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APOSTILA - PROCESSO SELETIVO _2017_-_prefeitura_de_s_o_jos_dos_campos_-_sp_-_professor I

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Prévia do material em texto

Prefeitura de São José dos Campos do Estado de São Paulo
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Professor I
Edital de Abertura de Inscrições para Processo Seletivo Nº 001/2017
NB005-2017
DADOS DA OBRA
Título da obra: Prefeitura de São José dos Campos do Estado de São Paulo
Cargo: Professor I
(Baseado no Edital de Abertura de Inscrições para Processo Seletivo Nº 001/2017)
• Língua Portuguesa
• Matemática 
• Conhecimentos Pedagógicos
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos 
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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Digite o código do produto no campo indicado no 
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*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Questões que possibilitem avaliar a capacidade de Interpretação de texto, conhecimento da norma culta na modalidade 
escrita do idioma e aplicação da Ortografia oficial; ................................................................................................................................. 01
Acentuação gráfica; ...............................................................................................................................................................................................14
Pontuação; .................................................................................................................................................................................................................18
Classes gramaticais; ................................................................................................................................................................................................21
Concordância verbal e nominal; ........................................................................................................................................................................ 57
Pronomes: emprego e colocação e Regência nominal e verbal............................................................................................................ 62
Matemática
Teoria dos Conjuntos; ...........................................................................................................................................................................................01
Conjuntos dos números Reais (R): operações, propriedades e problemas; .................................................................................... 06
Cálculos Algébricos; ..............................................................................................................................................................................................11
Grandezas Proporcionais - Regra de Três Simples e Composta; ......................................................................................................... 14
Porcentagem e Juro Simples; ............................................................................................................................................................................. 28
Sistema Monetário Brasileiro; ............................................................................................................................................................................ 38
Equação do Primeiro e Segundo Graus - problemas; .............................................................................................................................. 40
Sistema Decimal de Medidas (comprimento, superfície, volume, massa, capacidade e tempo) - transformação de unida-
des e resolução de problemas; ......................................................................................................................................................................... 48
Geometria: ponto, reta, plano – ângulos, polígonos, triângulos, quadriláteros, circunferência, círculo e seus elementos 
respectivos – figuras geométricas planas (perímetros e áreas) – sólidos geométricos (figuras espaciais): seus elementos 
e volumes; .................................................................................................................................................................................................................52
Funções do 1º e 2º graus; ...................................................................................................................................................................................79
Sequências, Progressões Aritméticas e Geométricas. Resolução de problemas. ........................................................................... 91
Conhecimentos Pedagógicos
O sistema escolar brasileiro segundo a legislação atual; ....................................................................................................................... 01
A construção do conhecimento; ....................................................................................................................................................................... 07
Atividades adequadas e utilização de jogos na aprendizagem; .......................................................................................................... 10
O processo de ensino e aprendizagem: a ação pedagógica; ................................................................................................................ 13
A avaliação da aprendizagem. ............................................................................................................................................................................ 16
Bibliografia: BASSEDAS, Eulália; HUGUET, Teresa; SOLÉ, Isabel ― Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Artmed, 
1999. .............................................................................................................................................................................................................................20
CARDOSO, Beatriz (org.); LERNER, Delia; NOGUEIRA, Neide; PEREZ Tereza ― Capítulo III. In Ensinar: tarefa para profis-
sionais. 1ª ed. Record, 2007. ...............................................................................................................................................................................20
CARVALHO, Mara I. Campos; RUBIANO, Marcia R. Bonagamba ― Organização do espaço em instituições pré-escola-
res. In: OLIVIERA, Zilma de Moraes R. de (org.). Educação Infantil: Muitos Olhares. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2010, p. 
107.......................................................................................................................................................................................................................21
DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxane; DECÂNDIO, Fabrício de ― Produção Escrita e Dificuldades de Aprendizagem. 1ª ed. 
Campinas: Mercado de Letras, 2010. ............................................................................................................................................................... 21
FORNEIRO, L.I. – A organização dos espaços na educação infantil. In. ZABALA, M.A. – Qualidade em educação infantil. 
