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Súmulas
 
Nº 631 STJ - Direito Processual Penal
 
 
O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge
os efeitos secundários, penais ou extrapenais.
 
 
 
Nº 630 STJ - Direito Penal
 
 
A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes
exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse
ou propriedade para uso próprio.
 
 
 
Nº 629 STJ - Direito Ambiental
 
 
Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não
fazer cumulada com a de indenizar.
 
 
 
Nº 628 STJ - Direito Processual Civil
 
 
A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quandopresentes,
cumulativamente, os seguintes requisitos: a)existência de vínculo hierárquico entre a
autoridade que prestouinformações e a que ordenou a prática do ato impugnado;
b)manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c)ausência de modificação
de competência estabelecida naConstituição Federal.
 
 
 
Nº 627 STJ - Direito Tributário
 
 
O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se
lhe exigindo a demonstração dacontemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva
daenfermidade.
 
 
 
Nº 626 STJ - Direito Tributário
 
A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pelalei local como urbanizável
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
Página 1 de 160
ou de expansão urbana não estácondicionada à existência dos melhoramentos elencados no
art. 32, §1º, do CTN.
 
 
 
Nº 625 STJ - Direito Tributário
 
 
O pedido administrativo de compensação ou de restituição nãointerrompe o prazo
prescricional para a ação de repetição deindébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem
o da execuçãode título judicial contra a Fazenda Pública.
 
 
 
Nº 624 STJ - Direito Civil
 
 
Épossível cumular a indenização do dano moral com a reparaçãoeconômica da Lei n.
10.559/2002 (Lei da Anistia Política).
 
 
 
Nº 623 STJ - Direito Ambiental
 
 
As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendoadmissível cobrá-las do
proprietário ou possuidor atual e/ou dosanteriores, à escolha do credor.
 
 
 
Nº 622 STJ - Direito Tributário
 
 
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem dadecadência para a constituição do
crédito tributário; exaurida ainstância administrativa com o decurso do prazo para a
impugnação oucom a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado oprazo concedido
pela Administração para o pagamento voluntário,inicia-se o prazo prescricional para a
cobrança judicial.
 
 
 
Nº 621 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante dopagamento retroagem
à data da citação, vedadas a compensação e arepetibilidade.
 
 
 
Nº 620 STJ - Direito Civil
 
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
Página 2 de 160
A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento daindenização prevista em
contrato de seguro de vida.
 
 
 
Nº 619 STJ - Direito Administrativo
 
 
A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, denatureza precária,
insuscetível de retenção ou indenização poracessões e benfeitorias.
 
 
 
Nº 618 STJ - Direito Ambiental
 
 
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental.
 
 
 
Nº 617 STJ - Direito Penal
 
 
A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antesdo término do período
de prova enseja a extinção da punibilidadepelo integral cumprimento da pena.
 
 
 
Nº 616 STJ - Direito Civil
 
 
A indenização securitária é devida quando ausente a comunicaçãoprévia do segurado acerca
do atraso no pagamento do prêmio,por constituir requisito essencial para a suspensão ou
resolução docontrato de seguro.
 
 
 
Nº 615 STJ - Direito Administrativo
 
 
Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada
em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as
providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos.
 
 
 
Nº 614 STJ - Direito Tributário
 
 
O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de
taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.
 
SÚMULAS
SÚMULAS
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Página 3 de 160
Nº 613 STJ - Direito Ambiental
 
 
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental.
 
 
 
Nº 612 STJ - Direito Tributário
 
 
O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua
validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em
que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a
fruição da imunidade.
 
 
 
Nº 611 STJ - Direito Administrativo
 
 
Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida
a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face
do poder-dever de autotutela imposto à Administração.
 
 
 
Nº 610 STJ - Direito Civil
 
 
O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida,
ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada.
 
 
 
Nº 609 STJ - Direito do Consumidor
 
 
A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não
houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do
segurado. Segunda Seção, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018.
 
 
 
Nº 608 STJ - Direito do Consumidor
 
 
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os
administrados por entidades de autogestão.
 
 
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
Página 4 de 160
Nº 607 STJ - Direito Penal
 
 
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se
com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a
transposição de fronteiras. 
 
 
 
Nº 606 STJ - Direito Penal
 
 
Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de
internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n.
9.472/1997. 
 
 
 
Nº 605 STJ - Direito Processual Penal
 
 
A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto
não atingida a idade de 21 anos.
 
 
 
Nº 605 STJ -
 
 
A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto
não atingida a idade de 21 anos. 
 
 
 
Nº 604 STJ - Direito Processual Penal
 
 
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal
interposto pelo Ministério Público.
 
 
 
Nº 603 STJ - Direito Civil
 
 
Évedado ao banco mutuante reter, em qualquer extensão, os salários, vencimentos e/ou
proventos de correntista para adimplir o mútuo (comum) contraído, ainda que haja cláusula
contratual autorizativa, excluído o empréstimo garantido por margem salarial consignável, com
desconto em folha de pagamento, que possui regramento legal específico e admite a retenção
SÚMULAS
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Gerado por: 
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de percentual.
 
 
 
Nº 602 STJ - Direito da Criança e do AdolescenteO Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais
promovidos pelas sociedades cooperativas.
 
 
 
Nº 601 STJ - Direito Processual Civil
 
 
O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e
individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço
público.
 
 
 
Nº 600 STJ - Direito Penal
 
 
Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n.
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.
 
 
 
Nº 599 STJ - Direito Penal
 
 
O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
 
 
 
Nº 598 STJ - Direito Tributário
 
 
Édesnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da
isenção do imposto de renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada
a doença grave por outros meios de prova.
 
 
 
Nº 597 STJ - Direito Civil
 
 
A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de
assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se
ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
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Nº 596 STJ - Direito Civil
 
 
A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar esubsidiária, somente se
configurando no caso de impossibilidadetotal ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
 
 
 
Nº 595 STJ - Direito Civil
 
 
As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelosdanos suportados pelo
aluno/consumidor pela realização de cursonão reconhecido pelo Ministério da Educação,
sobre o qual não lhetenha sido dada prévia e adequada informação.
 
 
 
Nº 594 STJ - Direito Processual Civil
 
 
O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação dealimentos em proveito de
criança ou adolescente independentemente doexercício do poder familiar dos pais, ou do fato
de o menor seencontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto daCriança e do
Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentosacerca da existência ou eficiência da
Defensoria Pública na comarca.
 
 
 
Nº 593 STJ - Direito Penal
 
 
O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnalou prática de ato
libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevanteeventual consentimento da vítima para a
prática do ato, suaexperiência sexual anterior ou existência de relacionamento amorosocom o
agente.
 
 
 
Nº 592 STJ - Direito Administrativo
 
 
O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativodisciplinar só causa nulidade
se houver demonstração deprejuízo à defesa.
 
 
 
Nº 591 STJ - Direito Administrativo
 
 
Épermitida a prova emprestada no processo administrativodisciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízocompetente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
SÚMULAS
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Gerado por: 
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Nº 590 STJ - Direito Tributário
 
 
Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do impostode renda, em caso de
liquidação de entidade de previdênciaprivada, a quantia que couber a cada participante, por
rateio dopatrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições àentidade em liquidação,
devidamente atualizadas e corrigidas.
 
 
 
Nº 589 STJ - Direito Penal
 
 
Éinaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados
contra a mulher no âmbitodas relações domésticas.
 
 
 
Nº 588 STJ - Direito Penal
 
 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher comviolência ou grave ameaça no
ambiente doméstico impossibilitaa substituição da pena privativa de liberdade por restritivade
direitos.
 
 
 
Nº 587 STJ - Direito Penal
 
 
Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lein. 11.343/2006, é desnecessária a
efetiva transposição defronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente
ademonstração inequívoca da intenção de realizar o tráficointerestadual.
 
