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Análise da sistemática da tomada de turnos em dado do NURC RE

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1 
 
Raul Yamada, Matheus Lazarini e Renata Silva 
 
1. O princípio universal fala um por vez não é totalmente respeitada no trecho do 
NURC analisado. Há algumas interrupções pontuais, como por exemplo “inf. 2 
– não vejo televisão e não permito que quase que minhas [filhas vejam... 
porque: inf. 1 – [não o problema o problema não chega tanto assim (...) inf. 2 – 
bom [eu”. No trecho, podemos perceber que o informante 2 estava comentando 
com o informante 1 sobre o motivo de não deixar suas filhas assistirem 
televisão, porém seu turno de fala é interrompido pelo informante 1 que 
discorda do que estava sendo dito. Outro exemplo a ser mencionado é “inf. 1 – 
(...) qualquer coisa de divulgação: ou qualquer coisa mais fácil o po[vo todinho 
vai ligar inf. 2. - [Chacrinha inf. 1 – é o povo todinho vai ligar pra Chacrinha 
(...)”. Nesta parte, o informante 2 interrompe a fala do informante 1 para 
exemplificar o que estava sendo dito pelo informante 1. Então, analisando os 
dois trechos, percebemos que a interrupção ocorre, nessa conversa em 
particular, 1) para discordar de algum argumento e 2) para complementar o que 
estava sendo dito. 
 
2. a. Quando a pergunta é direcionada: “Inf. 2 – mas por quê?... por que você não 
leva a cultura ao povo primeiro?” 
b. Quando o interlocutor utiliza marcadores na fala como “né?”, “tá?” entre 
outros: “Inf. 1 – entendeu?” 
c. Quando o interlocutor percebe que o locutor terminou a sua fala e não há 
nada mais que possa ser dito a não ser a resposta do interlocutor: “Inf. 2 – 
agora acha-se a/ a/ a/ acho os meios de comunicação VÁlidos... acho que eles 
devem ser usados [incentivados cada vez mais” 
 
3. 1a) “Inf. 1 – e o demônio?... [e o demônio na moda?... o que é que você acha 
Inf. 2 – ahn?”. Quando o informante 1 pergunta diretamente para o informante 
2, ele seleciona o informante 2 para ter um turno de fala. 
1b) “Doc. – vocês podem falar à vontade/ conversar entre si:... QUANto menos 
a gente interferir melhor Inf. 1 – sobre o quê?”. O documentador não deixou 
2 
 
claro para quem era o próximo turno de fala, então o informante 1 tomou o turno 
para si e o transferiu para o documentador. 
1c) “Inf. 2 – (...) acho que o homem vai criar um mundo melhor Inf. 1 ((risos)) 
inf. 2 – eu acho que o homem vai melhorar a vida dele (...)”. O informante 2 fez 
um comentário e, vendo que o informante 1 apenas riu, ele iniciou o próximo 
turno de fala. 
2) “Inf. 2 – (...) acho que o homem vai criar um mundo melhor Inf. 1 ((risos)) inf. 
2 – eu acho que o homem vai melhorar a vida dele (...) passa a preocupar e 
tenta corrigir e as vezes corrige aquilo que fez Doc. – tipo de transporte”. O 
informante 2 termina sua fala e, como o informante 1 apenas riu, ele continuou 
até ter um lugar relevante para a transição e, a partir daí, o documentador toma 
para si o turno de fala. 
 
4. A única sequência que pode ser encontrada no trecho analisado é: 
a. Reclamação / rejeição “Inf. 2 – agora... quanto à comunicação... eu acho 
válida... acho válida... agora uma comunicação fiscalizada essa 
comunicação de massa... tem que ser uma comunicação muito fiscalizada... 
e não como tem sido feito... o problema de transmitir Hamlet Inf. 1 – não eu 
sou contra” 
 E, portanto, pode ser classificada como afirmação e discordância.

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