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PRATICAS CONTABEIS AULA 5

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PRÁTICAS CONTÁBEIS EM 
LABORATÓRIO 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Edenise Aparecida dos Anjos 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Caros alunos, nesta aula daremos ênfase à parametrização e 
contabilização da folha de pagamento no sistema contábil de uma empresa. 
Vamos estudar os seguintes temas: 
 Parametrização inicial para elaboração da folha de pagamento; 
 Cálculo e contabilização da folha de pagamento; 
 Contabilização das provisões de férias e 13º salário; 
 Contabilização do Cálculo da rescisão, férias gozadas e pagamento de 
13º salário; 
 E-social. 
CONTEXTUALIZANDO 
A folha de pagamento, além de apresentar as obrigações e encargos 
sociais da empresa para com seus empregados, tem função contábil, fiscal e 
financeira. Do ponto de vista da gestão de finanças, é uma das mais importantes 
transações para o gerenciamento de alocação de recursos financeiros. Isto 
posto, destaca-se a importância da contabilidade no registro e controle dos 
eventos da folha de pagamento, no intuito de gerar informações úteis para a 
tomada de decisão. 
No entanto, a contabilização da folha de pagamento envolve diversos 
eventos e parametrizações, exigindo do contador responsável por estas 
atividades plenos conhecimentos acerca da atividade da empresa, sindicatos 
que regularizam a atividade, legislação trabalhista, questões previdenciárias, 
tributos incidentes sobre a folha e obrigações acessórias. 
A parametrização da folha de pagamento antecede os cálculos e a 
contabilização. Compreende procedimentos que são fundamentais, como 
seleção de eventos permanentes e periódicos a serem utilizados como base para 
o cálculo da folha, emissão de guias de contribuições, lançamentos contábeis 
(contas de débitos e créditos), integração com os sistemas contábil e financeiro 
da organização empresarial, além das obrigações acessórias a serem envidas 
para os diversos órgãos, como por exemplo Caixa Econômica, Instituto Nacional 
de Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego e Receita Federal. 
 
 
3 
Em virtude da complexidade do tema, esta aula tem como objetivo 
apresentar os elementos básicos e genéricos necessários para a parametrização 
contábil dos eventos incidentes sobre a folha de pagamento em sistemas para a 
geração da folha de pagamento. No entanto, ressalta-se que a apresentação tela 
a tela dos exemplos de parametrização cadastral e dos eventos da folha de 
pagamento muda de acordo com os tipos de sistemas utilizados pelas empresas. 
TEMA 1 – PARAMETRIZAÇÃO INICIAL PARA ELABORAÇÃO DA FOLHA DE 
PAGAMENTO 
Prezado aluno e aluna, para iniciarmos nossa aula vamos dar um enfoque 
nos parâmetros iniciais referentes aos dados cadastrais que fazem parte das 
rotinas de um departamento pessoal de uma empresa. 
Muito embora os sistemas especializados nessas rotinas já apresentem 
parametrização padrão, é importante que o contador analise a conformidade dos 
eventos que compõem as bases de cálculo da folha de pagamento antes da 
integração com o sistema contábil e financeiro da empresa. 
Para isso, vamos iniciar apresentando a parametrização cadastral para a 
geração da folha de pagamento: 
 Cadastro da empresa, filiais, obras; 
 Responsáveis pela empresa e pela contabilidade; 
 Atividade principal, enquadramento quanto ao regime tributário (simples 
nacional – anexos, lucro presumido ou lucro real); 
 Tabelas básicas, como Imposto de Renda, INSS, Caged, Rais; 
 Demais informações necessárias para a preparação do sistema. 
1.1 Tabelas e parâmetros necessários para parametrização 
O primeiro procedimento a ser realizado no sistema para cálculo e 
elaboração da folha de pagamento consiste na inserção dos dados cadastrais 
da empresa, como: filiais, responsáveis pela empresa (proprietários, sócios, 
acionistas) e contabilidade. Na sequência, procede-se com a identificação da 
atividade principal da empresa, como ramos de atuação ou segmento, para a 
identificação das associações sindicais e estabelecimento de pisos salariais e 
enquadramento tributário (Lucro real, Presumido ou Simples Nacional), e porte 
(microempresa, empresa de pequeno porte ou médio porte). 
 
 
4 
O terceiro processo consiste no preenchimento, das tabelas, referentes 
às contribuições retidas na fonte, calculadas sobre a folha de pagamento 
funcional. A figura a seguir traz exemplos de informações que devem ser 
inseridas no sistema anualmente. 
Figura 1 – Tabela de INSS e Salário família 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Anualmente, o Instituto Nacional de Seguro Social e o regime de 
previdência disponibilizam tabela atualizada para as faixas, que determinam os 
valores a serem retidos pela empresa de INSS dos funcionários, por exemplo: 
 Um funcionário que recebe uma remuneração de até R$ 1.751,81 (um mil 
setecentos e cinquenta e um reais e oitenta e um centavos). Quando do 
cálculo da folha, a empresa irá reter (descontar) dos rendimentos a 
receber o valor correspondente a 8% desse valor: R$ 1.751,81 x 8%= R$ 
140,48. 
 No valor base do evento do INSS, o sistema deve contemplar as fórmulas 
de acordo com as tabelas ajustadas no sistema. Quando do cálculo da 
folha, o cálculo do evento será automático. 
 Quanto a informação do salário família, o funcionário que tem dependente 
com idade até 14 anos, e recebe como rendimentos salariais o valor de 
 
