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28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14 1. Origem, conceitos fundamentais, problemas e temas relevantes da economia. Indispensável no decorrer do curso de Direito o aprendizado da Economia, uma vez que ela é uma das áreas amplamente responsável pela geração de inúmeros conflitos sociais com amplo reflexo em nosso ordenamento jurídico da atualidade. Aliás, assim que o aluno inicia o curso de Direito, ele se depara com várias disciplinas que vão contribuir para a compreensão da temática do direito como ciência e sua complexidade, tal como ocorre com a Economia. Essas disciplinas compõem o ciclo básico e objetivam fornecer aos alunos uma visão generalista do nosso campo de atuação. Por seu turno, existem disciplinas com subsídios mais complexos, sendo necessária à compreensão da Economia como base dos conflitos ali existentes, conforme se observa no direito tributário e o próprio direito econômico, onde as questões econômicas se deparam com a problemática do direito em seus mais diversos seguimentos. Assim, os principais estudiosos desta disciplina definem a Economia como uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. Com isto, percebese que o objetivo de estudo da Economia é analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvêlos, de forma a melhorar nossa qualidade de vida nos ambientes em que convivemos. Na formação etimológica da palavra economia, duas palavras gregas estão presentes. Oikos, cuja tradução é casa e Nomos, que significa lei. Dessa forma, economia significa a “lei da casa”, ou seja, a sobrevivência do indivíduo através dos recursos disponíveis. Essa composição explicita bem o papel do estudo econômico, pois a ciência social econômica sempre vai estudar o indivíduo e a sociedade. Consequentemente esses agentes vão escolher como trabalhar com a escassez de seus recursos, atendendo às necessidades humanas buscadas pela sociedade, em seus mais diversos grupos. Por seu turno, as necessidades humanas são infinitas e ilimitadas, porque o ser humano, por sua própria natureza nunca está satisfeito com o que possui e sempre deseja possuir mais bens. Ocorre que os recursos produtivos com que se pode contar para efetuar a fabricação de bens e serviços têm caráter finito e limitado. Dessa forma, há uma visível contradição, pois os desejos e necessidades humanos são ilimitados e os recursos para efetivarse a produção de bens e serviços para atender estes desejos e necessidades são finitos. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/14 Os problemas econômicos não existiriam se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, com a consequente satisfação de todos os desejos humanos. Porém, na realidade global, com um elevado índice populacional há evidente escassez dos recursos disponíveis, com plena afetação do meio ambiente planetário. O trabalho, a terra e o capital, este último entendido como máquinas, matérias primas e demais insumos utilizados pelo homem são efetivamente escassos. Surge a questão da escassez de bens econômicos, isto é, de bens em reais condições de atender às necessidades humanas. Como exemplo clássico pode ser apontado a questão dos automóveis, meio de locomoção amplamente utilizado no atual estágio do desenvolvimento humano, pois embora as jazidas de minério de ferro sejam abundantes em algumas regiões do mundo, esse minério préusinável, as chapas de aço e, finalmente, o automóvel são bens econômicos escassos. Assim, destacamse duas noções primárias pertinentes à ciência econômica, retiradas da experiência e da própria vivência do cotidiano: as necessidades humanas e a bens produtivos. A economia tem caráter social, uma vez que se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, na troca e no consumo de bens e serviços. Dessa forma são três as questões econômicas básicas que devem ser compreendidas para a plena interpretação da economia. A doutrina, para fins didáticos, converte em três preguntas que devem ser respondidas em cada análise: O que e quanto produzir ? Como produzir ? Para quem produzir ? A primeira diz respeito ao “o que e quanto produzir”, que está relacionado a escolha da sociedade dentre o leque de possibilidade de produção, passando inclusive por quais produtos serão produzidos e sua quantidade. A segunda referese ao “como produzir”, ou seja, como se deve considerar o nível tecnológico na combinação dos recursos utilizados para a produção de bens e serviços. Finalmente, “para quem produzir” diz respeito a quais membros da sociedade vão participar da distribuição dos resultados de sua produção ou seja para qual segmento social ou para quais pessoas a produção será destinada. Ao responder estas questões o sistema econômico estará alocando ou distribuindo os recursos disponíveis entre milhares de diferentes possíveis linhas de produção. Outro tema importante diz respeito a necessidade dos bens ao indivíduo. Comumente, quando se fala de uma necessidade, está implícita a ideia de vontade ou aspiração. Assim, o indivíduo tem necessidade de se alimentar, mas também possui necessidade de cuidar de si, ter respeito dos outros ou criatividade. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/14 A tradicional pirâmide de Maslow ilustra a hierarquia das necessidades humanas: inicialmente, buscase o mais básico, relacionado à fisiologia humana, mas gradativamente, o ser humano deseja outras necessidades tais como segurança, amor/relacionamento, estima e realização pessoal que vão aparecendo sucessivamente. Realização pessoal: moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceito, aceitação dos fatos Estima: autoestima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros Amor/relacionamento: amizade, família, intimidade sexual Segurança: segurança do corpo, do emprego, de recerursos, da moralidade, da família, da saúde, da propriedade Fisiologia: respiração, comida, água, sono, sexo, homeostase, excreção A maioria das necessidades de que trata a economia se localizam mais na base da pirâmide, relacionandose principalmente ao material. Ainda que a economia possa ter um papel na realização pessoal, a sua contribuição principal se liga às necessidades mais básicas materiais. Para a economia, necessidade implica a sensação de falta de alguma coisa, sempre acompanhada do desejo de satisfazêla. Deste modo, quando alguém deseja um objeto de consumo, como um carro ou uma bolsa de marca, procura uma maneira de obtêlo, utilizando a moeda como meio de troca. Nesse sentido mais estrito, a necessidade terá implicações econômicas. Também é importante destacar que as necessidades humanas são ilimitadas, isto é, podem ser vistas como tendentes a se reproduzirem até o infinito. Depois, não se pode esquecer a divisão dos bens exclusivos e coletivos, pois tal distinção é de suma importância para a economia como para o direito, pois os conflitos podem surgir da equivocada análise desses bens e de quem seriam os beneficiados.A doutrina ponta os bens exclusivos, com nítido critério patrimonial, como aqueles aptos a atenderem à necessidade de um único indivíduo. Aqui estão inseridos, por exemplo, vestuários e alimentos. Já os bens coletivos, não estão sujeitos a um indivíduo, mas sim que possam atender à necessidade de um grupo amplo de pessoas e até mesmo da totalidade dos indivíduos de um país. A abrangência é muito maior. O mais clássico exemplo de bem coletivo é a segurança nacional, pois protege a todos os cidadãos de um país. Mas também existem bens coletivos cuja abrangência é reduzida um menor número coletivo, tal como ocorre com os clubes nas cidades, onde os bens pertencem aos seus sócios, e mesmo estes têm regras claras a cumprir. Ou seja, são bens coletivos, mas com algum tipo de restrição. Essas questões econômicas são muito trabalhadas no âmbito do direito quando se estuda as questões patrimoniais dos bens e a questão dos interesses destes, existindo na doutrina desde bens individuais, passando pelos coletivos e agora, 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/14 desde o final do século passado com proteção nos denominados interesses difusos. Diferente do que ocorre com as necessidades humanas, os recursos de que dispõe a humanidade para satisfazer as suas necessidades são finitos. Essa limitação dos recursos ocorre, ainda que se considere que, até o momento, as sociedades humanas tenham sido bem sucedidas nos progressos tecnológicos. Para entender melhor essa situação, é preciso assimilar os conceitos de bens econômicos e recursos produtivos. Os bens econômicos são tangíveis e se caracterizam, de forma geral, pela utilidade e insuficiência. Eles supõem um esforço humano para serem conseguidos e, exatamente por isso, são comercializados. Além disso, os bens econômicos contrapõemse aos bens livres, que, apesar de também serem úteis, não são escassos. Os bens econômicos podem ser classificados segundo vários critérios de duas maneiras: 1. Quanto à natureza Bens materiais (com características físicas de peso, forma, dimensão): ex: alimentos, máquinas e terras Bens imateriais (de caráter abstrato): ex: serviços prestados, tais como consulta médica ou consulta jurídica. 