 
 
Nº 586 STJ - Direito Civil
 
 
A exigência de acordo entre o credor e o devedor na escolha doagente fiduciário aplica-se,
exclusivamente, aos contratos nãovinculados ao Sistema Financeiro da Habitação � SFH.
 
 
 
Nº 585 STJ - Direito Tributário
 
 
A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art.134 do Código de Trânsito
Brasileiro � CTB, não abrange o IPVAincidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao
períodoposterior à sua alienação.
 
SÚMULAS
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Gerado por: 
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Nº 584 STJ - Direito Tributário
 
 
As sociedades corretoras de seguros, que não se confundem comas sociedades de valores
mobiliários ou com os agentesautônomos de seguro privado, estão fora do rol de
entidadesconstantes do art. 22, § 1º, da Lei n. 8.212/1991, não sesujeitando à majoração da
alíquota da Cofins prevista noart. 18 da Lei n. 10.684/2003.
 
 
 
Nº 583 STJ - Direito Tributário
 
 
O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n.10.522/2002, dirigido aos débitos
inscritos como dívida ativada União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou porela
cobrados, não se aplica às execuções fiscais movidaspelos conselhos de fiscalização
profissional ou pelasautarquias federais.
 
 
 
Nº 582 STJ - Direito Penal
 
 
Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de
violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata
ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou
desvigiada.
 
 
 
Nº 581 STJ - Direito Empresarial
 
 
A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e
execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por
garantia cambial, real ou fidejussória.
 
 
 
Nº 580 STJ - Direito Civil
 
 
A correção monetária nas indenizações do seguro DPVAT por morte ou invalidez, prevista no
§ 7º do art. 5º da Lei n. 6.194/1974, redação dada pela Lei n. 11.482/2007, incide desde a
data do evento danoso.
 
 
 
Nº 579 STJ - Direito Processual Civil
 
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
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Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos
embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior. Corte Especial, aprovada
em 1º/7/2016, DJe 1°/8/2016.
 
 
 
Nº 578 STJ - Direito do Trabalho
 
 
Os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para empresa agroindustrial ligada
ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de rurícola, ensejando a isenção do FGTS desde
a edição da Lei Complementar n. 11/1971 até a promulgação da Constituição Federal de
1988.
 
 
 
Nº 577 STJ - Direito Previdenciário
 
 
Épossível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo
apresentado, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o
contraditório.
 
 
 
Nº 576 STJ - Direito Previdenciário
 
 
Ausente requerimento administrativo no INSS, o termo inicial para a implantação da
aposentadoria por invalidez concedida judicialmente será a data da citação válida.
 
 
 
Nº 575 STJ - Direito Penal
 
 
Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a
pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no
art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na
condução do veículo.
 
 
 
Nº 574 STJ - Direito Penal
 
 
Para a configuração do delito de violaçãode direito autoral e a comprovação de sua
materialidade, é suficiente a perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos
aspectos externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares dos direitos
autorais violados ou daqueles que os representem.
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
Página 10 de 160
Nº 573 STJ - Direito Civil
 
 
Nas ações de indenização decorrente de seguro DPVAT, a ciência inequívoca do caráter
permanente da invalidez, para fins de contagem do prazo prescricional, depende de laudo
médico, exceto nos casos de invalidez permanente notória ou naqueles em que o
conhecimento anterior resulte comprovado na fase de instrução.
 
 
 
Nº 572 STJ - Direito do Consumidor
 
 
O Banco do Brasil, na condição de gestor do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos
(CCF), não tem a responsabilidade de notificar previamente o devedor acerca da sua inscrição
no aludido cadastro, tampouco legitimidade passiva para as ações de reparação de danos
fundadas na ausência de prévia comunicação.
 
 
 
Nº 571 STJ - Direito Civil
 
 
A taxa progressiva de juros não se aplica às contas vinculadas ao FGTS de trabalhadores
qualificados como avulsos.
 
 
 
Nº 570 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Compete à Justiça Federal o processo e julgamento de demanda em que se discute a
ausência de ou o obstáculo ao credenciamento de instituição particular de ensino superior no
Ministério da Educação como condição de expedição de diploma de ensino a distância aos
estudantes.
 
 
 
Nº 569 STJ - Direito Tributário
 
 
Na importação, é indevida a exigência de nova certidão negativa de débito no desembaraço
aduaneiro, se já apresentada a comprovação da quitação de tributos federais quando da
concessão do benefício relativo ao regime de drawback.
 
 
 
Nº 568 STJ - Direito Processual Civil
 
 
O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
Página 11 de 160
provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema.
 
 
 
Nº 567 STJ - Direito Penal
 
 
Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança
no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do
crime de furto.
 
 
 
Nº 566 STJ - Direito Empresarial
 
 
Nos contratos bancários posteriores ao início da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007,
em 30/4/2008, pode ser cobrada a tarifa de cadastro no início do relacionamento entre o
consumidor e a instituição financeira.
 
 
 
Nº 565 STJ - Direito Empresarial
 
 
A pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação parao mesmo fato gerador, é válida apenas nos contratos bancários anteriores
ao início da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007, em 30/4/2008.
 
 
 
Nº 564 STJ - Direito Civil
 
 
No caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil financeiro, quando a soma da
importância antecipada a título de valor residual garantido (VRG) com o valor da venda
do bem ultrapassar o total do VRG previsto contratualmente, o arrendatário terá direito de
receber a respectiva diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio
desconto de outras despesas ou encargos pactuados.
 
 
 
Nº 563 STJ - Direito do Consumidor
 
 
O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência
 complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades
fechadas.
 
 
 
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
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Nº 562 STJ - Direito Processual Penal
 
 
Épossível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em
regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.
 
 
 
Nº 561 STJ - Direito Administrativo
 
 
Os Conselhos Regionais de Farmácia possuem atribuição para fiscalizar e autuar as
farmácias e drogarias quanto ao cumprimento da exigência de manter profissional legalmente
habilitado (farmacêutico) durante todo o período de funcionamento dos respectivos
estabelecimentos.
 
 
 
Nº 560 STJ - Direito Tributário
 
 
A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN,
pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica
caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a
expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou
Detran. 
 
 
 
Nº 559 STJ - Direito Tributário
 
 
Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o
demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n.
6.830/1980.
 
 
 
Nº 558 STJ - Direito Tributário
 
 
Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da
falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
 
 
 
Nº 557 STJ - Direito Previdenciário
 
 
A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício de aposentadoria por invalidez precedido de
auxílio-doença será apurada na forma do art. 36, § 7º, do Decreto n. 3.048/1999, observando-
SÚMULAS
SÚMULAS
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se, porém, os critérios previstos no art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados
períodos de afastamento e de atividade laboral.
 
 
 
Nº 556 STJ - Direito Tributário
 
 
Éindevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de
aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate de
contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de 1º/1/1989
a 31/12/1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei n. 7.713/1988, na
redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/1995.
 
 
 
Nº 555 STJ - Direito Tributário
 
 
Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco
constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos
casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa.
 
 
 
Nº 554 STJ - Direito Tributário
 
 
Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas
os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a
fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.
 
 
 
Nº 553 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Nos casos de empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, é competente a
Justiça estadual para o julgamento de demanda proposta exclusivamente contra a Eletrobrás.
Requerida a intervenção da União no feito após a prolação de sentença pelo juízo estadual, os
autos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal competente para o julgamento da
apelação se deferida a intervenção.
 
 
 
Nº 552 STJ - Direito Administrativo
 
 
O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de
disputar as vagas reservadas em concursos públicos. Corte Especial, aprovada em
SÚMULAS
SÚMULAS
Gerado por: 
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4/11/2015, DJe 9/11/2015.
 
 
 
Nº 551 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Nas demandas por complementação de ações de empresas de telefonia, admite-se a
condenação ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio independentemente de
pedido expresso. No entanto, somente quando previstos no título executivo, poderão ser
objeto de cumprimento de sentença.
 
