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RESUMO 
 
 
Sinapse​: Zona de contato especializada, onde ocorre a comunicação de um neurônio 
com outro. Existem dois tipos de sinapse: 
 
1. Sinapse elétrica​: 
 
a. A distância entre as junções das células praticamente inexistem 
b. O impulso é transmitido por corrente iônica, que são capazes de atravessar 
de uma célula para outra por meio de junções gap; 
c. alta velocidade sináptica 
d. A transmissão é bidirecional 
 
● A junção GAP é formada a partir de complexos proteicos que formam uma 
comunicação (canais iônicos) entre duas membranas, os conexons. Possui uma 
forma aberta e fechada. 
 
2. Sinapse química​: 
 
a. Há uma distância entre as junções das células (fenda sináptica) 
b. O impulso é transmitido por mensageiro químico, ou seja, um 
neurotransmissor 
c. Existe retardo sináptico 
d. A direção da transmissão é unidirecional 
 
● Existe a sinapse axodendrítica, axossomática, axoaxônica e dendrodentrítica. 
 
Transdução eletroquímica: Acontece após um estímulo de fármaco, luz, etc, a célula 
é despolarizada, potencial de ação é gerado, canal de cálcio se abre, vesículas se 
fundem com membrana e neurotransmissores são liberados na fenda sináptica, eles se 
ligam na fenda sináptica e se transforma em estímulo elétrico (estímulo químico virou 
elétrico): 
1. Quando a célula transforma um tipo de sinal/ estímulo em outro 
2. Ação inibitória/ excitatória no neurônio pós sináptico 
3. Alterações elétricas no neurônio pós sináptico 
4. Amplificação de sinal (​A maioria dos processos de transdução de sinal 
envolvem sequências ordenadas- chamadas também de cascatas- de 
reações bioquímicas dentro da célula) 
 
Neurotransmissão: 
 
1. Neurotransmissão clássica (direta/ Anterógrada): Um 
neurotransmissor sai do neurônio pré-sináptico e vai para o pós-sináptico 
a. Para ser considerado neurotransmissor precisa ser vesiculado e 
liberado após um pot. de ação e causar uma resposta 
pós-sináptica. 
 
2. Neurotransmissão retrógrada: Acontece quando o neurônio 
pós-sináptico sinaliza para o pré-sináptico para este parar de produzir 
neurotransmissor (quando já se tem uma quantidade suficiente, pois 
excesso pode ser prejudicial). Então, neuromoduladores 
endocanabinóides são produzidos a partir da membrana lipídica da célula 
pós-sináptica, conseguem atravessar a membrana da célula pós-sináptica 
e se ligar no receptor CB1 da célula pré-sináptica (receptor 
metabotrópico, a ptn G inibitória que reduz entrada de Ca2+, glutamato 
começa a diminuir saída...). Outros neuromoduladores são o NO e o Fator 
de Crescimento. Neuromodulador é produzido sob demanda, não é 
vesiculado. 
a. Não é a mesma coisa que up e down regulation. Quando tem ​muito 
NT a célula ou ​produz endocanabioides (para frear a produção) ou 
endocita esses NT. 
 
3. Difusão (volume) ​= Quando o NT é liberado em excesso ou não foi 
deflagrado, ele atinge outras células alvo que não o alvo primário. Atinge 
outras células ao redor na região. 
 
》 Dois neurotransmissores diferentes não se ligam a um mesmo receptor, entretanto 
um neurotransmissor pode ligar a diferentes tipos de receptores. 
》 os receptores são nomeados de acordo com seus agonistas, por exemplo, receptor 
nicotínico (nicotina), etc. 
》 receptores de neurotransmissores podem ser canais iônicos ativados por 
transmissores ou receptores acoplados a proteína G. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLUTAMATO 
 
● Principal NT excitatório do SNC. 
 
