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AIS III Dermatoses

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Caroline Ribeiro – Parte 1 (00:00 – 00:05m)
Primeiro a gente precisa aprender a descrever as lesões de pele, precisa minimamente saber descrever uma lesão. Um paciente com uma placa pruriginosa eritemato-escamosa, de tantos centímetros, distribuição assim, limites imprecisos... Não é apenas dizer que há uma lesão, é necessário descrever o que esta vendo minimamente. Na dermatologia as lesões elementares são o abecedário do dermatologista. É preciso saber como é aquela lesão de pele, se é uma placa, uma pápula, uma pústula, uma vesícula, um cisto, um nódulo. Se há descamação, saber se é uma descamação fina, em lâmina. Como é a coloração? Se a cor da pele está aumentada, se há hiperemia, se tem aumento de melanina ou diminuição de melanina, por exemplo, uma mancha ou uma mácula hipocrômica ou acrômica. 
Hoje na aula de dermatoses vocês têm que aprender o diagnóstico diferencial e entre as principais lesões de pele que a gente pega na prática. Por exemplo, uma pápula é uma lesão parecida com uma espinha. Uma espinha nada mais é do que uma pápula, você passa a mão você vê que ela é bem delimitada com um ápice. Já se é uma lesão mais extensa, que tem alteração da textura e do relevo da pele, aí já não é uma pápula, a pápula é pequena, então é uma placa. Se é uma lesão maior, mas que não tem alteração de textura, só tem alteração de coloração já não vai ser placa, vai ser uma mancha ou mácula, elas só tem alteração de coloração da pele. Se tem descamação, se é uma lesão mais áspera ou alguma outra alteração no relevo da pele, já não é mácula, vai ser uma placa. São as lesões que serão mais vistas hoje, pode ser eritemato-escamosa, depende da característica dessa placa.
Izabel: Professora, mancha ou mácula tem alteração só da coloração e a placa tem alteração só da textura e relevo?
Professora: Isso. Geralmente tem alteração da coloração também na placa, como você vai alterar o relevo, aquela pele já não vai ficar como aquela pele circunjacente. Mas você pode ter uma placa só com descamação sem ter alteração da pele, mas você vai ter uma descamação ali.
Fundamentos da terapêutica tópica, então a gente tem que minimamente saber diferenciar o que é um creme, o que é uma pomada, uma loção. O que é um corticoide de baixa potência, média potência, alta potência, isso não vou cobrar de vocês agora. Mas para o dia a dia é bom vocês darem uma estudada, de vez em quando. Pegou uma lesão de pele, o médico da unidade prescreveu tal medicamento e vocês devem perguntar qual é, para que serve, como age, tentar saber.
Diagnosticar e tratar as doenças de pele mais comuns, é o que veremos hoje e conhecer outras alterações dermatológicas de doenças sistêmicas. Nem sempre lesão de pele quer dizer doença da pele, às vezes doenças sistêmicas dão alteração de pele. É importante lembrar-se de examinar o paciente por inteiro. Às vezes o paciente se queixa de uma alteração na pele do braço ou face, mas ele pode ter outras lesões que ele não deu importância ou que ele simplesmente não viu, principalmente no dorso ou na parte posterior das pernas. Então é importante diante de um paciente com queixa dermatológica, que vocês examinem por inteiro. Pedir para fazer inspeção também nas costas, abdome, coxas. E aí, as meninas devem lembrar quando forem examinar um paciente homem, ter um colega homem na sala e os meninos quando forem examinar mulheres, ter uma colega na sala também.
Dermatoses – AIS 
Cecilia – 5 à 10 min
... As meninas devem lembrar, quando forem examinar homens, de ter um colega também na sala; e os meninos, na hora de examinar mulheres, lembrar de terem uma mulher na sala também. Lembrar de examinar o paciente por inteiro, para ajudar no nosso diagnóstico, de preferência sob luz natural, a luz artificial altera a coloração da pele, então, de preferência sempre sob luz natural. Inspeção com lupa também auxilia a gente a examinar melhor os detalhes da lesão cutânea; existe o Dermatoscópio, que é como se fosse uma lupa bem potente, ele já é um aparelho que o dermatologista utiliza, porque exige uma formação própria para isso, mas, no dia a dia, vocês podem adquirir uma lupa e usar na prática de vocês, ajuda bastante também. 
Questionar diante de um paciente com lesão cutânea sobre as viagens recentes, a profissão, a procedência; dessa forma nós vamos ver a epidemiologia. Algumas doenças são mais comuns em determinadas regiões geográficas, por exemplo, micoses são mais comuns em áreas onde tem muita umidade, nas áreas ali dos Trópicos Equatoriais; então, deve-se perguntar também a procedência do paciente. Algumas lesões são endêmicas em algumas áreas, a gente vê aqui a Leishmaniose Tegumentar e a Visceral (que é o Calazar), mas, se vocês forem para algum outro lugar lá no Sul, o pessoal lá não vai saber o que é Leishmaniose, porque não tem lá. Malária é uma doença que não tem aqui (Região Nordeste), mas a gente vai perguntar se a pessoa fez uma viagem recente por conta disso, porque existem doenças que são próprias de alguns lugares e que não são em outros.
Lembrar de usar em um paciente que lesão alteração da pele (alguma dermatose), o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP). A gente deve usá-lo em qualquer consulta, mas na dermatologia é importante porque sabemos que lesão de pele muitas vezes é estigmatizante, gera preconceito, gera impasse na vida social, na vida profissional. Muitas vezes a gente vê lá: estamos contratando vendedoras, pré-requisito é a boa aparência; uma pessoa que já tem um Vitiligo, que tem uma Psoríase, que tem Acne, até nisso vai ter dificuldade. Então, é importante a gente usar esse MCCP porque tanto a questão psicológica tem impacto nas lesões de pele, que a gente sabe que algumas doenças de pele são desencadeadas pelo estresse, como, por exemplo, a própria Psoríase, o Vitiligo, o Lúpus Cutâneo ou Sistêmico, a Pitiríase Rósea (que é uma doença que nós vamos ver hoje, também tem um quadro de ansiedade e de estresse por trás), Dermatite Atópica (as pessoas que são muito ansiosas têm mais Dermatite Atópica, e o quadro de ansiedade piora também o controle da doença). O MCCP é muito importante, às vezes as pessoas com doença crônica precisam também de acompanhamento psiquiátrico e até psicológico por conta de uma doença de pele, que nós trataríamos como uma coisa banal, mas que para a pessoa tem um impacto significativo. Separação conjugal também pode ter impacto. 