Porto Alegre: Artmed, 1998. ...............................................................................................................................................................................23
FRIEDMANN, A. – O brincar no cotidiano da criança. São Paulo: Moderna, 2006. ...................................................................... 24
GUENTHER, Zenita Cunha ― Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 
2000. ............................................................................................................................................................................................................................26
LERNER, Delia ― A Matemática na Escola: Aqui e Agora. 1ª ed. Artmed, 1995. ........................................................................... 27
LERNER, Delia ― Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. 1ª ed. Artmed, 2002. ....................................... 29
SUMÁRIO
LUCKESI, Cipriano Carlos ― Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 
2011 ..............................................................................................................................................................................................................................34
MACEDO, Lino ― Capítulos 1, 2, 3, 4, 5, 10 e 13. In: Ensaios Construtivistas. 6ª ed. Casa do Psicólogo, 2010. ............... 34
PARRA, Cecília et al. ― Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas. 1ª ed. Artmed, 1996. ................................. 35
SOLÉ, Isabel ― Estratégias de Leitura. 6ª ed. Penso, s.d. ........................................................................................................................ 38
TOLEDO, Mauro; TOLEDO, Marília - Didática da Matemática ― Como Dois e Dois: A Construção Matemática. 1ª ed. São 
Paulo: FTD, 1997. .....................................................................................................................................................................................................42
VYGOTSKY, L.S. ― A formação social da mente. 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. ........................................................ 42
WEISZ, Telma ― O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem. 2ª ed. Ática, 2000. ..................................................................... 44
ZABALA, A. – A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. .............................................................................. 51
Conhecimentos Específicos
Conceito de infância; o imaginário infantil; desenvolvimento infantil: físico, afetivo, cognitivo e social; a criança: o 
desenvolvimento da identidade e da autonomia; o brincar e o brinquedo; o jogo como recurso privilegiado; os jogos e as 
brincadeiras no desenvolvimento da imaginação e da criatividade;....................................................................................................................01
Linguagem: construção das diferentes linguagens pelas crianças: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, 
natureza e ambiente e matemática; texto e gênero de texto; alfabetização e letramento e suas práticas; escrita pelas crianças: 
como evoluem na apreensão do sistema de representação escrita; pensamento e linguagem; ..........................................................11
Leitura e escrita – letramento; a linguagem oral e escrita: ideias e práticas correntes; prática de linguagem oral, leitura e 
produção de texto; alfabetização e letramento: diferenças conceituais; psicogênese da língua escrita; a mediação do professor 
no processo de construção da escrita; conceito de texto; práticas de leitura de textos de diferentes gêneros e os intercâmbios 
entre ler e escrever; atividades de leitura e de produção de texto escrito; .......................................................................................................21
A construção do raciocínio matemático; hipóteses de escrita numérica; ensino dos números; ensino do sistema de numeração 
decimal; cálculo mental; ensino das operações; resolução de problemas; geometria nos anos iniciais: tratamento da informação; 
grandezas e medidas; a matemática no cotidiano e nas práticas escolares. ...................................................................................................23
Bibliografia:
BRÄKLING; Garcia. O ajuste do texto ao contexto de produção: um conteúdo esquecido? Revista Educação - Especial Didática. 
São Paulo, 2011. . ...........................................................................................................................................................................................................................29
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1ª a 4ª séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
Volumes 1, 8, 9 e 10. .....................................................................................................................................................................................................................39
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental – Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. .........43
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental – Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. ..........44
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
volumes 1, 2 e 3. .............................................................................................................................................................................................................................46
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. Proposta Curricular para Berçários - Educação Infantil – 2009. .......................................................................48
A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos. .......................................................................................61
Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças Ministério da Educação – 
2009 ......................................................................................................................................................................................................................................................67
Práticas Cotidianas na Educação Infantil - bases para reflexão sobre as orientações curriculares – MEC-2009. ...........................71
Preciso ensinar o letramento. ................................................................................................................................................................................................100
PORTUGUÊS
Questões que possibilitem avaliar a capacidade de Interpretação de texto, conhecimento da norma culta na modalidade 
escrita do idioma e aplicação da Ortografia oficial; ................................................................................................................................. 01
Acentuação gráfica; ...............................................................................................................................................................................................14Pontuação; .................................................................................................................................................................................................................18
Classes gramaticais; ................................................................................................................................................................................................21
Concordância verbal e nominal; ........................................................................................................................................................................ 57
Pronomes: emprego e colocação e Regência nominal e verbal ........................................................................................................... 62
1
PORTUGUÊS
QUESTÕES QUE POSSIBILITEM AVALIAR 
A CAPACIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTO, CONHECIMENTO DA NORMA CULTA 
NA MODALIDADE ESCRITA DO IDIOMA E 
APLICAÇÃO DA ORTOGRAFIA OFICIAL; 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, 
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento 
de responder às questões relacionadas a textos.
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de 
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar 
e decodificar ).
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con-
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. 
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que 
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma 
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele 
inicial.
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, 
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova.
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
 
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen-
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais 
definem o tempo).
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
dárias em um só parágrafo. 
