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av1 - ação de alimentos gravidicos com pedido de tutela de urgencia

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA DO ESTADO DO CEARÁ
                MOEMA (SOBRENOME), brasileira, solteira, desempregada, portadora da cédula de identidade (RG) nº ___, inscrita no CPF/MF nº ___, correio eletrônico: ___, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, CEP: ___, vem, por seu advogado (a) e bastante procurador (a) (anexo n.1), correio eletrônico: ___, com escritório profissional situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP: ___, onde recebe intimações e notificações, para efeito do artigo 77, inciso V, do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS
COM PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA
em face de TOMÁS (SOBRENOME), brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade (RG) nº ___, inscrito no CPF/MF nº ___, correio eletrônico: ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade Capital do Estado do Rio de Janeiro, CEP: ___, o que faz com base na Lei nº 11.804, de  5 de novembro de 2008; Lei nº 5.478, de 25 de julho de 1968; artigo 300 do Código de Processo Civil; e demais dispositivos legais aplicáveis, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I – DOS FATOS
                No ano de 2010, o Requerido, um próspero empresário da Capital do Estado do Rio de Janeiro, passou a visitar semanalmente o Estado do Ceará para tratar de seus negócios. Em uma destas visitas, Requerente e Requerido se conheceram e, desde então, passaram a namorar.
                Sempre que precisava apresentar a Requerente para as demais pessoas, o Requerido dizia ser ela [a Requerente] a sua namorada. Há registro de fotos em que Autor e Réu aparecem juntos [anexo n.2].
                Passado algum tempo, a Requerente engravidou do Requerido que, ao tomar conhecimento, recusou reconhecer a paternidade e a contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, dizendo que não gostaria de ser pai naquele momento e que o relacionamento estava acabado.
                Acontece que a Autora se encontra desempregada e, em razão do desemprego, não possui condição de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação, assim como garantir a sobrevivência de seu filho.
                Consoante Atestado Médico (anexo n.3), a gravidez da Autora é de risco.
                Diante do acima expendido, conclui-se que o Requerido ao saber que teria um filho terminou o relacionamento com a Requerente, negando o reconhecimento da paternidade e a assistência financeira com todas as despesas advindas da gravidez, agravando a gestação que já é de risco.
II – DO DIREITO
                Portanto, em razão dos fatos anteriormente narrados, enquadra-se a Requerente como possuidora de direito de alimentos em razão de sua gestação contra o Requerido.
                Assim sendo, o artigo 2º, caput, da Lei nº 11.804, de 5 de novembro de 2008, diz que os alimentos gravídicos devem compreender “[...] os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes”.
                Há de se ver que a fixação de alimentos encontra na referida lei regra de proporcionalidade, portanto, o genitor com a melhor condição econômica deve assumir parte proporcional das despesas. Diz o artigo 2º, parágrafo único, da citada lei:
“Parágrafo único.  Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.”
                Complementando a ideia da fixação dos alimentos, deve esta ser feita observando-se o binômio necessidade-possibilidade, i. e., a necessidade da Requerente e a possibilidade do Requerido, devendo ser sopesados as necessidades da parte Autora e as possibilidades da parte Ré.
                Diz o artigo 6º, da citada lei:
“Art. 6º Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré.
Parágrafo único.  Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão.”
                Como se vê, em razão do Direito Material exposto, torna-se o Requerido devedor de alimentos à parte Requerente.
III – DA TUTELA DE URGENCIA
                O pedido alimentar pressupõe, por sua natureza, urgência na sua obtenção para que não haja prejuízo à subsistência do Requerente.
                Diante dos fatos narrados, fica caracterizado a necessidade que há da parte Requerente em atingir o resultado útil do processo em razão do risco que existe à sua subsistência e a de seu filho intrauterino.
                Consoante o artigo 300, caput, do Código de Processo Civil, acerca da Tutela de Urgência:
“Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”
               Portanto, o Código de Processo Civil, em seu artigo 300, autoriza o Juiz a conceder a tutela de urgência havendo a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, presentes no processo.
IV – DO PEDIDO E DOS REQUERIMENTOS
        Por todo o exposto, a Autora requer que seja a presente AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS distribuída e recebida.
                Requer sejam julgados procedentes os seguintes pedidos:
a) a citação do Réu para a apresentação de resposta no prazo de 5 (cinco) dias, conforme a redação do artigo 7º da Lei nº 11.804, de 5 de novembro de 2008;
b) a fixação dos alimentos gravídicos em favor da Requerente, conforme a redação do artigo 2º e 6º, caput, da Lei nº 11.804, de 5 de novembro de 2008, em valor não inferior a 1/3 (um terço) dos rendimentos mensais do Requerido, ou seja, R$..., que deverá sofrer reajuste de acordo com a variação do salário mínimo nacional ou dos rendimentos do Requerido;
c) a conversão, após o nascimento da criança, dos alimentos gravídicos em pensão alimentícia em favor do menor, conforme a redação do artigo 6º, parágrafo único, da Lei nº 11.804, de 5 de novembro de 2008;
d) a antecipação dos efeitos da tutela nos temos da tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente, conforme o artigo 303 do Código de Processo Civil;
e) o direito à gratuidade da justiça em razão da insuficiência de recursos da parte Requerente, conforme o artigo 98 do Código de Processo Civil;
f) a Intervenção do Ministério Público para que se manifeste e acompanhe o feito até o seu final, sob pena de nulidade;
g) a condenação do Réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios, nos termos do artigo 546, caput e parágrafo único, do Código de Processo Civil;
h) para fazer prova do alegado, o Requerente valer-se-á de todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, em especial da prova documental acostada e prova testemunhal, conforme a disposição do artigo 369 do Código de Processo Civil.
Dá à causa o valor de R$..., de acordo com o artigo 292, inciso III, do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data
ADVOGADO (A)
OAB/UF

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