Existem várias maneiras de agrupar as doenças de pele, pode ser através de etiologia: doenças inflamatórias, autoimunes; e existe a maneira, que eu acho mais apropriada, que é através do tipo de lesão que elas desencadeiam. Quando o paciente chega para a gente, ele vai chegar com uma lesão de um determinado padrão e você vai precisar pensar em todas as lesões que tem aquele padrão, para poder fazer o diagnóstico diferencial. Por exemplo, entre as dermatoses eritemato-escamosas, ou seja, as doenças de pele que provocam lesões avermelhadas (eritematosas) e com descamação, temos várias doenças, das mais simples às mais complexas. 
Aqui nesse quadro eu coloquei alguns exemplos para vocês: Psoríase Invertida, que é a Psoríase da área flexural, que ocorre na região axilar, inguinal e umbigo, não é o quadro mais comum, mas que pode ser confundida com uma Candidíase, que pode provocar uma lesão desse mesmo padrão, uma placa eritemato-escamosa; nós vamos ver as características de cada uma e como é que faz para diferenciar. O problema da dermatologia é esse, que cada doença pode ter várias manifestações e um único padrão pode ser comum a várias doenças, por isso que a gente precisa aprender a seguir esses padrões e ir diferenciando. 
Professora: Aqui alguém arrisca que doença é essa?
Aluno: Verruga? 
Professora: Não
Aluno: HPV? Não é no dedo dele!
Professora: Não. Tem lesão aqui na unha também. Isso aqui é uma Psoríase. 
PARTE 3- Célia Farias (10-15 min)
Lesão aqui na unha também.
Isso aqui é uma Psoríase. Psoríase também é uma doença que cursa com placas, ou seja, são lesões planas que tem alteração de relevo. Entãoé uma placa que tem hiperemia, eritemato-escamoso, porque tem vermelhidão e tem descamação.
Então, a Psoríase é uma dessas doenças que cursam com placas eritemato-escamosas. E aí junto vai ter umas alterações ungueais, que são bem característicos da Psoríase, e pode ter um quadro mais sistêmico que é o da artrite psoriática. 
Aqui eu coloque tudo, só para vocês saberem as eritemo-esacamosos.
Aqui é um outro quadro de psoríase do couro cabeludo. Então normalmente a gente tem uma placa porque tem alteração de relevo, eritemato porque tem vermelhidão e escamosa, se quiser melhorar ainda mais a nossa descrição da lesão: ´A paciente apresenta lesão na região da nuca ou na região occipital em formato de placa eritemato-escamosa de contornos bem definidos de tamanho X, com descamação prateada’ e anexa o que você fez no exame físico para enriquecer aquela descrição. 
Aqui a gente tem outra descamação do couro cabeludo, aqui você não tem alteração da coloração da pele propriamente dita é mais a descamação mesmo, nada mais do que é a casca do lactente, é uma manifestação de dermatite seborreica do lactente que chama de crosta láctea, a crosta de leite. 
Aqui é uma outra doença crônica chamada de Pitiríase rubra pilar (não vamos falar dessa doença hoje). 
Aqui é uma dermatite seborreica do adulto. Essa é uma dermatite seborreica da fralda da criança (irei falar mais para frente).
 
E essa aqui?
Alunos: Catapora. Prof: Catapora cursa com placas ou com vesículas?
Alunos: Vesículas. 
Na catapora a gente tem o polimorfismo regional, presença de lesões em vários estágios da evolução. Bolhas, crostas e depois aquelas placas de cicatrização.
Aqui a gente tem presença de placas novamente, aqui tem alteração de relevo. Então, eritemato porque tem vermelho e escamosas também. 
A nossa descrição: são arredondadas, são ovaladas ?! São mais ovaladas, e essas lesões seguem um padrão de distribuição típica.
Isso daqui é a Pitiríase de rósea de gilbert. O diagnóstico diferencial principal é (inaudível 13:55). Ptiríase por Candida, a candidíase da nuca.
Dermatite seborreica, é uma doença crônica, tem, uma prevalência significativa em adultos e em até 70% das crianças, principalmente abaixo de 3 meses. Porque essas crianças abaixo de 3 meses? Se deve pela passagem de hormônios maternos, ainda durante a gravidez, principalmente a progesterona, que é um hormônio que estimula as glândulas sebáceas e aí o bebê pode se manifestar através da caspa no couro cabeludo. Além dessa caspa pode cursar com outras alterações de pele também na criança, pode ter hiperemia, descamação, pode ter uma dermatite mesmo, pode ter uma dermatite da área da fralda. 
15:00 AO 20:00
César Augusto
	Na área da fralda essas lesões vão se localizar mais nas áreas de dobras, que é onde vai acumular mais gordura, e aí vai fazer diagnóstico diferencial com outras dermatites da área da fralda. Criança que tem lesão na área da fralda pode ser uma dermatite seborreica, mas pode ser uma dermatite atópica, pode ser uma dermatite de contato, pode ser uma dermatite amoniacal pelo contato com o xixi e com as fezes. Então a área da fralda existe esses quatros tipos de dermatites.
	Na dermatite seborreica, ela vai se localizar mais nas dobrinhas e não na área convexa que fica em contato direto com a fralda, e vai ocorrer uma descamação bem gordurosa, graxenta. Então é uma pele que fica com o aspecto brilhante, como se tivesse uma pele assada só que brilhante. Então vai ocorrer na região da fralda, na região do coro cabeludo, no bebê também pode ocorrer na região retroauricular, então vai criando uma massinha atrás da orelha, no supercílio, e na dobrinha do pescoço. Então essa é a forma mais comum na criança. No adulto a mais comum é aquela ali na face (mostra slide), pode ocorrer uma descamação na dermatite desse sulco nasolabial, pode ocorrer irritação na região da glabela, no supercílio, a caspa propriamente dita que é uma manifestação de dermatite seborreica do coro cabeludo, e pode ocorrer também inflamação do meato acústico. Então tanto é comum acumular sebo na região retroauricular (atrás da orelha) podendo às vezes cortar, coçar, como dentro da orelha também. Então tem alguns que ficam com aquela orelha sempre descamando produzindo secreção como excesso de pele.
Aluno: o que provoca isso?