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala-
vras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: 
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado das palavras) 
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e 
- Capacidade de raciocínio.
Interpretar X compreender 
Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente 
está escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
- o narrador afirma...
Erros de interpretação
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por 
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
 
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção 
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
cadas e, consequentemente, errando a questão.
 Observação - Muitos pensam que há a ótica do es-
critor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa 
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração 
é o que o autor diz e nada mais.
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. 
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um 
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se 
vai dizer e o que já foi dito.
2
PORTUGUÊS
 OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no 
dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo 
e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do 
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de 
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que 
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, 
a saber:
 
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
te, mas depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
- como (modo)
- onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O ).
 
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
gues/como-interpretar-textos
QUESTÕES
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – 
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
tão, considere o texto abaixo.
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a 
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de 
penumbra na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com 
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque-
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é 
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a 
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo 
reduzido no qual o menino detém sua atenção é
(A) fresta.
(B) marca.
(C) alma.
(D) solidão.
(E) penumbra.
2-) (ANCINE– TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) 
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a 
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, 
que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, 
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em 
todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do 
mundo. 
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o 
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: 
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
tual “O riso”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) 
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge 
uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e 
generalizado de energia no final de 2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 
900 km que separam Itaipu de São Paulo.
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para 
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
buição de energia do país desde o traumático racionamento 
de 2001.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
ções).
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas 
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: 
— Carta para o 9.326!!! 
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está 
em branco, e um outro pergunta: 
3
PORTUGUÊS
— Quem te mandou essa carta? 
— Minha irmã. 
— Mas por que não está escrito nada? 
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adap-
tações).
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto aci-
ma decorre
A) da identificação numérica atribuída ao louco.
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta 
no hospício. 
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a 
carta.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco.
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. 
5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV 
PROJETOS/2010) 
Painel do leitor (Carta do leitor)
Resgate no Chile
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de 
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo 
de uma mina de cobre e ouro no Chile.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com su-
cesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimen-
tando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer 
a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e 
China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num ges-
to humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos 
dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem 
e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salva-
mento.
 (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai-
nel do leitor – 17/10/2010)
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex-
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor 
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem 
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma 
mina de cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desce-
ram na mina...”
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – 
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às 
questões de números 6 a 8.
Férias na Ilha do Nanja
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as ma-
las nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, 
pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissu-
ras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as 
fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de 
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver 
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da 
própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as 
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio 
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es-
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a 
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra 
ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. 
Adaptado)
*fissuras: fendas, rachaduras
6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO 
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a 
maneira como se preparam para suas férias, a autora mos-
tra que seus amigos estão
(A) serenos.
(B) descuidados.
(C) apreensivos.
(D) indiferentes.
(E) relaxados.
7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO 
– VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar 
que, assim como seus amigos, a autora viaja para
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
(B) escapar do lugar em que está.
(C) reencontrar familiares queridos.
(D) praticar esportes radicais.
(E) dedicar-se ao trabalho.
8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO 
– VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um 
lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio 
cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su-
gere que viajará para um lugar
(A) repulsivo e populoso.
(B) sombrio e desabitado.
(C) comercial e movimentado.
(D) bucólico e sossegado.
(E) opressivo e agitado.
9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E 
o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide 
opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais 
justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros? 
Prepare-se para o debate que está apenas começando.
(Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34) 
Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio 
urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe-
dágio urbano.
4
PORTUGUÊS
( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
porte público e estender as ciclovias.
( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-
des, que não resolveu os problemas do trânsito.
( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
namento, revisão....e agora mais o pedágio?
( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é 
investido no transporte público.
( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
gue pelo privilégio!
( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio 
urbano melhorou.
A ordem obtida é:
a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N)
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S)
c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S)
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N)
e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N)
10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – 
ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que 
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex-
presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se 
você está na rua, não pode entrar”. 
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. 
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. 
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. 
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”. 
Resolução
1-)Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
do cabe numa fresta.
RESPOSTA: “A”.
2-) 
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos 
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
RESPOSTA: “CERTO”.
3-) 
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo 
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por 
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, 
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação 
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que 
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); 
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, 
delimita a informação – como no caso do exercício).
RESPOSTA: “CERTO’.
4-) 
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais 
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, 
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. 
RESPOSTA: “D”.
5-) 
Em todas as alternativas há expressões que represen-
tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da 
Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só 
enobrece / demonstrando coragem e desprendimento. 
RESPOSTA: “B”.
6-) 
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, 
fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar 
nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos. 
RESPOSTA: “C”.
7-) 
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta 
da própria autora!