 
 
Nº 550 STJ - Direito do Consumidor
 
 
A utilização de escore de crédito,método estatístico de avaliação de risco que não constitui
banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar
esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados
considerados no respectivo cálculo.
 
 
 
Nº 549 STJ - Direito Civil
 
 
Éválida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.
 
 
 
Nº 548 STJ - Direito do Consumidor
 
 
Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro de
inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito.
 
 
 
Nº 547 STJ - Direito Civil
 
 
Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a título de participação
financeira do consumidor no custeio de construção de rede elétrica, o prazo prescricional é de
vinte anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do Código Civil de 2002, o prazo
é de cinco anos se houver previsão contratual de ressarcimento e de três anos na ausência de
cláusula nesse sentido, observada a regra de transição disciplinada em seu art. 2.028.
 
 
 
Nº 546 STJ - Direito Processual Penal
 
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A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão
da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando
a qualificação do órgão expedidor.
 
 
 
Nº 545 STJ - Direito Penal
 
 
Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus
à atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal.
 
 
 
Nº 544 STJ - Direito Civil
 
 
É válida a utilização de tabela do Conselho Nacional de Seguros Privados para estabelecer a
proporcionalidade da indenização do seguro DPVAT ao grau de invalidez também na hipótese
de sinistro anterior a 16/12/2008, data da entrada em vigor da Medida Provisória n. 451/2008.
 Segunda Seção, aprovada em 26/8/2015, DJe 31/8/2015.
 
 
 
Nº 543 STJ - Direito do Consumidor
 
 
Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido
ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas
pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente
vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao
desfazimento. Segunda Seção, aprovada em 26/8/2015, DJe 31/8/2015.
 
 
 
Nº 542 STJ - Direito Penal
 
 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a
mulher é pública incondicionada. Terceira Seção, aprovada em 26/8/2015, DJe 31/8/2015.
 
 
 
Nº 541 STJ - Direito Civil
 
 
A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é
suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.
 
 
 
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Nº 540 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Na ação de cobrança do seguro DPVAT, constitui faculdade do autor escolher entre os foros
do seu domicílio, do local do acidente ou ainda do domicílio do réu.
 
 
 
Nº 539 STJ - Direito Civil
 
 
Épermitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados
com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n.
1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.
 
 
 
Nº 538 STJ - Direito Civil
 
 
As administradoras de consórcio têm liberdade para estabelecer a respectiva taxa de
administração, ainda que fixada em percentual superior a dez por cento.
 
 
 
Nº 537 STJ - Direito Civil
 
 
Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou
contestar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto com o
segurado, ao pagamento da indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice.
 
 
 
Nº 536 STJ - Direito Processual Penal
 
 
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
 
 
 
Nº 535 STJ - Direito Processual Penal
 
 
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
 
 
 
Nº 534 STJ - Direito Processual Penal
 
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A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração.
 
 
 
Nº 533 STJ - Direito Processual Penal
 
 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é
imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído
ou defensor público nomeado.
 
 
 
Nº 532 STJ - Direito do Consumidor
 
 
Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa
solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de
multa administrativa.
 
 
 
Nº 531 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a
menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
 
 
 
Nº 530 STJ - Direito Civil
 
 
Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar a taxa de juros efetivamente
contratada - por ausência de pactuação ou pela falta de juntada do instrumento aos autos -,
aplica-se a taxa média de mercado, divulgada pelo Bacen, praticada nas operações da
mesma espécie, salvo se a taxa cobrada for mais vantajosa para o devedor.
 
 
 
Nº 529 STJ - Direito Civil
 
 
No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro
prejudicado direta e 
exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano.
 
 
 
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Nº 528 STJ - Direito Penal
 
 
Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal
processar e julgar o crime de tráfico internacional.
 
 
 
Nº 527 STJ - Direito Penal
 
O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena
abstratamente cominada ao delito praticado.
 
 
Nº 526 STJ - Direito Processual Penal
 
 
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime
doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato.
 
 
 
Nº 525 STJ - Direito Processual Civil
 
 
A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária,
somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Doutrina e jurisprudência entendem que as Casas Legislativas - câmaras municipais e
assembleias legislativas - têm apenas personalidade judiciária, e não jurídica. No caso, a
personalidade jurídica é atribuída, exclusivamente, à respectiva pessoa jurídica de direito
público, ou seja, ao Município ou ao Estado. Assim, as câmaras de vereadores podem estar
em juízo tão somente na defesa de suas prerrogativas institucionais. Não têm, por exemplo,
legitimidade para recorrer ou apresentar contrarrazões em ação envolvendo direitos
estatutários de servidores. Nesse sentido, a Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp
1.164.017/PI, Rel. Ministro Castro Meira, DJe 06/04/2010, decidiu que "a Câmara de
Vereadores não possui personalidade jurídica, mas apenas personalidadejudiciária, de modo
que somente pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais,
entendidos esses como sendo os relacionados ao funcionamento, autonomia e independência
do órgão". Portanto, para se aferir a legitimação ativa dos órgãos legislativos, é necessário
qualificar a pretensão em análise para se concluir se está, ou não, relacionada a interesses e
prerrogativas institucionais. Com efeito, o Município, órgão da administração pública dotado de
personalidade jurídica, é quem tem a legitimidade para responder, por exemplo, pelas dívidas
contraídas pela Câmara de Vereadores, ainda que na esfera administrativa.
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Nº 524 STJ - Direito Tributário
 
 
No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o
serviço prestado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação,
devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos
trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A orientação da Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido de que "as empresas de mão-de-
obra temporária podem encartar-se em duas situações, em razão da natureza dos serviços
prestados: (i) como intermediária entre o contratante da mão-de-obra e o terceiro que é
colocado no mercado de trabalho; (ii) como prestadora do próprio serviço, utilizando de
empregados a ela vinculados mediante contrato de trabalho". Na primeira hipótese, o ISS
incide "apenas sobre a taxa de agenciamento, que é o preço do serviço pago ao agenciador,
sua comissão e sua receita, excluídas as importâncias voltadas para o pagamento dos
salários e encargos sociais dos trabalhadores". Na segunda situação, "se a atividade de
prestação de serviço de mão-de-obra temporária é prestada através de pessoal contratado
pelas empresas de recrutamento, resta afastada a figura da intermediação, considerando-se a
mão-de-obra empregada na prestação do serviço contratado como custo do serviço, despesa
não dedutível da base de cálculo do ISS", como ocorre em relação aos serviços prestados na
forma da Lei 6.019/74. Confira o citado precedente julgado sob o rito de recursos repetitivos:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. (RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO
DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA – ISSQN. AGENCIAMENTO DE MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA. ATIVIDADE-
FIM DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS. BASE DE CÁLCULO. PREÇO DO
SERVIÇO. VALOR REFERENTE AOS SALÁRIOS E AOS ENCARGOS SOCIAIS). 1. O
inconformismo, que tem como real escopo a pretensão de reformar o decisum, não há como
prosperar, porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição, obscuridade ou erro
material, sendo inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos
limites do art. 535 do CPC. 2. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta pretensão
infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos, quando o aresto recorrido assentou
que: "(...) nos termos da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, se a atividade de prestação de
serviço de mão-de-obra temporária é prestada através de pessoal contratado pelas empresas
de recrutamento, resta afastada a figura da intermediação, considerando-se a mão-de-obra
empregada na prestação do serviço contratado como custo do serviço, despesa não dedutível
da base de cálculo do ISS. "Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho temporário a
pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras
empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados
e assistidos. (...) Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho
temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou
cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos
conferidos aos trabalhadores por esta Lei. (...) Art. 15 - A Fiscalização do Trabalho poderá
exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado com a empresa de
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trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como a
comprovação do respectivo recolhimento das contribuições previdenciárias. Art. 16 - No caso
de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é
solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao
tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo
período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. (...) Art. 19 - Competirá à
Justiça do Trabalho dirimir os litígios entre as empresas de serviço temporário e seus
trabalhadores." 7. Nesse diapasão, o enquadramento legal tributário faz mister o exame das
circunstâncias fáticas do trabalho prestado, delineadas pela instância ordinária, para que se
possa concluir pela forma de tributação. 8. In casu, na própria petição inicial, a empresa
recorrida procede ao seu enquadramento legal, in verbis: "Como demonstra seu contrato
social (documento anexo), a Impetrante tem como objetivo societário a locação de mão-de-
obra temporária, na forma da Lei nº 6.019/74. Em contraprestação a essa terceirização,
conforme cópia exemplificativa de contrato em anexo (documento anexo), as empresas
contratantes ou tomadoras de seus serviços realizam o pagamento da remuneração do
trabalhador terceirizado e o pagamento do spread da Impetrante, qual seja, a chamada taxa
de administração, conforme cópia exemplificativa de nota fiscal em anexo (documento anexo).
Entretanto, por inconveniência contábil e exigência ilegal do Fisco, está "autorizada" a
somente emitir uma nota fiscal para receber os seus serviços, onde a taxa de administração,
despesas e remuneração do terceirizado são pagas de forma conjunta." 3. Embargos de
declaração rejeitados. (STJ, 1ª Seção, Rel. Min. LUIZ FUX, REsp 1.138.205/PR, DJe
27/04/2010). 
 
