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APS - Direito Empresarial

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Universidade Anhembi Morumbi
Responsabilidade Social Empresarial e
Empresa Sustentável
Luana Spadaro Iannicelli
R.A.: 20922986
José Carlos Barbieri:
É professor do Departamento de Administração da Produção e Operações da FGV-EAESP desde 1992. Graduado em Administração Pública pela FGV-EAESP em 1979, concluiu o mestrado e doutorado em Administração nesta instituição em 1983 e 1992, respectivamente. 
Foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Como pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, desenvolveu atividades nas áreas de propriedade industrial e transferência de tecnologia. 
É fundador e atual coordenador do Centro de Estudos de Administração e do Meio Ambiente na FGV-EAESP (CEAMA). Atua nessas áreas como professor convidado em diversas instituições de ensino e pesquisa, como no programa de mestrado da UNIFECAP.
Jorge Emanuel Reis Cajazeira:
Engenheiro mecânico pela Universidade Federal da Bahia, mestre e doutor pela FGV-EAESP. Executivo da área de competitividade da Suzano Papel e Celulose. Eleito pela revista Exame, em 2005, como um dos quatro executivos mais inovadores do Brasil.
Em 2004 foi eleito o primeiro brasileiro a presidir um comitê internacional da ISSO, o Working Group on Social Responsibility (ISO 26000). É membro do comitê de critérios da Fundação Nacional de Qualidade. 
O livro traz informações sobre o conceito da responsabilidade social empresarial e ferramentas que permitem planejar, implementar e avaliar a gestão socialmente responsável. Apresenta a complexidade da responsabilidade social sem cair na superficialidade, abordando temas como ética e desenvolvimento sustentável. Traz, ainda, aplicações práticas e instrumentos gerenciais.
Trata-se de um tema bastante discutido nos últimos anos, a questão ambiental. Especialmente com a propagação da consciência ecológica por ações governamentais.
A obra apresenta um estudo preciso e profundo sobre os labirintos atravessados pela questão ambiental no Brasil e no mundo, tratando também a Educação Ambiental.
É inegável a importância da responsabilidade social na atualidade, tanto que existe um verdadeiro movimento mundial em torno do tema. 
Prova disso são as inúmeras iniciativas promovidas por empresas, entidades empresariais, instituições de ensino, governos, ONGs e órgãos vinculados à ONU. 
Vale mencionar a construção de uma norma de responsabilidade social pela International Organization for Standardization (ISO), a entidade de normalização mais importante da atualidade.
Responsabilidade é um substantivo, derivado da palavra “responder”, que significa produzir efeito, satisfazer, justificar, pagar, comprometer-se da sua parte e prometer, entre outras acepções. 
Em termos gerais, a responsabilidade de um agente refere-se à obrigação de responder pelas consequências previsíveis das suas ações em virtude de leis, contratos, normas de grupos sociais ou de sua convicção íntima. 
Em administração, é comum encontrar a palavra responsabilidade designando a condição de quem responde pelo seu desempenho no exercício de um cargo, de uma função ou de um poder investido. 
A responsabilidade das organizações, em especial das empresariais, não é um assunto pacificado, a não ser o reconhecimento da sua importância. 
Esse é um tema importante para diversas áreas do conhecimento, como Direito, Economia, Sociologia, Ciência Política, Ética e Administração.
O primeiro capítulo traz o cenário dos enfoques teóricos, onde explica a teoria do acionista, teoria das partes interessadas e a teoria do contrato social.
Debates em torno da responsabilidade social das empresas ocorrem desde que elas começaram a surgir, no início da Era Moderna, mas só recentemente passaram a ter um destaque sem precedente. 
Muito do que se faz e se pensa sobre esse tema se deve a uma infinidade de trabalhos acadêmicos de longa data, porém a partir da década de 1970 eles passam a ser produzidos com maior frequência.
Empresários bem-sucedidos como Henry Ford e Andrew Carnegie, também contribuíram para popularizar o assunto. 
Teoria do Acionista:
Na opinião de Archie B. Carroll, apesar de inúmeros trabalhos publicados desde as primeiras décadas do século passado, foi a partir de um texto de Milton Friedman, de 1962, que o debate sobre a Responsabilidade Social Empresarial realmente decolou. 
A teoria do acionista (stockholder) aproveita-se da obra de Adam Smith no que se refere ao auto interesse como convergente com o interesse da coletividade, e acrescenta os esforços para resolver os conflitos resultantes do processo de separação entre a propriedade e a administração nas grandes empresas. 
Um de seus objetivos é minimizar os conflitos entre os proprietários e os administradores quanto à alocação de recursos das empresas, tendo em mente a ideia de que estes são agentes dos proprietários e devem aplicar os recursos da empresa com vistas a maximizar o retorno sobre o capital investido.
