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Anatomia Humana Geral

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Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Anatomia Humana Geral 
CARLA LOVERBECK WALTER PEIRETTI – RA 1141861
Campo Grande - MS
2015
Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Anatomia Humana Geral
Trabalho apresentado a Disciplina de Anatomia Humana Gearal, Docente Especialista Jander Gonçalves Rolo, no curso de Graduação em Educação Física, para obtenção da nota em participação de atividades.
Campo Grande – MS
2015
Benefícios da atividade física na prevenção e controle do Diabetes Mellitus.
	O diabetes mellitus (DM) é uma doença resultante de uma secreção inadequada de insulina pelas células beta pancreática ou de defeitos na ação da insulina ou, ainda, uma associação entre esses dois distúrbios. Não é uma doença única, pois representa um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos, com etiologias diversas, que apresentam em comum a hiperglicemia crônica acompanhada de alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. A hiperglicemia em longo prazo se associa a lesões teciduais, denominadas complicações crônicas do diabetes. Atualmente a diabetes é classificada de acordo com sua etiologia sendo o diabetes mellitus tipo 1 e o diabetes mellitus tipo 2 as duas principais classes. 
	O diabetes mellitus tipo 1 representa cerca de 5 a 10% dos casos e é resultado de uma destruição das células beta pancreática com consequente deficiência de insulina, sendo que, na maioria dos casos o processo de destruição é de origem auto imune.
	O diabetes mellitus tipo 2 é a forma mais comum representando cerca de 90 a 95% dos casos, caracterizando-se por distúrbios na ação e secreção da insulina. Pacientes com diabetes mellitus tipo 2 geralmente apresentam obesidade ou sobre peso, sendo mais frequentemente diagnosticada na idade adulta, em geral após os quarenta anos, mas pode ocorrerem qualquer idade.
	O diagnóstico do diabetes mellitus é baseado nas manifestações clínicas e nos exames laboratoriais. No diabetes mellitus tipo 1 os sintomas se iniciam após uma perda de 80 a 90% das células beta pancreática, sendo mais comum em crianças ou adolescentes. Inicialmente ocorre hiperglicemia pós-prandial que evolui para hiperglicemia de jejum. Quando os níveis glicêmicos excedem 180mg/dl os sintomas clássicos de poliúria e polidipsia aparecem, podendo em crianças de menor de idade propiciar a ocorrência de enurese. Se o diagnóstico não for realizado os sintomas progridem ocorrendo perda ponderal e, em alguns casos uma complicação mais grave chamada cetoacidose diabética. 
	No diabetes mellitus tipo 2 os pacientes geralmente são obesos ou apresentam história de obesidade (80% dos casos), mas também pode ocorrer em indivíduos não obesos principalmente entre idosos. Os sintomas são variáveis sendo comum a presença de poliúria e polidipsia, podendo levar bastante tempo até ao diagnóstico, pois nesse tipo de diabetes a hiperglicemia desenvolve-se gradualmente. Com isso, muitas vezes o diagnóstico clínico só é feito pela presença de complicações crônicas, tais como microangiopatia, macroangiopatia ou neuropatia. O diagnóstico também pode ser realizado em pacientes aparentemente normais através de exames laboratoriais de rotina.
	Os exames laboratoriais para diagnóstico do diabetes mellitus incluem a glicemia de jejum, sendo esta considerada normal de 70 a 100mg/dl, pré-diabetes quando resultado estiver entre 100 a 125mg/dl e diabetes mellitus quando a glicemia estiver maior que 126mg/dl. Pode se ainda realizar dosagem da glicemia após sobre carga oral de glicose sendo considerado como diabetes resultados superior a 200mg/dl.
	O tratamento e a prevenção do diabetes mellitus requer sempre uma abordagem ampla e multidisciplinar que envolve mudanças no estilo de vida (dieta, exercícios), até intervenções farmacológicas específicas.
	A atividade física constitui um dos pilares fundamentais na prevenção e tratamento do diabetes, principalmente quando se trata do DM tipo 2, porém cada individuo deve ser criteriosamente avaliado para um a adequada prescrição de atividades físicas. Nesse sentido é importante que o profissional de educação física que atue com pacientes portadores de diabetes mellitus possua boa formação em fisiologia do exercício.