Síntese: É formado ​a partir da glutamina (aminoácido). Neurônios tem uma enzima 
Glutaminase que converte glutamina em glutamato. Esse glutamato é vesiculado 
através do transportador V-GLUT (transporte ativo) que “joga” glutamato para dentro 
das vesículas. Depois serão ancoradas e quando houver um potencial de ação serão 
liberadas. Vão atuar em receptores que podem estar na célula pré ou pós sinapse. 
Pode também ser formado ​a partir do Ciclo de Krebs por uma enzima GABA 
trasminase. 
 
Receptores:​ ​São ionotrópicos, seus subtipos são o NMDA, AMPA e cainato. 
 
○ AMPA ​= Formado por 4 subunidades; Permite a entrada do íon sódio, do mesmo 
modo que libera potássio para o meio extracelular e assim, medeia a 
despolarização das células excitáveis ( sendo regulada pelo NT glutamato). 
■ Esse receptor tem sítio de ligação para etanol, barbiturates, que se 
ligam em sítios alostéricos e modulam o receptor. 
 
○ Cainato = Ele é parecido com o AMPA e também é responsável pelo influxo de 
NA+ e despolarização da célula. 
 
○ NMDA = Formado por 4 subunidades e tem Mg2+ que o obstrui; Para ser 
ativado e abrir, o receptor NMDA precisa do glutamato, um coagonista (glicina) E 
da despolarização da célula. 
■ Então, o Glutamato é liberado, o AMPA (e cainato) é ativado, a 
célula despolariza, receptor NMDA muda sua conformação e Mg2+ 
que estava obstruindo canal, perde sua afinidade e sai do canal 
proteico. E agora, com a presença do glutamato e da glicina 
(coagonista) o canal se abre. 
■ A abertura do canal com o receptor NMDA permite a entrada de 
Sódio e Cálcio e a saída de potássio. A entrada desse cálcio pode 
ativar vias dependentes de cálcio, como a via do PKC, pode ativar 
a ptn. calmodulina e ainda ativar a enzima sintase do óxido nítrico. 
 
↪ Em um neurônio pode-se encontrar tanto receptor NMDA quanto AMPA. Sendo o 
AMPA o primeiro a ser ativado, porque não depende de despolarização do neurônio. O 
NMDA não gera uma corrente despolarizante tão intensa quanto o AMPA, mas a sua 
resposta é mais duradoura (pois demora mais a ser ativado). 
 
○ Receptores metabotrópicos de glutamato: ​São receptores de proteínas G que 
podem sinalizar tanto por vias GS ( aumenta níveis de AMPc), quando por vias 
GQ (ativa enzima fosfolipase C que degrada PIP2 em IP3 e DAG), ou mesmo 
vias Gi (diminui níveis de AMPc). Além disso, canais de Potássio são fechados, 
para manter cargas positivas na célula e incentivar a geração de potencial de 
ação. 
 
Eliminação: O glutamato pode ser recapturado pela própria célula pré-sináptica através 
de transportadores e ser metabolizado na mitocôndria. Pode também ser captado pela 
Glia através de transportadores (ela tem uma enzima chamada glutamina sintetase que 
vai transformar o glutamato em glutamina), a glutamina será liberada para o meio 
extracelular novamente por transportadores e recaptada pela célula pré-sináptica por 
outros transportadores para ser reaproveitada em um novo ciclo. 
 
LTP/LTD: ​O receptor NMDA está relacionado com os processos de LTP e LTD 
 
● LTP = é uma potencialização do potencial excitatório na célula pós-sináptica. É 
uma resposta da célula que vai ser mais sensível ao glutamato, isso ocorre, pois 
quando forma LTP fortificam-se sinapses, ou seja, a transmissão acontece com 
mais facilidade. 
● O hipocampo é um exemplo da onde o processo de LTP acontece bastante, é 
importante para a formação de memória. 
● Nível molecular: AMPA é ativado, se abre, entra sódio, despolarização, NMDA 
se abre, entra cálcio, forma-se um complexo cálcio-calmodulina, esse complexo 
vai ativar uma ​proteína cinases e pkC ​, essas vias resultamem fosforilação e 
acredita-se que essa via ativada promove a inserção de mais receptores AMPA 
na membrana. Com isso, acontecem mais sinapses quando o glutamato for 
liberado na fenda. 
● Mas, se todos as sinapses fossem fortalecidas, não íamos esquecer nada, mas 
também não íamos aprender nada. Então precisa de um equilíbrio, o processo 
inverso: LTD 
● LTD = Acontece uma depressão desse potencial excitatório pós sináptico. 
● Existe a exposição glutamatérgica, AMPA ativado, NMDA se abre, entra cálcio, 
mas o cálcio em determinada quantidade não ativa essas vias, pelo contrário, 
elas ativam fosfatases que fazem o contrário, desfosforilam proteínas. Acontece 
então a diminuição de receptores AMPA na membrana e ocorre a 
dessensibilização das sinapses. 
 