Os conflitos entre administradores e acionistas foram em parte solucionados pelas legislações e pelos tribunais que de alguma forma acataram os argumentos da prevalência dos interesses desses últimos como uma extensão do direito de propriedade.
Um modo de contestar essa teoria é atacando a convergência do interesse individual com o interesse coletivo, que é a sua principal coluna de sustentação. 
A ideia de que cada um buscando o melhor para si não gera o melhor resultado para todos tem sido mostrada por meio do dilema do prisioneiro.
Teoria das Partes Interessadas:
As preocupações com o bem-estar humano, com o meio ambiente, comam capacidade de influência das empresas, principalmente das grandes corporações multinacionais, trazem novos questionamentos sobre a responsabilidade social das empresas. O poder crescente das empresas também contribuiu para esta nova teoria.
Nas teorias administrativas, a base da contestação da teoria do acionista tomou grande impulso com as abordagens de gestão baseadas na visão sistêmica, na medida que enfatizam o ambiente das empresas e o entende constituído de diferentes segmentos da sociedade com expectativas e interesses próprios, de modo que os dirigentes das empresas deveriam identificá-los para dar respostas adequadas para lidar com eles. 
Um meio para clarificar a complexidade decorrente da diversidade das partes interessadas é classificá-las segundo algum critério. Clarkson considera dois grupos de stakeholders: 
Primários: são os que as empresas não sobreviveriam sem a sua contínua participação. Se caracterizam por apresentar um elevado nível de interdependência com a empresa.
Secundário: são os que influenciam ou afetam as empresas, ou são influenciados ou afetados por elas, mas não estão engajados em transações e tampouco são essenciais para a sobrevivência delas.
Um dos maiores problemas decorrentes da expansão das partes com interesse nas organizações empresariais é que não há limites para o seu surgimento. E não se trata de identificar qual grupo será considerado parte interessada. 
Tem sido frequente considerar três grandes fases desse movimento envolvendo três gerações de direitos humanos. 
Primeira geração: ligada aos direitos humanos individuais, como liberdade de pensamento e expressão, locomoção, associação.
Segunda geração: é a dos direitos humanos sociais, que se desenvolve com as lutas sociais para garantir direitos de trabalho, à saúde, à velhice. 
Terceira geração: trouxe o direito ao desenvolvimento, que tem como pressuposto que os direitos individuais e sociais não se efetivam em situação de pobreza. 
A sobrevivência da companhia no longo prazo seria obtida mediante o atendimento balanceado das expectativas das múltiplas partes interessadas, sendo os proprietários apenas uma delas. 
Diante de tantas críticas a essa teoria segundo essa abordagem, Freeman a defende procurando mostrar que ela não deve ser entendida de forma instrumental.
Teoria do Contrato Social:
A teoria do contrato social aplicada à ResponsabilidadeSocial Empresarial é recente, mas seus precursores vêm de longa data. 
A teoria contratualista clássica considera que a sociedade e o governo têm suas origens em um contrato hipotético entre os indivíduos, o que permite a passagem de um estado de natureza para um estado de direito. 
Rawls formula os princípios da justiça, que são aqueles que as pessoas racionais escolheriam. Por não conhecerem as condições particulares em que se encontram na posição inicial, a atitude racional é a de serem justas e isentas de favoritismo. São esses princípios:
Cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema total de liberdades básicas iguais;
As desigualdades econômicas e sociais devem ser ordenadas de modo que tragam o maior benefício possível para os menos favorecidos e sejam vinculadas a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades. 
O ponto central da teoria do contrato social está no fato de que compreenderemos melhor as obrigações das instituições sociais fundamentais, se entendermos o que implica um pacto ou contrato justo entre estas instituições e a sociedade, ou entre as diferentes comunidades que integram tais instituições. 
Como em qualquer outra teoria, a do contrato social também tem recebido críticas severas e amigáveis. Um balanço sobre as questões não resolvidas essa teoria relaciona várias delas.
Concluindo, as três teorias apresentadas constituem fontes de ideias para a prática da responsabilidade social das empresas, bem como para a proposição de modelos gerais de gestão da responsabilidade social das empresas, assuntos que serão mostrados oportunamente.
O segundo capítulo é aplicado à responsabilidade social e sustentabilidade empresarial, abordando as quatro dimensões da responsabilidade social empresarial, o modelo dos três domínios da responsabilidade social, problemas antigos e trajetórias convergentes, desenvolvimento sustentável e empresa sustentável.
Responsabilidade social e sustentabilidade empresarial:
As organizações que demonstram compromisso com aspectos de responsabilidade social obtêm vantagens competitivas, ganhando a confiança do mercado, clientes, investidores, consumidores e da comunidade local. Este tipo de ação desencadeia no mercado uma onda de responsabilidade corporativa social, que empresas espalhadas pelo mundo, de todos os tamanhos e setores, estão adotando e promovendo.