Professora: nós temos como processo etiológico, um excesso na produção de sebo, seja pela produção pela ação dos próprios andrógenos (hormônios sexuais) por isso é mais comum em adolescentes e adultos, em crianças você não vai ver criança com muita caspa, a não ser que use muito creme no cabelo, porque creme é oleoso. Então criança com caspa, com dermatite seborreica você não vai ver, porque não tem produção endógena de andrógeno suficiente para estimular essa produção de sebo, mas o adulto vai ter e o lactente vai ter devido à passagem da progesterona da mãe. Então o excesso de sebo tá na base da dermatite seborreica. Esse excesso de sebo vai piorar principalmente quando a pessoa tá estressada, quando têm má alimentação, muito rica em carboidrato, em gordura. Então tudo isso facilita também.
	 Esse excesso de sebo leva a alterações nos ácidos graxos da pele, altera o ph cutâneo, desequilibra a flora cutânea e leva a proliferação desse fungo que é a Malassezia Furfur. É o fungo da caspa e do pano branco também. Então esse fungo, quando ele começa a proliferar vai gerando uma reaçãozinha inflamatória. O próprio excesso de sebo pela ação do ph, ele já inflama um pouquinho a pele, quando esse fungo prolifera ele inflama ainda mais a pele, por isso que dos tratamentos da dermatite seborreica é com antifúngico, para controlar a proliferação desse fungo. Aí temos esses fatores agravantes: alcoolismo, dieta rica em carboidratos e alimentos muito condimentados, a própria faixa etária é um fator agravante também. Quadros extensos e refratários precisamos lembrar também das infecções por HIV, que leva a um quadro de imunossupressão, então esse fungo vai se proliferar mais. Então por exemplo, o paciente que chega com pano branco extenso, Pitiríase versicolor em todo o corpo, em todo o tronco, não melhora com tratamento, a gente precisa pensar se ele não tem algum grau de imunodeficiência, ou quando é um quadro de dermatite seborreica muito extensa, significa que também pode ter muito fungo proliferando ali. Então precisamos investigar infecção por HIV, doença de Parkinson também não tem mecanismo bem definido, mas doença de Parkinson também tem a prevalência (______19:29) e alguns transtornos de humor, que a pessoa muda alimentação, muda os hábitos de higiene, dá depressão, ansiedade.
	As formas clínicas a gente tem: a dermatite seborreica infantil e no adulto, que foi aquela que eu expliquei pra vocês agora. Dermatite seborreica tem esse pico aí, até em torno de 06 meses de idade, que é quando tem vestígios de hormônios maternos na corrente sanguínea da criança. As regiões mais acometidas: coro cabeludo; região dos supercílios; região auricular; dobra cervical e inguinal. 
	 Parte 5 – 20:00 ~25:00 – Francisco
	Dermatite seborreica tem esse pico, até os 6 anos de idade, que é ainda tem resquícios de hormônios maternos na corrente sanguínea. As regiões mais acometidas são: Couro cabeludo, supercílios, sobrancelhas, região auricular, retro auricular, dobras cervical e inguinal.
	A cândida, que é um fungo que pode proliferar quando a criança usa fralda, fica ali muito tempo abafado, ela pode piorar o quadro de dermatite seborreica. Então, além do processo de sebo, a proliferação da Malassezia furfur (pesquisei na net pra entender, quem quiser confirmar e no 20:25), se tiver a proliferação de cândida, vai inflamar ainda mais aquela área.
	A doença de Leiner, quadro sistêmico ai mais grave, quando tem dermatite seborreica generalizada. Nesse caso, vou precisar de tratamento a nível hospitalar.
	No Adulto predomina no couro cabeludo, e ai o nome vai ser pitiríase capitis, ou caspa da cabeça, pitiriase significa descamação, parecendo um pó, trigo.Pode também se manifestar como outras manifestações cutâneas, como a blefarite seborreica, que é aquela caspinhas que algumas pessoas apresentam na região na pálpebra, com vermelhidão e coceira. Terçol com uma certa frequência também, nada mais é do que o quadro da dermatite seborreica. 
Aluno: O que é blefarite?
Professora: Inflamação da pálpebra.
	Pode aparecer na região da glabela, sulco paranasais e otite externa seborreica. Então, uma das causas de otite externa é a dermatite seborreica, tem toda aquela proliferação ali de fungos na área. Às vezes, a pessoa coça demais, traumatiza, entra algum microorganismo e gera a otite externa. Dessa forma, o paciente fica com o pavilhão auricular bem edemaciado, avermelhado e doloroso.
	O tratamento difere um pouco entre a infantil e a do adulto:
	A infantil como tende a ser autolimitada, por conta da passagem dos hormônios maternos, vão desaparecendo com o tempo. A primeira opção, lembrando que tudo em dermatologia não tem uma indicação muito forte, que a gente utiliza é o óleo mineral simples, o óleo Johnson mesmo, sem ser o salicilado. Aplicar esse óleo trinta minutos antes do banho e depois do banho remove essa caspa com um pente. A questão da dermatite seborreica da criança é mais a questão estética, as vezes a mãe fica preocupada pelo povo achar que o menino não toma banho. 
Quando tem muita descamação a gente pode acrescentar o ácido salicílico, ele vai diminuir a descamação e assim a produção de caspa. Ou seja, é para aquela criança que tem muita caspa, que só com o óleo mineral não vai resolver. 
Na área das fraldas podemos usar antifúngico, pois como é uma área que fica muito abafada, podemos usar a nistatina e o cetoconazol. A nistatina, vai estar presente em grande parte dos cremes protetores de assaduras, como por exemplo no Dermodex. 
No Adulto, como é uma doença crônica, a gente precisa controlar aquele fungo no couro cabeludo. Então, a gente precisa usar um shampoo de cetoconazol, o qual é um shampoo antifúngico, por pelo menos 2 ou 3x por semana. 
Para a pele, quando tem aquela dermatite seborreica do sulco nasolabial, da glabela e supercílios, a gente utiliza o creme antifúngico de cetoconazol, se tiver muita inflamação, usa-se o corticoide tópico, por 1 semana apenas, e depois só o creme de cetoconazol. Temos também, outras recomendações para dermatite seborreica do couro cabeludo, mas com grau de recomendação mais fraco, outros antifúngicos tópicos também, porém o cetoconazol é a melhor escolha. 
NÃO VOU FICAR COBRANDO DE VOCÊS TRATAMENTO NÃO.
Dermatoses- Cybelle- (25:00-30:00)
... Mas o cetoconazol é a melhor escolha, ta? Eu não vou ficar cobrando tratamento de vocês não, quero que vocês façam diagnóstico diferencial.