Excitotoxidade glutamatérgica: 
 
○ Relacionada com doenças isquêmicas, AVE, a lesão por traumatismo 
crânio-encefálico (TCE), a epilepsia, a demência de Alzheimer, a 
enfermidade de Huntington, Parkinson 
○ Causa morte celular 
○ Refere-se a neurotoxicidade associada a altas concentrações do 
glutamato exógeno ou de agonistas de receptores glutamatérgicos 
○ Quando o glutamato liga-se ao receptor, ele também sinaliza para a 
liberação de cálcio (Ca2+) dentro do interior da célula via metabólitos 
secundários. Quando o sinal certo é dado, as bolsas liberam o Ca2+ 
dentro do citosol da célula. Os níveis aumentados de Ca2+ ativam as 
enzimas digestivas intracelulares designadas para livrarem-se das 
proteínas antigas ou indesejadas, DNA e algum componente da 
membrana celular. 
○ Entretanto, se o glutamato está constantemente estimulando a célula, as 
enzimas digestivas estão constantemente sendo ativadas. A ativação 
constante das enzimas digestivas irá, eventualmente, matar a célula, 
porque as enzimas não mais digerem apenas as proteínas / DNA / 
componentes antigos e indesejados da membrana. 
 
GABA 
 
● Principal NT inibitório do SNC. (O principal NT excitatório é transformado no 
principal NT inibitório em apenas um passo) 
 
Síntese: É sintetizado a partir do glutamato e a enzima que transforma o glutamato em 
GABA é a GAD (Ácido glutâmico descarboxilase - ela é um bom marcador para 
neurônios gabaérgicos). Pode ser sintetizado ainda a partir do ciclo de Krebs. Depois 
de formado, ele será vesiculado para então ser liberado 
 
Receptores:​ Podem ser ionotrópicos ou metabotrópicos: 
 
○ Ionotrópicos: 
 
■ Receptor GABAa = Canal seletivo de Cl- 
■ Dessensibilização do receptor (com uma concentração muuito alta de 
GABA, ainda existe o fornecimento de GABA quando a célula para com 
o influxo de cloreto. 
■ Potencial pós sináptico Inibitório (PIPS) = hiperpolarização 
 
○ Metabotrópicos: 
 
■ Receptor está ligado a uma proteína G inibitória 
■ Menor Concentração 
■ Ele também tem o papel do glutamato de auto receptor, então pode 
atuar na membrana pré e pós sináptica 
■ Reduz liberação gabaérgica (pois ele é inibitório quando auto receptor) 
■ PIPS lenta pois envolve muitos mecanismos 
 
↪ A inibição sináptica deve ser muito bem regulada no encéfalo, porque muita inibição 
causa perda da consciência e coma; muita pouca inibição conduz a convulsão. 
 
↪ Os benzodiazepínicos e os barbitúricos ligam-se no sítio alostérico na face externa do 
Canal Gaba A. Os benzodiazepínicos ligados no receptor junto ao GABA (NT) 
aumentam a frequência da abertura do canal, enquanto os barbitúricos aumentam a 
duração da abertura do canal. O resultado é uma corrente de cloreto inibitória 
aumentada e os potenciais inibitórios pós-sinápticos mais fortes. O etanol também 
causa grande aumento da função do receptor GABA A, por isso que a união de álcool 
com benzodiazepínicos pode levar ao coma ou morte, pois cada um possui um sítio 
alostérico específico, de modo que a célula hiperpolariza muito. 
 
