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caso clinico 5 TENDINITE DO BÍCEPS BRAQUIAL

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TENDINITE DO BÍCEPS BRAQUIAL CABEÇA LONGA
O complexo do ombro apresenta o maior grau de amplitude de movimento entre as articulações do corpo humano. Dentro de sua normalidade, as articulações agem em padrão congruente e coordenada possibilitar ao membro superior uma realização de movimentos adequados durante ações funcionais (NASCIMENTO et al, 2010). 
Esse complexo articular possui 5 articulações dividias em escapulotorácica, acromioclavicular, esternoclavicular, subdeltoidea e glenoumeral, sendo a última de grande importância no ponto de vista biomecânico. Na articulação glenoumeral, a conexão entre a rasa cavidade glenoide e a grande cabeça umeral faz com que exista pouca coaptação articular, que é estabilizada pela presença de um lábio formado pela cápsula articular e o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial. Além disso, a localização anatômica dos ligamentos coracoumeral e glenoumerais superior, médio e inferior e a ação de tensão contrária dos tendões dos músculos do manguito rotador do ombro, mantem essa articulação estável (METZKER,2010).
	A glenoumeral precisa conter estruturas capsoligamentares e sistema neuromuscular íntegro para sua estabilização sendo que alterações dessas estruturas articulares pode resultar em um quadro patológico definido como ombro instável (CAMPOS et al, 2012).
	A tendinopatia, instabilidade, ruptura e lesões SLAP formam o grupo de doenças que podem acometer a porção longa do bíceps. E em 90 % dos casos das lesões da porção longa do bíceps estão associadas a rupturas da coifa dos rotadores. A porção longa do bíceps é especialmente vulnerável às condições inflamatórias devido à sua bainha sinovial e ao espaço diminuído da goteira bicipital, assim como à tração repetitiva, fricção e rotação da glenoumeral que apertam o tendão (PEREIRA ;GUTIERRES, 2015).
	Segundo Pereira e Gutierres (2015) as tendinopatias envolve a tendinite ou tenossinovite inflamatória e a tendinose degenerativa. A tendinite primária tem como consequência a inflamação isolada do tendão na goteira bicipital, sem outra patologia do ombro relacionada, ocorrendo em apenas 5% dos pacientes que realizam atividades de lançamentos repetitivos. 95% das tendinites da porção longa do bíceps são secundárias a outra patologia do ombro. Processos inflamatórios que acomete o manquito rotador através de conflito subacromial podem afetar o bíceps braquial. Osteófitos acromiais, espessamento do ligamento coraco-umeral e osteófitos da goteira bicipital contribuem para a degeneração progressiva do tendão (tendinose), isso ocorre em pacientes mais velhos pelo uso excessivo do tendão. 
	Segundo Metzker (2010), a sintomatologia é variável, dependendo da fase de evolução da patologia, contudo, a dor e a limitação funcional são evidentes. Vale salientar que a dor pode ser espontânea e piorar pós esforço, sendo correspondente ao grau de inflamação dos tecidos envolvidos. Contudo, durante a noite, a dor pode se manifestar ou aumenta e isso se deve ao estiramento das partes moles.
	O tratamento fisioterapêutico segundo Neto et al, (2013) consiste em: 
Fase I – Objetivos: diminuir o processo inflamatório, proporcionar analgesia e ganho de ADM. Conduta: ultrassom; alongamento de musculatura póstero-lateral cervical; mobilização da escápula; liberação miofascial; liberação de trigger points ; mobilização intra-articular; crioterapia. 
Fase II – Objetivos: manter e/ou aumentar a flexibilidade e realizar fortalecimento muscular. Conduta: fortalecimentos isométrico e isotônico do manquito rotador; fortalecimento isotônico de extensores do ombro; fortalecimento isotônico de rombóides; fortalecimento isotônico de serrátil; movimentos de atividades de vida diária (AVDs). 
Fase III – Objetivos: aprimorar o desempenho muscular, ganhar propriocepção e finalizar a recuperação funcional. Conduta: exercícios proprioceptivos com a bola terapêutica, e na plataforma de equilíbrio; arremessos de lances livres na cesta de basquete.
CASO CLINICO
Anamnese: Paciente C.M.F.P, 38 anos, sexo feminino, psicóloga e fisioterapeuta. Chegou ao setor de fisioterapia no dia 02/05/2018, queixando-se de dor no ombro direito. Relatou que a mais ou menos 8 anos iniciou um quadro álgico no ombro direito, que foi causado pelo esforço repetitivo em seu trabalho como fisioterapeuta. A mesma diz conviver com essa dor porém quando o quadro álgico agudiza – se procura o médico onde é encaminhada a fisioterapia. Faz uso de medicamentos anti – inflamtorios e para dor.
Exame físico: P.A – não foi aferida, paciente nega ter qualquer afecção associada; também nega diabetes.
