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Apostila-Modulo1-USODOSJOGOS

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1 
 
 
2 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Os professores, em sua maioria, alegam a falta de 
interesse dos alunos pelas atividades escolares. 
Segundo eles, por mais que se esforcem não conseguem 
despertar, em seus educandos, o gosto pelos estudos. 
Na busca por respostas sobre como tornar o ensino 
agradável tanto para os alunos quanto para os professores 
descobrimos que o uso de jogos na Educação Infantil bem como 
as atividades lúdicas, como recursos metodológicos, podem ser 
a saída para melhorar o processo de ensino/aprendizagem e 
tornar o trabalho educacional realizado em nossas escolas mais 
dinâmico e prazeroso. 
O Curso foi elaborado no formato de módulos, com o 
tema “O USO DE JOGOS LÚDICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL”. 
Tem-se como objetivo propor aos professores um estudo 
sobre a utilização de jogos e atividades lúdicas como um 
recurso pedagógico que facilita o processo de ensino em sala de 
aula e desperta, nos alunos, o interesse pela atividade escolar. 
Com atividades práticas para que os professores 
vivenciem jogo e a atividade lúdica, fazendo a relação entre a 
atividade e as áreas do conhecimento a serem trabalhadas. E a 
outra, para a elaboração e confecção, pelos professores, de jogos 
e atividades lúdicas para serem aplicados em sala de aula. 
Espera-se com esse material propor um estudo teórico 
sobre o tema e apresentar alguns jogos e atividades lúdicas para 
serem utilizados como recurso pedagógico em sala de aula, 
visando melhorar o processo de ensino e aprendizagem na 
escola. 
 BONS ESTUDOS!!! 
3 
 
Módulo I - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A Educação Infantil no Brasil, inicialmente se 
caracterizou por um atendimento 
assistencialista. Contudo, à medida que foi se 
expandindo, outras perspectivas foram surgindo, além da 
principal preocupação de atender às necessidades das mães que 
desempenham atividade produtiva fora do lar. Entretanto, até os 
dias de hoje podemos identificar que, de modo geral, com 
algumas variações, essa prática educativa é cercada de cuidados 
especificamente voltados para o atendimento das necessidades 
de alimentação e higiene, na faixa de 0 a 3 anos (creche), e de 4 a 
5 anos (pré-escola), para a preparação da criança para o Ensino 
Fundamental (CAMPOS, 2001). 
Com a promulgação da Constituição de 1988, a creche foi incluída 
na área de competência da Educação, ao lado da pré-escola. Isso 
muda a concepção de atendimento à criança. Agora, mais do que 
atender a uma necessidade da família, cuja mãe precisa de um 
espaço para deixar o filho enquanto trabalha, é preciso atender a 
esta criança em todas as necessidades inerentes a um ser em 
desenvolvimento. 
4 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no seu artigo 29, 
determina que: A educação infantil, primeira etapa da educação 
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da 
criança até seis anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, 
intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade. (BRASIL, 1996). 
"Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, 
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 
5 (cinco) anos, em seus aspectos fı́sico, psicológico, intelectual e 
social, complementando a ação da famı́lia e da comunidade." 
No documento Critérios para um atendimento em creches que 
respeite os direitos fundamentais das crianças (CAMPOS; 
ROSEMBERG, 1997), pudemos verificar que em termos legais, 
pelo menos, a Educação Infantil já está voltada para uma 
concepção a respeito da criança como um ser que precisa de 
atendimento em diversos aspectos, dentre estes, destaca-se a 
individualidade, situada num determinado tempo e espaço e que, 
portanto, possui especificidades que precisam ser consideradas e 
respeitadas. 
LUDICIDADE: O QUE É ISSO? 
Lúdico é um termo que se refere a tudo que é relacionado ou 
próprio de uma diversão, brinquedos, jogos, isto é, uma saída 
5 
 
com a família para um clube aquático, um jogo de 
cartas; todas estas atividades são lúdicas. 
A palavra lúdica é um adjetivo da língua 
portuguesa com origem no latim ludos, cuja 
expressão está relacionada a maneiras de recreação, ou seja, 
formas de promover a diversão e entretenimento. 
Em métodos de aprendizagem e ensino para crianças, o termo 
lúdico é bastante utilizado, já que o ato de brincar é considerado 
o canal de comunicação principal entre os professores e alunos. 
Frequentemente, o jogo e a brincadeira são utilizados como 
sinônimos de lúdico. Vemos também, muitas vezes, o lúdico 
associado ao lazer, à satisfação, ao deleite, ao prazer. 
Como já disse Johan Huizinga (2005, p. 3) “o jogo é fato mais 
antigo que a cultura”. Contudo, à medida que o ser humano foi 
descobrindo como controlar a natureza, dominando-a e se 
distanciando a ponto de criar uma “antítese entre o espírito e a 
matéria, o homem e a natureza, a alma e o corpo” (MARX; 
ENGELS, 1987), o lúdico também deixou de ser inerente à própria 
atividade do homem e passou a ocupar um determinado lugar e 
hora na vida. Esses são os momentos de diversão. Será que eles 
são lúdicos? Como saber isso? 
A ludicidade é de fundamental importância para o 
desenvolvimento da criança e, possivelmente por isso, a 
6 
 
brincadeira tem sido uma questão bastante discutida por 
diversos teóricos, tais como Tizuko Kishimoto, Sanny Rosa, 
Brougère, D. W. Winnicott, dentre outros. 
A discussão do tema já é ampla e, atualmente, o ato de brincar é 
estudado por diversas áreas do conhecimento, como a 
Antropologia, Pedagogia, Psicologia, Filosofia, História, entre 
outras. Sua importância na educação é inquestionável. 
Conceito de ludicidade como uma experiência plena, que pode 
colocar o indivíduo em um estado de consciência ampliada e, 
consequentemente, em contato com conteúdo inconscientes de 
experiências passadas, restaurando-as e, em contato com o 
presente, anunciando possibilidades para o futuro. 
Sendo assim, no estado lúdico, o ser humano está inteiro, ou seja, 
está vivenciando uma experiência que integra sentimento, 
pensamento e ação, de forma plena. Nessa perspectiva, não há 
separação entre esses elementos. A vivência se dá nos níveis 
corporal, emocional, mental e social, de forma integral e 
integrada. 
Esta experiência é própria de cada indivíduo, se processa 
interiormente e de forma peculiar em cada história pessoal. 
Portanto, só o indivíduo pode expressar se está em estado lúdico. 
Uma determinada brincadeira pode ser lúdica para uma pessoa e 
não ser para outra. Como saber isso de uma criança que não fala? 
7 
 
 
O ENSINO LÚDICO NA EDUCAÇÃO 
 
Na Educação Infantil, há uma série de atividades programadas 
com o objetivo de estimular a aquisição dos conhecimentos e das 
habilidades necessários para o desenvolvimento da criança. 
Segundo Piaget, a criança já nasce com as pré-
condições neurológicas do conhecimento, mas 
as condições de fato se dão através de 
atividades que ele denomina jogos (de 
exercício, simbólicos e de regras, conforme as idades). 
Essas atividades serão mais prazerosas se forem consideradas e 
respeitadas as emoções, os sentimentos e as necessidades das 
crianças no momento em questão vivenciando as propostas 
trazidas pelo educador. 
Entretanto, nas creches, em função da demanda para uma 
aprendizagem escolarizada precoce, acontece algo que, a meu 
ver, é preocupante: as atividades propostas têm sido didatização, 
visando ao treinamento das habilidades preparatórias para a 
alfabetização. 
Em decorrência da preocupação demasiada na realização dessas 
tarefas de treinamentopara alfabetização, muitas vezes o 
educador não considera a importância do sentimento de recusa, 
8 
 
desânimo ou desatenção dos educandos ao realizar tais 
atividades. Embora possa tratar-se de uma tarefa relevante, 
talvez não seja o momento mais adequado ou a forma mais 
indicada de trabalhar esta ou aquela habilidade. Então, fazem-se 
necessários um ajuste entre o nível de desenvolvimento, o 
interesse e a necessidade da criança. Talvez, dessa forma, 
possamos proporcionar vivências que despertam o estado lúdico 
na criança. 
O lúdico tem um papel muito mais amplo e complexo do que, 
simplesmente, servir para treinamento de habilidades 
psicomotoras, colocadas como pré-requisito da alfabetização. 
Através de uma vivência lúdica, a criança está aprendendo com a 
experiência, de maneira mais integrada, a posse de si mesma e 
do mundo de um modo criativo e pessoal. Assim, a ludicidade, 
como uma experiência vivenciada internamente, vai além da 
simples realização de uma atividade, é na verdade a vivência 
dessa atividade de forma mais inteira. 
Podemos afirmar que a participação em uma atividade lúdica 
(brincadeira, dança, jogo, desenho, canto) não significa 
necessariamente que esteja sendo uma vivência lúdica para a 
criança, ou seja, uma vivência plena, de inteireza e de integração 
do sentir, pensar e agir. 
Na infância, supõe-se que as atividades lúdicas sempre são 
plenas, que as crianças vivenciam com inteireza e de forma 
9 
 
integrada as atividades que realizam. Mas, será isso uma regra 
geral? Será que sempre que participam de brincadeiras, jogos, 
desempenhos cênicos, as crianças estão em estado lúdico? 
A Criança os jogos e as brincadeiras estão intrinsecamente 
interligados, no entanto, o nosso sistema escolar não percebe 
essa interligação e cerceia a criança das suas necessidades de 
movimento, expressão e de construção de seu conhecimento a 
partir do seu próprio corpo. Apesar de estar inserida neste meio, 
a escola precisa perceber a criança como um ser em constante 
desenvolvimento. 
O clima de seriedade e de repressão estabelecido por tal 
instituição, não chega a intimidar totalmente as crianças, pois 
estas encontram sempre um jeito de fazer o que mais gostam, que 
é brincar. Esse brincar se manifesta das mais variadas formas, até 
mesmo, sob a forma de brigas e intrigas aparentes. 
A ação de educar não pode restringir-se à simples preocupação 
com as estruturas mentais, mas também com a expressão do 
corpo em sua totalidade. 
Se educar é libertar, então, os processos que regem esta ação 
educativa devem fornecer subsídios para que tal ideia se 
concretize. 
A intervenção psicopedagógica introduziu uma contribuição 
mais rica no enfoque da Pedagogia. 
10 
 