 
 
Nº 523 STJ - Direito Tributário
 
 
A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito de tributos estaduais deve
corresponder à utilizada para cobrança do tributo pago em atraso, sendo legítima a incidência
da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando prevista na legislação local, vedada sua
cumulação com quaisquer outros índices.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Nos termos da jurisprudência do STJ, não se aplica o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/97,
seja na redação da MP n. 2.180-35/2001, seja na redação dada pela Lei n. 11.960/2009, às
causas de natureza tributária. Tratando-se de repetição de indébito de tributo que não possui
taxa de juros moratórios fixada em legislação extravagante, aplica-se o índice de 1% ao mês,
estabelecido no art. 161, § 1º, do CTN. Todavia, a Primeira Seção/STJ, ao apreciar o REsp
879.844/MG (Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 11.11.2009), em regime de recurso repetitivo,
confirmou a orientação no sentido de que "a Taxa SELIC é legítima como índice de correção
monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, diante
da existência de lei estadual que determina a adoção dos mesmos critérios adotados na
correção dos débitos fiscais federais”. Isto é, incide a taxa SELIC na repetição de indébito
tributário estadual a partir da data de vigência da lei local que prevê a aplicação de tal encargo
sobre o pagamento atrasado de seus tributos. Noutros termos, significa dizer que na esfera
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estadual e municipal, por exemplo, é necessária a existência de lei local específica que
preveja expressamente a utilização da taxa SELIC em favor do contribuinte, ou, então, em prol
do município quando do recebimento de tributos em atraso, pois, nestecaso, em face do
princípio da isonomia que deve reger as relações tributárias, seria plenamente cabível a sua
aplicação nas hipóteses de restituição e compensação de indébitos. É de se ressaltar que, no
âmbito da União, o art. 39, § 4º, da Lei 9.250/95, prevê a aplicação da taxa SELIC para corrigir
valores referentes à restituição ou compensação de tributos federais. 
 
 
 
Nº 522 STJ - Direito Processual Penal
 
 
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em
situação de alegada autodefesa.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Ao retratar o crime de falsa identidade, diz o artigo 307, do Código Penal: “atribuir-se ou
atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para
causar dano a outrem: pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não
constitui elemento de crime mais grave”. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a repercussão
geral no RE n. 640.139/DF (DJe 14/10/2011), reafirmou a jurisprudência dominante sobre a
matéria posta em discussão, no sentido de que o princípio constitucional da autodefesa (art.
5º, inciso LXIII, da CF/88) não alcança aquele que atribui falsa identidade perante autoridade
policial com o intento de ocultar maus antecedentes, sendo, portanto, típica a conduta
praticada pelo agente (art. 307 do CP). No mesmo sentido, os mais recentes julgamentos do
Superior Tribunal de Justiça entendem ser típica a conduta de atribuir-se falsa identidade (art.
307 do CP) perante autoridade policial, ainda que em situação de alegada autodefesa. E
ainda: consoante os precedentes do STJ, alinhando-se à posição adotada pelo Supremo
Tribunal Federal, firmou-se a compreensão de que tanto a conduta de utilizar documento falso
como a de atribuir-se falsa identidade, para ocultar a condição de foragido ou eximir-se de
responsabilidade, caracterizam, respectivamente, o crime do art. 304 (uso de documento
falso) e do art. 307 (falsa identidade), ambos do Código Penal, sendo inaplicável a tese de
autodefesa (STJ, HC 156.087/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, DJe de 05/09/2012). Isso porque o uso de documento falso com o intuito de ocultar a
condição de foragido da Justiça não encontra amparo na garantia constitucional de não se
auto-incriminar, tendo em vista que esta abrange tão somente o direito de o acusado não
produzir provas contra si e não a de mentir quanto à sua identificação civil, dificultando ou
mesmo frustrando a aplicação da Justiça Penal.
 
 
 
Nº 521 STJ - Direito Processual Civil
 
 
A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença
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condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Com o advento da Lei n. 9.268/1996, o art. 51 do Código Penal passou a considerar a multa
criminal como dívida de valor, sendo aplicáveis à execução dessa sanção as normas da
legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública. Nesse sentido, a multa criminal torna-se
executável por meio da adoção dos procedimentos próprios da execução fiscal, afastando-se
a competência da Vara de Execuções Penais. De acordo com o entendimento da Corte
Especial e da 3º Seção do STJ, é da Fazenda Pública a legitimidade para promover a
execução de pena de multa imposta em sentença penal condenatória, e não do Ministério
Público. Outrossim, extrai-se da jurisprudência do STJ precedentes no sentido de que o Juízo
da Execução Penal, após o cumprimento integral da pena privativa de liberdade, ainda que
pendente o pagamento da pena de multa, deve extinguir o processo de execução criminal
que, por óbvio, não pode subsistir indefinidamente em razão da falta de interesse da Fazenda
Pública em executar a sanção pecuniária de valor irrisório (STJ, 5ª Turma, REsp 832267/RS,
DJe 14/05/2007). Lado outro, há também precedentes no sentido de que "compete ao Juízo
da Execução Penal determinar a intimação do condenado para realizar o pagamento da pena
de multa, a teor do que dispõe o art. 50 do Código Penal, e, acaso ocorra o inadimplemento
da referida obrigação, o fato deve ser comunicado à Fazenda Pública a fim de que ajuíze a
execução fiscal no foro competente, de acordo com as normas da Lei n. 6.830/80, porquanto,
a Lei n. 9.268/96, ao alterar a redação do art. 51 do Código Penal, afastou a titularidade do
Ministério Público" (STJ, REsp 832.267, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, DJU
de 14/05/2007).
 