Você vai ficar encaminhando todo paciente com dermatite seborreica? Claro que não, né? Nós temos que ter o mínimo de resolutividade! Mas se você tiver dúvida: Será que é uma dermatite seborreica, ou é uma psoríase? Afinal de contas, entra naqueles diagnósticos diferenciais também, porque são lesões que acabam se parecendo. Será que é um linfoma cutâneo? Que também é outra doença que cursa com alterações de pele que as vezes lembra uma dermatite seborreica.
Então, se você tem dúvida no diagnóstico e não sabe se está tratando a coisa certa, você encaminha. Quando é um quadro refratário, que você tratou, prescreveu o medicamento, fez o tratamento direitinho e mesmo assim o paciente ainda não melhora ai você encaminha também, até para rever o diagnóstico.
Aluno: Dx é o que?
Professora: Diagnóstico. DDx é diagnóstico diferencial.
(Comentários irrelevantes fora do contexto da aula)
Esses casos mais graves aqui são com tratamento especializado, isso aqui vocês não precisam saber agora não! Inibidores de calcineurina são imunomoduladores tópicos que a gente usa pra não estar usando sempre corticóide de repetição. Então, no lugar do paciente sempre estar usando corticóide, a gente usa os inibidores de calcineurina porque eles não têm os mesmos efeitos colaterais que os corticóides têm.
Fototerapia utiliza para os casos mais extensos também, esse tratamento ai já é feito em ambulatório especializado de dermatologia, que tem uma câmara lá que você entra e têm os raios UV todos controlados então tem uma dose controlada pra fazer a fototerapia. Isotretinoína oral que nada mais é que o ROACUTAN que vai causar atrofia das glândulas sebáceas. 
Então, para os casos mais extensos, mais refratários, a gente pode usar o ROACUTAN também, mais aí nesses casos, o tratamento é com o especialista focal mesmo.
Aluno: Professora, o que refratário?
Professora: Refratariedade são os casos que você trata e o paciente não melhora, gente que não responde ao tratamento.
Aluno: Professora, eu estou tomando roacutan e no lugar de melhorar, a caspa fez foi aumentar!
Professora: Aumentar? Ela deveria ter diminuído! Tem que ver direitinho se você está tomando direito ou então ajustar a dose. Porque o roacutan tem uma dosagem controlada, ela é de acordo com o peso do paciente.
Aluno: Professora, aqui no estado tem fototerapia?
Professora: No Onofre Lopes tem, que é referência para doenças dermatológicas. Não sei se tem alguma clínica particular.
Essa doença aqui, alguém arrisca? (Alunos respondem que é Psoríase) Isso mesmo! Na verdade, as duas são psoríase, só que uma é psoríase vulgar que é a psoríase clássica mesmo, que forma placas eritemato escamosas, que tem uma descamação mais prateada. 
Psoríase Vulgar
Essa outra é a psoríase gutata que quer dizer: em gotas. Porque é como se fosse em gotinhas mesmo. Essa psoríase gutata está muito relacionada com infecções estreptocócicas, ela precedida de alguma infecção de vias aéreas superiores...
 
Psoríase gutata
 
	
Dermatose - Ana Priscila – AIS
Daniella (30-35 min)
Essa psoríase gutata está relacionada a infecções streptococosa. Essa lesão gutata muitas vezes é antecedida por infecção de vias aéreas superiores, geralmente como a faringite por streptococo. O streptococo pode gerar uma reação cruzada com o nosso sistema imunológico e levar a outras complicações da faringite; por exemplo, pode desencadear um quadro de psoríase, pode levar a febre reumática, glomerulonefrite difusa aguda (GNDA). 
Então, o streptococo é um bichinho chato porque o nosso sistema imunológico acaba gerando reação cruzada com os antígenos próprios, então acaba desencadeando algumas doenças autoimunes, como a febre reumática, a GNDA e a psoríase gutato.
Então na psoríase, temos os fatores genéticos; é uma doença crônica e de origem multifatorial. Então existem alguns fatores genéticos, os genes dos antígenos leucocitários humanos do sistema HLA e existem os fatores ambientais desencadeando, como traumas, infecções; como a infecção por streptococo, algumas infecções virais, algumas medicações podem desencadear quadro de psoríase como os betabloqueadores, ant-inflamatórios, lítio, alterações em alguns eletrólitos, o próprio estresse pode desencadear algum quadro de psoríase, tabagismo, alcoolismo e obesidade.
Psoríase tem um prevalência relativamente significativa (2%), pode surgir em qualquer idade mas é mais comum na fase adulta. Pessoas que tem algum fator de risco pra infecção por HIV, como a psoríase é uma doença que também depende do sistema imunológico estar íntegro, então estados de imunossupressão também podem favorecer o desenvolvimento da psoríase. 
Aluno: Professora, esse termo vulgar que usa, geralmente “placa vulgar” é que é o mais comum, necessariamente?”
Professora: Qual é a mais comum das psoríases?
Aluno: Não. Esse termo é que tem muita coisa em dermatologia, “alguma coisa vulgar”. Sempre tem esse termo “vulgar”. Isso quer dizer que é o mais comum? 
Professora: Sim, é. Tem na psoríase a ”psoríase vulgar”.
Então na psoríase, o quadro clinico; então geralmente as áreas mais comumente afetadas são: o couro cabeludo, então aquela pessoa que tem muita caspa, muita descamação e que não melhora comtratamento, a gente precisa pensar em psoríase do couro cabeludo. 
Dermatoses/ AIS/ Prof.ª Ana Priscila/ - dermatoses
Dany 35:00-40:00 
Psoríase
No quadro clínico da psoríase, geralmente as áreas mais afetadas são: o couro cabeludo, então é aquela pessoa que tem muita caspa, que tem muita descamação que não melhora com o tratamento, a gente precisa pensar em psoríase do couro cabeludo. E a psoríase do couro cabeludo vai se localizar, geralmente, na região da nuca. E é aquela descamação que realmente sai os flocos. Cotovelos, então, áreas extensoras: cotovelo, joelho, região sacral e as unhas também podem ser acometidas. Então se você estiver suspeitando de um quadro de psoríase, examine as unhas do paciente, as vezes é muito comum que a pessoa com psoríase tenha lesões ungueais que simulam onicomicose (infecção de unha = micose da unha) e se vocês olharem vão pensar que é uma micose de unha, mas existem outras alterações ungueais que são bem típicas da psoríase. Por exemplo, essa lesão amarronzada, como se a unha estivesse suja de óleo, que se chama lesão de mancha de óleo é uma lesão muito típica da psoríase. E existem outras alterações que corroboram para o diagnóstico, por exemplo, pitting ungueal que são como uns furinhos na unha, como se fossem feitos com alfinete na unha, uma unha tipo dedal são bem característicos da psoríase, mas não são exclusivos da psoríase, não são patognomônicos da psoríase. Se você pega um paciente que tenha essas alterações, que tenha essas placas, tem a descamação, tem lesões ungueais, lesões de mancha de óleo, pitting ungueal, distrofia ungueal (uma unha mais grossa, descamando, descolando do leito ungueal) fala muito a favor de psoríase. 