O processo de aprendizagem da criança é compreendido como 
um processo abrangente, implicando componentes de vários 
eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais, 
econômicos, políticos etc. 
O processo de aprendizagem, bem como suas dificuldades, deixa 
de focalizar somente o aluno e o professor isoladamente e passa 
a ser visto como um processo de interações entre ambas as 
partes com inúmeras variáveis que precisam ser apreendidas 
com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo. 
Parece estranho a muitas pessoas admitir o lúdico como um 
recurso didático para uma aprendizagem mais eficaz. O brincar é 
uma forma de expressão da criança, colocada para fora do seu 
corpo e dos pensamentos. 
O tema “lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da 
educação infantil” surgiu por acharmos que as metodologias de 
ensino utilizadas pelos professores ditos tradicionais vêm 
causando grandes dificuldades de aprendizagem por parte das 
crianças. 
Através do lúdico, a criança pode aprender brincando, ou seja, 
fazendo relação dos conteúdos programáticos com os jogos e as 
brincadeiras, deixando para trás o método tradicional de ensino, 
a não utilização do quadro negro e do giz em sala de aula e 
11 
 
aprendendo os conteúdos das disciplinas numa forma mais 
prazerosa e divertida. 
O lúdico é subjetivo, permitindo-se assim, fazer relação com o 
processo de ensino aprendizagem. Pois, o prazer pelas 
brincadeiras está presente em todos nós, independente de raça, 
cor ou religião. Algumas disciplinas, como a matemática, por 
exemplo, não sejam tão amadas quanto as brincadeiras pelas 
crianças na idade escolar, porém, as disciplinas se fazem 
presente, tornando-se um obstáculo a ser vencido, pois, devemos 
amar as dificuldades para vencê-las. 
O lúdico dentro do processo educativo pode construir-se numa 
atividade muito rica, na medida em que professores e alunos 
interagem construindo conhecimentos e socializando-se, 
podendo atuar na escola, de forma a promover a 
interdisciplinaridade, entre as disciplinas para introduzir seus 
conceitos, assim, haveria um incentivo à aprendizagem de 
determinado conteúdo, como por exemplo, desenvolver a noção 
de números na criança, neste caso o professor ensina aos seus 
alunos uma brincadeira que trate desse assunto. 
As brincadeiras nas escolas não são utilizadas com fins 
pedagógicos sendo apenas um passatempo ou para preencher o 
tempo antes de bater o sinal para a saída, não articulando-a às 
outras disciplinas. O professor pode utilizar o lúdico tornando as 
aulas mais dinâmicas e participativas. 
12 
 
A aprendizagem através do lúdico deve ser considerada do ponto 
de vista das crianças, propondo a compreensão dos conteúdos a 
partir da reconstrução que ela realiza. A aprendizagem é 
assegurada através da estruturação cognitiva dos conhecimentos 
prévios que as crianças constroem quando elaboram seus novos 
conhecimentos. 
O professor não é um transmissor de conhecimentos e sim um 
ser que pode mediar a qualquer momento a aprendizagem de 
seus alunos, fazendo da escola um ambiente propício para a 
relação professor-aluno ser mais criativa. 
Quando o professor deixar de lado a sua posição de detentor do 
saber considerando seus alunos como “receptores” desse saber e 
passar a construir o conhecimento junto com os alunos, numa 
relação de interação e trocas de conhecimentos, certamente o 
ensino terá mais qualidade, porque o indivíduo é considerado 
como um ser social, capaz de desenvolver-se dentro de uma 
sociedade numa relação de troca. 
Na criança, em sua fase de desenvolvimento é muito fácil 
perceber a presença o egocentrismo, por exemplo, é muito difícil 
a criança aceitar a regra do “outro”, construindo ela mesma a sua 
própria regra. 
Durante o período da Educação Infantil é que a criança começa a 
realizar atividades que envolvam a brincadeira, os jogos e a 
13 
 
música. Tudo o que a criança precisa realmente saber, ela 
aprende na infância. 
● As atividades lúdicas estão presentes em todas as classes 
sociais, crianças de várias idades brincam, se divertem 
através da ludicidade. 
● O lúdico promove a aprendizagem e favorece o 
desenvolvimento físico intelectual e social da criança, ou 
seja, possibilita um desenvolvimento real, completo e 
prazeroso. 
● O lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento 
pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde 
mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os 
processos de socialização, comunicação, expressão e 
construção de conhecimento. 
● Pelo exposto acima se entende que as atividades lúdicas 
divertem e proporcionam descobertas através de estímulos 
propostos pelo professor que institui regras e 
posicionamentos para desenvolver os jogos e brincadeiras 
de forma criativa e divertida. 
● As atividades lúdicas desenvolvemvários aspectos no 
processo de aprendizagem da criança dentre eles podemos 
elencar a atenção, a memorização e imaginação que são de 
fundamental importância para o ensino de qualidade. 
14 
 
● O lúdico promove uma alfabetização significativa a prática 
educacional. 
● Para que o lúdico auxilie na construção do conhecimento é 
necessário que o professor faça a mediação da atividade 
planejada por ele e estabeleça os objetivos para que a 
brincadeira tenha um caráter pedagógico promovendo 
dessa maneira interação social e o desenvolvimento 
intelectual. 
● A ludicidade é uma ferramenta muito importante para a 
formação das crianças, pois é através dela que a criança 
desenvolve seu saber, seu conhecimento e sua compreensão 
de mundo. 
● As atividades lúdicas desenvolvem vários aspectos no 
processo de aprendizagem da criança dentre eles podemos 
elencar a atenção, a memorização e imaginação que são de 
fundamental importância para o ensino de qualidade. 
● A atividade lúdica funciona como um elo entre os aspectos 
motores, cognitivos, afetivos e sociais, na educação infantil 
por isto a partir do brincar, a criança desenvolve à 
aprendizagem, através do desenvolvimento social, cultural 
e pessoal, contribuindo para uma vida saudável tanto física 
como mental. 
● As atividades lúdicas auxiliam no processo de aprendizagem 
do aluno na educação infantil, pois trabalham a atenção, a 
imaginação, os aspectos motores e sociais, visando o pleno 
15 
 
desenvolvimento da criança que aprende de forma 
significativa tornando o ensino de qualidade. 
● As atividades lúdicas como recursos da prática educativa 
devem estar presentes no cotidiano das salas de aula da 
Educação Infantil visando não só o desenvolvimento 
emocional dos alunos, como também a compreensão por 
parte dos educadores sobre os limites e as possibilidades de 
trabalhar as questões afetivas no contexto escolar. 
Na Educação Infantil, o lúdico é importante para o crescimento 
das crianças, inclusive intelectualmente, pois as brincadeiras 
trazem consigo “um brincar compromissado com a qualidade de 
vida da criança” (MEYER, 2008, p. 22). 
Diante de todas essas observações, é preciso ampliar a nossa 
avaliação da importância de não somente propor atividades ditas 
lúdicas, mas, principalmente, permitir a vivência lúdica das 
crianças na Educação Infantil. Isso é uma necessidade para as 
crianças e se constitui em grande desafio para nós, educadores e 
educadoras, que lidamos, principalmente, com a faixa etária das 
crianças que ainda não falam. 
Isto porque este desafio exige, além de um conhecimento técnico 
especializado em relação a desenvolvimento infantil e ao 
processo de aprendizado, uma disponibilidade para a escuta 
16 
 
sensível, uma observação mais cuidadosa das expressões 
psicocorporais, respondendo a elas também de modo cuidadoso. 
A ideia de que a brincadeira e demais atividades na Educação 
Infantil precisam ser para a criança uma experiência de vivência 
do estado lúdico, pois assim ela poderá contribuir para o 
desenvolvimento da criança de maneira saudável. 
1. UTILIZAÇÃO DO LÚDICO EM SALA DE AULA 
Uma estratégia em alta atualmente é a utilização do lúdico em sala 
de aula. Vamos começar então pelos conceitos de lúdico. 
2. O QUE É OU PODE SER CONSIDERADO LÚDICO? 
As manifestações lúdicas são propostas que despertam para o 
questionamento, o conhecimento, a criação e a recriação cultural, 
visando o bem-estar, a alegria ou a diversão crítica e 
criativamente com vivências que busquem diferentes maneiras 
de compreender o mundo, de questioná-lo, de conhecer e 
reconhecer a própria personalidade, perceber e relacionar-se 
com o outro, enfim, experiências que despertem para formas mais 
humanas e sensíveis de viver e conviver. 
São exemplos de manifestações lúdicas, os jogos, brincadeiras, 
dinâmicas, peças de teatro e demais atividades que estabelecem 
ligações entre o real e o imaginário. 
17 
 