RESPOSTA: “B”.
8-) 
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. 
RESPOSTA: “D”.
9-) 
(S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
porte público e estender as ciclovias.
(N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
(S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
namento, revisão....e agora mais o pedágio?
(N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é 
investido no transporte público.
(S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
gue pelo privilégio!
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio 
urbano melhorou.
S - N - S - N - N - S - S 
RESPOSTA: “B”.
10-) 
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a 
ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: 
“Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, 
não pode entrar”.
RESPOSTA: “A”.
5
PORTUGUÊS
NORMA CULTA
Norma culta ou linguagem culta é uma expressão em-
pregada pelos linguistas brasileiros para designar o con-
junto de variedades linguísticas efetivamente faladas, na 
vida cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classifica-
dos os cidadãos nascidos e criados em zona urbana e com 
grau de instrução superior completo.
O Instituto Camões entende que a “noção de correção 
está [...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [lin-
guísticas]. Ainda assim, informa que a norma-padrão do 
português europeu é o dialeto da região que abrange Lis-
boa e Coimbra; refere também que se aceita no Brasil como 
norma-padrão a fala do Rio e de São Paulo.
Aquisição da linguagem
Iniciamos o aprendizado da língua em casa, no conta-
to com a família, que é o primeiro círculo social para uma 
criança, imitando o que se ouve e aprendendo, aos poucos, 
o vocabulário e as leis combinatórias da língua. Um jovem 
falante também vai exercitando o aparelho fonador, ou 
seja, a língua, os lábios, os dentes, os maxilares, as cordas 
vocais para produzir sons que se transformam, mais tarde, 
em palavras, frases e textos.
Quando um falante entra em contato com outra pes-
soa, na rua, na escola ou em qualquer outro local, percebe 
que nem todos falam da mesma forma. Há pessoas que 
falam de forma diferente por pertencerem a outras cidades 
ou regiões do país, ou por terem idade diferente da nossa, 
ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Es-
sas diferenças no uso da língua constituem as variedades 
linguísticas.
Variedades Linguísticas
Variedades linguísticas são as variações que uma lín-
gua apresenta, de acordo com as condições sociais, cultu-
rais, regionais e históricas em que é utilizada.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde 
que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma 
língua, o de permitir a interação verbal entre as pessoas, 
isto é, a comunicação.
Apesar disso, uma dessas variedades, a norma culta ou 
norma padrão, tem maior prestígio social. É a variedade 
linguística ensinada na escola, contida na maior parte dos 
livros e revistas e também em textos científicos e didáticos, 
em alguns programas de televisão, etc. As demais varieda-
des, como a regional, a gíria ou calão, o jargão de grupos 
ou profissões (a linguagem dos policiais, dos jogadores de 
futebol, dos metaleiros, dos surfistas), são chamadas gene-
ricamente de dialeto popular ou linguagem popular.
Propósito da Língua
A língua que utilizamos não transmite apenas nossas 
ideias, transmite também um conjunto de informações so-
bre nós mesmos. Certas palavras e construções que em-
pregamos acabam denunciando quem somos socialmente, 
ou seja, em que região do país nascemos, qual nosso ní-
vel social e escolar, nossa formação e, às vezes, até nossos 
valores, círculo de amizades e hobbies, como skate, rock, 
surfe, etc. O uso da língua também pode informar nossa 
timidez, sobre nossa capacidade de nos adaptarmos e si-
tuações novas, nossa insegurança, etc.
A língua é um poderoso instrumento de ação social. 
Ela pode tanto facilitar quanto dificultar o nosso relaciona-
mento com as pessoas e com a sociedade em geral.
Língua Culta na Escola
O ensino da língua culta, na escola, não tem a finalida-
de de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa 
família ou em nossa comunidade. Ao contrário, o domínio 
da língua culta, somado ao domínio de outras variedades 
linguísticas, torna-nos mais preparados para nos comuni-
carmos. Saber usar bem uma língua equivale a saber em-
pregá-la de modo adequado às mais diferentes situações 
sociais de que participamos.
Graus de Formalismo
São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo, 
tais como: o registro formal, que é uma linguagem mais 
cuidada; o coloquial, que não tem um planejamento prévio, 
caracterizando-se por construções gramaticais mais livres, 
repetições frequentes, frases curtas e conectores simples; o 
informal, que se caracteriza pelo uso de ortografia simplifi-
cada, construções simples e usado entre membros de uma 
mesma família ou entre amigos.
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau 
de formalismo existente na situação de comunicação; com 
o modo de expressão, isto é, se trata de um registro formal 
ou escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve 
aspectos como graus de cortesia, deferência, tecnicidade 
(domínio de um vocabulário específico de algum campo 
científico, por exemplo).
