TCC Instrumentação cirúrgica PAF

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TECNIM-ESCOLA TÉCNICA 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO PARA O CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
 
DOUGLAS SIQUEIRA BAPTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaboraí, 2019 
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO REALIZADO NO HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado a TECNIM-ESCOLA TÉCNICA, como parte 
dos requisitos necessários para aprovação no Curso de 
Especialização Profissional de Nível Técnico em Instrumentação 
Cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
 É chegado ao fim um ciclo de muitas risadas, choros, felicidades e frustrações. 
Sendo assim, dedico este trabalho a todos que fizeram parte desta etapa da minha 
vida, os funcionários da instituição de ensino, que proporcionaram um ambiente 
propício para o desenvolvimento do meu trabalho de conclusão de estágio. 
 Agradeço a Deus por ter iluminado o meu caminho, aos meus professores, em 
especial a supervisora Luciana e a minha querida orientadora Cláudia Cruz por todo o 
ensinamento, e a todos os meus amigos que me apoiaram nos momentos mais difíceis. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 IDENTIFICAÇÃO 
ALUNO ESTAGIÁRIO: DOUGLAS SIQUEIRA BAPTISTA 
PROFESSOR ORIENTADOR: CLÁUDIA CRUZ 
PROFISSIONAL ORIENTADOR: LUCIANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 INFORMAÇÕES GERAIS 
ALUNO: DOUGLAS SIQUEIRA BAPTISTA 
PERÍDODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: SETEMBRO DE 2018 A ABRIL DE 2019 
TOTAL DE HORAS: 192 HORAS 
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO 
ENDEREÇO: RUA ARQUIAS CORDEIRO, 370 – MÉIER, RIO DE JANEIRO – RJ 
CEP: 20770-000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CIRURGIA DE PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO 
 
 
 
 
 
NEUROCIRURGIA 
 
 
 
 
 