As atividades lúdicas reforçam o potencial associativo, pois 
estabelecem relações entre situações reais e imaginárias, 
proporcionando viver processos reais, por meio de adequações 
simbólicas; e estão ligadas a atividades prazerosas sem o caráter 
formal do ensino. 
Uma das atividades lúdicas mais discutidas são os jogos, os quais 
abrangem um conjunto grande e diversificado de atividades e 
podem ser vistos como histórias contadas em ações. 
Todo jogo/brincadeira tem potencial para ensinar algo. Podemos 
tomar como exemplo as crianças. O jogo ocupa um papel de 
destaque na vida das crianças, e se observamos as meninas 
brincam de casinha, de ser mãe, os meninos de dirigir, imitam a 
profissão do pai, e no faz de conta aprendem comportamentos 
que terão quando adultos. 
Neste contexto o jogo mantém suas características de ser uma 
ocupação voluntária exercida dentro de determinados limites de 
tempo e espaço, que seguem regras estabelecidas e consentidas 
por quem brinca, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado 
de um sentimento de alegria. O brinquedo, as situações lúdicas 
promovem uma situação de transição entre a ação da criança com 
objetos concretos e suas ações com significados. 
Como então o lúdico pode ajudar no ensino? 
18 
 
Só deixar que joguem e já aprenderam o que o professor almeja 
que aprendam? 
● O lúdico no ensino tenta quebrar a rigidez do ensino, 
tornando algo mais prazeroso, mas neste ponto ocorrem 
algumas contradições tais como a associação de prazer e 
estudo; 
● se não for bem gerenciada a utilização do lúdico perde o foco 
e consequentemente não trará bons resultados; 
● uma grande preocupação com o conteúdo a ser abordado no 
jogo ocasiona um enfraquecimento do caráter lúdico das 
propostas; 
● e a liberdade para jogar ou não; 
● em uma sala de aula isso deixa de ser uma opção. 
 
Os jogos didáticos são formulados com um propósito educativo 
claro, diferenciando-se daqueles de caráter apenas lúdico. 
Promovem a articulação de ideias, e se beneficiam da exploração 
do mundo de modo seguro e confortável, reproduzindo cenários, 
situações ou problemas concretos, de maneira simplificada e 
didática. 
Dessa maneira, os estudantes podem ter uma vivência de 
problemas reais, em contextos e cenários imaginários, 
ponderando, exercitando a criatividade, testando ideias, 
19 
 
resolvendo problemas, utilizando os próprios conhecimentos e 
articulando-os com as informações oferecidas pelo jogo. 
O jogo é uma estratégia didática, a simulação, e para ser eficaz 
precisa ser utilizada em conjunto com outras estratégias, pois 
apenas o ato de jogar não é o suficiente para atingir os objetivos 
educacionais esperados pelo professor. Na imagem abaixo 
ilustra-se opções de utilizações do jogo em aulas. 
 
“O professor precisa ter claro o porquê utilizar o lúdico em 
aula”. 
Alguns pontos são fundamentais para o planejamento de uma 
aula lúdica: 
● O objetivo do jogo corresponde ao objetivo da aula? 
● Quais os conceitos que o jogo aborda e de que maneira 
o faz? 
● Qual o melhor momento para se utilizar esse recurso? 
20 
 
● Qual outra estratégia didática fará parte da aula? 
 
Na literatura encontram-se bons resultados relatados quando a 
utilização de jogos didáticos e atividades lúdicas, e como qualquer 
outra estratégia didática os bons resultados dependem do 
planejamento do professor e da condução dele na sala de aula. 
ATIVIDADES LÚDICAS E VIVÊNCIA LÚDICA: PRECISANDO OS 
CONCEITOS 
A atividade lúdica é externa ao 
indivíduo e pode ser observada e 
descrita por outra pessoa enquanto é 
realizada. Pode se dar em grupo ouindividualmente, apresentando variações no seu formato, 
determinadas por gosto, preferências, cultura, regras pré-
estabelecidas por uma instituição ou por quem a realiza. 
Porém, a vivência lúdica, ou ludicidade, é interna ao indivíduo. É 
o estado interno que se processa enquanto o indivíduo realiza 
uma atividade lúdica. A atividade lúdica, como expressão externa, 
só será lúdica internamente se propiciar ao sujeito a sensação de 
plenitude, prazer, alegria. 
A ludicidade, como experiência interna, integra as dimensões 
emocional, física e mental. Nesta perspectiva, ela envolve uma 
conexão entre o externo (objetivo) e o interno (subjetivo) e, 
21 
 
portanto, é de relevância significativa para a vida em todas as 
suas fases e, especialmente, na Educação Infantil. 
Como exemplo, poderíamos dizer que a atividade lúdica é a 
brincadeira de roda. A ludicidade tem a ver com os estados de 
inteireza, de plenitude, de prazer com os quais o indivíduo faz 
contato enquanto brinca de roda. Várias crianças estão na roda, 
mas a maneira como cada criança experimenta, sente e vivencia 
internamente esta experiência é individual e pode ser totalmente 
diferente de uma para outra, donde se conclui que uma mesma 
atividade lúdica pode propiciar a vivência lúdica para algumas 
crianças e, para outras, não. Ou seja, em um grupo onde todos 
realizam a mesma atividade lúdica, algumas crianças podem 
fazer contato com a ludicidade e outras, não, pois o processo é do 
indivíduo que vive a experiência e está relacionado com sua 
história de vida, é uma vivência interior. 
Como podemos saber o que se passa internamente com o outro 
enquanto pratica uma atividade lúdica? O adulto compartilha, 
relata, fala; e a criança que ainda não fala, como expressa seu 
estado interno? Essa é a questão desta pesquisa, reiteradamente 
posta. 
A interseção entre a ação e o estado interno é que vai 
possibilitando ao sujeito (infantil, adolescente ou adulto) tomar 
posse de si mesmo, na medida em que, vivenciando a experiência, 
toma consciência do que acontece consigo mesmo. 
22 
 
O processo de desenvolvimento é o processo de tomar posse de 
si mesmo. 
O PAPEL DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo 
e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A 
linguagem tem importante papel no desenvolvimento cognitivo 
da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda 
colabora na organização dos processos em andamento. 
Por meio das atividades lúdicas, a 
criança reproduz muitas situações 
vividas em seu cotidiano, as quais, 
pela imaginação e pelo faz de 
conta, são reelaboradas. Esta 
representação do cotidiano se dá 
por meio da combinação entre experiências passadas com novas 
possibilidades de interpretações e reproduções do real. De 
acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. Estas 
ações são fundamentais para a atividade criadora do homem. 
Tanto para Vygotsky (1984) como para Piaget (1978), o 
desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a 
imaginação se desenvolve. Uma vez que a criança brinca e 
23 
 
desenvolve a capacidade para determinado tipo de 
conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. 
É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira 
aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços 
para a formação de conceitos brincar é sinônimo de aprender, 
pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que 
a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, 
estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, 
desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. 
As interações que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a 
superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a 
empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de 
jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo. 
Piaget descreve que: Esses tipos de brinquedos são bastante 
usados em situações psicopedagógicas com finalidade de ensino 
aprendizagem e desenvolvimento infantil na medida em que 
proporcionam o desenvolvimento da cognição, afetividade, 
corpo e interações sociais. 
O brinquedo assume a função lúdica enquanto propicia diversão 
e prazer, e quanto a sua função educativa, o brinquedo produz a 
apreensão do mundo, completando o sujeito em seu saber e 
conhecimento. 
24 
 
A importância das construções está no fato de que é desse modo 
que a criança revela suas relações, daí a importância da fala e da 
ação, assim como os temas são abordados e como o mundo real 
contribui nessas construções. As atividades da vida diária (AVD), 
como diz o nome são aquelas realizadas no dia- a- dia de cada 
pessoa, como por exemplo: amarrar sapatos vestir-se, escovar 
dentes etc. 
Essas atividades requerem o desenvolvimento de certas 
habilidades, pois para que se aprenda a realizá-las são 
necessários que se desenvolvam habilidades específicas para 
cada atividade como desenvolvimento da coordenação motora, 
por exemplo. 
Neste sentido, a aprendizagem que às vezes não ocorre com a 
exercitação, poderá acontecer na situação do brinquedo, pois o 
prazer da brincadeira produz a especialidade, quanto mais a 
criança se envolve nela, mais estará aberta a produzir novos 
conceito 
AS TEORIAS DO BRINCAR 
O lúdico é de suma importância, pois apresenta valores 
específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade 
infantil a finalidade é essencialmente pedagógica. 
O lúdico é uma metodologia pedagógica que ensina brincando e 
não tem cobranças, tornando a aprendizagem significativa e de 
25 
 
qualidade. Tanto os jogos como 
as brincadeiras proporcionam 
na educação infantil 
desenvolvimento físico mental e 
intelectual. 
O lúdico representa para a criança um meio de comunicação e 
prazer que ela domina ou exerce em razão de sua própria 
iniciativa (SOUZA 2015, p.1). 
O lúdico é considerado um meio de comunicação e por isto 
estimula a criatividade, a expressão e a espontaneidade, pois 
trabalha a imaginação e auxilia na aprendizagem significativa. 
No processo de ensino aprendizagem é fundamental valorizar o 
lúdico, pois para a criança o mesmo é espontâneo e permiti 
sonhar, fantasiar e realizar desejos como crianças de verdade. 
Souza (2015, p.2), explica que o lúdico é uma linguagem 
importante e expressiva que possibilita conhecimento de si, do 
outro, da cultura e do mundo, sendo um espaço genuíno de 
aprendizagens significativas. 
Através do lúdico o aluno é despertado para o desejo do saber, ou 
seja, do aprender desenvolvendo sua personalidade, pois cria 
conceitos e relações lógicas de socialização o que é de suma 
importância para seu desenvolvimento pessoal e social. 
26 
 
