podem ser conduzidas de maneiras diferentes: 1 os meses: nos primeiros meses de vida, a consulta não é tão dificultosa, e geralmente é feito acompanhamentos mensais até o 3º mês, avaliando o diâmetro torácico, perímetro cefálico, peso, avaliação e confirmação de vacinas, exame físico do tórax, abdome e genitália externa. 6 - 8 meses 2 - 3 anos: Geralmente nessa época a consulta passa a se tornar mais dificil. A partir dos 6 meses a criança já é capaz de reconhecer os pais, daí a importância de frequentar sempre o mesmo pediatra, pois com a criança identificando aquela pessoa, a consulta se tornará mais tranquila. Pré-escolar: nessa fase as consultas já são direcionadas para a queixa principal do paciente, entretanto deve- se sempre lembrar de alguns itens que são indispensáveis durante a realização do exame. Escolares / Adolescentes: nos adolescentes normalmente na primeira consulta não é necessária uma avaliação completa, embora adolescente, sabendo das diversas alterações que ocorrem nessa idade, deve-se primeiro conquistar sua confiança para realizar um exame mais específico, ou seja, que seja necessário retirar a roupa. De um modo geral, durante o exame físico de uma criança, o médico vai comprovar todos os achados que foram relevantes coletados durante a anamnese. Dessa forma, os sinais (dados que podem ser verificados de maneira objetiva) e os sintomas (dados subjetivos, que o médico só terá conhecimento com o relato do paciente) poderão ser evidenciados e, desta forma, caracterizar síndromes (conjunto de sinais e sintomas que estão ligados alguma mesma entidade nosológica) e, portanto, todos estes dados devem ser cuidadosamente investigados pelo médico, para que possa ser estabelecido uma hipótese diagnóstica concreta. Em resumo, o exame físico caracteriza-se por: Avaliação dos aspecto gerais e dados vitais Medidas antropometricas Avaliação de órgãos e sistemas AVALIAÇAO DOS ASPECTOS GERAIS (ECTOSCOPIA) Neste momento inicial do exame físico, devemos observar o aspecto geral da criança logo ao chegar, dando ênfase ao seguintes dados: Nível de consciência Atitude e posição: posição que o paciente adota com a finalidade de se sentir confortável. o Atípica (normal): não há preferências. o Típica: Sugere um desconforto. Genupeitoral: geralmente a criança adota essa posição, pois ela permite uma melhor oxigenação e ventilação, por isso, nesses casos deve-se suspeitar de alguma cardiopatia congênita. Ortopnêica: em crianças a ortopneia deve-se sempre pensar em edema agudo de pulmão. Nesses casos o exame do aparelho respiratório é de extrema importância, podendo nesses casos auscultar ruídos adventícios (estertores finos), mostrando na radiografia congestão bilateral. Diferentemente em adultos ocorre devido a enfisema pulmonar, cardiopatias, insufiência cardíaca congestiva. Cócoras: Também sugere doenças cardíacas. Antálgica: pode se manifestar de várias formas: (1) Colocação da mão sobre o local, (2) decúbito lateral sobre o local, (3) decúbito lateral oposto ao local, (4) decúbito ventral, (5) decúbito dorsal / flexão MMII. Posições contraturais: (1) Opistótono: contratura muscular intensa em que a criança permaneça apoiada sobre os calcanhares e região nuncal. Pode ocorrer devido a irritação meníngea infecciosa (meningite) ou ainda, nos casos avançados de tétano; (2) Ortótono, (3) Pleurotótono, (4) Gatilho. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SEMIOLOGIA 4 www.medresumos.com.br Condições de higiene Ativo ou hipoativo Estado psíquico Biotipo: Longilíneo; Brevilíneo; Normolíneo; Fala: Disfonia; Afonia; Disfasia; Dislalia; Dislexia. Marcha: forma de andar da criança. o Atáxica: lesões do SNC Tabética: lesões posteriores da medula Cerebelar: lesões cerebelares o Escarvante / Parética. Lesão de nervos periféricos Lesões Esquistossomóticas da medula o “Em Foice”: Hemiplegias o Anserina ou “de pato”: Miopatias o “De passos miúdos”: Doença de Parkinson o Claudicante: Dor ao andar Coloração da pele: um sinal clínico importante nesses pacientes é a palidez cutâneo-mucosa. Este sinal pode ser simplesmente devido a uma má-alimentação, ou ainda, predizer condições graves, como ocorre por exemplo, nos casos de hipoxemia, que mesmo a criança com hemograma normal, apresenta-se pálida, nesses casos é necessária a utilização de O2. Quando a palidez está acompanhada de sudorese, extremidade frias, oligúria, pode ser devido a hipotensão, sinais importantes de choque (inclusive, diferentemente do adulto, a hipotensão é um sinal tardio de choque na criança). Dados vitais: Temperatura em graus Celsius: axilar, auricular e retal. Frequência cardíaca; Pulso; Frequência respiratória. Peso: o Desnutrição: ocorre naqueles casos em que há um deficit alimentar, nesses casos são chamadas de desnutrição primária. Já nos casos de desnutrição secundária, ocorre devido a patologias específicas. o Obesidade: é o resultado de um desequilíbrio energético, em que, a oferta é maior que a gasto de energia. Com isso, o alimento é armazenado na forma de tecido adiposo. OBS 4 : É importante estabelecer o diagnóstico diferencial de edema com obesidade. Geralmente crianças desnutridas apresentam um quadro de hipoproteinemia e, devido a um desequilíbrio osmótico, podem apresentar edema generalizado, o que erroneamente pode ser interpretado pelas mães como obesidade. Além disso, ainda é necessário fazer diagnóstico diferencial com doenças renais. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Os dados aqui obtidos devem ser colocados em gráficos específicos, e incluem: Peso Estatura Perímetro cefálico Perímetro torácico Perímetro abdominal Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SEMIOLOGIA 5 www.medresumos.com.br PESO A pesagem de recém-nascidos (com até 16kg) deve ser feita em balanças próprias para esta faixa etária; quando acima de 16kg, utilizar balança para adultos. IDADE PESO (kg) 03 a 12 meses Idade (meses) + 9 2 01ano a 6 anos Idade (anos) x 2 + 8 07anos a 12 anos Idade (anos) x 7 - 5 2 Quanto ao ganho de peso, devemos considerar o seguinte padrão: Primeiros 4 ou 5 dias –ocorre perda fisiológica de 3 a 10% do peso; O peso se recupera em torno do décimo dia de vida; Primeiro trimestre-em média-30g/dia; Segundo trimestre-20g/dia; Terceiro trimestre-10g/dia; Dobra o peso de nasc. entre 5 e 6 meses; Triplica o peso de nasc. em torno os 12 meses; Aos 5 anos-dobra o peso em relação aos 12 meses; Aos 10 anos -triplica o peso em relação aos 12 meses; Aos 14 anos -quadruplica o peso em relação aos 12 meses; ESTATURA A medição da estatura deve ser feita mensalmente, pelo menos, e devidamente registrada nas curvas de crescimento. Para crianças menores de 2 anos, devemos medí-la deitada, com antropômetro de Harpender; para crianças maiores de 2 anos, a medição deve ser feita em pé, com escala métrica ou em balança antropométrica. Desta forma, temos os seguintes padrões para aumento da estatura: Primeiro ano de vida- 25 cm; Segundo ano de vida- 12,5 cm; Terceiro ano de vida- 9 cm; Cerca de 6cm/ano até a puberdade; Entre 4 e 5 anos - duplica a estatura em relação ao nascimento; Entre 12 e 13 anos - triplica a estatura em relação ao nascimento; PERÍMETRO CEFÁLICO A medição do perímetro cefálico deve ser feito com auxílio de fita métrica, passando pela glabela e pelo occipício, sem abranger as orelhas. O padrão normal é o que segue: Primeiro ano de vida em torno de 12 cm; Primeiro semestre 1cm /mês; Segundo semestre ½ cm /mês. AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS E SISTEMAS Os seguintes parâmetros devem ser avaliados: Cadeias ganglionares Cabeça e pescoço Exame do tórax Aparelho cardiovascular Exame