 
5 
R$ 0,01 até R$ 1.364,43 mês, tem direito a receber por dependente de 
acordo com a faixa salarial do empregado. 
Além do INSS funcional, tem-se o INSS patronal calculado sobre o valor 
da folha de pagamento, como segue: 
 para a própria previdência social: 20,0% 
 para o Seguro Acidente de Trabalho (SAT): 1,0%, 2% ou 3% 
 para Terceiros (vide Tabela 1): 5,8% 
Tabela 1 – Composição da alíquota do INSS da empresa 
salário-educação 2,5% 
INCRA 0,2% 
SENAI/SENAC/SENAT 1,0% 
SESI/SESC/SEST 1,5% 
SEBRAE 0,6% 
TOTAL 26,8%, 27,8% ou 28,8% 
Fonte: Santos et al., 2015. 
O INSS patronal não se aplica a empresas enquadradas como simples 
nacional em atividades de comércio, por exemplo. Por isso, a importância do 
enquadramento tributário nos parâmetros iniciais. 
A Figura 2 apresenta a tabela das faixas de imposto de renda, que deve 
constar na parametrização para a elaboração da folha de pagamento para 
retenção na fonte do IRRF (Imposto de renda retido na fonte) dos funcionários, 
compondo uma nova base de evento para cálculo do imposto de renda. 
Esta tabela já foi atualizada anualmente pela Receita Federal, no entanto 
desde 2015 não é corrigida. 
Tabela 2 – Tabela de Imposto retido na fonte 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
 
 
6 
Da mesma forma como acontece com a retenção (desconto) do INSS da 
folha de pagamento, a tabela do imposto de renda também é calculada por faixas 
(1, 2, 3 e 4). Assim, na elaboração da base do evento de Imposto de renda, o 
sistema vai considerar que, se uma pessoa receber remuneração salarial com 
valor “inferior” a R$ 1903,99, não terá retenção de imposto de renda retido na 
fonte. Para todas as demais, considera-se os valores de acordo com a faixa 
salarial, considerando em seu cálculo as informações referentes ao número de 
dependentes do funcionário. 
Lembrando que a base do cálculo do imposto de renda é: 
 
Além dessas informações básicas, outras também devem ser inseridas, 
como por exemplo o cadastro do E-Social (Sistema de Escrituração Fiscal Digital 
das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas), que unifica o envio das 
obrigações acessórios da folha de pagamento da empresa para os órgãos 
reguladores e normativos (o e-socialserá abordado na sequência). 
Figura 2 – Cadastros de dados do e-social 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Base do evento do 
Imposto Renda
Remuneração de 
salário 
retenção de 
INSS 
 
 
7 
A parametrização dos sistemas segue a sistemática dos cadastros 
obrigatórios, necessários para a composição e elaboração da folha de 
pagamento. São informações necessárias: 
 o tipo de sindicato para contribuição sindical, 
 código de recolhimento INSS que deve constar na guia GPS (guia de 
previdência social), e as informações de terceiros; Código FPAS (Fundo 
da Previdência e Assistência Social – que identifica a atividade econômica 
da empresa); 
 RAT (Risco ambiental do trabalho) – percentual de classificação do risco, 
 FAP (Fator acidentário de prevenção). 
Segue exemplo de parametrização na figura. 
Figura 3 – Códigos de guias de recolhimentos 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
O evento-base do FGTS (Fundo de garantia por tempo de serviço) é o 
encargo da empresa, que corresponde a 8% do salário base devido ao 
trabalhador, cujo contrato é regido pela CLT, e 2% para contrato de menores 
aprendizes. Este evento é encargo da empresa, ou seja, não é descontado do 
trabalhador. 
 
 
8 
As informações de PIS (Programa de Integração Social) devem ser 
inseridas em casos de organizações sem fins lucrativos. Desse modo, o código 
“8301” deve contar para emissão da DARF (Documento de Arrecadação de 
Receitas Federal). 
 Outra informação, não menos importante, refere-se aos dados do 
profissional/clínica responsável pelo PCMSO – Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional. 
Figura 4 – PCMSO 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Compondo este leque de informações, tem se ainda as informações 
referentes ao cadastro do trabalhador (jornada de trabalho; dependentes, 
salários – mensal ou horista, sistema de controle de ponto, entre outras), e os 
benefícios, como Vale refeição, Vale transporte, Vale alimentação, Assistência 
médica e odontológica. 
Esse agrupamento de informação é usual, tanto em empresas que 
apresentam sistemas integrados de gestão, quanto em escritórios de 
contabilidade terceirizados. Ressalta-se que o nível informacional depende do 
tipo de atividade desenvolvida e do porte de cada empresa. 
As empresas que não possuem um sistema para elaboração da folha de 
pagamento, devido a seu porte ou faturamento, podem recorrer a planilhas 
eletrônicas, que também fornecem um leque de opções para cálculo. No entanto, 
não se pode deixar de evidenciar a importância da contratação dos serviços 
especializados dos profissionais da contabilidade. 
Assim, após a parametrização cadastral, a folha de pagamento precisa 
ser parametrizada contabilmente para integração, assim como para o 
cumprimento das obrigações acessórias, pois mensalmente as empresas devem 
 
 
9 
enviar informações de cunho trabalhista, social e fiscal aos órgãos 
normatizadores. 
TEMA 2 – CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 
Após a parametrização cadastral dos dados para elaboração da folha de 
pagamento, deve-se voltar ao plano de contas contábil da empresa, analisar 
informações gerenciais, centros de custos e de resultados. Só então o sistema 
estará disponível para a parametrização dos lançamentos padrões da folha de 
pagamento, de acordo com os eventos da folha. 
Vamos agora verificar os elementos necessários para a escrituração 
contábil dos eventos organizacionais. 
2.1 Cadastro de eventos da folha de pagamento 
A parametrização da folha de pagamento é identificada por diversas 
atividades, denominadas como rubricas ou eventos. Esses eventos são 
cadastrados de acordo com tipo de rubrica (I – Informativo; V – Vencimento; D- 
Desconto), como verbas de proventos (salários), verbas relacionadas a 
contribuintes individuais, auxílios, afastamentos, benefícios, 13º salários, férias, 
bases, descontos etc. A figura apresenta exemplos de rubricas. 
Figura 5 – Exemplo de eventos ou rubricas 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
A figura a seguir, apresenta uma tela de cadastro ou alteração de evento, 
com elementos básicos: código, descrição, fórmulas para cálculo e tipo de 
rubrica. 
 