 
 
Nº 520 STJ - Direito Processual Penal
 
 
O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível
de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
O Superior Tribunal de Justiça assentou o entendimento no sentido de que não é possível a
delegação ao administrador do presídio da fiscalização das saídas temporárias, autorizadas
em única decisão, por se entender que estaria configurada a delegação de competência
jurisdicional. Isso porque não se admite a concessão automática de saídas temporárias ao
condenado que cumpre pena em regime semiaberto, sem a avaliação pelo Juízo da Execução
e a manifestação do Ministério Público a respeito da conveniência da medida, sob pena de
indevida delegação do exame do pleito à autoridade penitenciária." (REsp nº 850.947/RS,
Relator Ministro Felix Fischer, in DJ 26/2/2007). Noutros termos, a concessão de saídas
periódicas automatizadas constitui verdadeira delegação de função jurisdicional ao
administrador do presídio, situação essa que contraria o disposto na Lei 7.210/84, que impõe
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a prévia avaliação pelo juízo da execução a respeito da conveniência da medida, além de
limitar a atuação fiscalizadora do Ministério Público. Vale rememorar que, por ocasião do
julgamento do Recurso Especial Repetitivo Representativo da Controvérsia n.º 1.166.251/RJ,
a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça se posicionou no sentido de que é
possível a concessão de um maior número de saídas temporárias de menor duração, uma vez
respeitado o limite de 35 dias por ano fixado pelo art. 124 da Lei de Execução Penal, na
medida em que o intuito é de reintegrar gradualmente o condenado à sociedade.
 
 
 
Nº 519 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença, não são cabíveis
honorários advocatícios. 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A Corte Especial do STJ, no julgamento do REsp 1.134.186/RS, relatoria do Min. Luis Felipe
Salomão, submetido ao regime dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), reconheceu que
"não são cabíveis honorários advocatícios pela rejeição da impugnação ao cumprimento de
sentença". Isto é, assentou ser incabível a condenação em verba honorária pela rejeição da
impugnação ao cumprimento de sentença, admissível tão somente no caso de acolhimento da
impugnação, ainda que parcial, em favor do executado, com base no art. 20, § 4º, do CPC.
Segundo a Corte em alguns precedentes, a impugnação ao cumprimento de sentença,
previsto na parte final do art. 475-J, § 1º, do CPC, reveste-se de "mero incidente processual"
semelhante à "exceção de pré-executividade" e que, de consequência, sua rejeição não
enseja a fixação de verba honorária. Confira-se o REsp, em regime de recurso repetitivo, que
originou o enunciado em comento: RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. São cabíveis honorários
advocatícios em fase de cumprimento de sentença, haja ou não impugnação, depois de
escoado o prazo para pagamento voluntário a que alude o art. 475-J do CPC, que somente se
inicia após a intimação do advogado, com a baixa dos autos e a aposição do "cumpra-se"
(REsp. n.º 940.274/MS).1.2. Não são cabíveis honorários advocatícios pela rejeição da
impugnação ao cumprimento de sentença. 1.3. Apenas no caso de acolhimento da
impugnação, ainda que parcial, serão arbitrados honorários em benefício do executado, com
base no art. 20, § 4º, do CPC. 2. Recurso especial provido. (STJ, Corte Especial, Rel. Min.
LUIS FELIPE SALOMÃO, REsp 1.134.186/RS, DJe 21/10/2011).
 
 
 
Nº 518 STJ - Direito Processual Civil
 
 
Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial fundado
em alegada violação de enunciado de súmula.
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COMENTÁRIO:
 
 
Dispõe o artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Constituição da República que compete ao
Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-
lhes vigência. Nesse cenário, já se colhia da jurisprudência do STJ que enunciados sumulares
não se equiparam a leis federais para fins de interposição de recurso especial fundado na
alínea "a" do permissivo constitucional. Isto é, o STJ consolidou orientação segundo a qual "a
interposição de recurso especial não é cabível quando ocorre violação de súmula ou de
qualquer ato normativo que não se enquadre no conceito de lei federal, conforme disposto no
art. 105, III, "a" da CF/88. (REsp 1.130.298/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, Segunda
Turma, julgado em 24.11.2009, DJe 7.12.2009.)
 
 
 
Nº 517 STJ - Direito Processual Civil
 
 
São devidos honorários advocatícios no cumprimento de sentença, haja ou não impugnação,
depois de escoado o prazo para pagamento voluntário, que se inicia após a intimação do
advogado da parte executada.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que é cabível o arbitramento de honorários
advocatícios na fase de cumprimento de sentença, com base no art. 20, § 4º, do Código de
Processo Civil, desde que não haja o cumprimento espontâneo da obrigação pelo devedor,
pois o valor fixado na fase de cognição considera apenas o trabalho realizado até o trânsito
em julgado da decisão que constitui o título executivo. Isto é, segundo a jurisprudência do
STJ, é cabível o arbitramento de honorários advocatícios na fase de cumprimento de
sentença, aplicando-se as disposições do § 4º do artigo 20 do Código de Processo Civil, que
determinam a fixação da referida verba mediante apreciação equitativa do magistrado. (AgRg
no REsp 1.090.014/MA, Rel. Min. SIDNEI BENETI, DJe 15.4.2009). Na fixação dos honorários
advocatícios com base na equidade (art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil), o julgador não
está atrelado aos limites previstos no artigo 20, § 3º, do Código de Processo Civil, podendo se
valer de percentuais tanto sobre o valor da causa quanto sobre a condenação, bem como
determiná-los em quantia fixa. Vale ressaltar que, também se colhe da jurisprudência do STJ,
em hipóteses excepcionais, quando manifestamente evidenciado ser irrisório ou exorbitante o
seu arbitramento, a revisão da verba honorária. Ademais, No julgamento do recurso especial
1.262.933/RJ, de relatoria do Ministro Luís Felipe Salomão, julgado em 19.6.2013, pelo rito do
art. 543-C, do CPC, a Corte especial decidiu que "na fase de cumprimento de sentença, o
devedor deverá ser intimado, na pessoa de seu advogado, mediante publicação na imprensa
oficial, para efetuar o pagamento no prazo de 15 (quinze) dias, a partir de quando, caso não o
efetue, passará a incidir a multa de 10% (dez por cento) sobre o montante da condenação".
Em tal julgado, ficou consignado que necessária se faz a intimação do advogado do
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executado para que não possa pairar dúvidas até mesmo acerca da data do trânsito em
julgado e também quanto ao valor atualizado da dívida, já que, em muitos casos, exige-se
memorial de cálculos a ser apresentado pelo credor. Assim, somente após o prazo de quinze
dias contados da intimação do devedor, na pessoa do seu advogado, pode-se falar em não
cumprimento espontâneo da obrigação, caso o devedor, intimado, deixe de efetuar o
pagamento. É de se ressaltar, porém, que os honorários fixados no início ou em momento
posterior da fase executiva, em favor do exequente, deixam de existir em caso de acolhimento
total da impugnação ou exceção de pré-executividade, com extinção do procedimento
executório, ocasião em que serão arbitrados honorários únicos ao impugnante. Por outro lado,
caso seja rejeitada a impugnação, somente os honorários fixados no procedimento executório
subsistirão. Quando a este último ponto, vide comentários ao enunciado 519 da Súmula do
STJ: “na hipótese de rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença, não são cabíveis
honorários advocatícios”. Por derradeiro, cumpre esclarecer que o enunciado em comento
derivou do julgamento do REsp 1.134.186/RS, em regime de recurso repetitivo. Confira-se a
respectiva ementa: RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Para
efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. São cabíveis honorários advocatícios em fase de
cumprimento de sentença, haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para
pagamento voluntário a que alude o art. 475-J do CPC, que somente se inicia após a
intimação do advogado, com a baixa dos autos e a aposição do "cumpra-se" (REsp. n.º
940.274/MS). 1.2. Não são cabíveis honorários advocatícios pela rejeição da impugnação ao
cumprimento de sentença. 1.3. Apenas no caso de acolhimento da impugnação, ainda que
parcial, serão arbitrados honorários em benefício do executado, com base no art. 20, § 4º, do
CPC. 2. Recurso especial provido. (STJ, Corte Especial, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO,
REsp 1.134.186/RS, DJe 21/10/2011).
 