Kishimoto (1996 p.24) esclarece que por meio do lúdico o aluno 
desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da 
conquista. 
Ferreira; Silva Reschke ([s/d], p.7) explicam que o lúdico 
possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, 
integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na 
formação da personalidade. 
Através da atividade lúdica, a criança forma conceitos, seleciona 
ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz 
estimativas compatíveis com o crescimento físico e 
desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando 
(FERREIRA; SILVA RESCHKE [s/d], p.7). 
O lúdico contribui no desenvolvimento da criança e auxilia na 
aprendizagem, no desenvolvimento social, cultural e pessoal, 
assim proporciona a socialização e a aquisição do conhecimento.Souza (2015, p.1), esclarece que o lúdico é importante porque 
contribui de forma significativa para o desenvolvimento do ser 
humano, auxiliando na aprendizagem, no desenvolvimento 
social, pessoal e cultural, facilitando no processo de socialização, 
comunicação, expressão e construção do pensamento. 
27 
 
A proposta da atividade lúdica, através de um planejamento da 
aula é de suma importância, pois proporciona concentração isto 
favorece assimilação dos conteúdos com naturalidade. 
O lúdico não é o único instrumento para a melhoria do ensino-
aprendizagem, mas é uma ponte que auxilia na melhoria dos 
resultados por parte dos professores interessados em 
proporcionar mudanças (SOUZA 2015, p.2). 
O lúdico é um poderoso instrumento dos professores para a 
aprendizagem dos alunos, porém para que seja alcançado o 
objetivo desta metodologia tão importante na educação infantil é 
necessária uma dosagem entre a utilização do mesmo na 
obtenção dos objetivos, ou seja a aprendizagem significativa e de 
qualidade. 
Assim Teixeira; Rocha; Silva ([s/d], p.8) afirmam que deve haver 
uma dosagem entre a utilização do lúdico como forma de 
obtenção dos objetivos escolares. 
 
 
 
O LÚDICO E A APRENDIZAGEM 
 
28 
 
Segundo Oliveira (2013, p. 14), explica que aliar as atividades 
lúdicas ao processo de ensino aprendizagem pode ser de grande 
valia para o desenvolvimento do aluno. 
De acordo com Malaquias; Ribeiro (2013), introdução do lúdico 
na vida escolar do educando torna-se uma forma eficaz de 
repassar pelo universo infantil para imprimir-lhe o universo 
adulto. Promover uma alfabetização significativa a prática 
educacional. 
O lúdico é muito importante para a aprendizagem e 
desenvolvimento do aluno da educação infantil, pois contribuem 
para o desenvolvimento pessoal e social da criança de maneira 
significativa e prazerosa. 
Almeida (2014) complementa as atividades lúdicas 
contribuem para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, 
porque colabora na sua formação, no seu desenvolvimento 
pessoal e consequentemente no desenvolvimento de uma 
autoestima satisfatória. 
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, 
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento 
permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático 
enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua 
prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, 
promovendo a interação social e tendo em vista o forte 
29 
 
compromisso de transformação e modificação do meio 
(ALMEIDA, 2008, p. 41). 
A ludicidade contribui na aprendizagem e conhecimento da 
criança, pois possibilita criatividade, interação social e 
crescimento sadio através do relacionamento entre o grupo 
desenvolvendo seu potencial cognitivo, motor e social. 
Barbosa (2010, p. 7), explica que o lúdico auxilia no 
desenvolvimento da criança, pois através dele ela consegue 
aprender com mais facilidade, com os jogos e brincadeiras, além 
de uma prática de atividade física, promove também, um estímulo 
intelectual e social. 
O lúdico é um instrumento metodológico que possibilita as 
crianças a terem uma aprendizagem significativa através do 
relacionamento com os outros, assim promove maior 
desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo. 
O lúdico é um método muito importante para o desenvolvimento 
do aluno na educação infantil, porém é necessário proporcionar 
ao mesmo um ambiente descontraído para estimular o interesse, 
a criatividade e a interação dos alunos proporcionando assim 
uma aprendizagem de qualidade. 
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que 
merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é 
30 
 
um ser único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. 
Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a 
mesma eficácia. 
Para pode garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem 
os professores devem utilizar-se dos mais variados mecanismos 
de ensino, entre eles as atividades lúdicas. Tais atividades devem 
estimular o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de 
observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e 
conceitos. 
O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, 
sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda 
descobrindo e compreendendo e não por simples imitação. O 
espaço para a realização das atividades, deve ser um ambiente 
agradável, e que as crianças possam se sentirem descontraídas e 
confiantes (ALMEIDA 2014 p. 3). 
De acordo com Almeida (2008, p.41), o lúdico na sua essência, 
além de contribuir e influenciar na formação da criança, 
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento 
permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática 
democrática enquanto investe em uma produção séria do 
conhecimento. 
31 
 
Através das atividades lúdicas o professor possibilita um 
crescimento permanente do conhecimento auxiliando o aluno a 
ter confiança e espírito, crítico sobre a atividade. 
As atividades lúdicas são instrumentos pedagógicos altamente 
importantes, mais do que apenas divertimento, são um auxílio 
indispensável para o processo de ensino aprendizagem, que 
propicia a obtenção de informações em perspectivas e dimensões 
que perpassam o desenvolvimento do educando. A ludicidade é 
uma tática insubstituível para ser empregada como estímulo no 
aprimoramento do conhecimento e no progresso das diferentes 
aprendizagens. (MALUF, 2008, p.42). 
Através das atividades lúdicas de acordo com Luckesi (2000, 
p.21) pode-se auxiliar o educando a ir para o centro de si mesmo, 
para a sua confiança interna e externa; não é, também, difícil, 
coisa tão especial estimulá-lo à ação, como também ao pensar. 
O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de 
expressão e criação. Por meio dessa ferramenta, a criança 
aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e prazerosa, 
possibilitando o alcance dos mais diversos níveis do 
desenvolvimento (MALAQUIAS; RIBEIRO 2013, p.2). 
Pedagogicamente o lúdico possui liberdade de trabalhar a 
expressão e a comunicação dos alunos, pois é uma metodologia 
menos rígida por isto mais prazerosa para se aprender. Através 
32 
 
dele a criança desenvolve sua capacidade de explorar, refletir e 
imaginar os conteúdos e adquirir conhecimento necessário para 
uma aprendizagem significativa. 
As atividades lúdicas na educação infantil fazem com que as 
crianças tenham capacidade desenvolvem o ato de explorar e 
refletir sobre a cultura e a realidade em que vive podendo 
incorporar e questionar sobre as regras e sobre seu lugar na 
sociedade, pois durante tais atividades elas podem superar a 
realidade, e muda-la por meio da imaginação (VITAL, 2009, p.11). 
As atividades lúdicas são: a essência da infância assim 
proporciona a interação social, a criatividade e a imaginação da 
criança contribuindo no processo de ensino aprendizagem da 
mesma. 
A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, 
promovendo a interação social e tendo em vista o forte 
compromisso de transformação e modificação do meio 
(ALMEIDA, 2008, p.41). 
Oliveira (2013, p. 18), esclarece que o lúdico dentro do processo 
educativo pode construir-se numa atividade muito rica, na 
medida em que professores e alunos interagem construindo 
conhecimentos e socializando-se. 
33 
 
Na educação infantil o processo de ensino é de suma importância, 
porque desenvolve a coordenação motora, a imaginação, a 
socialização e consequentemente a aprendizagem. 
A Educação infantil e olúdico se completam, pois o brincar está 
diretamente ligado à criança, porque o brincar desenvolve os 
músculos, a mente, a sociabilidade, a coordenação motora e além 
de tudo deixa qualquer criança feliz (MALUF, 2003, p.19). 
Para que as atividades lúdicas tenham significado é necessário a 
mediação do professor que precisa ser planejada de maneira a 
entrar no mundo imaginário da criança. 
É preciso dinamizar as atividades lúdicas e, transformar o brincar 
em trabalho pedagógico, saber entrar no mundo imaginário da 
criança, no seu sonho, no seu jogo e aprender a jogar com ela 
(CORREA; BENTO [s/d], p.5). 
O ensino absorvido de maneira lúdica passa a adquirir um 
aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da 
inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente 
transmissor a ato transformador (CARVALHO, 2003, p. 28). 
O lúdico é uma característica fundamental do ser humano, do qual 
a criança depende para se desenvolver. Para crescer, brincar e 
para se equilibrar frente ao mundo precisa do jogo. Aprender 
brincando tem mais resultados, pois a assimilação infantil 
34 
 
adapta-se facilmente à realidade (PIAGET apud SANTOS, 2001, p. 
173). 
O ensino através das atividades lúdicas é significativo, pois a 
criança aprende brincando sem cobranças e através de regras, 
que proporcionam conhecimento. 
COMO DESENVOLVER ATIVIDADES LÚDICAS PARA O 
DESENVOLVIMENTO INFANTIL? 
 