 
 
10 
Figura 6 – Cadastro de eventos 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Código: 1 
Descrição: Horas salário normal 
Tipo: Provento 
Fórmula: F1 
Tipo de rubrica: Vencimento. 
 Os eventos são importantes na medida em que estabelecem, por 
exemplo, a base de cálculo dos proventos, por meio de informações referentes 
ao pagamento para mensalistas e horistas; calcula-se automaticamente o 
desconto de dias de falta, horas extras e horas de repouso semanal. 
As fórmulas são inseridas no intuito de fornecer as bases de cálculos dos 
impostos incidentes ou no cálculo da folha; por exemplo. a base do INSS, menos 
o INSS devido, fornece a base do IRRF. Veja exemplo na figura a seguir. O 
evento de Código 1 – Horas de salários mensal, é base para o evento 44, Soma 
das horas trabalhadas, e para os demais eventos inclusos. 
Figura 7 – Incidências para cálculo das bases 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
 
 
11 
A parametrização dos eventos, além de ser necessária para a elaboração 
correta da folha de pagamento, fornece subsídios para as obrigações 
acessórias. 
Figura 8 – Cadastros de eventos 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Embora tenha-se um volume de informações considerável, é importante 
observar que os eventos ou rubricas já vêm parametrizados na maioria dos 
sistemas para a elaboração da folha de pagamento. Assim, basta selecionar os 
eventos permanentes (ocorrem mensalmente) e periódicos (esporádicos) e 
proceder com a parametrização dos lançamentos padronizados. Uma vez 
padronizados, basta autorizar a integralização contábil, que automaticamente o 
sistema procederá com a contabilização da folha de pagamento mensal. 
2.2 Parametrização dos lançamentos contábeis por eventos 
A parametrização dos lançamentos padrões deve ser realizada evento por 
evento. Para proceder com esta rotina, volta-se ao plano de contas contábil, 
analisando os centros de custos e as contas gerenciais. 
Figura 9 – Plano de Contas para parametrização da folha 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
 
 
12 
O próximo procedimento consiste na verificação e separação dos eventos 
em proventos (vencimentos) e descontos. São identificadas as contas contábeis 
e então padronizadas por grupos, como por exemplo: salários, décimo terceiro, 
férias, rescisão e provisões. 
Veja o Grupo de Proventos – Vencimentos permanentes (ocorrência 
mensal). 
Figura 10 – Contabilização do evento 1: horas de salário normal 
 
A Figura 10 apresenta a parametrização padrão do lançamento contábil 
do evento, 1, Horas de salário normal (proventos). 
Débito – Salários (Contas de resultados – despesas) 
Crédito - Salários e ordenados a pagar (contas de passivo circulante). 
Histórico padrão: Contabilização da folha de pagamento do mês 06/2019. 
Este procedimento se repete para todas os eventos que irão compor, por 
exemplo, os vencimentos (proventos) da folha do mês de competência. Por 
exemplo: Horas extras e adicional noturno. 
Débito – Horas extras 75% (Contas de resultados – despesas) 
Crédito - Salários e ordenados a pagar (contas de passivo circulante). 
Histórico padrão: Contabilização da folha de pagamento do mês 06/2019 
Débito - Adicional noturno (Contas de resultados – despesas) 
Crédito - Salários e ordenados a pagar (contas de passivo circulante). 
Histórico padrão: Contabilização da folha de pagamento do mês 06/2019 
Veja o Grupo de Descontos – (ocorrência mensal). 
Figura 11 – Descontode INSS 
 
 
 
13 
 
A Figura 11 apresenta o exemplo da retenção da contribuição do INSS. 
Verifique que agora a conta a ser debitada passa a ser a conta do passivo, 
salários a pagar. Veja exemplo do desconto de INSS e IRRF: 
Débito – Salários e ordenados a pagar (contas de passivo circulante). 
Crédito – INSS a recolher (Obrigações sociais e trabalhistas – Passivo Circulante) 
Histórico padrão: Contabilização da folha de pagamento do mês 06/2019 
Débito – Salários e ordenados a pagar (contas de passivo circulante). 
Crédito – IRRF a recolher (Obrigações sociais e trabalhistas – Passivo Circulante) 
Histórico padrão: Contabilização da folha de pagamento do mês 06/2019 
O mesmo procedimento de padronização se aplica ao demais eventos do 
tipo de desconto da folha de pagamento, como vale transporte, adiantamento de 
salários, contribuição sindical, pensão alimentícia e adiantamento de salário 
quinzenal. 
Observe que a parametrização dos lançamentos contábeis dos eventos 
de vencimentos (proventos) e descontos deve evidenciar no final do processo o 
salário líquido a pagar mensal. 
SALÁRIOS A PAGAR (PASSIVO CIRCULANTE) 
DÉBITO CRÉDITO 
 
 
INSS a recolher 
IRRF a recolher 
Salários e ordenados a pagar 
Horas extras 75% 
Adicional noturno 
 
Saldo (=) Salário líquido a pagar 
O cálculo da folha nas empresas tem um período de fechamento do ponto, 
ou seja, o período em se procederá com a análise de todos os eventos 
necessários para o fechamento da folha do mês de competência. 
No entanto, vale lembrar que o cálculo da folha e o pagamento dos 
salários aos funcionários ocorre em momentos distintos. A folha deve ser 
calculada e provisionada no mês de competência, e o pagamento pode ser 
realizado até o 5º dia útil do mês seguinte. 
Desse modo, em atendimento ao regime de competência, a contabilidade 
deve proceder com o provisionamento da folha no último dia do mês, 
reconhecendo a obrigação de salários e encargos a pagar no mês seguinte. 
 
 
 
14 
Importante: 
 Os eventos que compõem a folha de pagamento são inúmeros e devem 
ser organizados de acordo com o tipo de especificidade de cada empresa, 
atendendo os critérios da legislação vigente. 
 A parametrização dos lançamentos contábeis padronizados é realizada 
diretamente nos eventos. Uma vez parametrizado, mensalmente a 
empresa lança apenas os eventos periódicos, no momento da geração; o 
cálculo é realizado automaticamente por funcionários. 
 O cálculo da folha no sistema é individualizado por funcionário. Na 
integração contábil, as contas são contabilizadas pelo valor total 
(coletivo). 
TEMA 3 – CONTABILIZAÇÃO DAS PROVISÕES DE 13º SALÁRIO E FÉRIAS 
Prezado aluno, conforme já tratado no tópico anterior, o cálculo da folha 
de pagamentos e de encargos é contabilizado de acordo com o regime de 
competência. Neste sentido, são registrados contabilmente como provisões, de 
acordo com o fato gerador, por meio de estimativas e previsões. 
Assim, vamos trabalhar com os procedimentos relativos aos valores dos 
encargos sociais 13º salário e férias, respectivamente, apresentando alguns 
aspectos da legislação e enfocando os procedimentos necessários para a 
contabilização. 
3.1 Provisão mensal do 13º salário 
A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso II, garante a todos os 
empregados urbanos e rurais, e empregados domésticos, o direito ao 13º salário, 
com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria (Favero et al. 
2013). 
Neste entendimento, todos os trabalhadores têm direito adquirido ao 13º 
salário, 1/12 avos à medida que o mês foi trabalhado, ou fração igual ou superior 
a 15 dias. A Lei n. 4.749/65 determina que entre os meses de fevereiro a 
novembro do ano corrente a empresa/empregador deverá efetuar o pagamento 
como adiantamento, de valor correspondente a 50% (metade) do salário que o 
empregado fizer jus, tenho como base o salário do mês anterior; até dia 20 de 
 