Pitting Ungueal Lesão em Mancha de óleo
Então, você vai olhar quais as áreas que estão sendo acometidas pela psoríase, e é importante a gente examinar o paciente como um todo, ele pode ter uma lesão na região sacral que ele nem valorizou; geralmente a apresentação da psoríase é em placas, psoríase vulgar, e existem outras formas de psoríase Gutata, a psoríase restrita ao couro cabeludo, a psoríase invertida ou flexural que vai dar em áreas de dobras, a psoríase é mais comum em áreas extensoras, mas ela pode acometer as outras áreas de flexura também que a gente chama de psoríase invertida, que não é o padrão típico dela, pode ocorrer na região do umbigo também, na região genital, na região anal.
E no acometimento ungueal a gente vai observar essas lesões que eu falei para vocês, os pitting que são aqueles pontinhos, as manchas de óleo, onicorrexe que é a descamação do leito ungueal, grossa, como se tivesse uma micose. Está presente na psoríase também o fenômeno de Koebner que é o surgimento de lesões cutâneas em áreas de trauma, por exemplo, a pessoa cortou a pele, ou sofreu alguma lesão cutânea naquele local vai surgir uma lesão de psoríase ali. Está presente esse fenômeno também no Vitiligo, paciente que tem vitiligo as vezes corta a pele, vai surgir uma mancha de vitiligo naquele local. Diante de uma lesão que a gente está suspeitando de psoríase a gente pode fazer essa curetagem metódica de Brocq: pega uma lamina de preventivo, você vai raspar a lesão suspeita, conforme vai raspando vocês vão observar o sinal da vela. 
Dermatoses AIS 24/05/2016
Fausto Morel 40’-45’
	Vocês vão pegar uma lâmina de preventivo na unidade se saúde (toda unidade de saúde tem uma lâmina de preventivo) pega uma lâmina de preventivo e vocês vão raspando aquela lesão suspeita, conforme vocês vão raspando aquela lesão, que é a curetagem metódica, vocês vão observar o sinal da vela. Então, na psoríase, você vai raspando e vai descamando como se fosse uma vela. Alguém já raspou vela na vida? Como é que vai descamando a vela? Vai descamando em lâminas, do mesmo jeito a psoríase, vai descamando em lâminas como se fossem flocos mesmo. Vai descamando é o sinal da vela de repente sai a última membrana que é a membrana derradeira, sai aquela última membrana e começa a sangrar é o sinal de Auspitz ou sinal do orvalho sanguíneo. 
Na psoríase como você tem a multiplicação celular da epiderme muito mais acelerado do que o normal essa pele da pessoa com psoríase é uma pele imatura, não é uma pele resistente como a pele normal então o trauma da curetagem acaba sangrando com mais facilidade, então esse é o objetivo da curetagem metódica de Broca a gente vai ver como ocorre essa descamação que é o sinal da vela, quando sai a membrana derradeira que é a última membrana que recobre aquela placa ocorre o sangramento que é o sinal de Auspitz ou sinal do orvalho sanguíneo, então é uma técnica que vocês podem utilizar até no dia a dia de vocês para verificar se uma placa com a qual vocês estão se deparando é uma placa de psoríase.
Tratamento, quadros leves não exigem tratamento, geralmente o problema da psoríase maior é estético, mas o que a gente pode prescrever para minimizar aquele aspecto de descamação da pele são hidratantes tópicos, ou pomadas hidratantes, vocês já podem prescrever sem problema nenhum, sem medo de ser feliz. Alguns estudos mostram que suplementação de ômega-3 pela, propriedade anti-inflamatória, tem mostrado algum beneficio, mas não é alguma coisa bem sólida que a gente possa recomendar para todo mundo, mudança de estilo de vida deve fazer parte do tratamento, então atividade física, evitar estresse, bebida alcoólica. Os casos mais extensos devem ser encaminhados, mas os casos mais leves a gente maneja com mudança do estilo de vida, uso de hidratantes e corticoides tópicos também. 
Então ai a gente tem os corticoides fluorados eles são superiores no tratamento da psoríase, o radical flúor ou radicais halogenados potencializam a ação do corticoide, os corticoides mais potentes, por exemplo a betametasona, pode ser utilizada nos locais das lesões, mas é claro se a área for muito extensa você não vai mandar o seu paciente se besuntar todo de corticoide então precisa realmente encaminhar os casos mais extensos para o tratamento especializado para ser analisado se vai ser usado um retinóide, um imunomodulador tópico ou se vai usar fototerapia também, outras modalidades de tratamento.
Esse quadrinho ai é só para vocês saberem as classes dos corticoides, quais são considerados de potencia leve, moderada, potente ou muito potente (potencia alta ou muito alta) isso vai ser mais importante para vocês mais lá para frente quando tiverem prescrevendo. Por exemplo, uma criança eu preciso prescrever um corticoide de baixa potência, quais são os corticoides de baixa potencia? Então são esses. 
Pergunta: professora, existe tabela que converte a quantidade de um para o outro?
Resposta: existem algumas tabelas conversoras de potência de corticoide, você tem um determinado corticoide e esse outro aqui equivale a tanto desse, existem tabelas. Para tratamento tópico eu não sei se existe uma tabela para isso, mas para o oral tem. Prednisolona comparar com a hidrocortisona equivale a quanto. A metilprednisolona equivale a tanto, ai existe essas tabelas.
PARTE X - Felipe Lima
Aqui a gente tem outra doença, que também se manifesta por placas eritematoescamosas, que é a Piriríase Rósea de Gilbert, ela se manifesta por placas eritematoescamosas, com uma disposição tendendo a anular, ai tem uma descamação principalmente periférica, que a gente chama descamação em colarete, e essas lesões tendem a se distribuir principalmente na região do tronco, em região proximal dos membros, não se distribui tanto na região distal, nem no pescoço, nem na face e não atinge, na grade maioria das vezes, palmas nem plantas. 
Diante de uma paciente que tem por exemplo lesão na face, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, a gente precisa pensar no principal diagnóstico diferencial da Piriríase Rósea, que é a sífilis secundária, o exantema da sífilis é um dos principais diagnóstico diferencial da Piriríase Rósea de Gilbert.