	Na resposta fisiológica ao exercício no individuo não diabético ocorre a utilização de glicogênio e triglicerídeos musculares, assim como o consumo de ácidos graxos advindos da lipólise. A utilização da glicose circulante também aumenta sendo necessários alguns mecanismos para manutenção de uma glicemia constante, o que é fundamental para o bom funcionamento do sistema nervoso central. Durante o exercício há um aumento da produção hepática de glicose decorrente à diminuição da insulinemia e aumento dos hormônios contra-reguladores (glucagon). Em indivíduos diabéticos esses mecanismos não funcionam adequadamente. Quando há pouca insulina endógena associado à liberação excessiva dos hormônios contra-reguladores da insulina pode, durante a atividade física, aumentar rapidamente os valores da glicemia e também dos corpos cetônicos e eventualmente precipitar descompensação. Por outro lado, a presença de valores elevados de insulinemia (normalmente de origem exógena) pode atenuar ou ate mesmo evitar a mobilização da glicose de outros tecidos levando a hipoglicemia durante o exercício.
	A prescrição de uma atividade física ou de um programa de exercício regular deve sempre ser precedida por uma avaliação médica e testes diagnósticos apropriados. A história clinica e o exame físico deve buscar identificar os sinais referentes à macro e microangiopatias diabéticas. Os pacientes com DM tipo 1 e idade superior a 35 anos, idade superior a 25 anos e mais de 15 anos de diagnóstico de dm tipo 1, presença de qualquer outro fator de risco adicional para coronariopatia, com microangipatia, doença vascular periférica, neuropatia autonômica e todos os pacientes com dm tipo 2 devem ser submetidos a avaliação cardiovascular prévia. Os pacientes com DM devem ainda ser orientados para evitar atividade física quando a glicemia estiver superior a 250mg/dl com cetose ou se a glicemia for superior a 300mg/dl, e a ingerir uma quantidade extra de carboidrato se a glicemia estiver inferior a 100mg/dl. É aconselhável ainda monitorar a glicemia antes e após o exercício, principalmente em casos de DM tipo 1.
	A prática regular de exercícios regulares produz importantes benefícios a curto, médio e longo prazo para qualquer indivíduo, pois é fato comprovado que o sedentarismo é prejudicial a saúde. Para o portador de DM a atividade física traz benefícios adicionais como: aumento da ação da insulina, pois apesar de durante o exercício ocorrer diminuição da produção de insulina outros mecanismos levam a uma melhor ação da mesma, mecanismos esse responsável por hipoglicemias induzidas pelo exercício; aumento da captação da glicose pelo músculo, que consomem grande quantidade de glicose durante o exercício; captação da glicose no período pós-exercícios, este fenômeno pode ser responsável por hipoglicemias que ocorrem até 48 horas após a atividade física, sendo explicado pela reposição de glicogênio pelas células e pelo gasto energético causado pela recuperação do organismo, na presença de insulina exógena; diminuição da taxa de glicose, sendo esse um dos efeitos mais significativos da atividade física no DM, pois a glicose é fonte de energia predominante nos primeiros 30 minutos de exercício, assim, a atividade física tem função parecida com a insulina devido a elevação da utilização de glicose pela célula; aumento da sensibilidade celular à insulina, com comprovada atuação nos glicotranportadores a atividade física eleva a sensibilidade celular a insulina tornando-a mais eficiente; incremento das funções cardio-respiratórias; diminuição da gordura corporal, pois a partir de 20 a 30 minutos de exercício a gordura passa a ser a fonte primordial de energiaproporcionando decréscimo de gordura nas células adiposas; redução dos fatores de risco de doenças coronarianas, com a atividade física regular ocorre o decréscimo do LDL e do VLDL (conhecidos como mau colesterol) e dos triglicerídeos assim como aumento do HDL (bom colesterol), o que diminui problemas como infarto do miocárdio e arteriosclerose; decréscimo da ansiedade e da depressão, o exercício aeróbicocontribui para o lançamento na corrente sanguínea de substâncias neuroquímicas responsáveis pela redução da ansiedade e da depressão, como as endorfinas.
	Importante também ressaltar que paciente portador de diabetes deve seguir algumas recomendações para a prática de atividades físicas como: toda atividade física deve começar e terminar com período de cinco a dez minutos de atividades aeróbicas de baixa intensidade, alongamento e mobilidade articular para reduzir o risco de complicações cardíacas e lesões no músculo esqueléticas; escolher uma atividade física de seu gosto e impor-se a prática regular da mesma; evitar metas inatingíveis, aumentando progressivamente a duração da atividade física e a intensidade do esforço; praticar diariamente pelo menos durante 30 minutos ou três a quatro vezes por semana durante 45 a 60 minutos; para quem nunca praticou atividade física pode se iniciar pelo aumento de atividades diárias habituais como caminhar, subir e descer escadas, etc.; interromper exercícios sempre que apresentar sinais de hipoglicemia, dor no peito ou dificuldade respiratória; deve sempre utilizar um calçado confortável e meias de algodão, devendo os pés ser examinados diariamente; beber uma quantidade maior de líquido antes, durante e após a atividade física; levar sempre carboidrato de rápida absorção para a prática de atividade física. 