 
15 
dezembro, deverá efetuar a última parcela, ajustada ao valor da remuneração do 
mês de dezembro, incluindo a dedução dos encargos sociais. 
Assim, para atender a legislação trabalhista e os preceitos contábeis 
(regime de competência) à medida que os meses vão sendo trabalhados, a 
contabilidade deve registrar as provisões de 13º (1/12 avos) por mês, de forma 
cumulativa (7/12 – tomando como exemplo o cálculo da folha de julho) por ano. 
Veja exemplo da figura. 
Figura 12 – Provisões de 13º Salário sobre a folha de pagamento 
 
Crédito: Sistemas WK Solução. 
No entanto, conforme observa Padoveze (2018), durante o ano a folha de 
pagamento sofre reajustes salariais, inflação, dissídio etc., o que impossibilidade 
apurar com exatidão os valores que deverão ser pagos de 13º salário em 
dezembro, sendo essa a principal razão pela qual deve-se fazer as estimativas 
das parcelas mensais do 13. 
3.2 Procedimentos para a parametrização do lançamento padrão do 
provisionamento mensal do 13º salário 
Para a parametrização padrão da provisão do décimo terceiro salário 
sobre a folha de pagamento, segue-se o mesmo procedimento da contabilização 
da folha de pagamento de pagamento do mês. 
 
1/12 avos - do mês de competência 
7/12 avos - acumulado do ano 
 
 
16 
 
Figura 13 – Parametrização do Evento de Provisão do 13º salário 
 
Crédito: Sistemas WK Solução. 
Débito – Despesas de 13º salário (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão de 13º Salário (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do 13º salário, mês de competência (07/2019). 
Valor correspondente a 1/12. 
Débito – Despesas de 13º salário (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão de INSS 13 º Salário (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do INSS sobre o 13º salário, mês de competência 
(07/2019), valor cálculo pelo percentual de encargos incidentes (25,6% a 28%) sobre a 
folha do mês de competência vigente. 
Débito – Despesas de 13º salário (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão de FGTS 13º salário (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do FGTS sobre o 13º salário, mês de 
competência (07/2019), valor calculado pelo percentual de encargos incidentes sobre 
a folha do mês de competência vigente (8%). 
 
Ao final de cada exercício (12 meses) a contabilidade deve proceder com 
a conciliação entre o valor provisionado e o valor efetivamente pago, 
 
 
17 
(adiantamento e segunda parcela), e promover os ajustes de valores 
correspondentes às diferenças. 
3.3 Procedimentos para a parametrização do lançamento padrão do 
provisionamento mensal de férias e abono 1/3 constituição 
As férias anuais estão previstas nos arts. 129 a 153 da CLT, que 
determinam que todo o empregado terá direito a férias anualmente, sem prejuízo 
da remuneração; ou seja, após 12 meses de trabalho tem direito a pelo menos 
30 dias de férias. Além da remuneração do salário normal, o empregado deve 
receber um adicional de 1/3(um terço) do salário. 
Assim, como os encargos sociais de 13º salários, devem ser 
provisionados contabilmente as férias e um terço de férias como direito adquirido 
dos funcionários, como obrigação passiva da empresa. 
Figura 14 – Provisões de férias + 1/3 de férias sobre a folha de pagamento 
 
Crédito: Sistemas WK Solução. 
A contabilização correspondente às férias adquiridas, ao abono e aos 
encargos sociais incidentes, que devem ser reconhecidos contabilmente como 
custo ou como despesa operacional (contas de resultados), tendo como 
contrapartida contas de “férias a pagar” e “encargos sociais sobre férias a pagar”, 
ou alternativamente uma única conta denominada “férias a pagar”, classificável 
no passivo circulante(Santos et al., 2015). Assim, a parametrização padrão da 
1/12 do mês de competência 
7/12 acumulado do ano 
 
 
18 
provisão mensal de férias sobre a folha de pagamento fica como apontado na 
figura a seguir. 
Figura 15 – Parametrização do evento da provisão de férias 
 
Crédito: Sistemas WK Solução. 
Débito – Despesas de férias (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão de férias (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do férias, mês de competência (07/2019). Valor 
correspondente a 1/12 ((total férias /12) + 1/3). 
Débito – Despesas de férias (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão INSS sobre férias (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do INSS sobre as férias, mês de competência 
(07/2019), valor cálculo pelo percentual de encargos (25,6% a 28%) incidentes sobre a 
folha do mês de competência vigente. 
Débito – Despesas de férias (Contas de resultados) 
Crédito – Provisão FGTS sobre férias (Passivo circulante) 
Histórico – Provisão mensal do FGTS sobre as férias, mês de competência 
(07/2019), valor calculado pelo percentual de encargos incidentes sobre a folha do 
mês de competência vigente (8%). 
Do mesmo modo como se procede com a provisão do décimo terceiros 
salários, quando da liberação das férias, em virtude dos reajustes salariais, 
inflação, dissídio etc., a contabilidade procede com a conciliação 
correlacionando os valores provisionados com os efetivos e ajustando as 
diferenças. 
 