As atividades lúdicas são ideais para promover o 
desenvolvimento infantil. Elas podem ser utilizadas em várias 
ocasiões devido à sua interdisciplinaridade. As brincadeiras e os 
jogos são direcionados de acordo com a idade e capacidade de 
cada criança. É fundamental ter isso em mente para que a criança 
consiga acompanhar o seu próprio processo. 
Importante ressaltar que essas atividades são importantes 
também para que a criança desenvolva o raciocínio lógico. Isso 
ajuda em aspectos que proporcionam o desempenho mental e 
intelectual. Além disso, o lúdico, 
junto de um acompanhamento 
pedagógico, favorece o 
amadurecimento social do pequeno. 
Portanto, é fundamental que tais atividades sejam dadas não só 
no ambiente escolar, mas familiar também. 
35 
 
ATIVIDADES LÚDICAS COMO INCENTIVO AO CONHECIMENTO 
PRÓPRIO 
Deve-se ter em mente que a troca e a transmissão de 
conhecimentos se fazem através de brincadeiras e jogos, 
favorecendo um grande processo educativo. O resultado disso é a 
soma de esforços e de força das diferentes capacidades da 
criança, proporcionando a busca de um ser cada vez mais 
equilibrado e com autoconhecimento. 
DESENVOLVENDO A COGNIÇÃO DO PEQUENO 
É válido ressaltar que desenvolvimento cognitivo da criança está 
intimamente ligado a uma boa desenvoltura de funções, tais como 
a linguagem, o suporte afetivo-emocional e a coordenação 
motora. 
Uma das formas de garantir que o pequeno apresente uma 
evolução funcional proveitosa e satisfatória, a melhor maneira é 
estimulá-lo desde cedo, na mais tenra infância, por meio de 
brincadeiras, leituras e jogos. 
 
 
ATIVIDADES LÚDICAS PARA CRIANÇAS EM DIFERENTES 
ETAPAS 
36 
 
Não devemos nos esquecer de que cada criança se desenvolve de 
maneira individual. No entanto, existem faixas etárias específicas 
em que os baixinhos geralmente demonstram desempenhos 
afins. O importante é estar sempre atento a algum possível de 
dificuldade (sobretudo que revele a existência de algo que precise 
ser observado por um profissional, como um distúrbio ou 
transtorno, por exemplo). 
Veja a seguir quais são essas etapas. 
Até os 2 anos de idade: 
Vale dizer que nesse período a brincadeira 
precisa estimular os sentidos da criança. As 
atividades recomendadas são as mais 
variadas e marca a fase inicial dos pequenos 
com objetos diversos, além de ações que induzem a 
psicomotricidade. As brincadeiras são: mover carrinhos, correr, 
brincar com massinhas, jogar com bolinhas de pelúcia, entre 
outros. 
De 3 a 4 anos de idade: 
Aqui se iniciam as famosas brincadeiras de faz-de-conta, as 
historinhas contadas por pais e professores para estimular a 
imaginação dos pequenos. Outro detalhe é que as crianças 
começam a obter certa noção acerca do que assistem ou 
37 
 
presenciam em seu contexto. Por isso é 
normal que muitas brinquem de casinha; 
simulam que estão dirigindo, brincam de 
dar aula, além de outras atividades que fazem parte do cotidiano. 
De 5 a 6 anos de idade: 
Aqui nessa fase as atividades lúdicas de 
movimento e aquelas que trabalham 
com representação tendem a se 
aprimorar. As brincadeiras dão espaço 
a tarefas mais coletivas, como os jogos 
coletivos, de campo ou de mesa. Os jogos de tabuleiro também 
ganham o gosto dos pequenos, assim como as brincadeiras de 
roda e o futebol. 
Dos 7 anos de idade para cima: 
Nesse período, a criança já está apta a 
participar de várias atividades que 
proporcionem desafios para si e para 
outros. Além disso, elas costumam se 
divertir mais com todos os estilos de jogos aprendidos, 
considerando os diferentes graus de dificuldade de cada 
brincadeira ou atividade. 
38 
 
O ESPAÇO PARA O LÚDICO 
Segundo Barbosa (2010, p. 7), é indiscutível que a ludicidade está 
presente em diferentes contextos, na escola, em casa, em 
qualquer lugar em que as crianças possam estar. Para elas, o 
brincar é algo mais que natural. 
O espaço para se utilizar o lúdico está no cotidiano da criança, ou 
seja, na escola, em casa, nas praças, na rua e torna a aprendizagem 
algo natural, pois está inserido no seu dia-a-dia. 
O espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-
versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se 
constitui de forma linear (HORN 2004, p. 28). 
O espaço físico está diretamente ligado ao ambiente em que a 
criança vive, assim é indispensável para aprendizagem, pois 
através dele é possível estabelecer relações entre o ensino e a 
aprendizagem do aluno que se tornam significativas e de 
qualidade. 
Hank (2006, p. 2), explica que buscando uma perspectiva de 
sucesso para o desenvolvimento e aprendizagem do educando no 
contexto da educação infantil o espaço físico torna-se um 
elemento indispensável a ser observado. 
Horn (2004, p. 28) explica que é no espaço físico que a criança 
consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, 
39 
 
transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem 
emoções. 
É no espaço físico que o aluno da educação infantil estabelece 
relações com o mundo, pois os mesmos fazem parte da rotina 
diária e contribui para a socialização e também para a 
aprendizagem. 
Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes 
diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam 
iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem 
entre elas e o espaço organizado (HORN 2004, p. 28). 
Os espaços físicos devem ser organizados para proporcionar 
prazer, por isto deve ser acolhedor para estimular os sentimentos 
da criança. 
Hank (2006) complementa que a organização deste espaço deve 
ser pensada tendo como princípio oferecer um lugar acolhedor e 
prazeroso para a criança, isto é, um lugar onde as crianças possam 
brincar, criar e recriar suas brincadeiras sentindo-se assim 
estimuladas e independentes. 
Hank (2006, p. 2) esclarece que oferecer um ambiente rico e 
variado estimulam os sentidos e os sentidos são essenciais no 
desenvolvimento do ser humano. A sensação de segurança e 
40 
 
confiança é indispensável visto que mexe com o aspecto 
emocional da criança. 
Ao proporcionar um ambiente lúdico adequado a escolaincentivará a aprendizagem do aluno que acontecerá de forma 
simples e descomplicada. 
Segundo Hank (2006, p.3), os ambientes construídos para 
crianças devem atender cinco funções relativas ao 
desenvolvimento infantil: identidade pessoal, desenvolvimento 
de competência, oportunidades para crescimento, sensação de 
segurança e confiança, bem como oportunidades para contato 
social e privacidade. 
O QUE OS TEÓRICOS RECOMENDAM PARA O LÚDICO 
Segundo Piaget o lúdico é formado por um conjunto linguístico 
que funciona dentro de um contexto social; possui um sistema de 
regras e se constitui de um objeto simbólico que designa também 
um fenômeno. 
Piaget esclarece que o lúdico permite ao educando a identificação 
de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial 
que especifica a sua moralidade. 
Através do lúdico é possível estabelecer regras aos alunos da 
educação infantil, pois o mesmo desenvolve a parte cognitiva, 
41 
 
motora, social e afetiva proporcionando também a socialização e 
interação das crianças que aprendem brincando. 
Segundo Freire (1991 p. 39), a criança que brinca em liberdade, 
sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os 
problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegará 
ao pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, 
escrever e contar. 
O brincar pode ser destacado em diferentes situações de 
desenvolvimento: 
● As atividades lúdicas possibilitam a formação do 
autoconceito positivo; 
● As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento da 
criança, afetivamente, pois convive socialmente e opera 
mentalmente. 
● O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos 
permitem a inserção da criança na sociedade; 
● Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a 
saúde, a habitação e a educação; 
● Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento pois, através 
das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona 
ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão 
oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a 
42 
 
agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio 
conhecimento (NEGRINE 1994, p. 41). 
Piaget atribui ao lúdico um papel para o desenvolvimento infantil; 
acredita que ao jogar as crianças assimilam e transformam a 
realidade. 
... Uma subdivisão dos jogos, por faixa etária, sendo elas: 
● Primeira etapa - para crianças de zero a dois anos de idade 
que ele chama de período sensório-motor, as crianças 
repetem situações simplesmente por prazer; 
● Segunda etapa - para crianças de dois a sete anos que ele 
chama de período pré-operatório em que as crianças não 
fazem o exercício mental, mas sim a representação do 
ocorrido; 
● Terceira etapa - para crianças acima dos sete anos, que ele 
chama de período operatório em que os jogos são de regras. 
É a união dos outros dois jogos, explorando, neste caso, a 
coletividade para o ato de jogar, sendo importante a 
cooperação entre as crianças (PIAGET [s/d], apud 
SANT’ANNA; NASCIMENTO 2011, p. 22). 
Friedmann (1996, p. 41) considera que o lúdico permite uma 
situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando 
alguém está jogando está executando regras ao mesmo tempo, 
43 
 
desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a 
convivência em grupo. 
Através do lúdico é possível estabelecer um ensino aprendizagem 
cooperativo e de interação, isto possibilita uma socialização que 
permitirá o aluno a apropriar-se da vida em sociedade com 
excelência e plenitude. 
De acordo com (Vygotsky, 1984, p. 27), é na interação com as 
atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o 
educando aprende a agir numa esfera cognitiva, pois a criança 
comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da 
vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto 
pela capacidade de subordinação às regras. 
Brincando ludicamente a criança se relaciona com as pessoas e 
objetos ao seu redor, aprendendo o tempo todo com as 
experiências. São essas vivências, na interação com as pessoas de 
seu grupo social, que possibilitam a apropriação da realidade, da 
vida e toda sua plenitude (KISHIMOTO, 1996, p.146). 
Utilize as atividades lúdicas e deixe a sala de aula mais atrativa! 
AS BRINCADEIRAS E O DESENVOLVIMENTO DA 
COORDENAÇÃO MOTORA EM ATIVIDADES LÚDICAS 
Sabemos que a brincadeira é muito importante para o 
desenvolvimento infantil e pode ajudar muito na aquisição da 
44 
 