	O tipo de atividade indicado para indivíduos com DM é habitualmente de natureza aeróbica que envolva grandes grupos musculares podendo ser mantida por um tempo prolongado, como por exemplo, caminhar, correr, nadar, remar, andar de bicicleta, hidroginástica, entre outros. O exercício contra resistência de alta intensidade utilizando pesos pode ser aceitável para indivíduos jovens com DM, mas não para indivíduos mais idosos ou diabéticos de longa data. Programa de exercícios com pesos de intensidade moderada, utilizando baixa carga e grande número de repetições, pode ser utilizado para manter ou melhorar a força muscular em quase todos os pacientes diabéticos.
	Durante a realização deste projeto de prática busquei, dentro do meu município (Rosana-SP), conversar com profissionais de educação física que possuíam especialização específica para lidar com pacientes portadores de DM. Como o município em que resido apresenta uma população total de aproximadamente 18 mil habitantes, consegui para esse projeto identificar apenas dois que trabalhem com pacientes portadores de DM ou em projetos da terceira idade.
	O primeiro profissional entrevistado tem 25 anos de idade, formado em educação física pela FAFIPA (Paranavaí – PR), com pós-graduação em medicina do esporte e da atividade física, fisiologia e disciplina em grupos especiais. Este profissional trabalha em uma academia com diversos alunos, ministrando diversas modalidades de atividades físicas. Apesar de ser o único profissional que encontrei dentro do município que resido com especialização na área, no momento ele refere não estar trabalhando diretamente com nenhum aluno portador de DM. Mas ele ressalta que quando se trabalha com pacientes que tenham DM é de fundamental importância saber qual o tipo de diabetes, ha quanto tempo o paciente possui diabetes e se apresenta outras patologias associadas. Além de uma avaliação médica prévia que comprove se o paciente está apto a realizar atividades físicas. Após isso ele refere montar um plano de exercícios que priorize a atividade aeróbica, intercalado com exercícios de musculação, com cargas leves e um número alto de repetições. Em sua experiência com alunos diabéticos com os quais já trabalhou no passado disse, que de forma geral, a resposta do organismo a atividade física proporcionou aos seus alunos benefícios no controle desta patologia além de uma melhora qualidade de vida.
	O segundo profissional entrevistado é uma mulher de 24 anos de idade, formada em educação física pela UNOEST (Presidente Prudente – SP), e trabalha atualmente com o grupo da terceira idade do município onde resido. Até o momento ela refere não ter realizado nenhuma pós-graduação especifica na área da DM. O grupo em que ela trabalha é composto no momento por 15 alunos com idades variando ente 61 a 78 anos, sendo que dentro deste grupo ha quatro pacientes portadores de DM tipo 2. Ela relata que todos independentes de terem diabetes ou não passam por uma avaliação médica periódica (anual), para poderem participar das atividades físicas. As atividades físicas são realizadas 4 vezes por semana com duração de aproximadamente 60 minutos, sendo divididas da seguinte forma: segunda e quarta feira são realizadas caminhadas na pista de cooper do município ou nas ruas da cidade; terça e quinta feira são realizados jogos de vôlei adaptado para a terceira idade na quadra municipal do estádio ou na escola Norte. Ela refere que o grupo apresenta uma ótima aceitação a prática de atividades físicas, pois além das melhoras físicas, ela refere que também que é um importante momento de socialização para o grupo.
	
Conclusão:
	Atualmente existem muitos estudos que realçam o papel fundamental da atividade física na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Esses estudos orientam que os indivíduos realizem, no mínimo, 30 minutos de atividade física com intensidade moderada na maioria dos dias da semana. Em decorrência do sedentarismo e de uma dieta inadequada tem se observado um aumento nos índices de obesidade na população geral com consequente aumento de algumas patologias como o DM tipo 2. Com isso, a importância de promover o exercício como um componente fundamental nas estratégias de prevenção e tratamento do diabetes deve ser enxergada como uma prioridade.
	Além dos comprovados benefícios na prevenção e controle do DM podem verificar, de acordo com as entrevistas realizadas com os profissionais de educação física que atuam nesta área, em meu município, que a atividade física também é uma importante ferramenta na socialização e na melhora da qualidade de vida dos indivíduos na terceira idade ou com DM. Pude ainda concluir o quanto é importante que os profissionais de educação física que atuam nessa área possuam especialização adequada a fim de evitar qualquer malefício que uma atividade física mal indicada possa trazer a esse grupo de indivíduos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SILVEIRA NETO, Eduardo, atividade para diabéticos 2000.
LOPES, A. C. Tratado de Clínica Médica, v. 2, p. 3570 – 3597 – São Paulo: Roca, 2006.
FRONTERA, Walter R., DAWSON David M. & SLOVIK; exercício físico e reabilitação, p. 157:158; 202:214, 1999.

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