 
↪ Na região da amígdala no encéfalo, o excesso de glutamato pode causar uma 
sensação de pânico, de modo que receptores gabaérgicos poderiam atuar para a 
melhora dessa sensação (aumenta GABA). 
 
Eliminação: ​Ação sináptica é terminada pela captação seletiva para o interior do 
terminal pré sináptico e de células gliais, mais uma vez por transportadores específicos 
dependente de sódio. No terminal ou na célula glial o GABA é metabolizado pela 
enzima GABA transaminase. 
 
↪ Na célula da glia pode haver a transformação do GABA em glutamato através do 
Ciclo de Krebs, o glutamato é transformado na glutamina. A glutamina que sai da célula 
glial pode entrar tanto no neurônio gabaérgico, ser sintetizado em glutamato e depois 
ser transformado em GABA ou a glutamina pode ser precursora da síntese de 
glutamato no neurônio glutamatérgico. Logo, a célula glial é essencial para a síntese 
desses NT. 
 
↪ Fármacos para tratar epilepsia podem: através do sistema inibitório, inibe a enzima 
GABA transaminase (diminuir a degradação do gaba), inibição do transportador do 
GABA (recaptação não ocorre, GABA permanece na fenda sináptica): 
 
■ Epilepsia parcial​: tem um foco, estão concentradas em uma região 
específicas. As parciais podem se tornar generalizadas e se dividem em: 
● Simples 
● Complexa 
 
■ Epilepsia generalizada​: Normalmente atinge dois hemisférios. Perde 
consciência no início do evento. 
 
 
DOPAMINA 
 
● É um NT que modula tanto ações inibitórias, quanto excitatórias. 
 
Síntese: ​Deriva do aminoácido tirosina que entra por um transportador no neurônio e é 
transformada em dopa pela enzima tirosina hidroxilase (TH), e a dopa se transforma 
em dopamina. A dopamina vai ser vesiculada com a ajuda de um transportador que 
age por um antiporte com próton (dopamina para dentro, H+ para fora - glutamatérgico 
também é assim). A vesícula vai se fundir com a membrana e liberar os NT. 
 
↪ Essa dopamina liberada pode atuar pós-sinapticamente ou pré (nos receptores 
metabotrópicos da célula pré - para fazer feedback negativo). 
 
Eliminação: Ela é degradada na fenda sináptica pela enzima COMT (meio extracelular), 
se ela for recaptada pode ser vesiculada novamente ou se houver excesso de 
dopamina no citosol. é degradada pela enzima MAO. 
 
↪ Inibidores da MAO são usadas para tratamento de depressão, então terá mais 
dopamina e serotonina no meio extracelular. 
 
OBS: Ela principalmente é recaptada pelo transportador DAT (cocaína inibe esse 
transportador). 
 
Receptores: A dopamina vai se ligar a dois tipos de receptores metabotrópicos, da 
família D1 (​sinalização excitatória​, ptn. Gs vai dissociar subunidade alfa que vai trocar 
de afinidade de GDP por GTP, ativar uma proteína Adenililciclase que vai quebrar ATP 
em AMPc. O AMPc ativa a pkA que muda sua conformação e começa a fosforilar 
outros grupamentos) da família D2 (​sinalização inibitória que vai reduzir as 
concentrações de AMPc pela ptn Gi). 
 
↪ A dopamina é excitatória ou inibitória? Depende do receptor e da via. 
 
