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ARANHAS E ESCORPIÕES

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CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ARANHAS E ESCORPIÕES PEÇONHENTOS DO BRASIL
ALUNA: AYALA CASTRO / 0001298
MATÉRIA: SAÚDE PÚBLICA
PROFESSOR: ANILTON
CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
Gama – DF
2018
ARANHAS PEÇONHENTAS DE INTERESSE MÉDICO DO BRASIL
INTRODUÇÃO:
	As aranhas são artrópodes que pertencentem à Classe Arachnida, a mesma dos escorpiões, apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome, com quatro pares de pernas, apêndices, quelíceras e fiandeiras. Portanto, não são insetos, pois não pertencem à Ordem Insecta.
	Todas as aranhas têm presas e sua grande maioria possuem veneno, mas nem todas tem importância médica, pois a quantidade produzida não é suficiente para causar danos aos humanos. Das milhares de espécies existentes no Brasil, poucas oferecem perigo ao homem, mas algumas espécies podem provocar envenenamento, com acidentes eventualmente fatais, principalmente em crianças, idosos e pessoas acamadas.
Os acidentes não são tão frequentes, mas podem trazer sérios danos á saúde quando não tomadas às medidas cabíveis. Três são os gêneros das aranhas peçonhentas encontradas no Brasil: Phoneutria, Latrodectus e Loxosceles; abrigando as armadeiras, viúvas-negras e aranhas-marrom, respectivamente. A partir destes dados, outra informação importante é a de que aranhas caranguejeiras não inoculam veneno, portanto acidentes fatais são extremamente raros.
CARACTERÍSTICAS DAS ARANHAS:
	Todas as aranhas possuem: quatro pares de patas, um par de pedipalpos, quelíceras e fiandeiras. Não possuem antenas. Seu corpo é dividido em cefalotórax e abdome. O cefalotórax recebe este nome, porque a cabeça fica fundida ao tórax do animal.
Os pedipalpos se encontram no cefalotórax e desempenham diversas funções: manipulam alimentos e atuam como órgãos gustativos. As quelíceras são estruturas afiadas que injetam veneno na presa e capturam o alimento. Também se localizam no cefalotórax. As fiandeiras são encontradas no abdome e têm como função principal a produção de seda para a confecção de suas teias.
PRINCIPAIS ARACNÍDEOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA:
No Brasil existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. Os acidentes causados por Lycosa (aranha-de-grama), bastante frequentes e pelas caranguejeiras, são destituídos de maior importância.
Phoneutria sp. (armadeira):
Nome popular: Aranha armadeira, aranha das bananas (banana spyder);
Nome científico: Phoneutria nigriventer;
Família: Ctenidae ;
Disposição ocular: 2 -- 4 – 2;
Alimentação básica: insetos, aranhas e pequenas lagartixas; 
Reprodução: ovípara;
Tamanho do corpo: 4 a 5 centímetros;
Envergadura: 15 a 18 centímetros; 
Habitat: Mata Atlântica;
Atividade: noturna;
Aranha de hábitos errantes;
Habita em áreas florestadas, procurando refúgio sob troncos e rochas. Comum em plantio de bananas abriga-se entre folhas e cachos da bananeira. Está adaptada à área urbana em ambientes domiciliar. Assume comportamento de defesa armandose, levantando os dois primeiros pares de pernas e posicionando-se verticalmente.
As aranhas armadeiras possuem cor cinza ou castanho escuro e pelos curtos no corpo e nas pernas. Podem atingir até 17 cm de comprimento. Não fazem teias e são solitárias. Geralmente saem à noite para caçar. São muito agressivas. São comuns os acidentes. 
Loxosceles sp. (aranha marrom)
Nome popular: Aranha marrom 
Nome científico: Loxosceles gaúcho; 
Família: Sicariidae;
Disposição ocular: 2 -- 2 – 2;
Alimentação básica: insetos e aranhas;
Reprodução: ovípara;
Tamanho do corpo: 1 a 1,5 centímetros;
Envergadura: 3 a 4 centímetros;
Habitat: Mata Atlântica;
Atividade: noturna;
Possui hábitos sedentários. Habita em áreas florestadas, construindo teias irregulares de revestimento com fios adesivos, sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras, em fendas de rochas e barrancos.
Possui cor amarelada, com poucos pelos, curtos, quase invisíveis. Não são agressivas e os acidentes são raros, porém graves. Os primeiros sintomas são uma sensação de queimadura e formação de ferida no local da picada. O tratamento é feito com soro antiaracnídico ou antiloxoscélico.
Principais Espécies:
Loxosceles amazonica: relato de acidente no Ceará. 
