma sequência de eventos que ilustram como uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, caso o estresse não seja atenuado.
HIPERPLASIA
Ocorre em tecidos com capacidade de divisão, junto com a hiperplasia, em resposta ao mesmo estimulo.
Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são:
Hiperplasia hormonal, exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez.
 
Hiperplasia compensatória na qual cresce tecido residual após a remoção ou perda da porção de um órgão. Por exemplo, quando o fígado é parcialmente removido, a atividade mitótica das células restantes restauram o fígado ao seu peso normal (esse estimulo ocorre pois os hepatocitos produzem fatores de crescimento polipeptídicos).
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por estimulação excessiva hormonal ou por fatores do crescimento. Exemplo: se houver desequlibrio entre estrogênio e progesterona pode haver um crescimento acentuado do endométrio. Está presente também no processo cicatricial com crescimento de fibroblastos e vasos sanguíneos por estimulo dos leucócitos.
É importante notar que, em todas essas situações, o processo hiperplásico permanece controlado; se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia desaparece. Sendo esse controle a diferenciação do câncer.
ATROFIA 
A diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular, tendo sua função diminuída.
As causas da atrofia incluem a diminuição da carga de trabalho, a perda da inervação, a diminuição do suprimento sanguíneo, a nutrição inadequada, a perda da estimulação endócrina e o envelhecimento (atrofia senil). Embora alguns desses estímulos sejam fisiológicos e patológicos as alterações celulares fundamentais são idênticas. Um novo equilíbrio é adquirido entre o tamanho da célula e a diminuição do suprimento sanguíneo, da nutrição ou da estimulação trófica.
Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica diminuída e degradação proteica aumentada nas células.
Mecanismos da atrofia: 
↓atividade metabólica - ↓síntese proteica
Deficiência de nutrientes ativa ligase ubiquitina pepitideo ubuquitina degradação dos protossomos!
A atrofia pode ser acompanhada também pelo aumento da autofagia, um processo no qual a célula privada de nutrientes digere seus próprios componentes no intuito de encontrar nutrição e sobreviver.
METAPLASIA
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular adulto.
Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinado estresse é substituída por outro tipo celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. Acredita-se que a metaplasia surja por uma reprogramação de células-tronco que se diferenciam ao longo de outra via, em vez de uma alteração fenotípica (transdiferenciação) de células já diferenciadas.
Grande exemplo disso é o epitélio respiratório de fumantes, que se torna escamoso para proteger-se da ação do cigarro. 
Embora o epitélio escamoso metaplásico possua vantagens de sobrevivência, importantes mecanismos de proteção são perdidos, como a secreção de muco e a remoção pelos cílios de materiais particulados. Portanto, a metaplasia epitelial é uma faca de dois gumes. Além disso, as influências que induzem a transformação metaplásica, se persistirem, podem predispor à transformação maligna do epitélio.
Como a vitamina A é essencial para a diferenciação normal do epitélio, sua deficiência pode induzir também a metaplasia escamosa no epitélio respiratório.
Refluxo Gástrico Crônico: epitélio esofágico pode se diferenciar em colunar intestinal/ gástrico.
Metaplasia pode ocorrer nas células mesenquimais em situações patológicas.
DISPLASIA
Refere-se a proliferação desordenada, com perda de diferenciação celular nas células afetadas. Podem levar ao câncer, o que ocorre frequentemente nas displasias de colo uterino, brônquios e gástrica.
Álcool, tabaco, produtos ou vírus cancerígenos e genética estão entre as causas da displasia.
Sua atipia mais importante é a cariomegalia, um crescimento exagerado do núcleo, devido alterações no DNA.
O que diferencia a displasia de uma neoplasia é o controle da proliferação.
NEOPLASIA
Câncer: uma desordem genética causada por mutações do DNA, muitas vezes acompanhadas de mudanças epigenéticas. Tais modificações alteram a função dos genes chave que regulam processos celulares fundamentais. Além disso, Essas alterações genéticas são hereditárias e passadas para as células-filhas na divisão celular. Após essas células passam por uma “seleção”, sendo que as células com mutação tem preferencia.
O acúmulo de mutações dá origem a uma série de propriedades chamadas características do câncer:
1Autossuficiência nos sinais de crescimento; Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento;Permite que as céls. cancerosas sobrevivam a indução de apoptose celular; Reprogramação das vias metabólicas, em especial em glicose aeróbia.
NOMENCLATURA:
Neoplasia literalmente significa “novo crescimento”. As neoplasias, desfrutam de certo grau de autonomia e tendem a aumentar de tamanho independentemente de seu ambiente local. A neoplasia pode ser referida como tumor.
Todos os tumores, benignos e malignos, têm dois componentes básicos: o parênquima, constituído por células neoplásicas ou transformadas, e o estroma, constituído por tecido conectivo, vasos sanguíneos e células inflamatórias derivadas do hospedeiro.
TUMORES BENIGNOS
Sufixo -oma ao tipo celular do qual eles surgem
Tumores epiteliais:
 Adenoma: neoplasias benignas epiteliais, que produzem padrões glandulares, e a neoplasias derivadas de glândulas, mas que não mostram necessariamente padrões glandulares.
 Papilomas: neoplasias epiteliais benignas, que crescem em qualquer superfície, produzem frondes micro ou macroscópicas semelhantes a dedos.
Pólipo: uma massa que se projeta acima de uma superfície mucosa, para formar uma estrutura macroscopicamente visível.
Cistadenomas: massas císticas ocas que surgem tipicamente no ovário.
TUMORES MALIGNOS
Neoplasias malignas que surgem em tecidos mesenquimais “sólidos” ou seus derivados são chamadas de sarcomas, o nome é antecedido pelo tipo de célula de origem (ex: fibrossarcoma)
Aquelas surgidas de células mesenquimais sanguíneas são chamadas de leucemias ou linfomas.
Carcinomas: as neoplasias malignas das células epiteliais independente do tecido de origem.
 Adenocarcinoma: carcinoma que cresce em padrão glandular
Carcinomas de células escamosas: produzem céls escamosas
Carcinoma mal diferenciado
As células neoplásicas geralmente derivam de uma mesma célula mãe, no entanto, em alguns casos as células se diferenciam de formas diferentes, gerando tumores mistos. Ex: 1- Adenoma Pleomórfico- tumor nas gl. Salivares com elementos epiteliais e mioepiteliais; 2- Fibroadenoma de mama: elementos ductais proliferativos (adenoma) + tecido fibroso frouxo (fibroma).
Teratoma: se originam de células totipotentes, portanto, contém células de mais de um tipo de célula germinativa.
Hamartoma: é uma massa de tecido desorganizado nativo de um local específico.
Coristoma: é uma anomalia congênita que consiste em um resto heterotópico de células.

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