A Piriríase Rósea vai ter essa lesão bem característica, essas placas com uma descamaçãomais periférica, como se fosse um colarzinho, com essa distribuição tipo arvore de natal, seguindo as linhas de força da pele, a Piriríase Rósea vai se distribuindo nesse padrão, como se fosse uma árvore de natal. Muitas vezes, em torno de 50 – 90% dos casos existe uma lesão precursora, que a gente chama de placa mãe ou medalhão inicial, essa lesão ela precede o surgimento das outras lesões em torno de 2 semanas até 2 messes antes, então surge primeiro essa lesão e depois vai aparecendo o exantema.
Francisco: professora, repete ai as características da lesão por favor
Ana Formiga: são placas eritematoescamosas, ovaladas, com uma descamação principalmente periférica, que a gente chama de descamação em colarete, e com distribuição tipo arvore de natal.
Cybelle: Parece impinja, né professora?
Ana Formiga: parece um pouco, a gente faz diagnostico diferencial com as micoses cutâneas também, as dermatofitoses.
Renan: a diferença de psoríase pra pitiríase é a localização
Ana Formiga: a localização e o padrão de descamação, a psoríase a gente tem aquela descamação mais intensa, mais laminar, laminas prateadas, e a distribuição também, geralmente, é simétrica, nas áreas de fricção, na região sacral. Na Piriríase Rósea não é uma doença autolimitada, não é uma doença crônica como a psoríase e tem essa destruição característica também.
Thayane pergunta sobre o diagnóstico diferencia com a sífilis secundária
Ana Formiga: como agente etiológico não se sabe bem ao certo, as principais hipóteses é em relação ao herpes vírus tipo 6, o herpes vírus tipo 7 que podem causar a Piriríase Rósea, mas também podem ter relações com outras infecções virais, fúngicas ou bacterianas, e o próprio estresse pode desencadear as lesões de Piriríase Rósea.
As lesões se caracterizam por ser dessa maneira aqui, com essa descrição, predomina principalmente em áreas cobertas do tronco, e senguem o padrão das linha de Langer, aquele padrão em árvore de natal, na maioria dos casos ocorre o surgimento de uma lesão precursora, uma lesão maior, geralmente, na região do troco que precede o exantema, o surgimento das outra lesões.
Em relação aos sintomas sistêmicos, as vezes no início do quadro a pessoa tem um pouquinho de astenia, mialgia, como se fosse um quadro viral leve. Tem a sensação que vai gripar, mas na verdade não gripa, pode ter relação com os herpes vírus, ai depois ela vai abrindo o quadro de exantemas e outras pessoas não sintoma nenhum, surgem as lesões assintomática e ponto final.
PARTE 11 – FRED 50 - 55
...Tem a sensação de que vai gripar e não gripa, pode ter relação com os herpes vírus e depois ela vai abrindo o quadro de exantema, e outras pessoas não tem sintoma nenhuma, surgem as lesões assintomáticas e ponto final. Algumas relatam prurido, mas geralmente o prurido está ausente. As vezes a vizinha tem uma pomada para indicar, aí passa a medicação e altera o padrão típico da lesão, e quando chega para o médico a lesão não está como aquela normal, bem característica, então pode evoluir para lesões eritemato-papuloso, formando as pápulas como se fossem brotoejas ou espinhazinhas. RARAMENTE acomete mãos, pés e faces, NUNCA acomete o couro cabeludo, importante diferenciar também da psoríase que pode acometer o couro cabeludo, mas nem sempre. Tem evolução automlimitada, desaparece espontaneamente, geralmente não precisa de tratamento nenhum, precisa de orientação, orientar o paciente que não é uma doença infectocontagiosa, que não se contaminou de ninguém e não vai contaminar ninguém. Caso haja acometimento palmar e nos casos atípicos que não é bem aquele padrão de ptiriase rósea, solicitem VDRL, que é o principal diagnostico diferencial da pitiriase rósea que é a SÍFILIS SECUNDÁRIA
Existem três tipos de sífilis: primária (cancro), secundária (exantema), terciária (neurosifilis principalmente).
Casos não complicados não precisa de nenhum tratamento, pode orientaro paciente passear na praia, andar na praça e tomar sol, pois tomar sol tem ação imunomodularora, sol do inicio da manha ou final da tarde.
Caso o paciente apresente prurido e coceira pode prescrever loções antipruriginosas, anti-histaminicos orais, corticoide tópico, corticoide oral.
	Situação
	Tratamento
	Modo de uso
	Grau de recomendação
	Casos não complicados
	Nenhum
Exposição solar
	
	
	Lesões pruriginosas
	Loções antipruriginosas
Corticoide tópico
Corticoide VO
	-prednisona 0,5-1mg/kg/dia 7-10 dias decrescente
	
	Casos extensos
	- Eritromicina VO
	- 250 mg 6/6h, 14 dias
(cças: 25-40mg/kg/dia 6/6h)
	C
	
	- Aciclovir
	- 400mg/dia 7 dias
	D
IMPORTANTE SABER ATÉ AQUI: COMO EXAMINAR A PELE, O QUE BUSCAR DE ALTERAÇÃO, QUAL A DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES. ISSO É O PRINCIPAL
DERMATITES ECZEMATOSAS
Vamos entrar na dermatite de contato e atópica.
Elas também se manifestam com placas eritemato-escamosas, mas depende da evolução da doença.
As dermatites eczematosas se caracterizam pelo eczema, eczema é quando forma na fase aguda com vesículas, na fase crônica vai ter crosta, então vai ter descamação, e na fase crônica vai ter liquenificação, então depende da fase da dermatite eczematosa, mas ela entra no diagnóstico diferencial.
A forma mais comum de dermatite que se manifesta através dos eczemas que se caracterizam por lesões que se manifestam com eritema, vesículas, crosta, descamação e liquenificação, então depende da fase de evolução dessa dermatite. O que elas têm de mais comum é a coceira, o prurido, então essas dermatites eczematosas são aquelas irritações na pele, a grosso modo. A forma aguda vai se manifestar através do surgimento de vesículas...
AIS III - Dermatoses 
Prof. Ana Priscila
Parte 12 (55:00 - 1:00:00) - Gabi Guedes
... Então a forma mais comum de manifestação da Dermatite são os eczemas que se caracterizam por lesões com eritemas, vesículas, crostas, descamação e liquenificação. Aí vai depender da fase de evolução da dermatite. O que elas têm de mais comum é a coceira, o prurido. Então, as dermatites eczematosas são aquelas irritações na pele. 