Loxosceles gaucho (aranha marrom): mais freqüente em São Paulo. 
Loxosceles intermedia: principal espécie causadora de acidentes no Paraná e Santa Catarina.
Loxosceles laeta : encontrada na região Sul.
Lycosa sp. (aranha de grama)
Nome popular: Aranha de grama, aranha de jardim, aranha lobo ou tarântula;
Nome científico: Lycosa erythrognatha;
Família: Lycosidae 
Disposição ocular: 4 -- 2 – 2;
Alimentação básica: insetos e aranhas; 
Reprodução: ovípara; 
Tamanho do corpo: 2 a 3 centímetros; 
Envergadura das pernas: 6 a 8 centímetros; 
Habitat: Mata Atlântica; 
Atividade: diurna e noturna 
Aranha de hábitos errantes, abrigam-se entre folhas acumuladas na superfície de bosques ou áreas florestadas. Muito comum na região urbana, sendo frequentemente encontrada em gramados ou jardins. Pode adotar o mesmo comportamento defensivo da aranha armadeira. É amplamente distribuída pelo Brasil. Seu veneno é pouco tóxico não causando problema de saúde pública, porém, a grande frequência em que provoca acidentes a posiciona entre os aracnídeos de interesse médico.
Possui cor acinzentada ou marrom e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo. No local da picada pode ocorrer leve descamação da pele.
Caranguejeira- Pachistopelma rufonigrum
Nome popular: Caranguejeira, caranguejos;
Nome científico: Pachistopelma rufonigrum; 
Alimentação básica: insetos, aves, anfíbios, pequenos répteis e mamíferos; 
Reprodução: ovípara; 
Tamanho do corpo: 6 centímetros; 
Envergadura: 15 centímetros; 
Habitat: Mata Atlântica; 
Atividade: noturna
Aranha de hábitos terrestres, constroem tocas, possuem pelos urticantes no abdômen, são geralmente grandes, podendo atingir até 25 cm e por isso são bem temidas, mas os acidentes com elas são raros e sem gravidade, e por isso não se produz soro contra seu veneno.
Latrodectus sp. (viúva negra)
Nome popular: Flamenguinha, aranha barriga vermelha e viúva negra; 
Nome científico: Latrodectus curacaviensis; 
Família: Theridiidae; 
Disposição ocular: 4 – 4; 
Alimentação básica: larvas de insetos; 
Reprodução: ovípara;
Tamanho do corpo: 1 a 1,5 centímetros; 
Envergadura: 3 centímetros; 
Habitat: cosmo-tropical;
Atividade: diurna e noturna
 Possui cor preta, com manchas vermelhas no abdômen e às vezes nas pernas. São pequenas: a fêmea tem de 2,5 a 3 cm e o macho é de 3 a 4 vezes menor. Vivem em teias que constroem sobre vegetação rasteira, em arbustos, plantas de praia, barrancos, geralmente lugares escuros. 
Possuem hábitos gregários e constroem teias tridimensionais. Adaptam-se em áreas rurais e em áreas urbanas. Não são agressivas. Espécie mais comum no Brasil, do gênero Latrodectus é a Latrodectus curacaviensis.
Aranha de teia - Nephila clavipes
Nome popular: Aranha de teia; 
Nome científico: Nephila clavipes; 
Disposição ocular: 4 – 4; 
Alimentação básica: insetos; 
Reprodução: ovípara; 
Tamanho do corpo: 3 a 5 centímetros; 
Habitat: Mata Atlântica; 
Atividade: diurna e noturna;
 	São aranhas tecedeiras, construindo teias grandes, com fios altamente resistentes e entrelaçados em forma de zig-zag. São sinantrópicas, abrigando-se nas áreas externas das moradias, construindo refúgio junto às paredes próximo de luminárias.
SINAIS E SINTOMAS:
Os acidentes causados pela Phoneutria sp representam a forma de araneísmo mais comum no país. Apresenta dor no local intensa e imediata, edema discreto, eritema, sudorese local, formigamento. Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas. A preocupação deve ser com o surgimento de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares.
Loxoscelismo: são descritos dois quadros clínicos: 
Forma Cutânea: É a mais comum, caracterizando-se pelo aparecimento de lesãoinflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração. 
Forma Cutâneo-Visceral: Além de lesão cutânea, os pacientes apresentam anemia, icterícia cutâneo-mucosa, hemoglobinúria. A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida. 
O tratamento soroterápico está indicado nas duas formas clínicas. 
Latrodectismo : Apresenta um quadro clínico caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiada. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial e choque são registradas. 
SOROS: 
O Soro Antiaracnídico é utilizado nos acidentes causados por aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria. 
