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PENAL - CRIME DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NP1 Sursis: Suspensão condicional da execução da pena Privativa de Liberdade, na qual se o réu desejar, ele se submeterá nesse período a provas, fiscalização e cumprimento de condições judicialmente estabelecidas. É uma forma de agentes de delitos mais simples não ficarem misturados com detentos de grande periculosidade. Se todos os requisitos exigidos para o réu forem cumpridos, é um DEVER do juiz aplicar a suspensão. - Requisitos Impostos: I- Não ser reincidente em crime doloso; II- Culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade sejam compatíveis com o benefício; III- Não seja cabível a pena privativa de liberdade por restritivas de direito. Tipos de Sursis: - Simples: Pena privativa de liberdade não superior a 2 anos. O condenado deverá cumprir no primeiro ano do prazo, serviços comunitários ou submeter-se a limitações de fins de semana. - Especial: Quando um condenado repara o dano ou é impossibilitado de fazê-lo, se possui os requisitos impostos, pena não superior a 2 anos. O juiz poderá substituir a pena do sursis simples, desde que se aplique cumulativamente para: Proibição de frequentar determinados lugares; Proibição de se ausentar da comarca onde reside; Comparecimento pessoal e obrigatório ao juiz mensalmente. - Etário: Maior de 70 anos, condenado a pena restritiva de liberdade até 4 anos. - Humanitário: Portador de doença grave, pena até 4 anos. Tipos de Revogação: - Obrigatória: Condenado por crime doloso, condenado com pena de multa que deixa de pagar a multa, ou deixar de reparar o dano, e quando não cumprir qualquer condição. - Facultativa: Quando o condenado descumprir qualquer condição sursitária, ou é condenado por crime culposo à pena restritiva de liberdade ou de direito. Livramento (liberdade) Condicional: Benefício concedido ao condenado que permite o cumprimento da punição em liberdade até a extinção da pena. Desde que a pena seja privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos. Requisitos: - Cumprimento de 1/3 para condenado não reincidente em crimes dolosos e tiver bons antecedentes. - Cumprimento de mais da metade da pena em reincidência de crime doloso. - Comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho e capacidade de prover a própria subsistência. - Reparação do dano causado. - Cumprimento de mais de 2/3 da pena em caso de crimes hediondos, tráfico de drogas e terrorismo desde que não seja reincidente. Peculato art. 312: Funcionário Público que apropria-se, desvia, subtrai ou concorre para que seja subtraído bens que tenha acesso, em razão de seu cargo em proveito próprio ou alheio. OBS: Não se admite o Princípio da Insignificância por conta da moralidade pública, mas pode ser admitido o arrependimento posterior desde que antes do recebimento da denúncia Crime Próprio: Só pode ser praticado por funcionário público. Mas se um particular cometer o crime junto, responderá junto pelo crime. Funcionário Público: Concursado, Contratado, Comissionado ou mesmo o Não Remunerado que exerça função pública. VERBO APROPRIAR-SE, DESVIAR, SUBTRAIR OU CONCORRER PARA QUE SEJA SUBTRAÍDO. - Peculato Culposo: Peculato é o único crime da Administração Pública que permite a modalidade culposa. Ocorre quando o servidor comete erros permitindo que outra pessoa roube o bem que estava em sua posse. Pena de detenção de 3 meses a 1 ano, a reparação do dano antes da sentença extingue a punibilidade e posterior reduz pela metade. - Peculato Apropriação: Quando o funcionário toma posse do bem que tem acesso em razão de seu cargo. VERBO TOMAR POSSE. - Peculato Desvio: Desvio de verba em proveito próprio ou de outrem. VERBO DESVIAR. - Peculato Furto ou Impróprio: Quando o funcionário rouba um bem, mesmo sem ter a posse. (ex: roubar item do almoxarifado). VERBO ROUBAR. - Peculato Mediante Erro de Outrem (Estelionato): Quando o funcionário se apropria do bem, mediante o erro dos outros. De 1 a 4 anos de Pena de Reclusão e Multa (doloso). VERBO ERRAR. - Peculato Eletrônico: Quando funcionário público insere dados falsos em um sistema ou modificar o sistema público de informática, para se beneficiar ou beneficiar alguém. VERBO INSERIR DADOS. Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento Art. 314: Pratica o crime o funcionário público que tenha a guarda ou esteja em posse do documento extraviando, sonegando ou inutilizando total ou parcialmente. Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas Art. 315: Quem comete o ato ilícito é o funcionário responsável por essas verbas (Presidente, Prefeito ou Vereador – Crime de Responsabilidade). Empregar, administrar, consagrar ou destinar IRREGULARMENTE essas verbas. - Rendas Públicas: Aquelas recebidas pela Fazenda Pública. - Verbas Públicas: Destinadas para determinados serviços público. Concussão Art. 316: Quando há uma exigência por parte do funcionário público, diante da vítima, em receber dessa vítima vantagem indevida (Crime Formal, independente de receber a vantagem ou não), forma de coação e conduta agressiva. Reclusão de 2 a 8 anos e multa. OBS: Vantagem Indevida: Essa vantagem tem que ser PATRIMONIAL. – Se o funcionário exige imposto, taxa ou emolumento indevido, ou quando é devido e a cobrança é por meio vexatório ou gravoso. VERBO EXIGIR. Diferença entre Concussão e Extorsão: - Concussão: Sujeito Próprio (Funcionário Público) e Sujeito Passivo (Administração Pública), sujeito utiliza cargo para constranger ou ameaçar. Trata-se de crime FORMAL. - Extorsão: Sujeito Ativo e Sujeito Passivo pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime PERMANENTE. Corrupção Passiva Art. 317: Solicita ou recebe direta ou indiretamente, em proveito próprio ou alheio, em razão da função, vantagem indevida ou promessa dessa vantagem. Existe uma negociação, é sugerido. VERBO SOLICITAR OU RECEBER. - Agravante: Caso o funcionário pratique, deixe de praticar ou prejudique de alguma forma seu ato de ofício, ou seja, seu trabalho como funcionário público. - Atenuante: Caso o funcionário público prejudique de alguma forma o ato de ofício a pedido de alguém, sendo constrangido ou pressionado a cometer tal ato. Facilitação de Contrabando ou Descaminho Art. 318: Facilita com infração, com dever funcional (permitir, fazer vistas grossas). - Descaminho: Produto Lícito que não é recolhido ou é desviado, dos tributos, da entrada ou saída do país. - Contrabando: Entrada ou saída de produtos ilícitos. Prevaricação Art. 319: Retardar ou deixar de praticar, ou fazer o ato de maneira contrária a lei, para satisfazer interesse pessoal. VERBO RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR. - Prevaricação Imprópria (especial): Diretor de presídio ou funcionário facilitar a entrada de aparelhos móveis no presídio. Condescendência Criminosa Art. 320: Crime próprio cometido pelo funcionário SUPERIOR HIERÁRQUICO. O superior hierárquico responsável pelo funcionário se omite diante de alguma falta, ou se ele não for o responsável direto, deixar de informar aquele que é. Pena de detenção de 15 dias a 1 mês ou multa. - Condescendência: Não impor ordem, ceder a sentimentos ou desejos de alguém. - Indulgência: Perdoar culpas ou erros de alguém, clemencia, tolerância. Advocacia Administrativa Art. 321: Defende interesse de particular, direta ou indiretamente, dentro da administração pública, aproveitando-se do seu cargo. É o simples ato de interferir em favor de particular, obtendo-se vantagem ou não. Dá-se o crime, pois a missão do funcionário público é defender os interesses públicos. Pena de detenção de 1 a 3 meses ou multa. Corrupção Ativa Art. 333: Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. NP2 Resistência Art. 329: Quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário público competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio. Desobediência Art. 330: Ocorrequando uma pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público. Desacato Art. 331: Ocorre quando o funcionário público é ofendido no exercício da função ou em razão dela. Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção Art. 340: Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. Pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. Denunciação Caluniosa Art. 339: Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente. Pena de reclusão de 2 a 8 anos e multa. - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. OBS: Esse crime existe na forma TENTADA, pois o sujeito pode levar as provas para o promotor (já que o inquérito é dispensado), o promotor é enganado pelas provas falsas e oferece a denúncia, o juiz percebe a falsidade das provas e rejeita a denúncia, ou seja, houve a tentativa. Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção Art. 340: Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. Pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. Acusação Falsa Art. 341: Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem. Pena de detenção de 3 meses a 2 anos ou multa. Falso Testemunho ou Falsa Perícia Art. 342: Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral. Pena de reclusão, de 2 a 4 anos, e multa. - As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. - O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. OBS1: Crime contra a justiça e pode ocorrer em qualquer processo judicial (fazer afirmação falsa, negar ou calar/omitir). OBS2: Se o advogado induz o cliente a mentir, ele não responde por crime, por ser crime próprio, ou seja, o advogado pode até induzir, porém não mentirá junto. OBS3: No caso do réu mentir, não é considerado falso testemunho. OBS4: O falso testemunho só se consuma quando o depoimento é encerrado e assinado, se durante o depoimento o sujeito voltar atrás e dizer a verdade, é considerado um fato atípico e não consumado. Porém, mesmo após assinado, ele poderá pedir a retratação até a sentença do processo, que a punibilidade se extinguirá.
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