Atitudes não recomendadas
Expressões Condenáveis
- a nível de, ao nível. Opção: em nível, no nível.
- face a, frente a. Opção: ante, diante, em face de, em 
vista de, perante.
- onde (quando não exprime lugar). Opção: em que, na 
qual, nas quais, no qual, nos quais.
- (medidas) visando... Opção: (medidas) destinadas a.
- sob um ponto de vista. Opção: de um ponto de vista.
- sob um prisma. Opção: por (ou através de) um prisma.
- como sendo. Opção: suprimir a expressão.
- em função de. Opção: em virtude de, por causa de, 
em consequência de, por, em razão de.
Expressões não recomendadas
- a partir de (a não ser com valor temporal). Opção: 
com base em, tomando-se por base, valendo-se de...
6
PORTUGUÊS- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). 
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se-
gundo...
- devido a. Opção: em razão de, em virtude de, graças 
a, por causa de.
- dito. Opção: citado, mensionado.
- enquanto. Opção: ao passo que.
- fazer com que. Opção: compelir, constranger, fazer 
que, forçar, levar a.
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). 
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. 
- no sentido de, com vistas a. Opção: a fim de, para, 
com o fito (ou objetivo, ou intuito) de, com a finalidade de, 
tendo em vista.
- pois (no início da oração). Opção: já que, porque, uma 
vez que, visto que.
- principalmente. Opção: especialmente, mormente, 
notadamente, sobretudo, em especial, em particular.
- sendo que. Opção: e.
Expressões que demandam atenção
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser 
e estar, aceito
- acendido, aceso (formas similares) – idem
- à custa de – e não às custas de
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo 
que, conforme
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
- a meu ver – e não ao meu ver
- a ponto de – e não ao ponto de
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal
- de modo (maneira, sorte) que – e não a
- em termos de – modismo; evitar
- em vez de – em lugar de
- ao invés de – ao contrário de
- enquanto que – o que é redundância
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
- implicar em – a regência é direta (sem em)
- ir de encontro a – chocar-se com 
- ir ao encontro de – concordar com
- junto a – usar apenas quando equivale a adido ou 
similar
- o (a, s) mesmo (a, s) – uso condenável para substituir 
pronomes
- se não, senão – quando se pode substituir por caso 
não, separado; quando se pode, junto
- todo mundo – todos
- todo o mundo – o mundo inteiro
- não-pagamento = hífen somente quando o segundo 
termo for substantivo
- este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a 
tempo presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se 
está tratando)
- esse e isso – referência longe do falante e perto do 
ouvinte (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado 
próximo do presente, ou distante ao já mencionado e a 
ênfase).
Erros Comuns
- “Hoje ao receber alguns presentes no qual completo 
vinte anos tenho muitas novidades para contar”. Temos aí 
um exemplo de uso inadequado do pronome relativo. Ele 
provoca falta de coesão, pois não consegue perceber a que 
antecedente ele se refere, portanto nada conecta e produz 
relação absurda.
- “Tenho uma prima que trabalha num circo como má-
gica e uma das mágicas mais engraçadas era uma caneta 
com tinta invisível que em vez de tinta havia saído suco de 
lima”. Você percebe aí a incapacidade do concursando ou 
vestibulando organizar sintaticamente o período. Selecio-
nar as frases e organizar as ideias é necessário. Escrever 
com clareza é muito importante.
- “Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto 
de cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. “Tudo come-
çou naquele baile de quinze anos”, “...é aos dezoito anos que 
se começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as 
perspectiva que nos acompanham para sempre na estrada 
da vida”. Você pode ter conhecimento do vocabulário e das 
regras gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. 
Entretanto, se você reproduz sem nenhuma crítica ou refle-
xão expressões gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo. A 
boa qualidade do texto fica comprometida.
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clona-
gem põem em xeque todos os conceitos humanos sobre 
Deus e a vida? “Bem a clonagem não é tudo, mas na vida 
tudo tem o seu valor e os homens a todo momento neces-
sitam de descobrir todos os mistérios da vida que nos cerca 
a todo instante”. É importante você escrever atendendo ao 
que foi proposto no tema. Antes de começar o seu texto 
leia atentamente todos os elementos que o examinador 
apresentou para você utilizar. Esquematize suas ideias, veja 
se não há falta de correspondência entre o tema proposto 
e o texto criado.
- “Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu pri-
mo (...) mostrou que ele não era maligno”. Esta frase está 
ambígua, pois não se sabe se o pronome ele refere-se ao 
fígado ou ao primo. Para se evitar a ambiguidade, você 
deve observar se a relação entre cada palavra do seu texto 
está correta.