 
 
Nº 516 STJ - Direito Tributário
 
 
A contribuição de intervenção no domínio econômico para o Incra (Decreto-Lei n. 1.110/1970),
devida por empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis ns. 7.787/1989,
8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a contribuição ao INSS.
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
O Superior Tribunal de Justiça, após diversos pronunciamentos, com base em ampla
discussão, reviu a jurisprudência sobre o assunto, chegando à conclusão que a contribuição
destinada ao INCRA não foi extinta, nem com a Lei nº 7.787/89, nem pela Lei nº 8.212/91,
ainda estando em vigor. Tal entendimento foi exarado com o julgamento proferido pela
Colenda Primeira Seção, nos ERESP nº 770.451/SC, Rel. p/ac. Min. CASTRO MEIRA,
Sessão de 27/09/2006. Naquele julgado, restou definido que a contribuição ao INCRA é uma
contribuição especial de intervenção no domínio econômico, destinada aos programas e
projetos vinculados à reforma agrária e suas atividades complementares. Assim, a supressão
da exação para o FUNRURAL pela Lei nº 7.787/89 e a unificação do sistema de previdência
através da Lei nº 8.212/91 não provocaram qualquer alteração na parcela destinada ao
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INCRA. Isso porque a contribuição para o INCRA não se destina a financiar a Seguridade
Social. Os valores recolhidos indevidamente a este título não podem ser compensados com
outras contribuições arrecadadas pelo INSS que se destinam ao custeio da Seguridade Social.
Não se aplica, portanto, o § 1º do art. 66 da Lei n. 8.383/91. A matéria em questão também foi
confirmada pela 1ª Seção do STJ em sede de recurso especial repetitivo (REsp 977.058/RS,
Rel. Min. Luiz Fux, DJe 10/11/2008). Confira a ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO
ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO INCRA. ADICIONAL DE 0,2%.
NÃO EXTINÇÃO PELAS LEIS 7.787/89, 8.212/91 E 8.213/91. LEGITIMIDADE. 1. A exegese
Pós-Positivista,imposta pelo atual estágio da ciência jurídica, impõe na análise da legislação
infraconstitucional o crivo da principiologia da Carta Maior, que lhe revela a denominada
“vontade constitucional”, cunhada por Konrad Hesse na justificativa da força normativa da
Constituição. 2. Sob esse ângulo, assume relevo a colocação topográfica da matéria
constitucional no afã de aferir a que vetor principiológico pertence, para que, observando o
princípio maior, a partir dele, transitar pelos princípios específicos, até o alcance da norma
infraconstitucional. 3. A Política Agrária encarta-se na Ordem Econômica (art. 184 da
CF/1988) por isso que a exação que lhe custeia tem inequívoca natureza de Contribuição de
Intervenção Estatal no Domínio Econômico, coexistente com a Ordem Social, onde se insere a
Seguridade Social custeada pela contribuição que lhe ostenta o mesmo nomen juris. 4. A
hermenêutica, que fornece os critérios ora eleitos, revela que a contribuição para o Incra e a
Contribuição para a Seguridade Social são amazonicamente distintas, e a fortiori, infungíveis
para fins de compensação tributária. 5. A natureza tributária das contribuições sobre as quais
gravita o thema iudicandum, impõe ao aplicador da lei a obediência aos cânones
constitucionais e complementares atinentes ao sistema tributário. 6. O princípio da legalidade,
aplicável in casu, indica que não há tributo sem lei que o institua, bem como não há exclusão
tributária sem obediência à legalidade (art. 150, I da CF/1988 c.c art. 97 do CTN). 7. A
evolução histórica legislativa das contribuições rurais denota que o Funrural (Prorural) fez as
vezes da seguridade do homem do campo até o advento da Carta neo-liberal de 1988, por
isso que, inaugurada a solidariedade genérica entre os mais diversos segmentos da atividade
econômica e social, aquela exação restou extinta pela Lei 7.787/89. 8. Diversamente, sob o
pálio da interpretação histórica, restou hígida a contribuição para o Incra cujo desígnio em
nada se equipara à contribuição securitária social. 9. Consequentemente, resta inequívoca
dessa evolução, constante do teor do voto, que: (a) a Lei 7.787/89 só suprimiu a parcela de
custeio do Prorural; (b) a Previdência Rural só foi extinta pela Lei 8.213, de 24 de julho de
1991, com a unificação dos regimes de previdência; (c) entretanto, a parcela de 0,2% (zero
vírgula dois por cento) – destinada ao Incra – não foi extinta pela Lei 7.787/89 e tampouco
pela Lei 8.213/91, como vinha sendo proclamado pela jurisprudência desta Corte. 10. Sob
essa ótica, à míngua de revogação expressa e inconciliável a adoção da revogação tácita por
incompatibilidade, porquanto distintas as razões que ditaram as exações sub judice, ressoa
inequívoca a conclusão de que resta hígida a contribuição para o Incra. 11. Interpretação que
se coaduna não só com a literalidade e a história da exação, como também converge para a
aplicação axiológica do Direito no caso concreto, viabilizando as promessas constitucionais
pétreas e que distinguem o ideário da nossa nação, qual o de constituir uma sociedade justa e
solidária, com erradicação das desigualdades regionais. 12. Recursos especiais do Incra e do
INSS providos. (STJ, 1ª Seção, Rel. Min. LUIZ FUX, REsp 977058 / RS, DJe 10/11/2008)
 
 
 
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Nº 515 STJ - Direito Tributário
 
 
SÚMULA n. 515: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui faculdade
do Juiz. STJ, 1ª Seção, DJe 18/08/2014. 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Consoante a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, a reunião de
processos contra o mesmo devedor por conveniência da unidade da garantia da execução,
nos termos do art. 28 da Lei 6.830/80, não é um dever do Juiz, e sim uma faculdade. A
cumulação de demandas executivas é medida de economia processual, objetivando a prática
de atos únicos que aproveitem a mais de um processo executivo, desde que preenchidos os
requisitos previstos no art. 573 do CPC c/c art. 28, da Lei 6.830/80, quais sejam: (i) identidade
das partes nos feitos a serem reunidos; (ii) requerimento de pelo menos uma das partes
(Precedente: REsp 217948/SP, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ 02/05/2000); (iii) estarem os
feitos em fases processuais análogas; (iv) competência do juízo. Outrossim, a Lei de
Execução Fiscal impõe como condição à reunião de processos a conveniência da unidade da
garantia, vale dizer, que haja penhoras sobre o mesmo bem efetuadas em execuções contra o
mesmo devedor, vedando, dessa forma, a cumulação sucessiva de procedimentos
executórios, de modo que é defeso à Fazenda Pública requerer a distribuição de uma nova
execução, embora contra o mesmo devedor, ao juízo da primeira. Não obstante a
possibilidade de reunião de processos, há que se distinguir duas situações, porquanto
geradoras de efeitos diversos: (i) a cumulação inicial de pedidos (títulos executivos) em uma
única execução fiscal, por aplicação subsidiária das regras dos arts. 292 e 576 do CPC, em
que a petição inicial do executivo fiscal deve ser acompanhada das diversas certidões de
dívida ativa; (ii) a cumulação superveniente, advinda da cumulação de várias ações executivas
(reunião de processos), que vinham, até então, tramitando isoladamente, consoante previsão
do art. 28, da Lei 6.830/80. Assim, a cumulação de pedidos em executivo fiscal único revela-
se um direito subjetivo do exequente, desde que atendidos os pressupostos legais. O
entendimento consolidado na súmula n. 515/STJ deriva do julgamento, em regime de recurso
repetitivo, do REsp 1.158.766/RJ, DJe 22/09/2010.
 