Vias Dopaminérgicas:​ São 5 vias: 
 
○ Via Nigro-Estriatal: Muito relacionada com o controle motor, no ajuste fino de 
movimento ( é a via danificada no Parkinson, degeneração progressiva dos 
neurônios dopaminérgicos da via) 
■ Tratamentodo Parkinson = com L-DOPA (precursor da dopamina), a 
síntese de dopamina aumenta, mas com o tempo esse medicamento 
vai perdendo o efeito, pois a via, neurônios vão se degenerando, de 
modo que não tem como potencial de ação ser gerado e transmitido. 
■ Alguns remédios podem induzir comportamentos da esquizofrenia, 
pois a esquizofrenia é um aumento da concentração dopaminérgica, 
do mesmo modo, pacientes tratados para esquizofrenia, recebem um 
antagonista de receptores dopaminérgicos e podem desenvolver 
sintomas parkisonianos durante a medicação. 
 
○ Via mesolímbica: ​Do mesencéfalo para região límbica. Relacionado ao uso de 
drogas. Via do reforço positivo, várias drogas além de mexerem diretamente 
com a concentração dopaminérgica, criam esse reforço positivo. Então, vários 
comportamentos e ambientes se ligam ao uso da droga, de modo que no 
momento de abstinência você quer buscar essa sensação. Além do uso de 
drogas, o sexo, alimentação… Também resultam num reforço positivo dessa 
via e uma sensação de prazer. 
 
○ Via mesocorticolímbica: ​Relacionados ao ajuste comportamental, decisão, 
área regulatória. (famoso bom senso hahah), freia impulsos. 
 
○ Via tuberoinfundibular: ​Do hipotálamo até hipófise. Controla glândula 
pituitária que influencia na secreção de alguns hormônios (como prolactina). 
 
○ Via mesocortical: ​Envolvida com funções executivas, planejamento, etc. 
 
↪ Disparos Fásicos de Dopamina = permite que você mude o foco. O NT precisa estar 
em uma concentração ótima para que o sinal para o que você realmente quer prestar 
atenção possa deixar você focar e um ruído seja “ignorado”- Hipofunção 
dopaminérgica. 
 
↪ metilfenidato- Ritalina- tratamento para dislexia. Bloqueia transportador de dopamina 
e noradrenalina, não há recaptação, mais NT na fenda para sinalizar. 
 
 
NORADRENALINA 
 
● Influência no sono, vigília, atenção e comportamento alimentar 
● Realiza a integração de várias áreas do encéfalo e comportamentos do tipo 
estressante 
 
Síntese: Segue o mesmo mecanismo inicial da dopamina através da tirosina 
(aminoácido de origem alimentar). Vai entrar no neurônio, no citosol neuronal a tirosina 
vai ser convertida pela tirosina hidroxilase para DOPA, a DOPA vai ser convertido em 
Dopamina pela DOPA Descarboxilase, a dopamina é transportada para dentro das 
vesículas através do transportador de TDNA (transportador de noradrenalina), aonde 
vai ser convertida a dopamina em noradrenalina pela dopamina Beta hidroxilase 
(importante: a noradrenalina só é convertida dentro da vesícula). 
 
↪ Já a síntese de adrenalina requer que a noradrenalina saia das vesículas entre no 
citosol, seja convertida em adrenalina pela enzima PNIT, logo depois a adrenalina 
retorna à vesícula pelo transportador de vesícula da adrenalina 
 
Receptores: Receptores metabotrópicos divididos em alfa e beta, são os mesmos 
receptores da adrenalina: 
 
■ Alfa1 são localizados no músculo liso e tem influência na vasoconstrição e da 
pressão arterial 
■ Alfa2 estão presentes na transmissão pré-sináptica e são inibidores da 
noradrenalina funcionando como um autoreceptor 
■ Beta1 localizado no músculo cardíaco tendo influência sobre a frequência 
cardíaca (causador da taquicardia) 
■ Beta2 localizado no músculo liso tem influência na vasodilatação 
■ Beta3 localizada no tecido adiposo com influência sobre o aumento da lipólise 
 
Eliminação: Pode haver recaptação, volta para célula através do transportador de 
membrana NET, onde volta a ser estocado em vesículas ou é metabolizado. Caso seja 
metabolizado envolverá duas enzimas: 
 
○ A MAO (encontrada na membrana externa da mitocôndria da célula pré 
sináptica) degrada a noradrenalina e Adrenalina em excesso no citosol; 
○ COMT: também poderá metabolizar a noradrenalina e adrenalina 
 