- “Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas 
uma criança”. O conectivo mas indica uma circunstância de 
oposição, de ideia contrária a. Portanto, a relação adver-
sativa introduzida pelo “mas” no fragmento acima produz 
uma ideia absurda.
- “Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tem-
pestade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu 
coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava 
que só estaríamos separadas carnalmente”. Não utilize pro-
vérbios ou ditos populares. Eles empobrecem a redação, 
pois fazer parecer que seu autor não tem criatividade ao 
lançar mão de formas já gastas pelo uso frequente. 
- “Estou sem inspiração para fazer uma redação. Es-
crever sobre a situação dos sem-terra? Bem que o professor 
poderia propor outro tema”. Você não deve falar de sua re-
dação dentro do próprio texto.
- “Todos os deputados são corruptos”. Evite pensamen-
tos radicais. É recomendável não generalizar e evitar, assim, 
posições extremistas. 
7
PORTUGUÊS
- “Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas 
coisas. Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão 
que você tomou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas 
você sabe - todos sabem - ele pensa diferente. É bom a gente 
pensar como vai fazer para, enfim, para ele entender a deci-
são”. Não se esqueça que o ato de escrever é diferente do 
ato de falar. O texto escrito deve se apresentar desprovido 
de marcas de oralidade.
- “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e 
mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humora-
do (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-inten-
cionado, mau jeito, mal-estar.
- “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é 
impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
- “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, 
também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia mui-
tas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 
- “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar 
e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas es-
peranças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / 
Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.
- Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser 
sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
- Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim 
ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
- “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na 
frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 
- “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redun-
dâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio 
exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 
- “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra 
masculina, a menos que esteja subentendida a palavra 
moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, 
a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
- “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implí-
cita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) 
você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por 
que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: 
Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. 
- Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir como presenciar exi-
ge a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos 
com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / 
Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao 
cargo de diretor. / Pagouao amigo. / Respondeu à carta. / 
Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
- Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa 
a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: 
É preferível lutar a morrer sem glória. 
- O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com 
vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo 
não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas de-
núncias. Não existe o sinal entre o predicado e o comple-
mento: O prefeito prometeu novas denúncias.
- Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja 
outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: 
“paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu” 
(chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cin-
coenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), 
“calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” 
(bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar), “im-
pecilho” (empecilho), “envólucro” (invólucro). 
- Quebrou “o” óculos. Concordância no plural: os ócu-
los, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus 
pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 
- Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles 
não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. 
Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, man-
dou-me. 
- Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a 
vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: 
Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o 
ama. 
- “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: 
Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se 
evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se 
empregados. 
- “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não 
varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / 
Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-
se com os amigos. 
- Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exi-
gem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao 
cinema. / Levou os filhos ao circo. 
- Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no 
sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / 
Promoção implica responsabilidade. 
- Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. 
Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via 
de extinção. / Trabalho em via de conclusão. 
- Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cida-
dãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, 
escrivães, tabeliães, gângsteres. 
- O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gra-
túito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não 
existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, 
condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo. 
- A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, 
repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, 
função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brin-
quedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do 
Congresso. 
- Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra 
masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. 
Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a 
alface, a cal, etc. 
- “Por isso”. Duas palavras, por isso, como de repente 
e a partir de. 
- Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, 
que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum ris-
co. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu 
nenhuma confusão. 
- A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se 
inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. 
- Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pro-
nome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se 
realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjun-
ções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / 
Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava 
no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se 
faz, aqui se paga. / Depois o procuro. 
8
PORTUGUÊS
- O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja 
outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / 
Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “ca-
beçário” (cabeçalho). 
- Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam 
onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, 
apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 
- “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a 
pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. 
/ Muito obrigados por tudo. 
- O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. 
Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, 
intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos deriva-
dos: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predis-
se, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc. 
- Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio 
louca, meio esperta, meio amiga.
- “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome 
tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / 
Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui. 
- A questão não tem nada “haver” com você. A ques-
tão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da 
mesma forma: Tem tudo a ver com você. 
- A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: 
A corrida custa 5 reais. 
- Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar 
por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou 
emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta con-
cordância: Pediu emprestadas duas malas. 
- Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar 
de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano. 
- Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a 
concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes 
(dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que 
sempre vibravam com a vitória. 
- “Cerca de 18” pessoas o saudaram. Cerca de indica ar-
redondamento e não pode aparecer com números exatos: 
Cerca de 20 pessoas o saudaram. 