 
19 
Importante: 
 Os cálculos da folha e de encargos devem ser contabilizados de acordo 
com regime de competência. 
 As incidências tributárias são atribuídas de acordo com regime de 
tributação da empresa. Por exemplo, uma empresa de comércio 
enquadrada como simples nacional não recolhe o percentual de 20% do 
INSS patronal, pois já está incluso na DAS (Documento de Arrecadação 
do Simples Nacional), de acordo com a tabela e faixa de tributação; 
 Para fins gerenciais algumas empresas elaboram a folha por 
departamento (administração, comercial, financeiro etc.), centros de 
custos produtivos ou centros de resultados. Para isso, o plano de contas 
da empresa precisa estar devidamente parametrizado para este fim. 
TEMA 4 – CONTABILIZAÇÃO DO CÁLCULO DA RESCISÃO: FÉRIAS GOZADAS 
E PAGAMENTO DE 13 SALÁRIO 
 A rescisão contratual de cessão de relações trabalhistas entre o 
empregado e o empregador pode ocorrer por diversos motivos: 
 Por vencimento do contrato de trabalho; 
 Dispensa por justa causa; 
 Dispensa sem justa causa; 
 Pedido de demissão sem justa causa; 
 Pedido de demissão com justa causa. 
Figura 16 – Informação do tipo de rescisão 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
 
 
20 
Nesses termos, é de vital importância identificar o tipo de rescisão 
contratual para a apuração das verbas a que o empregado tem direito. 
4.1 Base dos eventos dos tipos de rescisão de contratos 
Observamos que existem vários tipos rescisão de contratos de cessão 
das relações de trabalhos. Voltamos agora para a parametrização dos sistemas 
para o cálculo e contabilização dos eventos. Isto posto, cada tipo de contrato 
deve ser composto por eventos base para o cálculo de cada tipo de rescisão. 
A tabela apresenta os campos: motivo, onde deve ser informado se 
rescisão com justa causa, sem justa causa. Na sequência, a informação 
referente a aviso prévio, FGTS e saldo para fins rescisórios. 
Na sequência, a figura apresenta uma tela padrão dos dados com os 
valores bases parametrizadas para cálculo. 
Figura 17 – Bases que devem compor o evento de cálculo 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Desse modo, entende-se que a base deve ser composta por eventos que 
estejam de acordo com as bases de verbas rescisórios determinadas por cada 
tipo de rescisão. 
 
 
 
 
 
 
21 
Figura 18 – Rescisão de contrato de trabalho 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Veja os tipos de rescisão a seguir. 
A rescisão por vencimento de contrato acontece em um tipo de 
contrato de trabalho feito por período determinado (90 dias; 120 dias; 12 meses), 
em função de serviço de natureza transitória ou de atividades empresariais de 
caráter transitório (Fávero et al., 2015). Nesses casos, a base desse tipo de 
rescisão deverá prever as verbas previstas de acordo com a legislação 
trabalhista: 
 Saldo de salários; 
 Férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 adicional; 
 Décimo terceiro salário e 
 FGTS. 
A rescisão por dispensa sem justa causa se dá oir iniciativa do 
empregador, pelo desejo de descontinuar a utilizar os serviços do empregado. 
Pode ser expresso por aviso prévio de 30 dias ou desligamento imediato. Neste 
evento, a base do cálculo deve prever: 
 Saldo de salários; 
 Aviso prévio indenizado (caso o funcionário não seja comunicado com 
prazo mínimo de 30 antes do desligamento) 
 Férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 adicional; 
 
 
22 
 Décimo terceiro salário; 
 FGTS + 40% do saldo dos depósitos do fundo. 
A rescisão por dispensa por justa causa se dá por iniciativa do 
empregador, em função do comportamento do empregado – ato de improbidade; 
incontinência de conduto de mau procedimento; embriaguez; violação dos 
segredos da empresa; indisciplina ou insubordinação; abando de emprego; ato 
lesivo de honra (agressão física ou verbal) praticados contra colegas, superiores 
entre outros; atos atentatórios a segurança nacional; etc. (vide CLT 482). Neste 
evento, a base do cálculo deve prever: 
 Saldo de salários; 
 Férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 adicional; 
O pedido de rescisão sem justa causa se dá por vontade expressa do 
empregado em cessar a relação de trabalho. Nestes casos, o empregado deve 
comunicar por escrito a sua decisão, com antecedência mínima de 30 dias. Em 
caso da não comunicação prévia, deverá pagar o aviso prévio, que corresponde 
a 30 dias de trabalho. 
Neste evento, a base do cálculo deve prever: 
 Saldo de salários; 
 Férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 adicional; 
 Décimo terceiro salário. 
Quanto ao pedido de rescisão com justa causa, pode ocorrer, de 
acordo com o art. 483 da CLT (Brasil, 1943), quando: 
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, 
contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos 
com rigor excessivo; 
c) correr perigo manifesto de mal considerável; 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de 
sua família, ato lesivo da honra e boa fama; 
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo 
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, 
de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 
O artigo 483 da CLT estabelece que o pedido de rescisão com justa causa 
pode ser solicitado quando o empregado tiver que desempenhar obrigações 
legais incompatíveis com a continuação do serviço e no caso de morte do 
 
 
23 
empregador constituído em empresa individual. Quanto solicitada pelo 
empregado, a este serão conferidos direitos às seguintes verbas trabalhistas: 
 Saldo de salários; 
 Aviso prévio indenizado (caso o funcionário não seja comunicado com 
prazo mínimo de 30 antes do desligamento); 
 Férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 adicional; 
 Décimo terceiro salário; 
 FGTS + 40% do saldo dos depósitos do fundo. 
Os tipos de rescisões também se aplicam aos contratos de trabalhos 
intermitentes, devendo a contabilidade, quando da parametrização do sistema, 
observara natureza dos serviços ou da atividade da empresa. 
4.2 Procedimentos para a parametrização de lançamentos para a 
contabilização da rescisão 
Identificados os tipos de eventos que devem compor o evento base das 
verbas rescisórias, vamos agora tratar dos eventos necessários para a 
padronização dos lançamentos contábeis, tomando como exemplo a rescisão 
sem justa causa. 
A parametrização padrão da rescisão sem justa causa deve considerar 
em seu cálculo alguns elementos. 
Figura 19 – Parametrização do evento rescisão 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
Saldo de salário para fins rescisórios 
Débito – Despesa com Rescisões (Conta de Resultado) 
Crédito – Rescisões a Pagar (Passivo Circulante – Salários a pagar 
Aviso prévio indenizado 
Débito – Despesa de Aviso Prévio Indenizado (Conta de Resultado) 
 