↪ A Adrenalina está envolvida em reações alérgicas, choque anafilático e parada 
cardíaca 
 
↪A noradrenalina está envolvida na hipotensão sistêmica e também pode estar 
relacionado à depressão 
 
↪ O gaba e o glutamato também podem ser recaptados para o terminal pré-sináptico, 
foi comentado que existem transportadores no terminal pré-sináptico, mas a maior 
parte de forma de remoção são por células da glia, os astrócitos (terceiro elemento da 
sinapse). A adrenalina é diferente, mas nesse caso da noradrenalina, ele é 
essencialmente recaptado, então aquela reciclagem de neurotransmissor (NT é 
liberado, é recaptado e novamente vesiculado, se tornando pronto para uma nova 
liberação). 
 
OBS:​ Catecolaminas é um grupo de vestido em dopamina, noradrenalina e adrenalina 
 
 
SEROTONINA 
 
● Regulação do humor, aprendizagem, memória 
● Má nutrição pode causar consequências para o bom funcionamento do NT 
também. 
 
Síntese: Tem como precursor o triptofano e é convertida através da enzima 
triptofanohidroxilase em 5-HTP. O 5-HTP é convertido pela enzima 5-HTP 
descarboxilase em serotonina. A serotonina é, então, vesiculada e quando há um pot. 
de ação, é liberada na fenda. 
 
Eliminação: ​Ela pode ser recaptada para a célula pré-sináptica pelo transportador de 
serotonina. A serotonina também pode ser metabolizada pela MAO. 
 
↪ Tratamentos antidepressivos inibem a MAO ou/e transportador que recapta. 
 
Receptores:​ São classificados em 5HT1 ao 5HT7: 
 
■ 5HT3 = ionotrópicos, excitatório, libera influxo de Na+ 
■ Os outros são metabotrópicos 
 
 
ACETILCOLINA 
 
↪ Está presente no nervo vago, sua função difere de acordo com o receptor que atuam. 
Por exemplo, promove a contração do ​musc. estriado esq. (receptores nicotínicos - 
ionotrópicos ​), mas no ​musc. estriado cardíaco promove bradicardia (relaxamento- 
receptores muscarínicos - metabotrópicos acoplados a ptn. G inibitório/excitatória​), 
responsável também pela memória. 
 
Síntese: ​Recebemos colina pela alimentação. (um dos precursores), outro precursor é 
a Acetil Coenzima A (do Ciclo de Krebs). Existe uma enzima Colina Acetiltransferase 
que transfere grupamento colina para a acetil, de modo que forma-se a Acetilcolina, 
isso ocorre no terminal nervoso. Ela precisa ser vesiculada para ser NT, existe um 
transportador específico que promove esse “estocamento” de acetilcolina dentro da 
vesícula, esse transportador é dependente de sódio (faz transporte ativo), as vesículas 
ficam ancoradas até que haja um potencial de ação, o canal de Cálcio se abra (se 
liguam às proteínas do complexo snare) e as vesículas sejam fundidas a membrana, 
liberando NT na fenda sináptica. 
 
Receptores:​ ​Foram nomeados a partir de agonistas exógenos. 
 
○ R. Nicotínico: 
 
■ Receptor ionotrópico formado por 5 subunidades proteicas (pentâmero - 
alfa, beta e gama) que se configuram de forma que formam um poro 
■ A essencial é a subunidade alfa que é onde a acetilcolina se liga. 
■ Permitem a passagem de cátions (sódio ou cálcio), predominantemente 
pré-sináptico e facilita processo de exocitose de NT. 
■ Agonista é a nicotina, mas acetilcolina pode tranquilamente ativar esse 
receptor. 
■ Presente no músculo estriado esquelético (contrai), no encéfalo, nos 
gânglios dos nervos simpáticos. 
■ Curare é uma antagonista, impedeque a acetilcolina ative esses 
receptores = gera paralisia, perda de tônus muscular. 
■ Todos os nossos músculos são inervados por neurônios motores que 
partem lá da medula espinhal e inerva diferentes músculos e diferentes 
miofibrilas e libera acetilcolina, a qual atua sobre os receptores 
nicotínicos, causando a contração. Portanto, o curare ocupa os 
receptores nicotínico da acetilcolina, impedindo a contração, ocorrendo 
também a perda de tônus muscular. 
■ Problemas no receptor da célula pós sináptica (no músculo esquelético, 
por exemplo) pode-se inibir a enzima acetilcolinesterase para haver uma 
melhora na transmissão colinérgica. 
 