 
 
Nº 514 STJ - Direito do Trabalho
 
 
SÚMULA n. 514: A CEF é responsável pelo fornecimento dos extratos das contas
individualizadas vinculadas ao FGTS dos Trabalhadores participantes do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço, inclusive para fins de exibição em juízo, independentemente do período
em discussão. STJ, 1ª Seção, DJe 18/08/2014. 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
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O entendimento consolidado há tempos no STJ é o de que a responsabilidade pela
apresentação dos extratos analíticos é da Caixa Econômica Federal - enquanto gestora do
FGTS -, pois tem ela total acesso a todos os documentos relacionados ao Fundo e deve
fornecer as provas necessárias ao correto exame do pleiteado pelos fundistas. Além disso, é
incontroverso o entendimento de que a apresentação dos extratos anteriores a 1992 nas
ações de execução das diferenças de correção monetária das contas do FGTS é
responsabilidade da CEF, na condição de gestora do fundo, ainda que, para adquiri-los, a
empresa pública os requisite aos bancos depositários. A tese, agora sumulada, decorreu do
julgamento, em regime de recurso repetitivo, do REsp 1.108.034/RN, DJe 28/10/2009.
 
 
 
Nº 513 STJ - Direito Penal
 
 
SÚMULA n. 513: A abolitio criminis temporária prevista na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao
crime de posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005. 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A 6ª Turma do STJ, a partir do julgamento do HC n.º 188.278/RJ, passou a entender que a
abolitio criminis, para a posse de armas e munições de uso permitido, restrito, proibido e com
numeração raspada, tem como data final o dia 23 de outubro de 2005. Dessa data até 31 de
dezembro de 2009, somente as armas/munições de uso permitido (com numeração hígida) e,
pois registráveis, é que estiveram abarcadas pela abolitio criminis. Desde de 24 de outubro de
2005, as pessoas que possuam munições e/ou armas de uso restrito, proibido ou com
numeração rapada, podem se beneficiar de extinção da punibilidade, desde que,
voluntariamente, façam a entrega do artefato. 
 
Em síntese, temos que: 
 
a) a partir de 23/10/2005 não se aplica mais a “abolitio criminis”temporária para o delito de
posse de arma de fogo com numeração raspada, suprimida ou adulterada (art. 16, p. único,
IV, da Lei nº 10.826/03), porque, a partir de então, o art. 30 desta lei manteve a atipicidade da
conduta para regularização do armamento por meio do seu registro, o que resta inviável na
situação posta, já que a arma nestas condições não é passível de regularização; 
 
b) a atual redação do art. 32 do Estatuto do Desarmamento substituiu da “abolitio criminis”
temporária (situação de atipicidade da conduta) por uma causa de extinção da punibilidade
(entrega da arma ao Poder Público a qualquer tempo), o que não afasta a tipicidade da
conduta. Nesse sentido, vide REsp 1.311.408-RN publicado no Informativo 519/STJ (acesse
o Boletim Semanal 15/2013). 
 
Vejamos alguns apontamentos sobre o crime do art. 12, da Lei nº 10.826/03: 
 
Posse é diferente de porte. Posse é ter a arma em casa ou no trabalho. Qualquer outra
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situação é considerado porte (art. 14). Porte é ter a arma de fogo consigo em trânsito, mesmo
que na mala do carro ou no porta-luvas, salvo se for um veículo tipo trailler ou na boleia de um
caminhão, pois em tais situações equipara-se a “casa”. O tipo refere-se especificamente a
arma de uso permitido, portanto, se a posse for de arma de uso restrito ou proibido aplica-se o
art. 16. 
 
Arma de uso permitido: é norma penal em branco, regulamentada pelo art. 10 do Dec.
5.123/04 (arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utilização é autorizada a pessoas
físicas, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com as normas do Comando do Exército e
nas condições previstas na Lei nº 10.826, de 2003). 
 
Manter sob a guarda: é expressão que indica ser crime permanente. Portanto, aplica-se-lhe o
disposto no art. 111, III do CP (termo inicial do prazo prescricional ocorre quando cessa a
permanência) e o art. 303 do CPP (a situação de flagrância dura enquanto não cessada a
permanência). Também se lhe aplica o enunciado nº 711 do STF: a lei penal mais grave
aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência. 
 
Abolitio Criminis: a principal questão referente ao art. 12 do ED diz respeito à sua abolitio
criminis temporalis por força do disposto no art. 30 do mesmo diploma que permite aos
possuidores de armas de fogo de uso permitido registrá-la até 31 de dezembro de 2009
(redação dada pela Lei nº 11.922/09). Isso quer dizer que, até esta data, ninguém poderia ser
punido pela posse de arma de fogo de uso permitido. Portanto, fala-se emabolitio criminis
temporalis apenas quanto ao crime de posse de arma de fogo no período estabelecido no
artigo 30 para o registro, bem como por força do art. 32 do ED que permite a entrega das
armas à Polícia Federal mediante indenização sem prazo fixado. É de se ressaltar que o artigo
30 fixava prazo até o dia 31/12/2008 para regularização das armas (atualização do registro),
mas o artigo 32, que prevê a entrega espontânea das armas irregulares à Polícia Federal, com
a sua atual redação, não está submetido a qualquer prazo. Entretanto, segundo entendimento
agora consolidado pela 3ª Seção do STJ no REsp 1.311.408-RN, julgado em regime de
recurso repetitivo, não há falar-se mais em abolitio criminis temporária, mas sim em causa
extintiva da punibilidade que restará em vigor por tempo indeterminado por questões de
política criminal. Não obstante, a Lei nº 11.922/09 prorrogou o prazo do art. 30 até 31 de
dezembro de 2009, mas este prazo é para a solicitação de registro de arma de fogo de uso
permitido ainda não registrada, o que não se aplica às armas com numeração raspada,
suprimida ou alterada (art. 16, p. único, IV, da Lei nº 10.826/03), segundo decido pelo STJ no
Recurso Especial em comento. Em suma, o art. 30 não trata da entrega espontânea da arma
de fogo à PF. A entrega é prevista no art. 32 que não fixa qualquer prazo.
 
 
 
Nº 512 STJ - Direito Penal
 
 
CANCELADA: SÚMULA n. 512: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art.
33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. (STJ, 3ª
Seção, DJe 16/06/2014)
 
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COMENTÁRIO:
 
 
Há tempos já era firme a jurisprudência do STJ no sentido de que a aplicação da causa de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006 não implica no
afastamento da equiparação existente entre o delito de tráfico ilícito de drogas e os crimes
hediondos, dado que não há a constituição de novo tipo penal, distinto da figura descrita no
caput do mesmo artigo, não sendo, portanto, o "tráfico privilegiado" tipo autônomo. 
 
Embora o legislador tenha previsto a possibilidade de reduzir as sanções do agente primário,
de bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e nem integra organização
criminosa (art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/2006), as razões que o levaram a qualificar o tráfico
ilícito de entorpecentes como equiparado a hediondo subsistem em sua integralidade, vez que
os critérios que permitem a diminuição da pena não têm o condão de mitigar o juízo de
reprovação incidente sobre a conduta delituosa em si mesma, que continua sendo a de tráfico
ilícito de drogas. 
 
A orientação já havia sido confirmada, inclusive, no julgamento, pela 3ª Seção do STJ, do
REsp 1.329.088/RS, de relatoria do Ministro Sebastião Reis Júnior, em 13/03/2013, sob o
regime dos recursos representativos de controvérsia. 
 
 
 
Nº 511 STJ - Direito Penal
 
 
SÚMULA n. 511: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP
nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. (STJ, 3ª Seção, DJe
16/06/2014)
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A Terceira Seção do STJ, no julgamento, em 02/09/2011, do EREsp 842425/RS, de relatoria
do Ministro OG FERNANDES, e em 28/08/2012, do REsp 1193194/MG, representativo da
controvérsia, de relatoria da Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, pacificou o
entendimento no sentido de que é possível a aplicação do privilégio (§ 2º do art. 155 do CP)
ao furto qualificado, sobretudo quando as qualificadoras são de índole objetiva. 
 
Assim, o STJ, acompanhando a jurisprudência do STF, pacificou entendimento no sentido de
ser possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos
casos de furto qualificado (CP, art. 155, § 4º), sendo que o único requisito exigido para
aplicação do benefício é que as qualificadoras sejam de ordem objetiva, como no caso -
concurso de agentes -, e que o fato delituoso não seja de maior gravidade. 
 