Compreender essa onda de mudança no cenário empresarial é vital para a competitividade, pois o mercado está cada vez mais transparente e competitivo, se tornando uma oportunidade para que as empresas programem práticas sustentáveis de gerenciamento, não apenas como uma postura para atender às exigências legais, mas também com a intenção de melhor se colocar no mercado.
O capítulo três é dedicado a ética e ética empresarial, abordando a ética e moral, imoral e amoral, moral e direito, relativismo moral.
Ética empresarial:
A ética empresarial é o ramo da ética diretamente ligado às empresas, que é referente à conduta ética das empresas, ou seja, à forma moralmente correta com que as empresas interagem com o seu meio envolvente.
A ética empresarial fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação e tendo também um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa que cumpra determinados padrões éticos vai crescer, e vai favorecer a sociedade, os seus fornecedores, clientes, funcionários, sócios e até mesmo o governo. A ética empresarial é uma prática essencial de uma empresa, assim como a responsabilidade social e responsabilidade socioambiental.
Imoral e amoral:
Imoral é tudo aquilo que contraria o que foi exposto acima a respeito da moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade.
Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, “não leva em consideração preceitos morais”. É o caso, por exemplo, dos índios no tempo do descobrimento ou de uma sociedade, como a chinesa, que não vê o fato de matar meninas, a fim de controlar a natalidade, como algo mórbido e triste.
Relativismo moral:
O relativismo moral é mais facilmente compreendido quando comparado com o absolutismo moral. O absolutismo afirma que a moralidade depende de princípios universais (lei natural, consciência). Os absolutistas Cristãos acreditam que Deus seja o recurso principal da nossa moralidade comum, e que essa moralidade é tão imutável quanto Ele. O relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc. O relativismo moral está ficando cada vez mais popular nos dias de hoje.
O capítulo quatro discute as teorias éticas: ética da virtude, ética kantiana, utilitarismo, ética da responsabilidade e ética da globalização.
Ética da kantiana:
Segundo Kant, a capacidade que o homem tem de diferenciar o certo do errado é inata, ou seja, já nasce com ele. Sendo assim, a moral humana independe da experiência, pois já nascemos com ela. Sendo anterior à experiência, ela é “formal”, ou seja, vale para todas as pessoas, onde quer que elas estejam e em qualquer tempo.
Utilitarismo:
Os princípios do pensamento utilitarista são aplicados em diversas áreas da vida em sociedade, como no sistema político, na justiça, na economia, nas leis e etc.
Os principais princípios básicos do utilitarismo são:
Princípio do bem-estar: o objetivo da ação moral deve ser o bem-estar em todos os níveis (intelectual, físico e moral).
Consequencialismo: a moralidade das ações é julgada mediante as consequências por elas geradas.
Princípio da agregação: leva em consideração a maioria dos indivíduos, descartando ou “sacrificando” as “minorias” que não se beneficiaram da mesma forma que a maioria. Este teor “sacrificial” costuma ser bastante questionado pelos opositores ao utilitarismo.
Princípio de otimização: a maximização do bem-estar é interpretada como um dever.
Imparcialidade e universalismo: não existe distinção entre o sofrimento ou felicidade dos indivíduos, sendo todos iguais perante o utilitarismo.
O quinto capítulo está concentrado nas fontes de princípios diretivos, códigos e regulamentos relativos aos negócios e filantropia e investimento social.
O sexto capítulo apresenta os instrumentos gerenciais, que são movimento da qualidade, normas internacionais de gestão, normas de gerenciamento social, integração de diferentes sistemas de gestão, comunicação com as partes interessadas, governança corporativa e dificuldades e objeções.
O sétimo capítulo do livro aborda a norma ISSO 26000, assim como as origens e o processo de elaboração da mesma, sua natureza e seu escopo, sua estrutura e visão geral, seus princípios da responsabilidade social, práticas fundamentais da responsabilidade social, seus temas centrais (governança organizacional e questões de responsabilidade social), integração da responsabilidade social por toda organização, seus benefícios esperados, seu futuro, auditoria e certificação e a norma IQNet SR 10.
O oitavo e último capítulo apresenta as considerações finais da obra, onde é dito que a perspectiva do desenvolvimento sustentável permite afirmar que não se trata de uma onda passageira, mais um modismo que sempre acontece na área da administração. 
A convergência desses movimentos sociais de caráter mundial trouxe o conceito de organização sustentável.
Não existe fórmulas prontas, pois as práticas de responsabilidade social só fazem sentido se forem adequadas às condições da empresa, como seu tamanho, seu entorno, entre outros fatores. 
A gravidade desses empecilhos, como a exclusão social mundial e a degradação do meio ambiente que colocam em risco as condições de vida no planeta, não permite esperar por condições ideais ou por pressões externas para só então começar a se mover.
Referência Bibliográfica
BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis.Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável - da teoria à prática. Brasil: Saraiva, 2016.

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