 
24 
Crédito – Rescisões a Pagar (Passivo Circulante – Salários a pagar 
INSS descontado do empregado 
Débito – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) 
Crédito – INSS a Recolher (Passivo Circulante) 
FGTS incidente sobre a rescisão 
Débito – FGTS (Conta de Resultado) 
Crédito – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) 
13º salário proporcional 
Débito – 13º Salário (Conta de Resultado) 
Crédito – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) 
Férias proporcionais + 1/3 sobre férias proporcionais 
Débito – Férias (Conta de Resultado) 
Crédito – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) 
TEMA 5 – E-SOCIAL – SISTEMA DE ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DAS 
OBRIGAÇÕES FISCAIS PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS 
 O e-social é um projeto do governo federal, instituído pelo Decreto-lei n. 
8.373/2014, com o objetivo de unificação de um único ambiente nacional virtual. 
Tem caráter de obrigação acessória e faz parte do projeto Sped (sistema público 
de escrituração digital), que busca facilitar a utilização e o acesso dos órgãos 
participantes a informações trabalhistas, previdenciários e fiscais, e para a 
apuração de tributos e da contribuição para o FGTS. 
Figura 20 – Órgãos participantes 
 
Neste entendimento, pode-se observar que o e-social é uma obrigação 
acessória; o empregador (pessoa física ou jurídica) que tenha alguma obrigação 
trabalhista, previdenciária ou tributária, por força de lei, é obrigado a enviar 
informações por meio do e-social. 
Assim, o sistema utilizado pela empresa para a elaboração da folha de 
pagamento deve estar parametrizado para que possa enviar essa obrigação 
E-social
Caixa
INSS
Receita Federal
Previdência Social
Ministério do Trabalho e Empresa
 
 
25 
acessória. Mas como o sistema da empresa estará atrelado com o sistema do 
Sped e-social? 
No início da nossa aula, apresentamos os eventos necessários para a 
elaboração, parametrização e contabilização da folha de pagamento. Esses 
eventos são importantes, pois o e-Social foi concebido para transmitir 
informações agrupadas por meio de eventos (rubricas), que devem estar 
agrupadas em uma sequência lógica, conforme as rotinas do departamento 
pessoal desde o início (compreende a identificação de empregador, funcionários, 
prestação de serviços, folha de pagamento, admissão e demissão). 
Mas devemos nos perguntar: todas as empresas utilizam os mesmos 
eventos? A figura a seguir apresenta alguns eventos. 
Figura 21 – Eventos 
 
Crédito: Sistemas WK Solução. 
A resposta à pergunta: os sistemas de folha de pagamento são 
parametrizados e codificados previamente com eventos do tipo: I – Informativo, 
V – Vencimento e D – Desconto. Desse modo, os eventos podem ter descrições 
diferentes de acordo os tipos de sistemas e empresas. 
Nesse sentido, a empresa deve correlacionar os eventos do seu sistema 
de folha de pagamento com as constantes da Tabela 3 – Natureza das Rubricas 
da Folha de Pagamento do eSocial. 
De acordo com o Manual de orientação do e-social (E-social, 2018), 
existem diversos tipos de agrupamentos de eventos, estruturados de forma 
lógica em forma de tabela; entre eles, a tabela de rubricas S-1010. 
 
 
 
26 
Tabela 3 – Rubricas 
TIPO DE RUBRICA CONCEITO 
1 – Vencimento, provento ou 
pensão 
valor pago ao trabalhador que integra ou não a base de 
cálculo da contribuição previdenciária, do imposto de renda 
retido na fonte ou do FGTS 
2 – Desconto Valor deduzido do montante pago ao trabalhador 
3 – Informativa valor não pago como provento nem descontado do 
trabalhador, mas que pode ser base de cálculo de tributos ou 
do FGTS. Exemplos: salário-maternidade pago pelo INSS, 
serviço militar obrigatório, benefícios previdenciários de 
natureza acidentária. 
4 – Informativa dedutora valor não pago como provento nem descontado do 
trabalhador, mas que pode reduzir alguma base de cálculo de 
tributos ou do FGTS. Exemplo: dedução de dependente na 
apuração do imposto de renda da pessoa física. 
Esta correlação permite o envio de todas as informações referentes a ao 
cálculo da folha de pagamento. Assim, cada evento da empresa deve ser 
diretamente correlacionado com os eventos-rubricas do e-social. Veja as tabelas 
a seguir. 
Tabela 4 – Natureza das Rubricas de Remuneração da Folha de Pagamento 
Código Nome da Natureza da 
Rubrica 
Código Nome da Natureza da 
Rubrica 
1000 Salário, vencimento, soldo ou subsídio 2501 Prêmios 
1002 Descanso semanal remunerado - DSR 2510 Direitos autorais e intelectuais 
1003 Horas extraordinárias 2801 Quarentena remunerada 
1004 Horas extraordinárias - Indenização de 
banco de horas 
2901 Empréstimos 
1005 Direito de arena 2902 Vestuário e equipamentos 
1006 Intervalos intra e inter jornadas não 
concedidas 
2920 Reembolsos diversos 
1007 Luvas e premiações 2930 Insuficiência de saldo 
1009 Salário-família - complemento 2999 Arredondamentos 
1010 Salário in natura - pagos em bens ou 
serviços 
3501 Remuneração por prestação de 
serviços 
1011 Sobreaviso e prontidão 3505 Retiradas (pró-labore) de diretores 
empregados 
1020 Férias - gozadas 3506 Retiradas (pró-labore) de diretores 
não empregados 
1021 Férias - abono ou gratificação de férias 
superior a 20 dias 
3508 Retiradas (pró-labore) de 
proprietários ou sócios 
1022 Férias - abono ou gratificação de férias 
não excedente a 20 dias 
3509 Honorários a conselheiros 
1023 Férias - abono pecuniário 3520 Remuneração de cooperado 
1024 Férias - o dobro na vigência do contrato 4010 Complementação salarial de auxílio-
doença 
1040 Licença-prêmio 4050 Salário maternidade 
1041 Licença-prêmio indenizada 4051 Salário maternidade - 13° 
salário 
1050 Remuneração de dias de afastamento 5001 13º salário 
1080 Stock Option 5005 13° salário complementar 
1099 Outras verbas salariais 5501 Adiantamento de salário 
1201 Adicional de função / 
cargo confiança 
5504 13º salário - Adiantamento 
 