1. Quanto ao destino Bens de consumo: atendem de forma direta a uma determinada necessidade (podem ser duráveis ou não duráveis): ex: automóvel Bens de produção: fazem parte da cadeia produtiva cujo objeto final é um bem de consumo: ex. matérias primas, os serviços dos operários (podem se chamados de bens de capital quando forem bens de caráter fixo, ex: máquinas) Na doutrina econômica e jurídica diversas outras classificações surgem, razão pela qual não são absolutas. É importante observar que o conceito de bem econômico se diferencia de qualquer conceito de bem contido em direito, o qual será estudado detalhadamente ao longo do curso de direito civil. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/14 Já os recursos produtivos, também conhecidos como fatores de produção, são os elementos básicos a partir dos quais se obtêm os bens e os serviços. Os três principais recursos produtivos são a terra (áreas cultiváveis e mineradoras, florestas), o trabalho e o capital (bens de capital). Logo, percebese que à economia interessa observar a existência de necessidades humanas que devem ser satisfeitas com bens econômicos e não a discussão filosófica dessas necessidades. Alguns exemplos poderão indicar a complexidade desta questão, pois, enquanto para pobres a alimentação básica é uma necessidade, para os ricos a necessidade é uma alimentação requintada; quem vive numa residência media pode sentir necessidade de morar numa mansão em um bairro luxuoso. Podese concluir que o objeto da ciência econômica é o estudo da escassez. Daí, resumidamente a conhecida definição de que a Economia é uma ciência social que trata da administração dos recursos escassos disponíveis; é o estudo da organização social que possibilita aos homens satisfazerem a suas necessidades de bens e serviços escassos; ou é a ciência que cuida da escolha entre o que, como e para quem produzir. Dessa forma percebese que a escassez é estruturada da seguinte forma: Necessidades humanas ilimitadas + Recursos produtivos limitados = Escassez Como se observa acima a escassez advém não só da limitação dos recursos produtivos, mas também das amplas necessidades humanas. Considerando simultaneamente essa demanda infinita e a possibilidade de esgotamento dos recursos usados para atendêla, temos uma situação crítica com a qual a sociedade deve lidar. Em outras palavras, a escassez precisa ser administrada, levando em conta a urgência das necessidades humanas e a limitação dos recursos que são usados para atendêlas. Logo, a economia é uma ciência social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos – que poderiam ter utilização alternativa – na produção de bens e serviços, de modo a distribuílos entre as várias pessoas e grupos da sociedade. Portanto, como pensar a Economia? A ciência econômica é pensada a partir de modelos, concebidos no intuito de explicar e prever diversos fenômenos. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/14 Modelos são representações simplificadas da realidade ou das principais características de uma teoria. O crescimento econômico, a inflação, o desemprego, o comportamento de consumo de determinada classe social são temas frequentemente abordados pelas construções teóricas econômicas. Assim cada nação acaba por escolher entre os sistemas econômicos qual aquele modelo que deve seguir. Sistemas econômicos Sistema econômico, rigorosamente, implica um conjunto orgânico de instituições através do qual a sociedade irá enfrentar o problema da escassez. Em outras palavras, é o conjunto de instituições destinado a permitir a qualquer grupo humano administrar seus recursos escassos com um mínimo de proficiência, evitando o quanto possível a dispersão dos mesmos. De modo geral, para conhecer um sistema econômico, as três perguntas distintas são formuladas, que permitem a compreensão de um sistema econômico: o que produzir, como produzir e para quem produzir. Como os recursos da sociedade são escassos, cada vez que uma decisão é tomada, excluise automaticamente a outra alternativa disponível para a utilização daquele recurso escasso. Logo, o conceito de custo de oportunidade, aplicável a outras áreas do pensamento econômico, pode ser definido como o custo de algo em termos de oportunidade renunciada. Cada sistema econômico é composto por três elementos básicos: a. Estoque de recursos produtivos (recursos humanos, capital, terra, reservas naturais e tecnologias) b. Complexo de unidades de produção (empresas) c. Conjunto de instituições políticas, jurídicas e econômicas Assim, há três formas de se organizar a produção num sistema econômico: 1. Sistema de tradição: possui índole mágicoreligiosa. Caracteriza as sociedades arcaicas, como a antiga civilização egípcia. 2. Sistema de autoridade: baseiase na crença na capacidade de previsão e execução dosórgãos centrais de direção (o Estado). Não acredita na autonomia como diretriz de solução para as questões econômicas. Um exemplo é o sistema socialista (modelo real). 3. Sistema de autonomia: fundamentase na capacidade coordenadora do mercado (“mão invisível”), bem como no princípio hedonista da “lei do menor esforço”. Seu motor principal é o agente racional. Corresponde ao sistema capitalista. Atualmente as nações trabalham com os dois últimos sistemas, ou, ainda, alguma forma intermediária de autuação. Evidentemente que em face do mundo contemporâneo o sistema capitalista ou economia de mercado (ou de autonomia) é o mais adotado pelas nações. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/14 Outra classificação estuda somente dois sistemas básicos vigentes: 1. Sistema socialista (ou economia centralizada): conhecida como economia planificada, pois as decisões econômicas são tomadas por um órgão central de planejamento (ex: antiga URSS) 2. Sistema capitalista (ou economia de mercado): onde as forças do mercado exercem suas atividades e com isto a livre iniciativa e propriedade privada tem destaque (ex: EUA). Sistema econômico de autonomia Para compreender melhor como se configura o sistema econômico de autonomia atualmente é importante que se assinale alguns importantes marcos históricos. No século XVIII entrou em curso a primeira Revolução Industrial, baseada na invenção da máquina a vapor. Com esse avanço tecnológico, a indústria passou a substituir aos poucos o artesanato no continente europeu, tendo a Inglaterra como polo irradiador de mudanças. O século XVIII também acompanhou o desenvolvimento da teoria liberal política, que surgiu como contestação ao Absolutismo. Um de seus grandes expoentes foi o filósofo inglês Adam Smith. A Riqueza das Nações, obra de sua autoria, sintetiza perfeitamente as concepções liberais e progressistas daquele período e foi publicada em 1776 (no mesmo ano em que se proclamou a independência dos Estados Unidos da América). Além disso, A Riqueza das Nações marca o nascimento do pensamento econômico – quando ele finalmente se propõe como ciência social. Já no século XIX, conforme a ciência econômica se consolidava e ganhava cada vez mais destaque na sociedade, acompanhouse o surgimento da corrente utilitarista, cujo princípio básico é o de que os atos não devem ser avaliados como moralmente certos ou errados pelas intenções que carregam, mas pelas consequências que trazem (ganhos possíveis). Essa visão enraizouse no pensamento econômico, oferecendolhe ampla fundamentação até os dias atuais. Entretanto, vale dizer que a concepção utilitarista se opõe – até radicalmente – ao modo pelo qual o direito se estabelece na sociedade. De fato, a grande maioria das regras no direito contêm uma valoração, isto é, um julgamento do que é certo ou errado, deixando afastadas as consequências que implicarão ao serem postas em prática. Por outro lado, as decisões econômicas somente focam em um resultado que deve ser idealmente favorável. Economia normativa e positiva Os argumentos positivos explicam como os fenômenos de fato são e, sob essa perspectiva, pretendem compreender e prevêlos no mundo real. Por outro lado, os argumentos normativos tentam encontrar uma alternativa para a constituição dos fenômenos, isto é, estabelecem como eles deveriam ser. Esse julgamento é normalmente feito com base moral. A economia positiva e a economia normativa se relacionam intimamente uma vez que “é preciso entender para prever e prever para entender”. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/14 Quando é necessário tomar uma decisão, o economista tem de recorrer a algum desses dois aspectos. Por exemplo, no combate à inflação, várias políticas podem ser adotadas, algumas das quais podem prejudicar parte da sociedade. Assim, acaba sendo necessário escolher entre adotar medidas radicais para resolver o problema do aumento dos preços (utilitarismo) ou adotar medidas mais moderadas, de leve impacto tanto na sociedade (por exemplo, evitando o que o desemprego se agrave) quanto no problema a ser solucionado. Com isto surge a necessidade de se dividir o estudo da economia em dois grandes segmentos: Microeconomia e Macroeconomia É possível adotar dois campos de estudo na economia, um mais restrito e outro mais abrangente: eles correspondem, nessa ordem, à microeconomia e à macroeconomia. A microeconomia (ou teoria dos preços) considera o comportamento das unidades econômicas e dos mercados em que operam, por exemplo, sob a perspectiva dos preços de determinado produto (ex: o café, o tomate, os automóveis). Estuda então a formação do preço no mercado. A macroeconomia voltase para agregados mais amplos, como o mercado de uma nação inteira, levantando questões como: por que os produtos estão ficando mais caros? O que fazer para alavancar o crescimento econômico desse país? Por que é tão alto o índice de desemprego? Enfim, em analogia, a macroeconomia seria uma “floresta” da qual pertenceriam várias “árvores”, cada qual um pequeno universo analisado correspondente a cada perspectiva da microeconomia. Portanto estuda o comportamento da economia como um todo. Exercício 1: Na análise das questões econômicas os textos indicados para estudam como sendo os denominados “fatores de produção” os seguintes itens: A Terra, trabalho, capital, tecnologia e empresariedade. B Terra, trabalho, capital, tecnologia e inovação. C Terra, trabalho, capital, tecnologia e invenção. D Terra, trabalho, recursos naturais, tecnologia e empresariedade. E Terra, trabalho, capital, salário e empresariedade . Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: A economia, como ciência, estuda a relação que os homens têm entre si na produção de bens e serviços necessários à própria satisfação humana. Essas necessidades humanas são: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/14 A infinitas e ilimitadas. B finitas e limitadas. C infinitas mas limitadas. D finitas mas ilimitadas. E limitadas em face da natureza dos recursos. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: Na análise das questões econômicas os textos indicados para estudam como sendo os denominados “fatores de produção” os seguintes itens: A Terra, trabalho, capital, tecnologia e empresariedade. B Terra, trabalho, capital, tecnologia e inovação. C Terra, trabalho, capital, tecnologia e invenção. D Terra, trabalho, recursos naturais, tecnologia e empresariedade. E Terra, trabalho, capital, salário e empresariedade. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: A economia, como ciência, estuda a relação que os homens têm entre si na produção de bens e serviços necessários à própria satisfação humana. Essas necessidades humanas são: A infinitas e ilimitadas. B finitas e limitadas. C infinitas mas limitadas. D finitas mas ilimitadas. E limitadas em face da natureza dos recursos. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Partindose da premissa que a economia como uma ciência social estuda a produção,a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas aponte qual é o objetivo principal do estudo da economia: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/14 A analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvêlos, de forma a melhorar nossa qualidade de vida nos ambientes em que convivemos. B analisar os problemas sociais e formular metas, de forma a melhorar nossa qualidade de vida nos ambientes em que convivemos. C analisar os problemas jurídicos e formular soluções para resolvêlos, de forma a melhorar nossa qualidade de vida nos ambientes em que convivemos. D analisar somente os problemas estatísticos e formular soluções jurídicas para resolvêlos, de forma a melhorar nossa qualidade de vida nos ambientes em que convivemos. E analisar os problemas econômicos, sem a formulação de indicativos de resoluções, de forma a permitir que o Estado possa somente arrecadar tributos. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: Quando se aborda a questão dos recursos para a produção de bens e serviços é necessário considerar que: A os recursos são sempre possíveis de serem criados. B os recursos são finitos. C os recursos são infinitos. D os recursos são moderados e suficientes. E os recursos não são essenciais na economia. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 7: A teoria econômica e consequentemente os manuais de economia aponta a existência das possíveis remunerações dos fatores de produção que são: A Aluguel, salário, compra de ações, juros e dividendos. B Aluguel, salário, lucros, juros e dividendos. C Aluguel, debêntures, lucros, crédito e empréstimo bancário. D Aluguel, compra de ações, salário, empréstimo e crédito. E Aluguel, consórcio, lucros, juros e seguro. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 8: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/14 A teoria econômica e consequentemente os manuais de economia aponta a existência das possíveis remunerações dos fatores de produção que são: A Aluguel, salário, compra de ações, juros e dividendos. B Aluguel, salário, lucros, juros e dividendos. C Aluguel, debêntures, lucros, crédito e empréstimo bancário. D Aluguel, compra de ações, salário, empréstimo e crédito. E Aluguel, consórcio, lucros, juros e seguro. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 9: Entre os diversos bens e serviços existentes na economia leia e analise cada um deles e em seguida responda: I – Televisores, carros e celulares. II Máquinas e equipamentos. III – Psicólogo, transporte aéreo e restaurantes. IV – Comida e roupas. Referemse, respectivamente, a: A I. Bens de capital; II. Bens de produção intermediários; III. Serviços; IV. Bens de consumo não duráveis. B I. Bens de consumo não duráveis; II. Bens de produção intermediários; III. Serviços; IV. Bens de consumo duráveis. C I. Bens de capital; II. Bens de produção intermediários; III. Serviços; IV. Bens de produção. D I. Bens de consumo não duráveis; II. Bens de produção intermediários; III. Serviços; IV. Bens de produção. E I. Bens de consumo duráveis; II. Bens de produção intermediários; III. Serviços; IV. Bens de consumo não duráveis. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 10: Em um sistema de livre iniciativa privada (sistema de autonomia), aponte a questão correta acerca da estruturação da sistemática dos preços, pois esta restabelece a posição de equilíbrio: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/14 A Por meio da concorrência entre compradores, quando houver excesso de demanda. B Por meio da concorrência entre vendedores, quando houver excesso de demanda. C Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais que acabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com o excesso de oferta. D Por meio de pressões sobre os preços que aumentam a quantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada e diminuem a demanda, quando há excesso de demanda, conhecido pela máxima “ a lei da oferta e da demanda” . E Por meio da concorrência entre consumidores, pois quantos mais consumidores existirem os preços sobem. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 11: A denominada “curva de possibilidades de produção” é utilizada nos manuais de economia para ilustrar um dos problemas fundamentais do sistema econômico: por um lado, os recursos são limitados (escassez) e não podem satisfazer a todas as necessidades ou desejos; por outro, é necessário realizar escolhas. Essa curva, quando construída para dois bens, mostra: A Os desejos dos indivíduos perante a produção total desses dois bens. B A quantidade total produzida desses dois bens em função do emprego total da mãodeobra. C A quantidade disponível desses dois bens em função das necessidades dos indivíduos dessa sociedade. D Quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra existentes e com determinada tecnologia. E A impossibilidade de atender às necessidades dessa sociedade, visto que os recursos são escassos. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 12: Em uma economia de mercado, ou sistema de autonomia ou descentralizado esperase um maior papel das empresas privadas na solução dos problemas do o quê, quanto, como e para quem deve ser produzido o bem, razão pela qual são resolvidos: A Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto. B Pelos preços dos serviços econômicos. C Pelo mecanismo de preços. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/14 D Pelos preços dos recursos econômicos. E Pela quantidade dos fatores produtivos. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 13: Os problemas econômicos fundamentais numa economia do tipo centralizada (sistema socialista ou de economia planificada) são resolvidos: A Pela produção em grande escala de bens de consumo. B Pelo sistema de preços. C Pelo controle da curva de possibilidades de produção. D Pelo planejamento da atividade econômica em um órgão central. E Pelo sistema de preços determinado no livre mercado. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 14: A doutrina econômica aponta que na denominada economia de mercado existe a reunião de três elementos principais. Aponte qual a alternativa é a correta: A livre iniciativa, presença do Estado e elementos de uma economia capitalista. B iniciativa restrita, presença excessiva do Estado e elementos de uma economia capitalista C presença do Estado de forma periférica, livre iniciativa e elementos de uma economia centralizada. D livre iniciativa, presença excessiva do Estado e elementos de uma economia planificada. E iniciativa restrita, presença excessiva do Estado e elementos de uma economia planificada. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 15: O modelo econômico baseado na doutrina do laissezfaire, na nãointervenção estatal e na minimização dos serviços oferecidos à população é o: A Neoliberalismo B Keynesianismo C LiberalismoClássico 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/14 D Estado de BemEstar E Modelo Ricardiano Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/13 2. A Evolução do Pensamento Econômico A economia não é estudada só no mundo modernocontemporâneo. Durante muito tempo, a economia constituiu um conjunto de preceitos ou de soluções adaptadas a problemas particulares. Na antiguidade grega, por exemplo, aparecem apenas algumas ideias econômicas, fragmentadas em estudos filosóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, política, mecânica, ou geometria. Embora o termo "econômico" (de oikos, casa, e nomos, lei) tenha sido utilizado pela primeira vez por Xenofontes, na obra do mesmo nome (no sentido de princípios de gestão dos bens privados), os autores gregos não apresentaram um pensamento econômico independente. De modo geral, trataram apenas de conhecimentos práticos de administração doméstica (dos lares). Na antiguidade romana, igualmente, não houve um pensamento econômico geral e independente, embora a economia de troca fosse mais intensa em Roma do que na Grécia. Na idade média, principalmente do século XI ao XIV, surgiu uma atividade econômica regional e interregional (com feiras periódicas que se tornaram célebres, como os de Flandres, Champagne, Beaucaire, e outras) organizaramse corporações de oficio, generalizaramse as trocas urbanosrurais, retomou novo impulso o comercio mediterrâneo (Gênova, Piza, Florença e Veneza tornaramse os grandes centros comerciais da época) etc. A igreja procurou "moralizar" o interesse pessoal, reconheceu a dignidade do trabalho (manual e intelectual), condenou as taxas de juro, buscou o "justo preço", a moderação dos agentes econômicos, e o equilíbrio dos atos econômicos. De 1750 a 1870 começou a ser desenhada a economia como ciência, e este período foi marcado por diversos movimentos, entre eles se destacam os seguintes: A Fisiocracia: movimento que não existia em 1750, a fisiocracia empolgou tout Paris e Versalhes de 1760 a 1770, mas por volta de 1780 este movimento já estava esquecido, exceto por alguns economistas. Considerado por muitos autores, mais uma "seita" de filósofoseconomistas do que uma escola econômica, este movimento surgiu e desapareceu como um meteoro. Os fisiocratas conseguiram atento auditório entre os fidalgos da corte e os governantes da época: Catarina(Russia) Estanislau(Polonia) e outros. A Fisiocracia impôsse primeiramente como doutrina da Ordem Natural: O universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providencia divina para a felicidade dos homens. Estes, por meio da razão, poderão descobrir essa ordem. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/13 A Escola Clássica: Embora a grande maioria dos autores tenha feito de Smith o apologista da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que sua simpatia voltavase frequentemente para o operário e o trabalhador da terra, opondose aos privilégios e à proteção estatal que apoiavam o "sistema mercantil". O modelo teórico de desenvolvimento econômico de Smith constituía parte integrante de sua política econômica: ao contestar o padrão mercantilista de regulamentação estatal e o controle, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o desenvolvimento econômico e de que os benefícios do desenvolvimento seriam partilhados por toda a sociedade. O Marxismo: Karl Max opôsse aos processos analíticos dos clássicos e às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no século XIX: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês. Criticou a doutrina populacional de Matheus com base nas diferenças características dos diversos estágios da evolução econômica e seus respectivos modos de produção, afirmando que uma mudança no sistema produtivo poderá converter em excedente demográfico uma aparente escassez populacional. Marx modificou a análise de valor, apesar de ter utilizado vários componentes da versão clássica da teoria do valortrabalho, desenvolveu conceitos que se tornaram muito conhecidos, como por exemplo, o de mais valia, capital variável, capital constante, exercito de reserva industrial e outros. Porém, entre as correntes de pensamento e os teóricos que contribuíram para o desenvolvimento da ciência econômica que acompanha o sistema capitalista importante estudálas por espaços temporais e seus principais expoentes. O começo: mercantilistas e fisiocratas Ambas as correntes se desenvolveram previamente à consolidação da ciência econômica, nos séculos XVI e XVII. Nessa época, o mundo europeu já passava por várias transformações. No campo político, o Absolutismo monárquico delineavase em vários cantos do continente, encerrando um longo período de descentralização do poder (feudalismo), o qual passou a concentrarse nas mãos de um soberano (monarca). No século XVI, iniciouse a expansão marítimocolonial, liderada pelos países da península Ibérica: Portugal e Espanha. Logo em seguida, outras nações fizeram parte do processo, como a Inglaterra e a França. Foi nesse contexto que surgiu a corrente mercantilista, preocupada em explicar a nova realidade que se abria para os europeus. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/13 O mercantilismo propunhase a determinar precisamente como poderia enriquecer uma nação. A resposta encontrada foi o comércio, ou seja, o intercâmbio de mercadorias com base em uma unidade de valor (a moeda) seria a prática que conduziria o país que desejasse acumular riquezas ao sucesso. Para garantir o lucro, os países da época adotaram medidas protecionistas, visando manter sua balança comercial positiva – quando as exportações superam as importações. As relações econômicas entre metrópoles e colônias consagraramse através do Pacto Colonial, que estabelecia regras de exclusividade. Por exemplo: no Brasil, somente portugueses poderiam praticar o comércio e, no mesmo sentido, os brasileiros somente poderiam vender sua produção (agrícola, predominantemente) para Portugal. Qualquer atividade comercial que desrespeitasse esses moldes seria considerada contrabando, sujeitando seus praticantes a uma determinada pena. Ao mesmo tempo, estimulavase que as colônias vendessem o máximo possível para suas respectivas metrópoles, a fim de que estas pudessem revender com lucro para outras nações. Outra característica importante do mercantilismo foi o metalismo: em tese, o país que detivesse mais ouro, prata e outros metais preciosos seria, na mesma proporção, o mais rico. Portugal e Espanha dedicaram suas economias intensamente à mineração, o que, no entanto, lhes trouxe uma série de prejuízos. Já a corrente fisiocrata (palavra que se origina do termo grego physis) desenvolveuse a partir do século XVII na França e estabeleceu, diferentemente da mercantilista, que a riqueza