○ R. Muscarínicos: 
 
■ Receptor Metabotrópico 
■ Agonista é a muscarina (presente no alucinógeno) 
■ Existe 5 tipos de receptores muscarínicos: M1, M3 e M5 (ímpares) = 
receptores excitatórios, ativam a via do IP3 e DAG.De modo que estão 
acoplados a uma Proteína Gq (ativa fosfolipase C que quebra PIP2 em 
IP3 e DAG; IP3 difunde-se pelo citoplasma e abre canais de Cálcio no 
retículo endoplasmático, esse cálcio vai se unir ao DAG e juntos vão 
ativar o pkC que vai fosforilar seus áudios). Os M2 e M4 (pares) estão 
acoplados a uma proteína Gi (inibitórios), ela inibe a adenililciclase e 
diminui o acúmulo de AMPc intracelular. 
● M3 = peristaltismo, ativa glândulas salivares 
● M4 = presente no encéfalo 
● M2 = gera a bradicardia no coração 
■ Atropina é usada como antagonista (usada como colírio no oftamologista, 
causa dilatação da pupila) 
 
Eliminação: Acetilcolina necessariamente é degradada na fenda sináptica por uma 
enzima muito rápida, chamada Acetilcolinesterase, degrada acetilcolina em colina e 
acetato. A colina é recaptada e pode ser novamente a precursora da acetilcolina, ao 
contrário dos outros NT, ela não é recaptada na sua íntegra (acetato não é 
reaproveitado para a nova síntese desse NT). Os transportadores de acetilcolina estão 
presentes apenas na vesícula, na membrana plasmática estão transportadores de 
colina. 
 
↪ Mecanismo de ação do pesticida: em baixa dose fica armazenado no tecido adiposo, 
pois é muito lipofílico. Em altas doses, produz muitas espécies negativas de oxigênio 
(radicais livres), causa intoxicação, impede enzima que degrada acetilcolina (enzima 
acetilcolinesterase). 
○ Manifestação clínica = bradicardia, salivação (acetilcolina nas glândulas 
salivares incentiva a contração), rigidez muscular. 
○ Antídoto = carvão ativado tenta remover pesticida (liga-se a superfície), dá o 
antagonista do receptor (impede que agonista endógeno ocupe o espaço no 
receptor para agir), vai se ligar ao receptor muscarínico e preservar 
transmissão exagerada de Acetilcolina. 
 
↪ Hipersalivação, lubrificação exagerada nos olhos usa esses inibidores do receptor. 
 
↪ Acetilcolina super importante para a memória e por isso, o Alzheimer que é uma 
doença degenerativa progressiva, representa uma falha nesse neurotransmissor ou 
em algo relacionado a ele. Então, uma solução é dar o inibidor da enzima 
acetilcolinesterase para que a acetilcolina não seja degenerada e os níveis de 
acetilcolina tenha uma “melhora”, mas a doença ainda progride 
↪ ​O complexo receptor da acetilcolina é endocitado , então é feito um endossomo, em 
que uma bicamada lipídica envolve esse complexo receptor acetilcolínico e ele é 
internalizado , fica para dentro da célula pós-sináptica , dentro do citosol. 
 
↪ ​Esses receptores podem ser degradados ou pode fazer aquele evento chamado de 
Up e Down regulation. Logo, esse é um exemplo de UP e DOWN Regulation, em que 
o receptor pode permanecer na superfície e pronto para receber o sinal ou pode 
permanecer no citoplasma do terminal pós-sináptico.

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