- Ministro nega que “é” negligente. Negar que introduz 
subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que 
seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido 
a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente 
negar, vai deixar a empresa.
- Tinha “chego” atrasado. “Chego” não existe. O certo: 
Tinha chegado atrasado.
- Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando ex-
presso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, 
gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural 
é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 
- Queria namorar “com” o colega. O com não existe: 
Queria namorar o colega. 
- O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá 
entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do 
(e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do 
jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a 
sua dívida com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação 
foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon. 
- As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina 
em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma 
no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, 
convidam-na, põe-nos, impõem-nos. 
- Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome 
átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do 
presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou parti-
cípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / 
Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). 
/ Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / 
Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”).
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco 
minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a 
exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substi-
tuído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a 
(tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distân-
cia) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco 
menos de dez dias. 
- Blusa “em”seda. Usa-se de, e não em, para definir o 
material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de 
alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira. 
- A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, 
apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado 
dizer: Deu “a luz a” gêmeos. 
- Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Es-
távamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na 
sala. 
- Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) 
em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa 
para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. 
Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou 
contente porque ninguém se feriu.
- O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O 
time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde 
por. Da mesma forma: empate por. 
- À medida «em» que a epidemia se espalhava... O cer-
to é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda 
na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir 
as leis, na medida em que elas existem. 
- Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i 
não existe: Não queria que receassem a sua companhia. 
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só 
existe i quando o acento cai no e que precede a terminação 
ear: receiem, passeias, enfeiam). 
- Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. 
Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e 
vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele 
põe, eles põem. 
- A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda 
com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito 
tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos me-
ses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia 
se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-
que-perfeito do indicativo.) 
- Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes 
o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz 
(não se diz isso), vê-se-a, etc. 
- Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos com-
postos, só o último elemento varia: acordos político-par-
tidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, me-
didas econômico-financeiras, partidos social-democratas. 
9
PORTUGUÊS
- Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa 
inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a 
tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo 
quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é 
mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 
- “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige 
os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas 
as contradições do texto. 
- Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse senti-
do, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favore-
ceu os jogadores. 
- Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale 
a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / 
As vítimas mesmas recorreram à polícia. 
- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode 
empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: 
Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos re-
uniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos 
servidores (e não “dos mesmos”). 
- Vou sair “essa” noite. É este que designa o tempo no 
qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a 
semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que 
estou lendo), este século (o século 20).
- A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singu-
lar sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 
- Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica 
substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de 
significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 
- Se eu “ver” você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, 
previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu 
tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se 
ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), 
predissermos. 
- Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar 
conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a 
negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem 
essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. 
- Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “ade-
qua”, “adeque”, etc., mas apenas aquelas em que o acento 
cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc. 
- Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pes-
soas em que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodi-
ram, etc. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “ex-
pluda”, substituindo essas formas por rebente, por exem-
plo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pes-
soas. Assim, não existem as formas “precavejo”, “precavês”, 
“precavém”, “precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc. 
- Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo re-
cupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos ca-
sos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, 
reouvesse. Por isso, não existem “reavejo”, “reavê”, etc. 
- Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas 
pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quisés-
semos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. 
- O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem 
possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação 
ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: 
Continue, recue, atue, atenue. 
- A tese “onde”... Onde só pode ser usado para lugar: A 
casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brin-
cam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele 
defende essa ideia. / O livro em que... / A faixa em que ele 
canta... / Na entrevista em que... 
- Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é co-
municada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. 
Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. 
Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os emprega-
dos da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a 
decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos 
empregados. 
- “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa 
transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflin-
gir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu. 
- A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de 
pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confun-
da também iminente (prestes a acontecer) com eminente 
(ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 
- Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o subs-
tantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): 
Espero que viajem hoje. Evite também “comprimentar” al-
guém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cum-
primentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Compri-
do (extenso) e cumprido (concretizado). 
- O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado 
com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse 
sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. 
- Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou 
uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da 
mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 
- “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: 
Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é co-
mum o erro de concordância quando o verbo está antes do 
sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as 
obras (e não “foi iniciado” esta noite as obras). 
- A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: 
palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. 
Por isso: A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de 
agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram 
punidas”). 
- O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato 
passou despercebido, não foi notado. Desapercebido sig-
nifica desprevenido. 
- “Haja visto” seu empenho... A expressão é haja vista e 
não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esfor-
ços. / Haja vista suas críticas.- A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: 
A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que 
dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova 
de que participou, o amigo a que se referiu, etc. 
- É hora «dele» chegar. Não se deve fazer a contração 
da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos 
de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo 
tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 
- Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pen-
sou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com 
o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. 