 
27 
1202 Adicional de insalubridade 5510 Adiantamento de benefícios 
previdenciários 
1203 Adicional de periculosidade 6000 Saldo de salários na rescisão 
contratual 
1204 Adicional de transferência 6001 13º salário relativo ao aviso-prévio 
indenizado 
1205 Adicional noturno 6002 13° salário proporcional na rescisão 
1206 Adicional por tempo de serviço 6003 Indenização compensatória do aviso-
prévio 
1207 Comissões, porcentagens, produção 6004 Férias - o dobro na rescisão 
1208 Gueltas ou gorjetas - repassadas por 
fornecedores ou clientes 
6006 Férias proporcionais 
1209 Gueltas ou gorjetas - repassadas pelo 
empregador 
6007 Férias vencidas na rescisão 
1210 Gratificação por acordo ou convenção 
coletiva 
6101 Indenização compensatória - multa 
rescisória 20 ou 
40% (CF/88) 
1211 Gratificações 6102 Indenização do art. 9º lei nº 7.238/84 
1212 Gratificações ou outrasverbas de 
natureza permanente 
6103 Indenização do art. 14 da lei nº 5.889, 
de 8 de junho de 1973 
1213 Gratificações ou outras verbas de 
natureza transitória 
6104 Indenização do art. 479 da 
CLT 
1214 Adicional de penosidade 6105 Indenização recebida a título de 
incentivo a demissão 
1215 Adicional de unidocência 6106 Multa do art. 477 da CLT 
1225 Quebra de caixa 6107 Indenização por quebra de 
estabilidade 
1230 Remuneração do dirigente sindical 6129 Outras Indenizações 
1299 Outros adicionais 7001 Proventos 
1300 PLR - Participação em 
Lucros ou Resultados 
7002 Proventos - Pensão por morte Civil 
1350 Bolsa de estudo - estagiário 7003 Proventos - Reserva 
1351 Bolsa de estudo - médico residente 7004 Proventos - Reforma 
1352 Bolsa de estudo ou pesquisa 7005 Pensão Militar 
1401 Abono 9901 Base de cálculo da contribuição 
previdenciária 
1402 Abono PIS / PASEP 9902 Total da base de cálculo do 
FGTS 
1403 Abono legal 9903 Total da base de cálculo do 
IRRF 
1404 Auxílio babá 9904 Total da base de cálculo do 
FGTS rescisório 
1405 Assistência médica 9905 Serviço militar 
1406 Auxílio-creche 9906 Remuneração no exterior 
1407 Auxílio-educação 9908 FGTS - depósito 
1409 Salário-família 9910 Seguros 
1410 Auxílio - Locais de difícil acesso 9911 Assistência Médica 
1601 Ajuda de custo - aeronauta 9930 Salário maternidade pago pela 
Previdência Social 
1602 Ajuda de custo de transferência 9931 13° salário maternidade pago pela 
Previdência Social 
1620 Ressarcimento de despesas pelo uso de 
veículo próprio 
9932 Auxílio-doença acidentário 
1621 Ressarcimento de despesas de viagem, 
exceto 
despesas com veículos 
9933 Auxílio-doença 
1623 Ressarcimento de provisão 9938 Isenção IRRF - 65 anos 
1629 Ressarcimento de outras despesas 9939 Outros valores tributáveis 
1651 Diárias de viagem - até 
50% do salário 
9950 Horas extraordinárias - Banco de 
horas 
1652 Diárias de viagem - acima de 50% do 
salário 
9951 Horas compensadas - Banco de 
horas 
1801 Alimentação 9989 Outros valores informativos 
 
 
28 
1802 Etapas (marítimos) 9999 Complementação de aposentadoria 
1805 Moradia 0000 Complementação de benefício de 
pensão 
1810 Transporte 9995 Abono Permanência 
Fonte: E-social, 2018. 
 Assim como as rubricas de remuneração, as de descontos também 
devem ser correlacionadas. 
Tabela 5 – Natureza das Rubricas de Descontos da Folha de Pagamento 
Tabela 3 - Natureza das Rubricas de Descontos da Folha de Pagamento 
Código Nome da Natureza da Rubrica 
6901 Desconto do aviso-prévio 
6904 Multa prevista no art. 480 da CLT 
9200 Desconto de Adiantamentos 
9201 Contribuição Previdenciária 
9203 Imposto de renda retido na fonte 
9205 Provisão de contribuição previdenciária e IRRF 
9209 Faltas ou atrasos 
9210 DSR s/faltas e atrasos 
9213 Pensão alimentícia 
9214 13° salário - desconto de adiantamento 
9216 Desconto de vale-transporte 
9217 Contribuição a Outras Entidades e Fundos 
9218 Retenções judiciais 
9219 Desconto de assistência médica ou odontológica 
9220 Alimentação - desconto 
9221 Desconto de férias 
9222 Desconto de outros impostos e contribuições 
9223 Previdência complementar - parte do empregado 
9224 FAPI - parte do empregado 
9225 Previdência complementar - parte do servidor 
9226 Desconto de férias - abono 
9230 Contribuição Sindical - Compulsória 
9231 Contribuição Sindical - Associativa 
9232 Contribuição Sindical - Assistencial 
9233 Contribuição sindical - Confederativa 
9250 Seguro de vida - desconto 
9254 Empréstimos consignados - desconto 
9255 Empréstimos do empregador - desconto 
9258 Convênios 
9270 Danos e prejuízos causados pelo trabalhador 
9290 Desconto de pagamento indevido em meses anteriores 
9299 Outros descontos 
9350 Retenção do teto constitucional 
Fonte: E-social, 2018. 
 