advémda natureza. Segundo esse raciocínio, a agricultura seria a principal atividade econômica, subordinando a indústria. Por exemplo: ao plantarmos e irrigarmos uma semente, após certo tempo, ela se desenvolve e, quando a nova planta alcança um estágio de amadurecimento, podese colher seus frutos para subsistência ou aproveitar sua madeira em alguma técnica. Essa noção, por mais natural que possa parecer, revelase um pouco ingênua, por uma série de motivos. Principalmente porque ignora quase que por completo a questão da produtividade agrícola. É fácil perceber que, utilizando recursos tecnológicos como insumos e fertilizantes obtidos da atividade industrial, tal produtividade aumenta consideravelmente. Assim, o papel da indústria é bastante relevante, principalmente nos dias atuais. A Escola Clássica O escocês Adam Smith foi amplamente influenciado pelos fisiocratas, tendo convivido com expoentes desta corrente como os franceses François Quesnay e Turgot (que também exerceram, em períodos distintos, o cargo de ministro das finanças do Estado absolutista francês). Entretanto, ele já julgava que não só a agricultura teria um importante papel a desempenhar na economia, mas também a indústria e o comércio. A primeira 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/13 Revolução Industrial foi acompanhada de perto por Adam Smith, que, devido ao fato de perceber as várias mudanças implicadas no sistema econômico capitalista graças a essa nova situação histórica, conseguiu elaborar de forma original uma teoria que abriu os precedentes para a consolidação do estudo econômico como verdadeira ciência, calcada na observação e interpretação da realidade. Em sua obra mais importante, A Riqueza das Nações, Smith preocupase em responder estas três perguntas: 1. Que fatores são responsáveis pelo crescimento humano? 2. Se o homem é egoísta por natureza, por que a sociedade não acaba, isto é, não se desagrega? 3. Para onde caminha a sociedade? Adam Smith, quanto à primeira indagação, entende que o crescimento econômico e a prosperidade dos países advêm do trabalho humano, cujo desempenho estaria condicionado por duas variáveis: a divisão de tarefas e a proporção de trabalhadores produtivos em relação aos improdutivos. O papel da divisão de tarefas é elucidado a partir do clássico exemplo da fabricação de alfinetes, cujo método já possuía uma sistematização no século XVIII. Tal divisão tem como fundamento o princípio de que, quando etapas separadas de um processo são delegadas a várias pessoas, que as executam com rapidez e destreza, a produtividade final será bem maior, comparandose ao desempenho de apenas uma pessoa realizando todas as etapas do mesmo processo. Leia o texto abaixo, extraído de A Riqueza das Nações, para compreender melhor esse conceito: Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho multas vezes tem sido notada: a fabricação de alfinetes. Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma indústria específica) nem familiarizado com a utilização das máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão do trabalho), dificilmente poderia talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhando o máximo de trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requeremse 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 operações distintas, as quais, em algumas manufaturas são executadas por pessoas diferentes, ao passo que, em outras, o mesmo operário às vezes executa 2 ou 3 delas. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/13 Vi uma pequena manufatura desse tipo, com apenas 10 empregados, e na qual alguns desses executavam 2 ou 3 operações diferentes. Mas, embora não fossem muito hábeis, e portanto não estivessem particularmente treinados para o uso das máquinas, conseguiam, quando se esforçavam, fabricar em torno de 12 libras de alfinetes por dia. Ora, 1 libra contém mais do que 4 mil alfinetes de tamanho médio. Por conseguinte, essas 10 pessoas conseguiam produzir entre elas mais do que 48 mil alfinetes por dia. Assim, já que cada pessoa conseguia fazer 1/10 de 48 mil alfinetes por dia, podese considerar que cada uma produzia 4 800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, e sem que nenhum deles tivesse sido treinado para esse ramo de atividade, certamente cada um deles não teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia, e talvez nem mesmo 1, ou seja: com certeza não conseguiria produzir a 240ª parte, e talvez nem mesmo a 4 800ª parte daquilo que hoje são capazes de produzir, em virtude de uma adequada divisão do trabalho e combinação de suas diferentes operações. Adam Smith possui uma visão otimista quanto ao futuro da sociedade, que se justificaria porque, nesse tempo, o sucesso de negócios empresariais acabaria se revertendo em benefícios para os trabalhadores, na forma de salários mais vantajosos. Exemplo atual disso seria a conquista de regulamentação profissional das empregadas domésticas, que veio acompanhada de melhores condições de serviço e remuneração. Nesta corrente também se destaca David Ricardo (17221823). David Ricardo busca fornecer à teoria econômica uma explicação para a distribuição do excedente entre as diversas classes sociais, importante preocupação que não havia sido abordada por Adam Smith. Além disso, ele formalizará muitos conceitos econômicos, conquistando o papel de maior influente entre os clássicos. Dentre sua vasta produção, é importante estudar as seguintes construções: a teoria do valor e a teoria das vantagens comparativas. A primeira teoria estabelece que o produto ou a mercadoria valem exatamente a quantidade de trabalho nestes incorporada, ou seja, a soma de trabalho mediato e imediato. Sua significação na realidade se estabelece da seguinte maneira: se uma mercadoria for produzida pelo emprego de uma máquina e um trabalhador, entram no cálculo do valor da mercadoria tanto o custo em trabalho do trabalhador (gasto imediato) como o custo do trabalho incorporado à máquina (gasto mediato). Isto, entretanto, não explica os preços de determinado produto no mercado, uma vez que eles também oscilam de acordo com sua oferta e procura. Por sua vez, a teoria das vantagens comparativas estabelece que o comércio entre nações que se especializam na produção dos itens para os quais estão mais aparelhadas é benéfico para todas as partes. Como exemplo podese citar o câmbio entre Portugal (vinhos) e Inglaterra(tecidos): a troca de excedentes entre esses países manteria suas economias funcionando e gerando recursos para que se melhorasse a sua especialização. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/13 Esse argumento foi uma poderosa arma nas mãos dos adeptos do livre comércio. Contudo, já no século XX, foi alvo de críticas da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina da ONU) e de Raul Prebisch, uma vez que possibilitaria a deterioração dos termos de troca, favorecendo a parte cujo sistema de produção seria comparativamente mais eficiente. Outro estudioso foi Thomas Malthus (17661824). Thomas Malthus foi contemporâneo de David Ricardo e sua literatura foi largamente influenciada pelos acontecimentos de seu tempo: a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas. Seu Ensaio sobre o princípio da população enuncia que a causa de todos os males sociais está na fertilidade humana, sendo a guerra e as epidemias ferramentas de controle do aumento populacional – que tenderia à derrocada da civilização. É necessário dizer que essa concepção, embora supostamente encontrasse amparo na época em que foi elaborada, foi desmentida, dentre outros fatores, pelos recentes avanços tecnológicos na agricultura, cuja produção, a partir da Revolução Verde, nunca foi tão alta e capaz de sustentar as populações humanas. Malthus também preocupouse com o problema da superprodução, por não acreditar na concepção liberal dominante na época de que “para cada oferta haveria uma demanda” (lei de Say). Uma solução sugerida para esse dilema foi o aumento da demanda por bens de consumo, isto é, do papel das camadas consumidoras de produtos úteis e empregados nas mais diversas áreas do diaadia. Essa sugestão foi posteriormente aproveitada por John Keynes, já no século XX. Destaque merece a denominada “Era Neoclássica” (18701930). Enquanto os clássicos (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus e Karl Marx) estudaram as relações de produção que surgiam entre indivíduos, o enfoque da escola neoclássica ou marginalista foi bem outro: as relações que se estabelecem entre a produção material e seres humanos. A preocupação principal dos teóricos que a desenvolveram (William Jevons, Carl Menger e Léon