A forma aguda se caracteriza pelo aparecimento de vesículas, é aquela coceira que sai um liquido ou a pele fica meio úmida. Na fase subaguda, como as vesículas já estarão rompidas e ressecadas, há a formação de crostas, então terão placas que podem descamar. Já na fase crônica, vai ocorrer o que a gente chama de Liquenificação, que é aquela pele mais grossa, de tanto coçar a pele vai ficando espessada. Vocês já viram musgo, líquen no chão? O chão liso com aquela placa de líquen fica com a aparência mais grossa, áspera. Então, a liquenificação é um termo que tenta expressar a grosso modo isso aí. É a acentuação no espessamento das dobras da pele.
O protótipo das Dermatites Eczematosas é a Dermatite Atópica. Ela se manifesta de maneira diferente dependendo da idade do paciente:
Na infância, no Lactente: Há a manifestação na região malar (nas bochechas) através de vesículas, principalmente, que podem evoluir para crostas e formação de placas eritematosas com uma descamação.
Aluna: Professora, então a dematite atópica é uma parte das dermatites eczematosas?
Professora: Isso, ela é uma dermatite eczematosa.
Aluno: Ela é um protótipo?
Professora: Isso!
Então, na criança ela vai poupando essa região central da face, se manifestando mais nas bochechas. É comum as mães virem se queixando de beijos na bochecha, que ficam beijando muito a criança, aí irritou a bochecha. Nada mais é que uma manifestação da dermatite atópica que formam vesículas, bolhinhas na criança.
Com a evolução da doença, sai da fase aguda para a crônica, essas placas vão ficando mais engrossadas, ficam mais ressecadas, vão adquirindo crostas, podem descamar, ficam com aspecto liquenificado.
Resumindo: A dermatite atópica no lactente tem a manifestação inicial na face, nas dobrinhas também (na dobra cervical, nas dobrinhas dos joelhos, cotovelos, tornozelos. 
Já nos adultos, ela se manifesta nas áreas flexurais, por exemplo, na fossa poplítea, região ante-cubital, punhos.
Aluno:Aí pode fazer diagnóstico diferencial com a psoríase invertida né?
Professora: Isso. Mas, na psoríase invertida, há mais a formação daquelas crostas prateadas, que tem aquela descamação mais esbranquiçada. Já na dermatite atópica, o paciente tem muita coceira, diferente da psoríase que não tem tanta coceira, e existem as fases. Nas manifestações iniciais, há o aparecimento de bolhas, nos locais das bolhas vão formando crostas e com o tempo a pele vai ficando engrossada, liquenificada.
Aluno: Professora, essa fase aí, é a aguda?
Professora: Subaguda. Aí tem vesículas e crostas. As crostas são essas plaquinhas aqui, são crostas hemáticas.
Aluno: Para mim, isso é uma bolha.
Professora: Não. A bolha é transparente, ela não apresenta esse conteúdo avermelhado. Quando ela se rompe, de tanto coçar, sai sangue no local, aí há a formação da crosta para cobrir o local afetado.
Aluno: Teriam bolhas nesses locais que não estão mais tão vermelhos?
Professora: Aqui tem bolhas/vesículas, crostas (casquinhas da ferida) e área de liquenificação, que é o espessamento da pele após coçar muito.
Então, esse menino aqui, provavelmente ele tem uma Dermatite Atópica crônica, que a liquenificação faz parte de uma manifestação crônica, com uma agudização. Então, ele deve ter entrado em contato com alguma coisa que provocou essa crise.	
Transcrição Parte 13
Gabriela Lobo
60min-1h05
Esse menino provavelmente tem uma dermatite atópica crônica, pois a liquenificação faz parte do quadro de dermatite atópica crônica, como também apresenta uma agudização, então ele entrou em contato com alguma coisa que fez ele apresentar uma crise, ele tem uma placa liquenificada e vesículas, porque ele se expôs a um alergeno, então vemos uma dermatite crônica agudizada.
Professora essa coceira eu encontro mais na região poplítea e onde mais? (Não tenho certeza 1H0026)
Pode se localizar na fossa poplititea e na região cubital e quando localiza-se no punho pode fazer diagnóstico diferencial com escabiose, pois ela coça muito as áreas de dobra, mas a escabiose também apresenta lesões na região periumbilical, com uma coceira que piora a noite, diferente do atópico que coça o tempo inteiro, é um quadro mais agudo, a dermatite atópica não a pessoa já sabe que tem alergia, na escabiose a pessoa chega se queixando de uma coceira e não sabe o que é, o atópico chega com a coceira mas já sabendo que ele é alérgico, porque é uma doença crônica.
Dupla prega infra palpebral-pacientes atópicos tem edema nessa região da conjuntiva e a pele dessa área é bem fina e fica sensibilizada com facilidade, o paciente tende a coçar mais e acaba gerando edema e essa dupla prega.
Dermatite atópica também é de etiologia multifatorial, então tem esses fatores genéticos que interfere na produção dos lipídios na microbiota da pele, e existem os fatores alérgenos, como exposição a acaro, banho demorado, banho quente, uso de produtos químicos, sabonetes, tudo isso pode interagir com os fatores genéticos e desencadear as crises. O paciente que tem dermatite atópica tem o predomínio da resposta imunológica tipo TH2, produção de imunoglobulinas e produção de anticorpos, que são mediadores da resposta imunológica, a resposta TH2 com liberação de histaminas e outras aminas vasoativas, leva ao surgimento do prurido, quadro de inflamação, vermelhidão, edema.
Então, diagnósticos diferenciais importantes da dermatite atópica: Temos a dermatite seborreica, dermatite de contato, psoríase e a própria escabiose. Os fatores externos que podem desencadear essa reação são pelos de animais, alérgenos ambientais e estresse.
Alguns estudos mostram que a exposição precoce a animais possa ter um efeito protetor. Existe a hipótese da higiene, a qual afirma que pessoas que são muito privadas do contato com a sujeira e acabam reconhecendo a maioria dos antígenos como inimigos, já as pessoas que foram criadas no campo, em contato com animais e sujeira, se expõe precocemente a antígenos e o organismo vai aprendendo a conviver com eles, não reagindo de maneira negativa.
Staphylococcus aureus, bactéria que vive na pele de todo mundo, mas para uma pessoa alérgica essa bactéria acaba se tornando um superantígeno que precisa ser combatido provocando uma resposta imunológica e existem estudos que mostram relação dessa alérgia com a personalidade atópica.