coordenação motora. Estimular as 
crianças por meio dos jogos 
lúdicos também colabora com a 
interação com o outro, com a 
expressividade e com o relacionamento em grupo. 
No lúdico, aprendemos quais são as regras do jogo e como se 
colocar no lugar do colega, o que traz bastante crescimento 
individual. Além de todos esses benefícios, as brincadeiras são 
fundamentais para o exercício da coordenação e conhecimento 
do próprio corpo. 
O desenvolvimento motor envolve os músculos, o cérebro e as 
articulações ao mesmo tempo quando nos movimentamos. Na 
coordenação motora fina, a criança consegue desenhar, recortar, 
amarrar o cadarço e realizar ações delicadas. Já a coordenação 
motora grossa envolve pular, correr, descer/subir, entre outros. 
Conforme as crianças vão crescendo, essa habilidade é 
desenvolvida. 
Veja abaixo como ocorre esse aprendizado: 
● Dois meses: Vira a cabeça para acompanhar alguém e junta 
as mãos. 
● Quatro meses: Consegue ficar sentada com a cabeça firme 
e agarra objetos. 
45 
 
● Seis meses: Levanta os braços para pedir colo, consegue 
pegar a comida e levar à boca, começa a se sentar sozinha. 
● Nove meses: Aprende a engatinhar, fica de pé com alguém 
segurando e se senta sem ajuda. 
● De um a dois anos: Consegue andar/correr, coloca os 
blocos empilhados, rabisca o papel. 
● Dois a três anos: faz traços com o giz, fica em um pé só por 
segundos, brinca com o triciclo. 
● Três a seis anos: Consegue copiar formas, aprende a 
escrever o nome, pula e fica em um pé só, aprende a andar 
de bicicleta. 
Algumas brincadeiras podem ajudar nesse processo. 
Vamos conhecer algumas? 
● Brincar de massinha. 
● Rasgar e amassar papel. 
● Fazer pintura com guache. 
● Aprender dobraduras. 
● Brincar com a bola. 
● Desafiar a se equilibrar em um pé só. 
● Recortar figuras. 
● Brincar com dedoches. 
● Folhear livros. 
● Desenhar formas geométricas. 
 
46 
 
A Coordenação motora é a capacidade de coordenação de 
movimentos decorrente da integração entre comando central 
(cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações. 
De acordo com Lopes et.al. (2003), o conceito de coordenação 
motora é abordado em diferentes âmbitos, contextos e áreas 
científicas (controle motor, aprendizagem motora, 
desenvolvimento motor, biomecânica, fisiologia). 
Assim, a coordenação motora pode ser analisada segundo três 
pontos de vista: 
⮚ Biomecânico, dizendo respeito à ordenação dos impulsos 
de força numa ação motora e a ordenação de 
acontecimentos em relação a dois ou mais eixos 
perpendiculares; 
⮚ Fisiológico, relacionando as leis que regulam os processos 
de contração muscular; 
⮚ Pedagógico, relativo à ligação ordenada das fases de um 
movimento ou ações parciais e a aprendizagem de novas 
habilidades. 
⮚ Coordenação motora ampla: é o trabalho que vai apurar 
os movimentos dos membros superiores (braços, ombros, 
pescoço e cabeça) e inferiores (pernas, pés, quadris). As 
atividades envolvidas nesta prática dizem respeito à 
organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e às 
percepções gerais da criança. 
47 
 
ALGUMAS ATIVIDADESLÚDICAS QUE TRABALHAM A 
COORDENAÇÃO MOTORA FINA E GROSSA 
Segundo especialistas em desenvolvimento infantil, é essencial 
que crianças do 0 a 6 anos tenham a coordenação motora 
desenvolvida, uma vez que é isso que irá ensiná-las a ter domínio 
do seu próprio corpo. 
Até os dois anos de idade o ideal é que se exercite a coordenação 
motora ampla – ou coordenação motora grossa –, que envolve 
músculos maiores e permite atividades como engatinhar, andar, 
correr, pular, subir escadas, etc. Já para crianças acima de dois 
anos, é de extrema importância que a coordenação motora fina 
seja desenvolvida. 
Na coordenação motora fina, os músculos menores são 
desenvolvidos juntamente com os dedos. Se esses músculos não 
são exercitados, a criança poderá ter dificuldades em tarefas 
simples do dia a dia, como escrever, amarrar sapatos ou abotoar 
a roupa. 
A seguir, separamos 9 brincadeiras para serem feitas em sala de 
aula com o intuito de desenvolver a coordenação motora fina: 
48 
 
Tracejado 
 Uma excelente atividade para iniciar as 
crianças na coordenação motora fina é o 
tracejado. Você pode buscar modelos na 
internet ou fazer desenhos na cartolina e 
pedir para as crianças desenharem por 
cima do modelo. 
 
 
 
Criar corridas com zigue-zague 
Você pode desenhar 
percursos em zigue-
zague para que as 
crianças contornem 
usando um carrinho ou 
fazendo um traçado 
com o próprio lápis. 
 
 
 
49 
 
Futebol com fitas ou obstáculos 
Parecido com a brincadeira de cima, 
só que aqui o objetivo é desenhar um 
caminho no chão para que as crianças 
percorram usando uma bola. Isso vai 
ajudar elas a exercitarem equilíbrio e 
domínio do pé. 
Brincadeira com pregadores 
Pinte uma cartolina com cores 
diferentes e pinte um pedaço de 
cada pregador de uma das cores da 
cartolina. Esse jogo funciona como 
uma espécie de “jogo de memória”, 
a criança deverá colocar o pregador 
com a cor correspondente na 
cartolina. Por exemplo, o pregador azul deverá ser preso na parte 
azul da cartolina. Uma outra forma de fazer esse jogo é usar letras, 
ao invés das cores. 
 Brincadeira dos botões 
Esta brincadeira é bem simples. Faça buracos 
de tamanhos variados em uma caixa de 
sapatos e incentive as crianças a guardarem 
cada botão no lugar certo conforme tamanho e 
cor. 
50 
 
Recortar formatos diferentes 
Crie formas diferentes em um 
papel para que as crianças 
possam recortar com uma 
tesoura sem ponta. Essa 
atividade é indicada para 
crianças maiores. 
Amarrar os sapatos 
Você pode 
usar uma 
caixa de 
sapatos ou 
uma 
cartolina 
recortada em forma de sapato para essa 
atividade. Com essa brincadeira, a criança não só treina a 
coordenação de passar o cadarço pelo lugar certo, mas também 
aprende de um jeito divertido a como amarrar os sapatos. 
 Massinha 
Deixe as crianças 
criarem diferentes formas usando 
a massinha! Está é uma excelente 
forma delas exercitarem os dedos 
e aprenderem a dosar a sua força. 
 
 
51 
 
 
 
Colorir 
Se a turma já souber usar lápis, 
promova atividades de colorir e 
ensine as crianças a como pintar 
dentro das bordas do desenho. No 
começo de algumas dessas atividades, 
poderá ser preciso segurar as mãos da 
criança para mostrar como se faz. 
Depois, o ideal é que a criança faça a atividade sem ajuda. Caso 
note que mesmo depois de várias atividades, alguma criança 
demonstre uma dificuldade grande com a coordenação motora, 
entre em contato com os pais para que a criança seja 
encaminhada para um especialista. É importante que problemas 
com a coordenação motora fina sejam identificados logo cedo 
para que a criança não seja prejudicada no futuro. 
Atividades para desenvolver a coordenação motora grossa 
Também conhecida como coordenação motora ampla, ela inclui 
movimentos básicos como engatinhar, andar e pular. As 
atividades para desenvolver essa habilidade incluem recreações 
mais simples, como empurrar, pular, correr, rastejar e quaisquer 
outras práticas que possam ser executadas em ambientes abertos 
nos quais as crianças têm liberdade para se movimentar. 
Brincadeiras com bolas, bambolês e outros objetos que 
52 
 
estimulem a movimentação são boas sugestões de práticas para o 
desenvolvimento da coordenação motora grossa. 
Ela é importante para o desenvolvimento e aprendizagem dos 
educandos entre 3 e 5 anos de idade, pois essa é uma fase crucial 
entre as crianças, e por isso a prática de atividades que 
contribuem para o estímulo de suas inteligências espacial e 
motora precisam ser trabalhadas. E é por meio dos exercícios 
referentes ao desenvolvimento da coordenação motora grossa 
que os educadores podem exercer um papel fundamental nesse 
processo. 
A coordenação motora grossa faz referência às atividades que 
trabalham os músculos maiores do nosso corpo, ou seja, são 
responsáveis pela execução dos movimentos maiores também, 
como por exemplo: sentar, mover as pernas, pés e braços, correr 
e andar. Toda vez que usamos grandes músculos, o nosso corpo 
todo ou várias partes dele ao mesmo tempo, estamos colocando 
em ação a nossa capacidade motora grossa. Por isso o tônus 
muscular é fundamental para exercê-la. Se o corpo reage de 
maneira muito constrita, os movimentos saem estranhos ou 
desconectados. Se ele reage de modo muito solto, os movimentos 
parecem lentos e é preciso usar mais força para realizá-los. 
53 
 