Walras) foi a alocação ótima de recursos entre fins alternativos (oferta = demanda), que culminou na formulação das ideias de escassez e acréscimos marginais. Além disso, elaboraramse os conceitos de utilidade total e utilidade marginal, relacionados ao valor possuído por determinado produto. A utilidade total representa uma tendência progressiva, mas tendente a um estado de equilíbrio; por sua vez, a utilidade marginal é concebida como supérflua e, neste sentido, é propensa a decair. Em termos mais concretos: a utilidade total corresponderia à frase “sempre é útil um carro a mais”, enquanto a utilidade marginal satisfaria a seguinte proposição: “o segundo carro é menos útil que o primeiro”. Com base nas informações sobre utilidade, os agentes de mercado tomam suas decisões sobre a alocação de recursos. Num mercado livre, as flutuações permitiriam que as quantidades e os preços se adaptassem até atingir o equilíbrio. Dentre os estudos conduzidos, encontrase o de Vilfredo Paretto (18481923), para quem um sistema desfruta satisfação econômica máxima quando ninguém pode ter sua situação melhorada sem piorar a de outrem. Num mercado isolado, isso significa que a venda abaixo do preço de equilíbrio geraria escassez, deixando 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/13 parcela da demanda não atendida. Do mesmo modo, a venda acima do preço de equilíbrio geraria excesso de oferta, o que significa desperdício. Vejase que tais condições somente pode funcionar sob a égide da concorrência perfeita. Como o próprio nome diz, ela é perfeita e corresponde à situação em que, teoricamente, a geração de riqueza para a sociedade é máxima. Porém, não existe nada perfeito e os cenários a serem estudados se aproximam dele. Logo, a concorrência perfeita é um modelo totalmente livre. As premissas deste modelo dificilmente se encontram na realidade. Vejase apenas algumas destas hipóteses: a) Muitos vendedores e muitos compradores (atomização do mercado ou ausência de poder econômico); b) Homogeneidade do produto (produto deve ser igual ou muito semelhante); c) Mobilidade das empresas (empresas podem entrar e sair do mercado a qualquer tempo sem custos irrecuperáveis); d) Racionalidade: todos os agentes agem com racionalidade, fazendo uma análise custo benefício antes da tomada das decisões; e) Transparência do mercado: todos os consumidores possuem acesso a todas as informações para tomada de suas decisões; f) Inexistência de externalidades; e g) Plena mobilidade de bens, ou seja, não há custo de transporte. O Keynesianismo Finalmente surge no Século XX um grupo de estudiosos baseados no denominado “Keynesianismo”. Em 1929, a Crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque gerou uma crise econômica sem precedentes. Houve uma elevação dramática do desemprego e a maioria das tentativas de remediar os efeitos nefastos se mostraram infrutíferos a princípio. Tais medidas partiam da Lei de Say, a qual afirmava que o processo de produção capitalista é um processo de geração de rendas, de modo que toda a oferta gerava a sua demanda. Contudo, os fatos não correspondiam à realidade. As medidas do New Deal implementadas nos Estados Unidos a partir de 1932 pelo Presidente Roosevelt começavam a ter resultado, mas ainda assim, careciam de base ou explicação teórica. Os sindicatos começam a romper a lei da oferta e da demanda no mercado de trabalho, na medida em que não permitem mais a queda dos salários em termos nominais. Constatouse que a concorrência perfeita era, em realidade, um modelo distante da realidade. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/13 Neste contexto, em 1936, John Maynard Keynes (18831946) publicou a sua Teoria Geral da Moeda e dos Juros. Keynes parte do pressuposto de que os problemas do desemprego e da distribuição desigual de renda pode ser eliminados por meio de Estado. Para tanto, rebate a lei de Say, argumentando que a demanda efetiva era composta de bens de consumo (função renda), mas também de bens de investimento (função de juros e expectativa quanto aos lucros). A função renda é determinada pelos gastos de consumo e investimento. O consumo tende a ser estável e o aumento da aumento de renda aumenta o consumo em proporção menor. Assim, haveria uma relação entre a renda e o investimento: a renda seria determinada em grande parte pelo investimento. Como este se sujeita às expectativas, logo a instabilidade do investimento explica a instabilidade do capitalismo. Logo, a formulação do “Princípio da Demanda Efetiva” corresponde à negação da lei de Say. Gastos em consumo e investimento fomentariam a demanda, a qual, em seu turno, determinaria a produção. A demanda efetiva corresponderia, também, ao que se espera seja gasto em consumo e investimento. As propostas do Keynesianismo tiveram um enorme impacto no século XX. Também chamado de neoliberalismo, as políticas keynesianas tiveram um papelfundamental na consolidação do Estado do BemEstar Social e amenizaram significativamente as crises até os anos 1970. A intervenção do Estado na economia, antes relegada a um papel meramente secundário e circunstancial, assume destaque na vida econômica dos países e a política econômica sobre ao centro das atenções, explicitando os fins corretivos a serem perseguidos mediante “distorções” impostas ao livre funcionamento do mercado. Exercício 1: 1. Partindose da obra do filósofo inglês Adam Smith “A Riqueza das Nações” que sintetiza perfeitamente as concepções liberais e progressistas do Século XVIII e foi publicada em 1776 é possível compreender a necessidade de sua leitura porque o renomado autor nesta obra: A marca o nascimento do pensamento econômico, quando ele finalmente se propõe como ciência social. B marca o nascimento do pensamento jurídico , quando ele finalmente se propõe como ciência dogmática jurídica. C marca o nascimento do pensamento contábil, quando ele finalmente se propõe como ciência econômica. D marca o nascimento do pensamento econômico, quando ele finalmente se propõe como ciência exata. E marca o nascimento do pensamento econômico socialista enfatizando um Estado soberano e do proletariado. Comentários: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/13 Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: No século XIX, conforme a ciência econômica se consolidava e ganhava cada vez mais destaque na sociedade, acompanhouse o surgimento da corrente “utilitarista”, cujo princípio básico é o de que os atos não devem ser avaliados como moralmente certos ou errados pelas intenções que carregam, mas A pelas análises sociais dos ganhos reduzidos. B pelos ganhos possíveis para as empresas. C pelas consequências que não trazem à sociedade. D pelas consequências almejadas mas irreais. E pelas consequências que trazem à sociedade (ganhos possíveis). Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: A “fisiocracia” denominada como “uma seite de filósofos economistas” surgiu na França entre 1760 a 1770 e impôsse primeiramente como doutrina que se posicionou no sentido de que: A o universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providencia divina para a felicidade dos homens. B o universo é regido por leis naturais e liberais, modificadas pelos homens constantemente a seu bel prazer. C o universo é regido por leis sobrenaturais e mutáveis, desejadas pela Providencia divina para a felicidade dos homens. D o universo é regido somente por leis naturais, para a felicidade dos homens trabalhadores. E o universo não é regido por leis naturais, mas sim absolutas, mutáveis, desejadas pela Providencia divina para a felicidade das Nações. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: Aponte a resposta correta, considerando o denominado “marxismo” lastreado nos ensinamentos de Karl Max e que em suas conclusões desenvolveu um sistema onde: A desenvolveu conceitos que se tornaram muito conhecidos, como por exemplo que buscava o operário e o trabalhador da terra como fieis escudeiros dos lordes. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/13 B certos conceitos se tornaram muito conhecidos, como por exemplo, o de mais valia, capital variável, capital constante, exército de reserva industrial e outros. C certos conceitos se tornaram muito conhecidos, como por exemplo, o capital especulativo, o lucro, exército filantrópico e outros. D desenvolveu conceitos que se tornaram muito conhecidos, como por exemplo, o da livre iniciativa e do capital privado e outros. E o capital era muito importante e o Estado, por meio do sistema jurídico era essencial. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Com uma visão pessimista um dos precursores da economia publicou em 1798 o conhecido “Essay on the principle of population”. Nesta obra, são lançadas as bases da “Teoria da População”: o crescimento demográfico seguiria uma progressão geométrica, enquanto os recursos para o seu sustento aumentariam apenas em progressão aritmética. Logo, no futuro, a humanidade entraria em colapso pela simples impossibilidade de se abastecer. É considerada uma das primeiras obras com preocupações ambientais. A quem se refere o texto? A Adam Smith. B Guido Mantega. C John Maynard Keynes. D Thomas Malthus. E Joelmir Betting. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: A doutrina econômica no Século XX aponta que o governo teve um papel fundamental, pois o problema do desemprego poderia ser resolvido através da intervenção estatal. Medidas de incentivo ao investimento privado, aumento dos investimentos públicos e redução das taxas de juros estimulariam a atividade produtiva, diminuindo o desemprego. A ideologia capitalista é resgatada, mas de forma substancialmente diferente da visão liberal de Adam Smith. A que corrente do pensamento econômico o trecho se refere? A marxismo. B dadaísmo. C classicismo. D neopentecostalismo. E keynesianismo. Comentários: 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/13 Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 7: O “mercantilismo” propunhase a determinar precisamente como poderia enriquecer uma nação cuja resposta encontrada foi o comércio, ou seja, o intercâmbio de mercadorias com base em uma unidade de valor, então para garantir o lucro, os países da época adotaram: A medidas protecionistas, visando manter sua balança comercial positiva. B inviabilizavam as relações econômicas entre metrópoles e colônias consagraramse através do Pacto Colonial C estabeleciam regras de exclusividade entre as nações ricas, de maneira positivistas. D adotavam medidas sociais em que a escravidão não existia. E estabeleciam o lucro moderado de forma que todas as nações cresceram. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 8: Sobre os economistas neoclássicos, é correto afirmar que: A defendiam o mesmo que os fisiocratas. B Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo eram seu expoentes máximos. C acreditam que o equilíbrio dos mercados era a situação que maximizava a riqueza e que isso só poderia acontecer na economia marxista. D acreditam que o equilíbrio dos mercados era a situação que maximizava a riqueza e que isso só poderia acontecer na concorrência perfeita. E acreditam que o equilíbrio dos mercados era a situação que maximizava a riqueza e que isso só poderia acontecer no monopólio não competitivo. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 9: Sobre a divisão do trabalho, explicada por Adam Smith, é correto afirmar: A não é adequada aos preguiçosos. B obriga os bons a fazerem o trabalho dos desleixados. C é ruim porque é injusta e aumenta o trabalho. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/13 D aumenta a eficiência, que significa otimizar os recursos escassos, ou seja, utilizálos da melhor forma possível. E não existe no sistema socialista determinado por Adam Smith. Comentários: Essadisciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 10: O mercantilismo propunhase a determinar precisamente como poderia enriquecer uma nação. A resposta encontrada foi o comércio, ou seja, o intercâmbio de mercadorias com base em uma unidade de valor (a moeda) seria a prática que conduziria o país que desejasse acumular riquezas ao sucesso. Para garantir o lucro, os países da época adotaram medidas protecionistas. Dessa forma, assinale a alternativa incorreta que trata do mercantilismo: A sustentava que o comércio era a fonte da riqueza, defendendo o intercâmbio de mercadorias seria a prática que conduziria o país que desejasse acumular riquezas ao sucesso. B defendia a obtenção de saldos desfavoráveis na balança comercial. C uma das variações do mercantilismo foi o metalismo, o qual argumentava que a acumulação de metais preciosos era a fonte de riqueza do país. D o “Pacto Colonial” estabelecia regras de exclusividade no comércio entre uma metrópole e suas colônias. E as nações pioneiras na expansão marítima europeia foram Portugal e Espanha. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 11: Nos anos 1960, Raul Prebisch, economista da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), criticou a Teoria das Vantagens comparativas, por entender que: A essa teoria levaria à degeneração dos termos de troca do comércio internacional em prejuízo dos países industrializados. B o marxismo era inadequado. C o neoclassicismo não combinava com o gongorismo. D os países pobres tenderiam a ver sua situação econômica piorada em virtude da queda dos preços de seus produtos, eminentemente matériasprimas, ao passo que os produtos industrializados, não fabricados nos países pobres, tenderiam a aumentar de preço. E os preços são desnecessários, pois todos tem os insumos básicos na economia latinoamericana. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/13 Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 12: Algumas das imagens mais marcantes da Grande Depressão [EUA] vieram de Estados ressequidos das pradarias americanas, onde a terra árida forçou famílias de agricultores a fugir em busca de empregos e sustento. A situação desesperadora inspirou as baladas de Woody Guthrie sobre o “Dust Bowl” e o livro “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck.(...) Algo semelhante acontece em todo o mundo hoje.Secas persistentes da Austrália ao Afeganistão e da Espanha à Argentina se somam à recessão global para dificultar a vida de agricultores e pecuaristas (The New York Times /Folha de S. Paulo, 30.03.2009) O texto referese a situações como I. a crise econômica desencadeada pela queda da bolsa de valores de 1929, que causou a “Grande Depressão” na economia dos EUA. II. um paralelo entre a conjuntura no início dos anos 30e a atual recessão desencadeada pela crise financeira de 2008. III. as secas que ocorreram na década de 1930 e que hoje se repetem por todo o globo, atingindo todos os países do mundo. IV. a crise atual que envolve, em grau semelhante, todos os países do mundo. Sobre o texto em estudo, estão corretas apenas as afirmativas: A I e II B II e III C III e IV D I e IV E II e IV Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15 3. O conceito de economia e o funcionamento do mercado O conceito de economia e o funcionamento do mercado, com a análise da lei da escassez e as necessidades humanas torna interessante o estudo da economia. A questão da oferta versus procura, preços e equilíbrio de mercado, juntamente com o estudo dos fatores de produção (produção e custos de produção) são essenciais para compreender a adequada análise da ciência como também da sua utilidade na prática diária. Tudo surge com a denominada expressão “A Lei da Escassez e as Necessidades Humanas”, pois como já visto a ideia de economia pode ser facilmente apreendida a partir de duas constatações básicas, que seriam: Primeiro: as necessidades humanas Primeiramente não é possível estabelecer ou mesmo antever um limite para as necessidades humanas, principalmente numa sociedade consumista como a que vivemos. O homem como um ser que está sempre à busca de coisas novas acaba criando novas necessidades, ou descobrindo maneiras diferentes de atender às antigas necessidades. A constatação que fazemos hoje, é que diferença em relação aos dias atuais e os tempos mais antigos, encontrase no ritmo dessas necessidades, que hoje é muito mais frenético, haja vista por exemplo, o numero de novos produtos que são lançados no mercado a cada dia. Segundo: a lei da escassez A escassez é uma dura realidade. Os recursos que a humanidade dispõe para satisfazer as suas necessidades são finitos e limitados. A doutrina aponta que, “Tal limitação é insuperável, malgrado os sucessos da tecnologia em empurrar sempre adiante o ponto de ruptura, quando o exaurimento dos bens disponíveis à espécie humana levaria, senão ao colapso, pelo menos à progressiva estagnação de todo o processo econômico, o qual, em última análise, consiste na administração dos recursos escassos à disposição dos habitantes deste planeta. Sim, porque os recursos são sempre escassos, em maior ou menor grau, não importa”(cf. Fábio Nusdeo, p. 24). Portanto, à medida que nossa sociedade “evolui” cresce também de forma exponencial a necessidades a serem satisfeitas, o que em muitos casos tem levado ao exaurimento dos recursos naturais, como é o casos, de muitas espécies de madeiras, que anteriormente havia em abundancia, e hoje já não existe mais. Observando a sociedade consumista em que vivemos atualmente, e as sociedades primitivas que existiram, ou que em alguns casos ainda hoje existem, poderíamos ter a impressão de que o problema da escassez inexiste. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15 No entanto, se observar mais detidamente, podese constatar que a primeira esbarra no problema da saturação do meioambiente (extinção de espécies animais, vegetais e minerais) e a segunda sobreviviam (ou sobrevivem) à custa de uma drástica compressão das suas necessidades. Concluise que os bens são escassos porque o seu suprimento não é e nem pode se tornar tão abundante a ponto de satisfazer todas as necessidades humanas. Desta forma, é inevitável que a cada momento o homem busque uma escolha ou opção entre usos alternativos para um mesmo produto. Como exemplo disto, vemos nos dias atuais o homem buscar combustíveis alternativos ao petróleo, uma vez que a escassez deste e o seu exaurimento já está evidentemente anunciada pela própria construção planetária. – Oferta x Procura, preços e equilíbrio de mercado. Costumase definir a demanda ou procura individual como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo. Cabe ressaltar dois elementos importantes nesta definição. Em primeiro lugar, a demanda constituise em um desejo de adquirir algo, ou seja, é uma aspiração, um plano, e não a sua concretização ou realização. Sendo assim, não é correto afirmar que a demanda é uma compra, assim como a oferta não é uma venda. Em segundo lugar, a demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, a procura éuma dada quantidade em um dado período de tempo. Quando, por exemplo, se afirma que o Mauro tem o desejo de adquirir um carro novo, não se pode dizer, simplesmente, que ele deseja um carro novo e isto é a sua procura. Mas, do que depende esta procura, ou este desejo de adquirir? Quais são os fatores ou variáveis que influenciam a procura? Por esta teoria, a demanda é derivada de hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. O que se deseja portanto, é explicar o processo de escolha do consumidor perante as diversas alternativas existentes. Em existindo uma limitação no orçamento do consumidor, este procurará distribuir seu orçamento, ou seja, sua renda disponível, entre os diversos bens e serviços de forma a alcançar a melhor combinação possível, e que será aquela que lhe trará o maior nível de satisfação possível. Para exemplificar utilizase o clássico exemplo doutrinário em que um individuo vá almoçar num restaurante, vamos verificar o que influencia sua escolha. Recebendo o cardápio, a primeira coisa que ele olha são os preços. Assim, a escolha de um determinado prato, digamos um filé, depende não só do preço do filé, mas também do preço das outras carnes, do preço das massas, entre outros. Podese verificar facilmente que quanto maior for o preço do filé, menos desejo terá este consumidor em consumilo. Desta mesma forma, quanto menor for o 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15 preço dos outros pratos, menor será ainda seu desejo em consumir o filé. Este fenômeno se dá, porque o filé, as outras carnes e as massas são produtos substitutos entre si. Percebese então, com este exemplo, que a escolha do consumidor é influenciada por algumas variáveis, que em geral serão as mesmas que influenciarão sua escolha em outras ocasiões. Desta forma a demanda de um determinado bem X depende de uma série de fatores. Os economistas consideram como mais relevantes os seguintes fatores : O preço do bem X (Px) – De fato, esta é a variável mais importante para que o consumidor decida o quanto vai comprar do bem; se o preço for considerado barato, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do que se for considerado caro. A renda do consumidor (Y) – Embora muitas vezes o consumidor considere atrativo o preço do bem X, ele pode não ter renda suficiente para comprálo como, por exemplo, se o bem X for um carro de luxo; por outro lado, se a renda do consumidor aumentar num período de tempo, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do bem X a um determinado nível de preço do que antes e menores, se a renda diminuir, de forma que esta é uma variável que condiciona a decisão de consumo. O preço de outros bens (Pz) – Se o consumidor deseja adquirir manteiga, por exemplo, ele não olhará somente o preço desta mas também o preço de bens substitutos tais como a margarina ou requeijão cremoso; da mesma forma, se ele desejar adquirir arroz, considerará não somente o preço do arroz, mas também o do feijão já que em nosso país, o consumo destes bens está frequentemente associado um ao outro. Os hábitos e gostos dos consumidores (H) – Esta é uma das variáveis das mais importantes porque, embora o preço do bem X esteja adequado, inclusive comparado ao de bens substitutos e o consumidor possua renda para adquirilo, muitas vezes deixa de fazêlo por não estar habituado ou condicionado ao seu consumo. Assim podese expressar a demanda do bem X através da seguinte expressão matemática: Dx = f(Px,P¹, P²...Pn1, R,G). Onde: Dx = demanda do bem X Px = preço do bem X Pi = preço dos outros bens, i = 1,2, ... n1 R = renda G= preferências 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15 A demanda do bem X é, portanto, o resultante da ação conjunta ou combinada de todas essas variáveis. Entretanto, para que se possa analisar o efeito da demanda de uma mudança no valor de uma variável considerada isoladamente, os economistas recorrem à hipótese do “coeteris paribus”, expressão latina que significa tudo o mais permanecendo constante. Os economistas denominam de Lei da Procura que é definida como: a quantidade procurada do bem X varia inversamente ao comportamento do seu preço, ou seja, se o preço do bem X aumentar, a sua quantidade demandada diminuirá e se o preço de X diminuir, a quantidade procurada do bem aumentará. Px ↑ Dx ↓ e Px ↓ Dx ↑ Esta é uma hipótese plausível e já testada várias vezes para diversos produtos. Mas há uma limitação: que é “tudo o mais permanecendo constante”. É um efeito isolado. Na realidade, muitos efeitos aparecem conjuntamente, e é difícil fazer a separação de cada um. Podese fazer uma curva mostrando a relação entre a demanda e o preço da mercadoria. Esta curva, chamada curva de procura, mostra a relação entre o preço do bem e a quantidade deste bem que o consumidor está disposto a adquirir num certo período de tempo, tudo o mais permanecendo constante, ou seja, não variando o preço dos outros bens, a renda e o gosto do consumidor. Relação entre a quantidade demandada e o preço do bem Normalmente temse uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada, como já dissemos anteriormente, ou seja quando o preço do bem cai, este fica mais barato em relação aos seus concorrentes e, desta forma, os consumidores deverão aumentar seu desejo de comprálo. De outra parte, quando o preço cai, o individuo fica mais “rico” em termos reais, e assim aumenta sua demanda. Relação entre a procura de um bem e o preço dos outros bens Para esta função não se tem uma relação geral: o aumento do preço do bem “i” poderá aumentar ou reduzir a demanda do bem “x”; a reação depende do tipo de relação existente entre os dois bens. a) Se o aumento do preço do bem i aumentar a demanda do bem “x”, os bens “i” e “x” serão chamados de substitutos ou concorrentes. Como exemplo de bens substitutos temos: manteiga e margarina ; carne e massas, etc. Desta forma os bens substitutos são aqueles em que o consumo de um deles exclui (mesmo que parcialmente) o consumo do outro. Se margarina e manteiga são substitutos, o aumento no preço da manteiga tornará seu consumo menos atrativo que a margarina. 28/03/2017 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15 Já os bens concorrentes estão na mesma classificação, Ex. margarina A e Margarina B, e o consumidor opta em consumir um ou o outro, em função do preço dos dois bens. b) Se o aumento do preço do bem i ocasionar uma queda na demanda do bem “x”, os bens serão chamados complementares, é o caso de pão e manteiga, café e leite, e isto ocorre porque o consumidor normalmente consome estes bens de forma simultânea. Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor Em geral existe uma relação crescente e direta entre a renda e a demanda de um bem ou serviço. Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar. O individuo, ficando mais rico, vai desejar aumentar seu padrão de consumo e, portanto, demandar maiores quantidades de bens e serviços. Esta é a regra, e portanto existem as exceções. Primeiramente, pode ser que o individuo esteja totalmente
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