 
29 
A tabela de rubricas apresenta, ao lado de cada evento, a descrição, para 
facilitar a associação com os eventos da empresa. O E-social contempla em 
média 274 rubricas. 
Somente os eventos ativos devem ser parametrizados, para a 
transmissão do arquivo, pois no momento da transmissão o programa do e-social 
gera avisos de advertência ou erros. 
Figura 22 – Correlação dos eventos com as rubricas do e-social 
 
Crédito: Sistema IOB. 
 No momento da geração do arquivo para transmissão, todas as tabelas 
devem estar devidamente parametrizadas. 
Figura 23 – Geração de transmissão do arquivo. 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
 
 
30 
Além das tabelas de rubricas obrigatórias do e-social, elas devem ser 
correlacionadas com o sistema da empresa, carregando todas as informações 
relativas a obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais das empresas. 
Tabela 6 – Tabela de eventos obrigatórias do E-social 
TABELA DESCRIÇÃO 
Tabela 1 Categorias de Trabalhadores 
Tabela 2 Financiamento da Aposent. Especial e Redução Tempo de Contribuição 
Tabela 3 Natureza das Rubricas da Folha de Pagamento 
Tabela 4 Códigos e Alíquotas de FPAS/Terceiros 
Tabela 5 Tipos de Inscrição 
Tabela 6 Países 
Tabela 7 Tipos de Dependentes 
Tabela 8 Classificação Tributária 
Tabela 9 Tipos de Arquivo do eSocial 
Tabela 10 Tipos de Lotação Tributária 
Tabela 11 Compatibilidade entre Categoria de Trabalhadores, Classificação Tributária e 
Tipos de Lotação 
Tabela 12 Compatibilidade entre Tipos de Lotação e Classificação Tributária 
Tabela 13 Parte do corpo atingida 
Tabela 14 Agente causador do Acidente de Trabalho 
Tabela 15 Agente Causador/Situação Geradora de Doença Profissional 
Tabela 16 Situação Geradora do Acidente de Trabalho 
Tabela 17 Descrição da Natureza da Lesão 
Tabela 18 Motivos de Afastamento 
Tabela 19 Motivos de Desligamento 
Tabela 20 Tipos de Logradouros 
Tabela 21 Natureza Jurídica 
Tabela 22 Compatibilidade entre FPAS e Classificação Tributária 
Tabela 23 Fatores de Riscos do Meio Ambiente do Trabalho 
Tabela 24 Codificação de Acidente de Trabalho 
Tabela 25 Tipos de Benefícios Previdenciários 
Tabela 26 Motivos de Cessação de Benefícios Previdenciários 
Tabela 27 Procedimentos Diagnósticos 
Tabela 28 Atividades Perigosas, Insalubres e/ou Especiais 
Tabela 29 Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados 
Tabela 30 Programas, Planos e Documentos 
Fonte: E-social, 2018. 
Importante! As informações são prestadas ao eSocial por meio do 
agrupamento de eventos: tabelas de eventos não periódicos e periódicos. Cada 
evento possui um leiaute específico (30 tabelas). Estes leiautes podem ser 
encontrados no sítio do e-Social, e fazem referência às regras de negócio. Os 
documentos apresentam Regras de Validação. O Anexo II do leiaute, 
disponibilizado no sítio do e-Social, apresenta as regras de preenchimento dos 
eventos devendo ser consultada quando da ocorrência de inconsistências ou 
rejeições no processamento de eventos pelo e-Social. (E-Social, 2018) 
 
 
31 
TROCANDO IDEIAS 
Caros alunos, nesta aula apresentamos informações básicas, mas 
fundamentais para que o aluno egresso, quando expressar seu desejo de 
empreender, ou seja, de abrir seu escritório, consiga identificar os pontos 
importantes que devem ser analisados, na escolha de um sistema que atenda 
às necessidades de seus clientes, buscando otimizar os seus processos. 
Destaca-se também a importância de o futuro contador se interessar em 
conhecer os desafios de se empreender na área contábil. Para saber um pouco 
mais sobre esse assunto, acesso o link: 
DUARTE, R. D. Empreendedorismo na contabilidade: do presente para o 
futuro. 26 jul. 2017. Disponível em: 
<https://www.robertodiasduarte.com.br/empreendedorismo-na-contabilidade-do-presente-para-o-futuro/#.XSa_UOtKidE>. Acesso em: 23 jul. 2019. 
NA PRÁTICA 
A folha de pagamento é uma das obrigações mais importantes na relação 
empregador e empregado. Tem como função controlar, registrar e evidenciar as 
remunerações percebidas em forma de salário líquido mensal dos empregados, 
de acordo com o regime/legislação trabalhista pertinente. Em relação à folha de 
pagamento, do ponto de vista contábil, é correto o que se afirma em: 
a. O sistema de elaboração da folha de pagamento já vem parametrizado, 
isentando o contador de obter informações adicionais para sua 
contabilização. 
b. A contabilização da folha pode ser realizada na eminência do pagamento 
da folha de pagamento. 
c. A contabilidade apenas registra os eventos contábeis, o controle é de 
responsabilidade do empregador. 
d. s lançamentos padronizados dos eventos da folha da folha de 
pagamentos são compostos apenas por eventos periódicos. 
e. A folha de pagamento tem função contábil, fiscal e financeira. 
 
 
32 
FINALIZANDO 
Nesta aula, aprendemos alguns passos práticos para a parametrização 
dos eventos da folha de pagamento e a padronização dos lançamentos, para a 
integração da folha de pagamento na contabilidade. Vamos relembrar os tópicos 
estudados: 
 
 Gabarito: é correto o que se afirmar na opção (e). 
 
1. Parametrização inicial, 
como dados cadatrais. 
1. Parametrização para 
Contabilização da folha de 
pagamento 
1. Parametrização para a 
Contabilização das 
provisões de férias e 13 
salário
1. Parametrização para 
Contabilização do Cálculo 
da rescisão, férias gozadas 
e pagamento de 13 salário
1. E-social
 
 
33 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto-Lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943. Diário Oficial da União, 
Rio de Janeiro, 9 ago. 1943. 
E-SOCIAL. Manual de Orientação do E-social. nov. 2018. Disponível em: 
<http://portal.esocial.gov.br/manuais/mos-2-5.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2019. 
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: Atlas 
2013. 
PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória 
e intermediária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
SANTOS, J. et al. Manual de Práticas Contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

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