REALIZADA NO HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
ASSUNTOS PÁGINAS 
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................08 
2 RELATÓRIO DE ATIVIDADE CIRÚRGICA.............................................10 
3 CONCLUSÃO...........................................................................................13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
As lesões provocadas pelas armas de fogo produzem danos irreversíveis, 
incapacitam para o trabalho e geram demandas de cuidados ao setor saúde em 
serviços de diversos níveis de complexidade, desde o pré-hospitalar até a reabilitação 
física e mental das suas vítimas. Assim, elevam os custos do Sistema Único de Saúde 
e também de outros setores como a economia, a Previdência Social e as próprias 
famílias. 
A maior causa de morte entre pessoas baleadas por arma de fogo ocorre mais 
pela exsanguinação (processo fatal de total perda de sangue) do que com o 
comprometimento de algum órgão vital ou de alguma ligação critica do sistema nervoso. 
Em um ambiente pré-hospitalar, o primeiro objetivo do atendimento por perfuração por 
arma de fogo é parar o sangramento. Um adulto perderá por volta de 1 litro de sangue 
antes de entrar em choque hipovolêmico e um pouco mais de 2 litros antes que o seu 
cérebro perca a capacidade de funcionar adequadamente, ou seja, morto. 
O estágio supervisionado é de extrema importância, pois coloca o estudante 
perante a realidade prática da profissão de Instrumentador Cirúrgico, permitindo não 
apenas a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de do seu estudo, 
mas também a formação de um senso crítico na tomada de decisões. 
O Técnico em Enfermagem Especializado em Instrumentação Cirúrgica é o 
profissional que atua, na maioria das vezes, no Centro Cirúrgico e em pequenas 
cirurgias nos setores de Pronto Socorro e Ambulatório, desempenhando atividades de 
enfermagem em equipe multiprofissional sob a supervisão do enfermeiro. Para atender 
as demandas do processo produtivo, o Especialista de Nível Médio em Instrumentação 
Cirúrgica deve constituir as seguintes competências: Considerar a articulação da 
organização, complexidade, estrutura e funcionamento do Centro Cirúrgico, Central de 
Materiais e Esterilização e Recuperação Anestésica, com o objetivo de integração com 
a prática profissional. 
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Prever, solicitar, registrar e avaliar os materiais e equipamentos necessários à 
realização do ato cirúrgico, garantindo a segurança do procedimento cirúrgico e 
controle administrativo. Instrumentar cirurgias, inclusive aquelas que utilizam 
tecnologias diferenciadas, aplicando as normas de biossegurança, de forma a garantir 
que os instrumentais e materiais disponíveis estejam de acordo com a especialidade e 
o porte cirúrgico. Fornecer os instrumentais solicitados pelo cirurgião ou seu auxiliar, 
durante o ato cirúrgico, conforme técnica cirúrgica e asséptica. Identificar as situações-
problema que exijam a capacidade de raciocínio e pensamento crítico e 
comprometimento com o conhecimento técnico e científico, garantindo a resolução do 
problema. 
Neste relatório será descrito o local de estágio, as atividades desenvolvidas e os 
relatos de caso de maior interesse na casuística acompanhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 RELATÓRIO DA ATIVIDADE CIRÚRGICA 
O paciente foi submetido à laparotomia exploradora de emergência onde se 
encontrou lesões de delgado e sigmóide que foram rafiadas e lesões de ureter D que 
levaram à ureterectomia e anastomose após passar cateter duplo J. 
 A cirurgia normalmente envolve um corte para acessar diretamente os ossos 
quebrados e melhorar o alinhamento (redução aberta). 
Ao chegar no centro cirúrgico, me dirigi ao vestiário onde troquei de roupa, retirei 
jóias e acessórios, coloquei o pijama cirúrgico, touca, proprés e fui para o star da 
enfermagem onde haviam outros estagiários. A ordem de entrada em cirurgia para os 
estagiários de instrumentação cirúrgica, sempre era feita por ordem de horário de 
chegada no hospital. Neste dia fui o terceiro a entrar para instrumentar. 
Quando chegou a minha vez, a supervisora Luciana me chamou e avisou que 
era uma cirurgia de emergência de perfuração por arma de fogo. 
O material a ser utilizado na cirurgia é separado pela circulante de sala. Entrei 
na sala 1, cumprimentei a todos, abri a lapa cirúrgica e um par de luvas para mim, 
depois peguei uma escova degermant e fui até o tanque de degermação para começar 
a fazer a escovação das mãos conforme a técnica. A duração do procedimento deve 
ser de 3 a 5 minutos, devemos molhar as mãos e antebraços de forma abundante, com 
a escova devidamente umedecida pela solução anti-séptica (PVPI) degermante ou 
clorexidina), iniciei a escovação pela mão dominante, seguindo uma seqüência lógica 
(exemplo: palma, costas da mão, faces laterais e mediais das mãos e dedos, unhas, 
dobras dos dedos), sempre com movimentos de vai-e-vem no sentido mãos-cotovelo. 
Mantive as mãos sempre acima da linha do cotovelo, o que garantiu que a solução 
contaminada não viesse a escorrer sobre áreas já escovadas, a escovação do punho e 
antebraço se fez com movimentos no sentido mãos-cotovelo, seguiu-sea escovação 
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dos cotovelos (até terço inferior do braço), após realização em um braço, repeti o 
procedimento no contralateral e enxagüei. 
Durante o enxágüe, devemos tomar cuidados para que não ocorra 
contaminação: descartei a escova no lixo e acionei a torneira, mas sem utilizar as mãos 
(o mecanismo pode variar: alavancas para serem abertos com o cotovelo, sensores 
fotoelétricos ou mesmo acionamento pelos pés). As mãos devem ser mantidas sempre 
acima da linha do cotovelo. O braço que será enxaguado deverá ser colocado com uma 
leve inclinação: iniciamos pelas mãos, fazendo um movimento único sob o jato d’água 
no sentido mão-cotovelo. O braço nunca deverá voltar para repetir o movimento de ida 
ainda debaixo d’água: contorne o jato e repita a operação quantas vezes necessárias. 
Retornei para a sala com as mãos acima da linha do cotovelo, peguei uma 
compressa estéril e as enxuguei, coloquei o avental, abri o pacote de luvas para calçá-
las dentro da técnica. Terminado de calçar as luvas, enquanto os cirurgiões se 
escovavam comecei a montar a mesa mayo e auxiliar. 
Após a escovação, os cirurgiões voltaram para a sala e, eu entreguei uma 
compressa para cada um deles enxugar as mãos e os ajudei a calçar as luvas. Logo 
foram solicitados os campos cirúrgicos, e eu os entreguei, enquanto eles colocavam os 
campos, comecei a separar os instrumentais que se usam neste tipo de cirurgia. A 
montagem da mesa é composta pelo caixa de laparotomia, e nela contém: 1 Afastador 
Balfour+Supra púbica, 2 Afastador Farabeuf, 2 Válvula Doyen, 1 Válvula Maleável, 8 
Pinça Allis, 4 Pinça Babcook, 10 Pinça Backaus, 1 Pinça Cherrom, 1 Pinça Collin 
Coração, 2 Pinça Foerster Reta, 1 Pinça Triangular Duval, 1 Pinça Guyon para Pedículo 
Renal, 8 Pinça Halsthead Mosquito Curva, 4 Pinça Halsthead Mosquito Reta, 10 Pinça 
Kelly Curva, 6 Pinça Kelly Reta, 4 Pinça Longuette Curva, 4 Pinça Mixter, 7 Pinça 
Kocher, 1 Pinça Rochester Pean Curva, 3 Pinça Dissecção Anatômica, 3 Pinça Dente 
de Rato, 2 Porta Agulha, 2 Tesoura Metzembaum Reta, 2 Tesoura Metzembaum Curva, 
2 Cabo de Bisturi, 1’ Cuba Rim e 1 Cuba Redonda. 
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Arrumei a Mesa Mayo com os instrumentais menores e a mesa auxiliar com os 
instrumentais maiores. Entreguei a ponta de aspiração e a ponta do bisturi elétrico para 
que a circulante de sala conectasse nos seus respectivos aparelhos. Separei a Cuba 
Rim e pedi a circulante para colocar soro fisiológico e junto uma seringa de 60 ml, para 
ser usado para lava o abdômen caso necessário, e a cuba redonda coloquei dentro 4 
fraldinhas montadas com gases e Clorex Alcoólico para fazer a pintura do local da 
incisão. Em 1 Pinça Allis deixei montada uma gases, e preparei também algumas 
Turundas. 
As compressas que utilizadas no abdômen sempre são úmidas com soro 
fisiológico e reparadas co uma Pinça Kelly Curva Mosquito. Os fios utilizados foram: 
Sutupak 2-0, Vicryl 2-0 e Nylon 2-0. 
Terminado a cirurgia, separei todo o material utilizado aproveitando para conferir 
a quantidade de pinças que vieram dentro da caixa de laparotomia. O material perfuro 
cortante desprezei no descarpack, as sobras de líquidos, compressas e gazes joguei na 
lixeira de cor branca; tirei o capote e as luvas usadas na cirurgia, e calcei um par de 
luvas de procedimento, levei a caixa de lapa para o Centro Médico Esterilizado (CME). 
Me dirigi até o tanque de escovação, lavei as minhas mãos e fui até a mesa da 
circulante de sala para pegar a minha caderneta (parte do material usado no curso para 
controle de data, horário, cirurgias, avaliação e tempo de estágio) com as anotações da 
cirurgia, carimbo do médico responsável, carimbo da minha supervisora e voltei para o 
star da enfermagem. 
 