Atividades para o desenvolvimento da coordenação motora 
grossa 
Circuitos com obstáculos 
Essa atividade contribui – e 
muito – para o 
desenvolvimento da 
coordenação motora grossa. 
Você deve trabalhar com 
educandos mais jovens, entre 
3 e 5 anos, para estimular 
que eles gastem energia e 
exercitem seus movimentos em situações de bastante diversão. 
Em uma área aberta, como pátio da escola ou o jardim de casa, 
coloque objetos que sirvam como obstáculos no caminho das 
crianças, fazendo com que elas tenham que desviar, pular ou 
empurrar eles. 
Caixas de papelão ou um simples bambolê no chão já servem para 
fazer brincadeiras com os pequenos. A atividade pode ir se 
tornando mais complexa de acordo com a idade e progresso da 
criança. 
Brincadeiras com bolas 
Futebol, basquete, ou qualquer outra 
brincadeira que envolva chutar, 
correr em várias direções, agarrar ou 
arremessar são excelentes para o 
desenvolvimento da coordenação 
grossa. Inclusive, existem várias 
opções de brincadeiras com bolas que podem ser incluídas no seu 
planejamento letivo, além das clássicas que já citamos. 
54 
 
Que tal brincar de queimada, boliche de bolas ou até mesmo bola 
no alvo? São ótimas opções para desenvolver a lógica, velocidade 
e habilidades de locomoção entre os educandos, além de 
renderem momentos de muita diversão e risadas. 
Imitar animais 
Brincar de imitar animais é 
uma das brincadeiras mais 
bacanas para estimular o 
desenvolvimento da 
coordenação motora grossa 
dos educandos. São tantas as 
possibilidades que é 
impossível enjoar. 
Proponha para os seus alunos a simulação de uma grande 
floresta, em que cada um deles ficará responsável por imitar 
algum animal como leões, zebras, macacos e até mesmo 
serpentes. 
Considerando que a imitação é uma ferramenta poderosa no 
processo de aprendizagem de uma criança, dessa forma você 
estará aliando os ensinamentos a respeito da fauna a exercícios 
que estimulam os movimentos e, portanto, coordenação motora 
entre os estudantes. A imaginação de uma criança é algo 
espetacular e pode – e deve – ser explorada nos momentos de 
aprendizagem. 
Dançar 
A dançar apresenta diversos aspectos positivos do 
desenvolvimento motor. Geralmente as aulas dedança para 
crianças centram-se na criatividade e nas possibilidades de 
55 
 
movimento. Assim elas podem 
desenvolver uma preferência pessoal por 
padrões de movimentos e estilos. 
Na dança, os educandos têm a chance de 
aprimorarem suas noções de espaço, 
domínio do corpo e movimentos, movimentação criativa, além de 
gastarem energias e estimularem o equilíbrio e destreza. Como 
educador, você pode explorar a dança a partir de ritmos e 
movimentos livres, de modo a permitir que os alunos encontrem 
livremente os estilos que mais gostam de dançar. 
Blocos de construção 
Assim como o quebra-cabeça, jogos 
e brinquedos que envolvem a 
montagem de blocos de construção 
– como os tijolinhos de brinquedo 
– estimulam a criatividade, a 
cooperação e a coordenação das 
crianças. 
Ao realizar a montagem, elas vão trabalhar noções como 
equilíbrio e peso, por exemplo. Além disso, busque utilizar peças 
de diversas cores e tamanhos, favorecendo também o estímulo 
das capacidades cognitivas e sensoriais das crianças. 
Jogo do espelho 
No jogo do espelho você pedirá para que os educandos formem 
duplas e fiquem de frente um para o outro. Cada um deles terá o 
momento de reflexo e de executor dos movimentos. Enquanto o 
executor se move, o reflexo deve imitar os movimentos 
realizados, imitando todas as ações. Por exemplo: se o executor 
deitar, o reflexo deve deitar também. Se ele pular, o reflexo pula 
56 
 
também. Sempre o mais igual 
possível. A beleza dessa 
brincadeira é que criança vai 
sozinha buscando movimentos 
mais complexos, para desafiar 
ainda mais seu reflexo. 
Morto-vivo 
Uma das crianças é escolhida como 
a líder e ficará à frente do grupo. É 
ela quem vai dar as instruções a 
serem seguidas pelos jogadores. 
Quando o líder disser “morto”, todos 
terão que agachar. Quando o líder 
disser “vivo”, todos terão que dar um pulinho e ficar em pé. Quem 
não cumprir ou errar o comando é eliminado, até ficar somente 
um participante, que será o vencedor e o próximo líder. 
A velocidade em que os comandos de “vivo” ou “morto” são dados, 
vai definir o grau de dificuldade da brincadeira, assim como a 
sequência, que ficará por conta da criança líder, com o intuito de 
confundir e eliminar cada vez mais a atenção dos participantes. 
Esse exercício, além de estimular a movimentação, também 
contribui bastante para o desenvolvimento do foco dos 
educandos. 
 
57 
 
Atividades de Coordenação Motora – Twister 
O Twister é um jogo muito divertido, que também utiliza o corpo 
e trabalha a coordenação motora e a flexibilidade das crianças. 
Você vai precisar de: 
● Tecido plastificado, de cor clara, e quadrado (o ideal é que 
ele tenha a seguinte medida: 1,25m por 1,55m); 
● linha para costura; 
● Máquina de costura, ou agulha – você pode costurar da 
forma que preferir 4 cores diferentes de tinta acrílica de sua 
preferência; 
● Pratos de papel; 
● Tesoura Fita métrica; 
● Lápis Pincéis; 
Passo a passo para fazer: 
1. Comece cortando o tecido escolhido nas medidas 1,25m por 
1,55m. Para dar o acabamento, faça a barra ao redor de todo 
o tecido. 
2. Coloque o tecido no chão e, mantendo uma pequena 
distância entre cada prato, posicione os pratos de papel 
sobre ele. Você fará 4 linhas com 5 pratos em cada. Os pratos 
serão o molde dos círculos coloridos do jogo. Use lápis pata 
desenhar os contornos dos pratos. 
3. Em seguida, use os próprios pratos como base para a tinta e 
pinte os círculos. Lembre-se: cada linha deve conter círculos 
da mesma cor. 
4. Agora é só deixar secar a tinta direitinho. 
5. Por fim, use o esquema do jogo abaixo e um lápis para jogar. 
58 
 
Moldes: 
 
Atividades de Coordenação Motora – Psicomotoras Globais 
VAI E VÉM 
Objetivo: 
● Desenvolver a coordenação ampla, viso-motora, 
atenção e tônus muscular 
Atividade: 
● A atividade é desenvolvida com um brinquedo que deve ser 
utilizado em duplas, o brinquedo pode ser desenvolvido 
com garrafas pets, fitas adesivas, argolas e fios ou adquirido 
em lojas especializadas. 
Desenvolvimento da atividade: 
● Os participantes da atividade devem segurar nas 
extremidades, nas argolas plásticas, dando impulso, ao abrir 
os braços, no objeto para a outra extremidade. 
59 
 
CORDA 
Objetivo: 
● Desenvolver a coordenação motora 
ampla, o esquema corporal, estimular a 
orientação espacial e temporal, ampliar 
o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus muscular. 
Atividade: 
● A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros 
em média. 
Desenvolvimento das atividades: 
● Pode ser utilizada no chão, em que a criança anda descalça 
sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter o 
equilíbrio. 
Aproveitando a mesma atividade só que agora a criança vai andar 
de costas sobre a corda. 
Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para 
esquerda e para direita consecutivamente. 
A corda pode ser erguida dez centímetros do chão para a criança 
pular de um lado para o outro. 
A corda pode ser utilizada pela dupla como cabo-de-guerra, no 
meio do espaço utilizado deve ter uma marca no chão, para 
visualizar quem está vencendo o cabo-de-guerra 
As crianças podem pular corda. 
Esta é, em disparada, a mais popular das brincadeiras com corda. 
Mas, não é só pegar a corda e sair pulando! Você pode 
60 
 
incrementar o jogo com pequenas cantigas e trovas, basta usar 
sua criatividade. 
Também é legal pular de formas diferentes, como fazendo 
passinhos ou trocando de lugar com uma dupla. Só não vale errar 
enquanto pula. 
Brincadeira de equilíbrio 
Bem legal para se divertir com crianças menores, entre 02 e 03 
aninhos. Estique a corda no chão e ande sobre ela, tentando 
colocar um pé na frente do outro, sem cair. Se o pequenino estiver 
achando fácil, aposte com ele se consegue fazer de costas 
Reloginho 
Essa, também, é muito fácil e pode envolver crianças de diferentes 
idade. Em um grupinho, um dos pequenos deve ficar no centro da 
roda com uma corda enquanto os colegas formam um círculo ao 
seu redor. O que está no meio gira a roda bem próxima ao chão e 
os demais devem pular, sem deixá-la encostar em seus pés. 
A galinha pôs o ovo 
Originada no Maranhão, essa brincadeira pede que duas crianças 
girem a corda enquanto uma pula no meio delas e as outras 
cantam. Ao final da cantiga, quem está no meio precisa se abaixar 
e pegar o ovo para, depois, sair da corda quando cantarem “e me 
mandar daqui”. 
A galinha pôs o ovo 
O ovo caiu e se quebrou 
Ai, meu Deus 
O que é que eu faço 
Pra pegar esse ovo 
E me mandar daqui 
 