O Soro Antiloxocélico é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Loxosceles. 
O Soro Antilatrodetico (importado da Argentina) é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Latrodectus.
ESCORPIÕES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
São animais de terra firme, com preferência por ambientes quentes e áridos, alimentam-se de pequenos insetos e aranhas. Vivem sobre pedras, madeiras, troncos em decomposição e alguns se enterram no solo úmido. O gênero Tityus é o mais rico em espécies, na Amazonas, os acidentes são causados principalmente por: T. silvestris, T. cambridgei, T. metuendus. No Brasil existem cerca de dez gêneros e a mais de 50 espécies de escorpiões.
Os acidentes ocorrem em maior frequência nas extremidades. Acidentes graves apresentam alta letalidade, principalmente em crianças, idosos e pessoas acamadas. Em casos assim é de fundamental importância a precocidade do atendimento e rápida instituição da terapêutica com o soro anti-escorpiônico. O veneno apresenta ação neurotóxica e os casos mais graves podem evoluir com choque neurogênico.
 Os pacientes queixam-se de dor local seguida por parestesia, mas podem apresentar náuseas, vômitos, agitação psicomotora, sudorese, hipotermia, hipotensão ou hipertensão arterial e dispnéia. Casos ainda mais graves podem apresentar sinais de comprometimento do sistema nervoso central (convulsões, edema, dislalia ou diplopia), insuficiência renal ou edema agudo de pulmão. O uso do soro anti-escorpiônico (SAEs) deve seguir as mesmas orientações do uso de outros soros heterólogos.
SINAIS E SINTOMAS:
Dores fortes, eritema, inchaço, febre, dor de cabeça, sudorese excessiva, aumento da pressão, enjôo e vômitos. Os primeiros socorros são os mesmos utilizados nas picadas de cobras, encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.
Escorpião marrom – Escorpião marrom – Tityus bahiensis
Nome popular: Escorpião marrom ou escorpião preto
Nome científico: Tityus bahiensis
Família: Buthidae
Alimentação básica: insetos e aranhas
Reprodução: vivípara
Tamanho do corpo: 6 a 7 centímetros
Habitat: Mata Atlântica e Floresta de Araucária
Atividade: noturna
São animais de hábitos solitários, habitam em locais úmidos, sob pedras, troncos. São espécies sinantrópicas encontradas em porões, sótãos, sob móveis e em terrenos baldios com acúmulo de lixo doméstico.
Escorpião amarelo – Escorpião amarelo – Tityus serrulatus
Nome popular: Escorpião amarelo
Nome científico: Tityus serrulatus
Família: Buthidae
Alimentação básica: insetos e aranhas
Reprodução: partenogênese, vivípara
Tamanho do corpo: 6 a 7 centímetros
Habitat: Cerrado
Atividade: noturna
São animais errantes de hábitos solitários, habitam em regiões quentes e secas, abrigando-se sob casca de árvores e cupinzeiros. Adaptam-se em áreas urbanas (sinantrópicos), e é a única espécie no Brasil que se reproduz por partenogênese.
O acidente causado por esse gênero é responsável por 98% dos casos fatais. A toxidade do veneno varia com o tamanho, idade e estado de nutrição do animal, com a quantidade de veneno inoculada, o peso e resistência da vítima. Os efeitos do veneno localizam-se principalmente no sistema nervoso, mas também possuem ação sobre os aparelhos digestivo e circulatório. O tratamento é feito através de soro antiescorpiônico específico.
Escorpião do Nordeste – Escorpião do Nordeste – Tityus stigmurus
Nome popular: Escorpião do Nordeste
Nome científico: Tityus stigmurus
Família: Buthidae
Alimentação básica: insetos e aranhas
Reprodução: vivípara
Tamanho do corpo: 6 a 7 centímetros
Habitat: Cerrado
Atividade: noturna
São escorpiões errantes de hábitos solitários. Habitam em áreas quentes e secas, abrigando-se principalmente em cupinzeiros.
COMO EVITAR ACIDENTES POR ARANHAS E ESCORPIÕES:
 Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios, folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas; manter a grama aparada. Em zonas rurais, casas de campo, sacudir roupas e sapatos antes de usar. Não pôr a mão em buracos. Fazer o uso de calçados e de luvas pode evitar acidentes. Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer.
REFERÊNCIAS 
https://brasilescola.uol.com.br/animais/aranha.htm
https://escolakids.uol.com.br/aranhas.htm
www.butantan.gov.br/www.clubedobiologo.com.br/www.sapienscursos.com.br
https://www.portalsaofrancisco.com.br/animais/acidentes-com-animais-peconhentos
http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi3/grupos/grupo3/1/aranhas.pdf

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