 
 
 
 
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3 CONCLUSÃO 
O período de estágio foi de grande importância, para que eu tivesse a chance de 
aprender a conviver com os preceptores, enfermeiros e pacientes no ambiente 
hospitalar, onde pude avaliar culturas e valores éticos no campo da enfermagem. 
No campo de estágio, pude correlacionar a teoria com a prática, onde pude 
adquirir os conhecimentos necessários para a minha formação profissional básica, 
passei a ter mais confiança e segurança no desenvolvimento das atividades, que até 
então só eram vistas na teoria, dentro das salas de aula. 
Desta forma, o estágio contribuiu para a minha formação, e me ajudou a adquirir 
conhecimentos teóricos na prática, permitindo assim uma visão holística e crítica de 
cada caso que surgiu no decorrer deste período. 
Após a realização do estágio, pude vislumbrar que essa etapa contribuiu de 
forma excepcional para a minha formação. Nesse contexto, vejo que passei a 
compreender profundamente a grande responsabilidade que cabe ao instrumentador 
cirúrgico. O estágio foi uma grande experiência para mim, participei de todas as 
atividades propostas pelo supervisor. 
Sou extremamente grato ao apoio que recebi de todos os profissionais do 
Hospital, que dispôs todo o material solicitado para atender o m eu trabalho como 
estagiário. Considero que todos os objetivos propostos foram atingidos com sucesso 
tendo em vista que todas as condições foram disponibilizadas, todas as atividades 
foram realizadas e não houve nenhuma falta grave. Alguns poucos problemas 
levantados durante a realização das atividades foram sanados satisfatoriamente. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PENSADOR..Disponível.Em:.<https://www.pensador.com/enfermagem_florence_nightin
gale/> Acesso em: 25.07.2019. 
PÚBLICA SAÚDE. Disponível Em: <https://pt.slideshare.net/AdrianoPires/trauma-por-
arma-de-fogo-abdominal>Acesso em: 25.07.2019. 
EBAH. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6W4AD/trauma-
badominal> Acesso em: 25.07.2019. 
ABNT. Disponível em: <https://referenciabibliografica.net/a/pt-br/ref/abnt> Acesso em: 
30.07.2019 
FASTFORMAT. Disponível em: <https://blog.fastformat.co/referencias-bibliograficas-
normas-abnt-exemplos-e-formatos/> Acesso em: 30.07.2019 
DOCSYTE. Disponível em: <https://www.docsity.com/pt/relatorio-estagio-de-
estagio/4842052/> Acesso em: 30.07.2019 
FMUP. Disponível 
em:<https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/61079/2/Relatrio%20de%20Estgio%
20em%20Cirurgia%20Tiago%20Meirinhos.pdf> Acesso em: 30.07.2019 
REMME. Disponível em: http://blog.newtonpaiva.br/pos/e6-ef15-perfuracao-intestinal-
por-arma-de-fogo-relato-de-caso/ Acesso em: 30.07.2019