61 
 
Fio elétrico ou Passar pela cerca 
Bem clássica, essa brincadeira consiste em pedir que duas 
crianças segurem uma corda esticada à altura do pescoço. As 
demais devem passar por baixo dela, sem encostar. Na segunda 
rodada, quem segura deve abaixar a corda um pouco mais, e 
assim por diante. 
Cabo de guerra 
Ah, tenho certeza de que você já 
brincou de cabo de guerra! Você vai 
precisar de duas ou mais crianças 
para formar duas equipes com 
números iguais de participantes. Cada um pega em uma 
extremidade da corda e, no chão, deve ser feita uma marca para 
indicar o meio da corda. Ganha quem conseguir puxar o outro 
time até passar da marcação. 
O gato e o rato 
Essa brincadeira é um presente do Amazonas. Duas crianças 
batem a corda e uma terceira, o rato, pula. Do lado de fora da 
corda está o gato, uma quarta criança. Ela deve ficar perto da 
corda e, quando o rato sai para dar um volta, começa a 
perseguição. A dupla que bate corda não pode parar pois, o rato 
está a salvo quando está pulando corda. 
Nó de marinheiro 
Uma brincadeira bem legal para testar em acampamentos oudinâmicas de grupo. Peça que as crianças façam diferentes tipos 
de nós e onde podem utilizá-los. 
62 
 
Cobrinha 
Muito fácil de trabalhar, até mesmo, 
em espaços menores. Duas crianças 
devem ficar sentadas no chão 
segurando as pontas de uma corda 
comprida. Depois, começam a 
movimentá-la como uma cobrinha e, 
então, os colegas devem pular. A 
dupla pode desafiar os colegas 
levantando a corda, de vez em quando. 
Mas, não se esqueça de cantar com os pequenos a canção abaixo 
enquanto brincam: 
A cobrinha, a cobrinha não tem pé 
A cobrinha, a cobrinha não tem mão 
E como é que ela faz para subir 
No pézinho de limão? 
Ela se estica,se encolhe seu corpo é todo mole. 
Ela se estica,se encolhe seu corpo é todo mole. 
Vai limãozinho,vai vai limãozinho, 
vai limãozinho,vai vai limãozinho 
Obstáculos de corda 
Você tem um espaço bem grande e muita, muita corda? Que tal 
criar um circuito cheio de obstáculos com elas, como fazem com 
treinamentos esportivos? Com eles, as crianças podem passar por 
cima, por baixo ou pular. 
 
Atravessando o caminho 
Essa variação pode ser trabalhada de duas formas diferentes – 
alargando ou estreitando o caminho. Você vai precisar de duas 
63 
 
porções diferentes colocadas em paralelo. A ideia é pedir que as 
crianças atravessem o caminho, propondo que entre as cordas 
exista um rio, por exemplo. 
Caso opte por ir estreitando o caminho, o faça até que as crianças 
não consigam mais espaço para colocar os pés entre as cordas. Do 
contrário, as cordas devem tomar um espaço de forma que os 
pequenos não consigam mais atravessar. 
Pular obstáculo 
Duas crianças precisam segurar a corda, cada uma em uma ponta. 
As demais devem saltar por cima e, à medida em que todas saltam, 
a altura deve ser aumentada, até que nenhuma consiga mais pular 
 
BAMBOLÊ 
Objetivo 
● Desenvolver a coordenação 
motora ampla, o esquema 
corporal, estimular a 
orientação espacial e 
temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o 
tônus muscular. 
Atividade 
● A atividade é desenvolvida com quatro bambolês em média. 
Desenvolvimento das atividades 
● Uma criança deve segurar o bambolê, enquanto outra vem 
engatinhando para passar por dentro do bambolê. 
64 
 
Girar o bambolê na cintura e outras partes do corpo, como 
pescoço e braço. 
Com alguns bambolês alinhados lado a lado no chão, andar com a 
perna esquerda no bambolê esquerdo e a direita no bambolê 
direito. 
Ainda com os bambolês no chão pular com os dois pés de um 
bambolê para outro. 
Com um bambolê somente pular para dentro e para fora. 
Brincar com o bambolê na mão, rodando-o como se fosse um 
volante. 
Passar o bambolê pelo corpo inteiro a começar pela altura da 
cabeça. 
 
 
ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO MOTORA – PSICOMOTORAS 
FINAS 
 
LINHAVOS 
Objetivo 
● Desenvolver a coordenação motora 
fina, coordenação viso-motora, 
esquema corporal, estimular a 
orientação espacial, a lateralidade e 
melhorar o tônus muscular. 
Atividade 
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● A atividade é desenvolvida com alinhavos preparados com 
papel cartão e figuras plastificado ou adquiridos prontos. 
Desenvolvimento da atividade 
● A criança deve trabalhar o alinhavo de forma livre ou 
orientada pelo professor. É possível trabalhar o alinhavo 
associando outros conhecimentos como as formas 
geométricas, números, letras, animais, meios de transporte. 
ESPONJAS 
Objetivo 
● Desenvolver a coordenação motora fina, coordenação viso-
motora, esquema corporal e melhorar o tônus muscular. 
Atividade 
● A atividade é desenvolvida com uma bacia com água e várias 
esponjas coloridas, com texturas/dureza diferenciadas. 
Desenvolvimento das atividades 
● Colocar as esponjas na água e pedir para a criança retirar 
uma a uma apertando bem retirando toda água da esponja. 
 
 
PEZINHOS 
Estimula: Coordenação motora 
ampla, equilibro, postura e noção de 
direita e esquerda. 
Descrição: Usando papel cartão ou 
Eva, corte seis pés direitos e seis pés 
esquerdos. Com caneta hidrocor, 
66 
 
marque um D nos pés direitos e um E nos esquerdos. 
Disponha os pezinhos de forma a representarem passos ao longo 
de um caminho e fixe-os no lugar. 
Possibilidades de exploração: -Pedir às crianças que andem 
sobre as pegadas e tentem ficar dentro das marcas. -Quando 
colocarem o pé direito sobre a pegada D, digam “direita” e o 
mesmo para a esquerda. -Pular só com o pé direito do primeiro D 
até o sexto D. 
 
PASSEIO SOBRE PÉS E 
MÃOS 
Estimula: Coordenação 
motora ampla, equilibro, 
noção de direita e esquerda 
Descrição: Recorte seis pés e 
seis mãos direitas e 
esquerdas. Faça os moldes 
usando seus próprios pés e 
mãos. Disponha as figuras no 
chão, de forma que seja 
possível para os alunos 
andarem sobre elas como “gatos”, usando os pés e as mãos, e 
fixeas no lugar. 
Possibilidades de exploração: Pedir às crianças que tentem 
“andar” sobre as pegadas. Comecem colocando um pé em cada 
marca , depois coloquem as mãos, sem encostar os joelhos no 
chão. Movam primeiro as mãos e depois os pés para as marcas 
seguintes. Tentar manter-se dentro das pegadas até o final. 
67 
 
Lançar a Bola 
Coordenação motora ampla: 
Formação: individual. 
Material: bola. 
Desenvolvimento: deslocando, lançar a 
bola para cima e segurar. 
 
Bola por baixo: 
Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: em pé – coluna. 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada por 
debaixo das pernas. 
Variação: quando a bola chegar ao último este deverá passar por 
debaixo das pernas dos colegas, carregando consigo a bola. 
Continuando assim a atividade. Vence a atividade quando o 
primeiro aluno da equipe que começou ocupar a sua primeira 
posição. 
Desenvolvimento: andar com a bola entre as pernas. 
 
Abraçados: 
Coordenação motora ampla: 
Formação: dois a dois. 
68 
 
Material: Bola. 
Desenvolvimento: andar com bola entre o tórax dos colegas. 
 
O presente: 
Coordenação motora ampla: 
Material: caixas de papelão de tamanho variado. 
Desenvolvimento: Entrar em caixas de papelão gigante, médias e 
pequenas. 
 
Bola por cima: 
Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: assentados em coluna. 
Desenvolvimento: os alunos deverão estar assentados em fila, o 
organizador distribuirá uma bola para cada fila, ao sinal do 
organizador os alunos deverão passar a bola por cima da cabeça. 
Vence a equipe que conseguir transportar a bola primeiro. 
Variação: quando a bola chegar ao último aluno este deverá 
deslocar-se e ocupar a primeira posição na fila, vence a equipe 
que chegar primeiro no aluno que começou a atividade. 
Bola pela lateral: 
Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
69 
 
Formação: assentados em coluna. 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada 
lateralmente. 
 
Minhocão 
Coordenação motora ampla: 
Material: bola. 
Formação: em pé – coluna. 
Desenvolvimento: Idem a anterior, porém a bola é passada por 
debaixo das pernas do primeiro colega e por cima da cabeça do 
segundo colega e assim por diante, por baixo, por cima, por baixo, 
por cima... 
Controlar o jornal no corpo: 
Coordenação motora ampla: 
Material: jornal. 
Formação: fila. 
Desenvolvimento: o organizador entrega um jornal para o 
primeiro aluno da equipe, este deverá correr controlando-o no 
corpo, indo e voltando entregar o jornal para o próximo colega de 
sua equipe, que realizará o mesmo percurso. Vence a equipe que 
terminar primeiro. (Coloca-se o jornal no tórax, deve correr sem 
segurar o jornal). 
70 
 
 Montar quebra-cabeça gigante

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