Escala analógica da dor (EVA) – Grau de dor 6 no final dos movimentos de flexão, abdução e extensão do ombro ;também a presenta dor quando está com ombro parado mas não e sempre. (Arco doloroso se inicia em 60º, após passa dessa angulação a dor passa e retorna em torno 160º) 
Insperção: Sem sinais florísticos
Palpação: Ombro, clavícula, escapula e toda musculatura envolvida, não foi detectada nenhuma alteração. 
Teste de sensibilidade: Sensibilidade Preservada.
Teste de reflexos: Reflexos preservados.
Perimetria: Não realizado, pois não apresenta sinais flogisticos.
Goniométrica: Ombro direito- flexão = 180º, hiperextensão= 40º abdução = 110º, adução= 50º, rotação externa= 90º e rotação interna 90º; ombro esquerdo- flexão 180º, hiperextensão= 45º abdução= 180º, adução= 50º, rotação externa= 90º e rotação interna 90º.
Prova de força muscular: Apresentou grau 3 para todos os movimentos do ombro direito.
Testes especiais: teste de Jobe negativo ; teste da queda de braço negativo; teste de speed positivo. 
Exames complementares: Não possui.
CONDUTA TERAPÊUTICA 
Os Objetivos do tratamento fisioterápico para a patologias citada acima é redução e retirada da dor e inflamação, aumento do espeço articular e fortalecimento muscular. 
No dia 02/05/2018 o paciente foi avaliado e o plano de tratamento foi traçado. O plano de tratamento estabelecido foi TENS modo convencional (R= 100 Hz T= 75 us) por 20 minutos para provocar analgesia; mobilizações das articulações escapulotoracica, glenoumeral, esternoclavicular e acrômioclavicular ,para melhorar os movimentação e lubrificação dessas articulações; liberação miofacial dos músculos trapézio, romboides, grande dorsal, a fim de liberar a tensão muscular e melhorar a mobilidade articular; exercícios pendulares Coldman para abertura articular; massagem transversa cyriax com a intenção de manter ou restabelecer a mobilidade normal do tendão do bíceps braquial; laser 4 joules modo pontual, como recurso anti-inflamatório e regenerativo; finalizando com o ondas curtas intensidade 115 modo pulsado e sintonia de 60, com intuito de aumentar o fluxo sanguíneo e diminuir a inflamação. 
Na sua primeira semana de atendimento , paciente relatou dor na região anterior , e o protocolo utilizado foi: TENS modo convencional (R= 100 Hz T= 75 us) por 20; mobilizações das articulações escapulotoracica, glenoumeral, esternoclavicular e acrômioclavicular; liberação miofacial dos músculos trapézio, romboides, grande dorsal; exercícios pendulares Coldman; massagem transversa cyriax no tendão do bíceps braquial porção longa; laser 4 joules modo pontual; finalizando com o ondas curtas intensidade 115 modo pulsado e sintonia de 60. Ao final do atendimento o paciente relata melhora significativa no quadro álgico. 
Na segunda semana de atendimento, paciente relata melhora do quadro álgico, e o protocolo utilizado foi mobilizações das articulações escapulotoracica, glenoumeral, esternoclavicular e acrômioclavicular; liberação miofacial dos músculos trapézio, romboides, grande dorsal; inibição de ponto gatilho do peitoral maior e subescapular; massagem transversa cyriax no tendão do bíceps braquial porção longa ;exercícios isométricos para todos movimentos do ombro; exercícios para fortalecimento do serratil anterior, trapézio, romboides; laser 4 joules modo pontual. Ao final do atendimento o paciente relata estáse sentido muito bem e sem dor. 
REFERÊNCIAS 
CAMPOS, R.P.; GODTSFRIEDT, J. MENEZES, F.S.; ARAÚJO, L.G. Contribuição da natação para a reabilitação da bursite de ombro pós-fase aguda. R. bras. Ci. e Mov 2012;20(2):119-126.
METZKER, C. A. B. Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 1, p. 141-151, jan./mar. 2010.
NASCIMENTO, L. R.; BITTENCOURT, N. F.N.; RESENDE, R. A.; SALMELA, L. F. T.; FONSECA, S. T. Biomecânica aplicada ao voleibol: análise do complexo do ombro e implicações para avaliação e desempenho. Ter Man. 2010; 8(40):478-482.
NETO, B. O.; PEREA, C. C. A.; MACHINSKI, F.; FRÉZ, A. R. RUARO, J. A.; RAIMONDI, M. C. Efeito de um protocolo fisioterapêutico para as disfunções decorrentes das tendinopatias do ombro. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 37-43, jan./abr. 2013.
PEREIRA, J.; GUTIERRES, M. Patologia da longa porção do bicípite braquial novos conceitos de tratamento. Rev Port Ortop Traum 23(1): 18-32, 2015.

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