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ESTUDO DE CASO - ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE DA TOSHIBA COMO A GOVERNANÇA CORPORATIVA FALHOU

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS 
Resenha Crítica de Caso 
Jhuliane da Silva Cunha
Trabalho da disciplina Governança corporativa e Excelência Empresarial
Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira
Teresópolis - RJ 
2019
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ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE DA TOSHIBA: COMO A GOVERNANÇA CORPORATIVA FALHOU
Referência: 
MITSURU MISAWA - escândalo da contabilidade da Toshiba: como a governança
corporativa falhou - The University of Hong Kong, Asia Case Research Centre. Acesso em 20/06/2019.
O estudo de caso descreve os fatos ocorridos na contabilidade da empresa Toshiba, o escândalo veio à tona em 2015 devido a uma auditoria interna que mostrou grandes irregularidades nas contas da empresa e que seus lucros haviam sido inflacionados. Em abril de 2015 a Toshiba já havia começado a investigar as práticas contábeis da empresa o que resultou na demissão do seu executivo-chefe, do seu presidente e de outros oito membros adicionais do conselho, com a posse de um novo presidente a empresa criou um comitê de terceiros para realizar uma auditoria detalhada das rotinas contábeis do grupo. Os resultados mostraram que a Toshiba havia sobreavaliado os seus lucros por cerca de sete anos gerando uma perda liquida acumulada em mais de 151,8 bilhões de ienes. 
Ao realizem uma análise mais detalhada destas perdas chegou-se à informação de que grande parte destas eram referentes as linhas de produtos de computadores pessoais e de bens de consumo duráveis. Essas perdas se deram através de uma mudança estratégica que alterou a participação na produção de bens de consumo duráveis da empresa no exterior no final dos anos 2000, a estratégia não deu certo devido ao iene ter perdido valor em relação as demais moedas. Porém, a concorrência do mercado de computadores também interferiu para essas perdas operacionais que representou um declínio de 54,6 bilhões de ienes em relação ao ano anterior. A empresa estava sendo sustentada pelo seu segmento de semicondutores que estava prosperando devido ao crescimento das vendas de memórias flash de smartphone.
A auditoria realizada na Toshiba mostrou que além de aumentar os lucros a empresa também realizou várias amortizações. Estas ações ocorreram devido ao fato dos executivos terem sido submetidos a uma grande pressão após o desastre de Fukushima em 2011 que trouxe grande impacto a unidade nuclear da Toshiba, na época a administração da empresa estabeleceu metas agressivas em diversos setores buscando compensar as perdas, porém isso levou os executivos a aumentarem os valores para criar uma impressão que as metas estavam sendo atingidas. 
	 A cultura corporativa da Toshiba evidenciava um ambiente de grande pressão corporativa além de metas difíceis de serem atingidas, esses aspectos em conjunto com a cultura descendente da organização gerou a expectativa de que os funcionários deveriam mostrar lealdade aos seus superiores, o que resultou em uma conduta contábil ilegal. Entretanto, os erros da empresa não dizem respeito apenas a falta de governança corporativa e aos fracos controles internos, mas, também, são resultados de uma equipe de gerenciamento corporativo irresponsável. 
	As irregularidades apresentadas ao invés de se limitarem ao setor de infraestrutura onde foram encontradas as primeiras falhas foram encontrados na maioria dos setores da empresa. A abrangência que essas irregularidades tomaram desencorajou os funcionários a questionar os seus superiores, onde manipular os números de ganhos e a inflação tornou-se algo tão coerente que era praticamente impossível algum funcionário questionar esta prática ilegal. O único jeito para resolver esta situação foi reestruturar completamente a equipe de gerenciamento. 
Considerada a precursora na governança corporativa, a Toshiba começou o seu processo de reforma no ano de 1990 e em 1998 criou um sistema com uma estrutura de governança de comitê que transformou o gerenciamento da organização. Este sistema aumentou a autoridade dos membros do conselho externo além da forte fiscalização externa que deveria ser um exemplo avançado de governança corporativa. No entanto, em 2008 a empresa liderada pelos seus executivos deu inicio aos esforços para alcançar maiores lucros acima das considerações estipuladas, infelizmente esta conduta não foi impedida pelos controles de governança corporativa, embora os membros do conselho tenham sido privados do verdadeiro desempenho da empresa, estas perdas também passaram despercebidas pelos membros externos do conselho. Estas práticas fraudulentas mostraram as imperfeições do modelo de governança da Toshiba sendo considerado nada mais que um modelo ilusório.
Este escândalo abalou a Toshiba em todos os aspectos mostrando que a empresa teria uma longa e difícil trajetória ate conseguir se recuperar. A confiança dos investidores na empresa foi gravemente afetada causando um colapso nas ações de 26 por cento, levando os acionistas a solicitarem danos por perdas incorridas. Em setembro de 2015 o presidente da empresa emitiu uma nota pedindo desculpas pelo ocorrido aos sócios e acionistas do grupo, ele enfatizou que a organização retomaria os seus princípios e que ele se esforçaria para promover uma nova cultura corporativa o que evitaria problemas semelhantes ao ocorrido. Além disso, ele apresentou planos para estabelecer um Comitê de Revitalização de Gestão formado por especialistas externos que ficariam responsáveis por reestruturar a cultura corporativa e identificar medidas para que as irregularidades contábeis possam ser prevenidas. O presidente também falou sobre a demora da empresa em publicar os resultados financeiros e se comprometeu a repor os resultados financeiros para os últimos exercícios fiscais e que todas as informações contábeis seriam informadas as autoridades responsáveis.
	Com o objetivo de trazer a empresa para o mercado o presidente da Toshiba precisa identificar as diversas responsabilidades que seriam empregadas na empresa, como o desenvolvimento, compartilhamento e implementação da missão, visão e estratégias da empresa. Gerenciando a empresa de acordo com os requisitos especificados nos planos estratégicos é possível assegurar que o trabalho efetuado pelos executivos internos e externos e o seu comportamento sejam alinhados com os objetivos estipulados. Além disso, seria de suma importância elaborar um plano de negócios estratégico para empresa com a finalidade de orientar no desenvolvimento de todo o grupo, com este plano estruturado a organização iria garantir as estratégias e os padrões de gestão levando em consideração as ameaças do mercado e as oportunidades.
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