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Alfabetização, conheça os métodos sintéticos e analíticos

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Alfabetização: conheça os métodos sintéticos e analíticos 
Entenda como funcionam os dois tipos básicos de métodos usados no Brasil e no mundo para o 
processo de alfabetização 
 FERNANDA MONTANO 
24 FEV 2016 - 17H36 ATUALIZADO EM 24 FEV 2016 - 17H38 
MÉTODOS SINTÉTICOS 
1 - ALFABÉTICO 
Inicia-se com os nomes das letras do alfabeto para depois fazer as combinações silábicas e, 
então, montar as palavras. Depois, a criança lê sentenças curtas, até chegar a histórias 
completas. É também conhecido como soletração, pois ensina o aluno a soletrar as sílabas até 
reconhecer a palavra, por exemplo, “d”, “a”, “da”, “d”, “o”, “do”: dado. É assim que você 
provavelmente aprendeu a ler e a escrever. 
Geralmente, esse método utiliza cartilhas ou apostilas e recebe críticas devido à decoreba e à 
repetição dos exercícios, além de não aproveitar a bagagem anterior de cada criança. 
 
2 - SILÁBICO 
 
Aqui a criança aprende primeiro as famílias de sílabas para, depois, compreender as palavras. 
Assim como no alfabético, o aprendizado é feito de forma mecânica. 
 
3 - FÔNICO 
 
O método parte do som das letras, os fonemas. A criança aprende associando que aquele som 
que as palavras fazem quando ela fala são representados graficamente pelas letras. São 
ensinadas as vogais, depois as consoantes e, então, sílabas e palavras. 
 
A crítica em relação a esse método, especialmente no Brasil, é a dificuldade que surge em nosso 
idioma por causa de palavras com som igual e grafia diferente, como cheque e xeque, seção e 
sessão. Por outro lado, como não usa a repetição exaustiva, permite atividades mais criativas e 
próximas do universo da criança. 
 
MÉTODOS ANALÍTICOS 
1 - PALAVRAÇÃO 
 
O aprendizado, como diz o nome, começa pelas palavras. “Na escola do meu filho não tem 
quadro-negro, cartilha, essas coisas. Eles pegam palavras simples e vão reconhecendo os sons. 
Depois tem um material chamado alfabetário, que são letras de madeira com as quais começam 
a formular suas hipóteses de escrita, sem se preocupar se está certo ou errado. Vão brincando e, 
de forma natural, começam a perceber que ‘g’ e ‘a’ forma ‘ga’, por exemplo”, explica a fotógrafa 
Marcia Fernandes, mãe de Luiz Gael, 5 anos. 
 
2 - SENTENCIAÇÃO 
 
Nesse caso, o aprendizado se inicia por frases inteiras. 
 
3 - GLOBAL 
 
Também conhecido como método de historietas ou contos, apresenta primeiro estruturas de 
textos com começo, meio e fim. 
 
+A SOMA DOS TRÊS 
 
As abordagens pedagógicas geralmente misturam elementos desses métodos. A montessoriana, 
por exemplo, usa o recurso de partir das palavras para os fonemas e, depois, para as letras. As 
escolas Waldorf seguem algo mais parecido como método global. Nessas instituições, as 
crianças só passam a ter contato com o universo das letras aos 7 anos. Os professores contam 
histórias e recorrem às narrativas para estimular os alunos a perceber o somdas letras e, depois, 
a grafia. “Posso contar uma história que diz que, em Morretes (PR), tinha uma montanha na qual 
vivia um mago maravilhoso. Faço o desenho da montanha insinuando o ‘m’, assim, aos poucos a 
criança vai se apropriando dessa sensação da letra. Então, instigo a pensar qual o segredo dessa 
história e ela percebe que existem palavras que têmo mesmo som. É uma grande descoberta”, 
explica a pedagoga Deriana Miranda, professora do Jardim Limão Rosa, iniciativa Waldorf em 
Curitiba (PR). 
 
A linha construtivista, uma das mais utilizadas hoje na alfabetização no Brasil, também segue 
osmétodos analíticos. O aluno deve ser levado a pensar sobre a escrita e, assim, construir e 
reelaborar o próprio conhecimento por tentativas de escrita de pequenos textos com significado. 
“O método permite que os próprios alunos construam seus conhecimentos de acordo com o 
desenvolvimento cognitivo. Pode ser utilizado de forma individual ou coletiva e acolhe o 
conhecimento que a criança traz para a escola, associando leitura e escrita”, diz Sibele Dal Col 
Guimarães, coordenadora psicopedagógica do Colégio Marista Paranaense, de Curitiba (PR).

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