Igualmente: Isto é para o senhor (e não “para si”). 
10
PORTUGUÊS
- Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que defi-
nem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 
hora, já é meio-dia, já é meia-noite. 
- A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema 
métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 
km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg. 
- “Dado” os índices das pesquisas... A concordância é 
normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resulta-
do... / Dadas as suas ideias... 
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa 
debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se 
sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: 
Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-
se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mes-
ma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A 
meu ver, a seu ver, a nosso ver.
ORTOGRAFIA 
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão 
culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas 
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, 
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas 
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia 
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo 
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
lácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
se observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, 
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / 
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão 
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer 
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir 
- consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri-
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, 
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir 
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / 
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / 
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - 
compromisso / submeter - submissão
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com 
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
trico / re + surgir - ressurgir
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
plos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos 
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, 
Juçara, caçula, cachaça, cacique
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, 
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, 
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / 
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
*após ditongos: foice, coice, traição
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): 
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, 
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, 
quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados 
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - 
empresa / difundir - difusão
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - 
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
*após ditongos: coisa, pausa, pouso
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina 
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de 
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
cretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar 
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + 
inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, 
gesso.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com 
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação: Exceção: pajem
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, 
litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
gir.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
nado com j: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
11
PORTUGUÊS
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
boia, manjerona.
*as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
caxi, muxoxo, xucro.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): 
xampu, lagartixa.
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
*depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Observação: Exceção: quando a palavra de origem 
não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, 
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. 
Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são 
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os 
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
- atenção para as palavras que mudam de sentido 
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan-
dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 
estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
gues/ortografia
Questões sobre Ortografia
01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre 
as frases que seguem, a única correta é:
 a) Ele se esqueceu de que?
 b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
bui-lo entre os presentes.
 c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
ticas.
 d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações 
dos funcionários.
 e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo 
com a norma- -padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartóriolo-
cal.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para 
informar os usuários sobre o festival Sounderground.
Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do 
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, 
começa o Sounderground, festival internacional que presti-
gia os músicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
tarão e divirta-se!
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se 
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as 
expressões
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às
E) Afim ...à partir ... as
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se-
guinte frase:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é 
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
geiros nos aeroportos.
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei-
dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de 
pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só-
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do 
pátio.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má-
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação 
dessa sua crise.
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta 
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces-
são de privilégios ilegítimos.
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 
escrita?
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
ça.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa.
06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas 
ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o 
verbo no tempo futuro.
(A) Mas elas cresceram...
(B) Mas elas cresciam...
(C) Mas elas cresçam...
(D) Mas elas crescem...
(E) Mas elas crescerão...
07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 
FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO con-
traria a norma culta:
12
PORTUGUÊS
A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, 
por isso posso me queixar com razão.
B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
passarmos os infortúnios da vida.
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes 
que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa 
vida.
D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, 
principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
de e simplicidade.
E) As dificuldades por que passamos certamente nos 
fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
GABARITO
01.E 02. D 03. C 
04. A 05. B 06. E 07. E 
RESOLUÇÃO
1-) 
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para 
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
cessivos nas críticas.
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
cações dos funcionários.
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
2-) 
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta-
beliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. 
= cidadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
cal. = certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de-
graus
3-) Prezado Usuário
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me-
trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa 
o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú-
sicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; 
antes de horas: há crase
4-) Fiz a correção entre parênteses:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é 
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
geiros nos aeroportos. 
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua 
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) 
sua reputação de pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio 
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza 
(frondosa) árvore do pátio.
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência 
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
cilho) na superação dessa sua crise.
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção 
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
vente na concessão de privilégios ilegítimos.
5-) 
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa. = mendigo/caderneta/poupança
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. = mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas 
elas crescerão... 
7-) Fiz as correções entre parênteses:
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor-
túnios, por isso posso me queixar com razão.
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes 
para ultrapassarmos os infortúnios da vida.
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes 
que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte 
de nossa vida.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so-
frimento, principalmente daqueles que procuram viver com 
dignidade e simplicidade.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
samos certamente nos fazem mais fortes e preparados 
para os infortúnios da vida.
HÍFEN 
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado 
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, 
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
receram-me; vê-lo-ei).
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em 
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
 
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem 
para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, 
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, 
guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém 
e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
do, aquém- -fiar, etc.
13
PORTUGUÊS
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 
uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações 
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
sácia-Lorena, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
per- quando associados com outro termo que é iniciado 
por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, 
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: 
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
do termo

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