Note o dispositivo legal: 
 
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Furto Simples: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena -
reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Causa de Diminuição de Pena: § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é
praticado durante o repouso noturno. 
 
Furto Privilegiado: § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o
juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou
aplicar somente a pena de multa. 
 
§3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico. 
 
Furto qualificado: § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é
cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso
de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV
- mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8
(oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a sertransportado para outro
Estado ou para o exterior.
 
 
 
Nº 510 STJ - Direito Administrativo
 
 
SÚMULA n. 510: A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros
não está condicionada ao pagamento de multas e despesas. (STJ, 1ª Seção, DJe
31/03/2014) 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp nº 1.144.810/MG,
realizado na sessão do dia 10 de março de 2010, da relatoria do Ministro Teori Albino
Zavascki, submetido ao regime do artigo 543-C do Código de Processo Civil, consolidou o
entendimento de que a liberação do veículo retido por infração ao artigo 231, inciso VIII, do
Código de Trânsito Brasileiro independe do pagamento de multa. 
 
Veja o referido julgado: 
 
ADMINISTRATIVO. TRANSPORTE IRREGULAR DE PASSAGEIROS. RETENÇÃO DO
VEÍCULO. LIBERAÇÃO. 1. A liberação do veículo retido por transporte irregular de
passageiros, com base no art. 231, VIII, do Código de Trânsito Brasileiro, não está
condicionada ao pagamento de multas e despesas. 2. Recurso especial improvido. Acórdão
sujeito ao regime do art. 543-C do CPC. (STJ, 1ª Seção, REsp 1.144.810/MG, DJe
18/03/2010).
 
 
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Nº 509 STJ - Direito Tributário
 
 
SÚMULA n. 509: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
veracidade da compra e venda. (STJ, 1ª Seção, DJe 31/03/2014) 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
O comerciante que adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa vendedora)
tenha sido, posteriormente declarada inidônea, é considerado terceiro de boa-fé, o que
autoriza o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não-cumulatividade, desde
que demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada (em observância ao disposto no
artigo 136, do CTN), sendo certo que o ato declaratório da inidoneidade somente produz
efeitos a partir de sua publicação. (REsp 1.148.444/MG, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção,
julgado em 14.4.2010, DJe 27.4.2010, rito do art. 543-C do CPC, e da Resolução STJ 8/2008).
 
 
Veja referido julgado: 
 
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
ARTIGO 543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. CRÉDITOS DE ICMS. APROVEITAMENTO
(PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE). NOTAS FISCAIS POSTERIORMENTE
DECLARADAS INIDÔNEAS. ADQUIRENTE DE BOA-FÉ. 1. O comerciante de boa-fé que
adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa vendedora) posteriormente seja
declarada inidônea, pode engendrar o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da
não-cumulatividade, uma vez demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada,
porquanto o ato declaratório da inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua
publicação (Precedentes das Turmas de Direito Público: EDcl nos EDcl no REsp 623.335/PR,
Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 11.03.2008, DJe 10.04.2008; REsp
737.135/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 14.08.2007, DJ
23.08.2007; REsp 623.335/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
07.08.2007, DJ 10.09.2007; REsp 246.134/MG, Rel. Ministro João Otávio de Noronha,
Segunda Turma, julgado em 06.12.2005, DJ 13.03.2006; REsp 556.850/MG, Rel. Ministra
Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19.04.2005, DJ 23.05.2005; REsp 176.270/MG,
Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 27.03.2001, DJ 04.06.2001; REsp
112.313/SP, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, Segunda Turma, julgado em
16.11.1999, DJ 17.12.1999; REsp 196.581/MG, Rel. Ministro Garcia Vieira, Primeira Turma,
julgado em 04.03.1999, DJ 03.05.1999; e REsp 89.706/SP, Rel. Ministro Ari Pargendler,
Segunda Turma, julgado em 24.03.1998, DJ 06.04.1998). 2. A responsabilidade do adquirente
de boa-fé reside na exigência, no momento da celebração do negócio jurídico, da
documentação pertinente à assunção da regularidade do alienante, cuja verificação de
idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide, à espécie, o artigo 136, do CTN,
segundo o qual "salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato" (norma aplicável, in casu, ao alienante). 3. In casu, o
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Tribunal de origem consignou que: "(...) os demais atos de declaração de inidoneidade foram
publicados após a realização das operações (f. 272/282), sendo que as notas fiscais
declaradas inidôneas têm aparência de regularidade, havendo o destaque do ICMS devido,
tendo sido escrituradas no livro de registro de entradas (f. 35/162). No que toca à prova do
pagamento, há, nos autos, comprovantes de pagamento às empresas cujas notas fiscais
foram declaradas inidôneas (f. 163, 182, 183, 191, 204), sendo a matéria incontroversa, como
admite o fisco e entende o Conselho de Contribuintes." 4. A boa-fé do adquirente em relação
às notas fiscais declaradas inidôneas após a celebração do negócio jurídico (o qual fora
efetivamente realizado), uma vez caracterizada, legitima o aproveitamento dos créditos de
ICMS. 5. O óbice da Súmula 7/STJ não incide à espécie, uma vez que a insurgência especial
fazendária reside na tese de que o reconhecimento, na seara administrativa, da inidoneidade
das notas fiscais opera efeitos ex tunc, o que afastaria a boa-fé do terceiro adquirente,
máxime tendo em vista o teor do artigo 136, do CTN. 6. Recurso especial desprovido. Acórdão
submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (STJ, 1ª Seção,
REsp 1.148.444/MG, DJe 27/04/2010).
 
 
 
Nº 508 STJ - Direito Tributário
 
 
SÚMULA n. 508: A isenção da Cofins concedida pelo art. 6º, II, da LC n. 70/1991 às
sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada pelo art. 56 da Lei n.
9.430/1996. (STJ, 1ª Seção, DJe 31/03/2014) 
 
 
COMENTÁRIO:
 
 
Inicialmente, o STJ havia decidido que a questão relativa à revogação da isenção da COFINS
para as sociedades civis sob o enfoque do princípio da hierarquia das leis não poderia ser
apreciada no âmbito infraconstitucional, por se tratar de matéria constitucional.
Posteriormente, o STF reconheceu a constitucionalidade da revogação do art. 6º, II, da LC n.
70/91 pelo art. 56 da Lei n. 9.430/96. Por conseguinte, a Primeira Seção, em julgamento de
recurso especial submetido como "recurso representativo da controvérsia", sujeito ao
procedimento do art. 543-C, do CPC, pacificou o entendimento de que se impõe a submissão
da Corte ao julgado proferido pelo plenário do STF que proclamou a constitucionalidade da
norma jurídica em tela (artigo 56, da Lei 9.430/94). (Precedentes do STF submetidos ao rito do
artigo 543-B, do CPC: RE 377.457 e RE 381.964, Rel. Ministro Gilmar Mendes, Tribunal
Pleno, julgado em 17.09.2008, Repercussão Geral - Mérito, DJe-241 DIVULG 18.12.2008
PUBLIC 19.12.2008). Assim, a jurisprudência do STJ, a partir do julgamento do REsp
826.428/MG, de relatoria do Min. LUIZ FUX, sob o regime dos recursos representativos de
controvérsia, conforme o art. 543-C, do CPC, consolidou-se no sentido de que a Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incide sobre o faturamento das
sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, de que
trata o art. 1° do Decreto-Lei 2.397/87, tendo em vista a validade da revogação da isenção
prevista no art. 6°, II, da Lei Complementar 71/91 pelo art. 56 da Lei 9.430/96.
 
 
SÚMULAS
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Nº 507 STJ - Direito Previdenciário
 
 
SÚMULA n. 507: A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a
lesão incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o critério do
art. 23

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