	Transcrição Dermatoses
	Parte 14 – Gabi Marinho (1:05 – 1:10 min)
	E existem teorias que mostram uma relação com a personalidade atópica. Então, as pessoas que tem dermatite atópica geralmente elas tem traços próprios de personalidade, tipo, muita ansiedade, autocobrança, perfeccionismo. Então, geralmente são pessoas que tem uns traços próprios de personalidade que acabam piorando a doença; autocobrança excessiva, tudo isso dai.
	Então, o diagnóstico ele é clinico, da dermatite atópica. Na fase infantil do lactente predomina na face, naquela área que mostrei para vocês. Depois vai se localizando mais nas regiões flexurais, então na fossa antecubital e na região da fossa poplítea também. A partir dos 12 anos, como está na fase mais crônica, ocorre o que a gente chama de liquenificação, aquela pele que é mais grossa de tanto a pessoa coçar. E existem outras manifestações não clássicas de dermatite atópica também, e são essas manifestações todas aqui:
A pitiríase alba, que são aquelas manchinhas brancas, que ocorre principalmente em criança. O pessoal acha que é giárdia, vocês já ouviram falar? A mãe chega e fala “ah, eu acho que esse menino tá com giárdia, tá cheio de mancha na pele”.E normalmente é pitiríase alba, uma manifestação de dermatite atópica.
Eczema de mãos e pés, eczema da pálpebra também, principalmente quando a pessoa tem alergia a cosméticos/produtos de beleza, ou alergia a esmalte também, se manifesta principalmente com o eczema de pálpebra. E as pessoas que lidam com muitos produtos voláteis, produtos de limpeza, também acabam se manifestando na pálpebra, que é uma pele que é muito fina e se sensibiliza com uma certa facilidade. Então, só a manipulação da pessoa ali com os produtos de limpeza, as vezes já é suficiente pra levar à dermatite da área da pálpebra. Eczema da região da vulva, então as mulheres se queixam de muita coceira na região vulvar, também pode ser um quadro de dermatite atópica. Eczema mamilar e eczema numular são formas menos comuns de eczema também.
A pessoa atópica costuma ter hiperlinearidade palmoplantar. Então, a mão é cheia, toda intrecortada de linhas.
Ceratose pilar, são aquelas lesões que o pessoal sempre acha que é de acne ou espinhas, cravinhos na região posterior do braço e na região posterior da coxa também, isso é uma manifestação de dermatite atópica.
A hiperpigmentação periorbital, devido ao edema, do fato da pessoa coçar muito, vai escurecendo essa região periorbital, a pessoa vai ficando com o aspecto de cansado.
Aluna: A ceratose pilar pode se manifestar em outras doenças?
Professora: Não que eu me lembre agora. Se ela é exclusiva da dermatite atópica eu não sei, mas ela é uma manifestação de dermatite atópica. As vezes acontece de uma manifestação ser comum em outras doenças.
Fissuras. Então, o atópico ele tende a ter tipo rachaduras na região infra-auricular, como se fosse uns cortes embaixo da orelha. E na região do canto da boca também, tende a ficar cortado com fragmentos.
Aluno: Chega a sangrar, esses cortes?
Professora: Pode chegar sim, dependendo do grau
Queilite, que é a inflamação do lábio. Então, pode ser a queilite completa, que é a inflamação do lábio todo. As vezes a pessoa tem o hábito de lamber muito a boca, por exemplo, desenvolve queilite com mais facilidade. E também existe a queilite angular, que é nada mais que a queilite no canto do lábio.
Palidez facial, devido a liberação das aminas vasoativas, que provocam vasoconstrição. As aminas causam vasoconstrição, e a pessoa fica com o centro da face, principalmente, mais pálido.
E a eritrodermia, que é mais raro, sendo a vermelhidão generalizada da pele
Ai (slide de imagens) nós temoso padrão de distribuição da dermatite atópica, e algumas formas não clássicas de dermatite atópica
	Ali em cima a pitiríse alba, que são essas lesões mais esbranquiçadas na pele. Lembram muito pano branco (pitiríase versicolor). A diferença é que na pitiríase alba, as lesões elas tem os contornos pouco definidos, mais imprecisos. Já no pano branco, tem a plaquinha, a mancha, com o contorno bem definido, bem delimitado. 
	
	Já no pano branco tem a plaquinha, a machinha de contorno bem definido, bem delimitado, e na pitiríase versicolor a gente vai ter aqueles dois sinais semiológicos positivos: sinal de zileri e sinal de besnier, “NÃO VOU COBRAR ISSO NÃO, TÁ”. O zileri é quando você estende a pele, você puxa a pele e aquela área que tá a lesão fica com uma descamação mais evidente, e o sinal de besnier, é quando você bota a unha e ela tá mostrando uma descamação, na pitiríase alba, não vai ter.
	Aluna: Professora essa vesicolor e pano branco é a mesma coisa?
	Professora: A mesma coisa, agora o nome vesicolor é mais usado que pano branco, porque nem sempre pano branco é branco, ele pode ser avermelhado e a amarronzado, por isso é vesicolor, pode ter várias cores. Aqui a gente tem novamente o eczema palpebral, com a inaudível 1:11 : 10, aqui o eczema mamilar, aqui a ceratose pilar, palidez centro facial e a presença de queilite, são manifestações de dermatite atópica.
	Então aqui a gente tem outras manifestações da dermatite atópica, aqui escurecimento periorbitário associado a palidez centro facial, então a gente percebe que essas áreas periféricas são mais escuras em relação ao centro da face, hiperlinearidade palmar, aqui a criança novamente com palidez no centro da face e o escurecimento periorbitário e a presença de queilite na nuca. Esse daqui da também, área mais clara com eczema periorbitário, dupla prega de dennie morgan.
	Aluno: Professora como é essa da mão?
	Professora: A hiperlinearidade, muitas linhas, nessa foto, não está legal, mas a pessoa que é atópica tende a ter muitas linhas cruzando a palma da mão.
	Aluno: Não é a linha que você já tem ou não é?
	Professora: Não, essas aqui não, são as normais que todo mundo tem, são as outras linhas mais fininhas.
	Tratamento principal é hidratação, manter a pele hidratada, corticoides podem ser utilizados nas fases agudas, para diminuir a cosseira, e anti-histamínicos também para diminuir o prurido. Então hidratante, corticoide, e anti-histamínico.
	DERMATITE DE CONTATO NÃO VAI CAIR. Depois muído sobre o que não vai cobrar ou não vai cobrar depois acaba a aula!

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