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Conteúdo da 3° Prova 11° Aula – Dia 21.05.2019 ➢ Foi Prova; 12° Aula – Dia 28.05.2019 ➢ Conteúdo Novo ➢ Faltei. ➢ 13° Aula – Dia 04.06.2019 ➢ Correção da Prova. 14° Aula – Dia 11.06.2019 ➢ A doutrina majoritária entende que em caso de um julgamento por maioria e um unânime, haverá uma exceção ao princípio da unirrecorribilidade, no qual deverão ser opostos embargos infligentes ou de nulidade, contra decisão não unânime Resp. (Recurso Especial) ou RE (Recurso Extraordinário). ?? WTF ➢ A doutrina majoritária entende que como a decisão é composta por capítulos diversos se pode impugnar cada parte da decisão em seu prazo conforme regime originário do CPC. ➢ A doutrina minoritária entende que o novo CPC demanda a interposição de um único recurso, em atenção ao princípio da economia processual (princípio pressupõe que deve evitar atos desnecessários, repetitivos, protelatórios a fim de evitar que tais atos geram ineficácia/custos no processo). ➢ Interpor recurso no mesmo prazo, para não dar preclusão consumativa. 2.3. Princípio da Fungibilidade Recursal. 2.3.1 Conceito e Previsão legal ➢ Com a interposição do recurso, se percebe que a modalidade do mesmo está errada, entretanto se aproveita o ato como se fosse o recurso correto. ➢ Previsto no Art. 579, CPP; ➢ Ex: o recurso correto é o RESE, mas se interpôs a apelação, desta maneira com a fungibilidade recursal, aplicaria apelação como se fosse o RESE. Neste exemplo temos como consequência a possibilidade do juiz exercer a retratação, prevista no rito do RESE, que seria inaplicável no caso de apelação. Segue-se o rito processual e os prazos do RESE. 2.3.2 Pressuposto p/ aplicação ➢ 1° pressuposto – Boa Fé: Conceitua-se o que seria a presunção de má-fé processual: o 1° presunção: Inobservância do prazo do recurso adequado; o 2° Presunção: Erro Grosseiro (a fungibilidade visa resguardar tão somente dúvida quanto a posições jurisprudenciais ou doutrinárias, quanto ao recurso adequado, não tendo como objetivo resguardar erro do profissional ou despreparo técnico). ▪ Exemplo de Erro Grosseiro; Rejeição da Peça acusatória: é cabível o RESE e em caso de interposição de apelação não se aplica a fungibilidade recursal. Fundamento no art. 581, CPP; o Exemplo de divergência doutrinária/jurisprudencial quanto ao recurso adequado. ▪ 1° - Determinação da suspensão condicional do processo de ofício: entendimentos sobre ser Apelação ou RESE. 2.4 Princípio da convolação ➢ Conceito: Uma impugnação adequada pode ser recebida e conhecida como se fosse outra, mas vantajosa ao recorrente. ➢ Não poderá se confundir com o princípio da fungibilidade (entra com o recurso errado e faz a troca). ➢ Aqui, entrou-se com o recurso correto, porém o desembargador (relator) entende-se que existe outro recurso mais vantajoso. o Entrou com embargo infringente, mas entende-se que é mais vantajoso o embargo de nulidade, pois seus efeitos serão melhor pro recorrente. 2.5 Princípio da voluntariedade dos recursos ➢ Recursos são voluntários, ou seja, ninguém é obrigado a recorrer, por sinal os recursos geram ônus as partes, que é imperativo do seu interesse. ➢ Previsão legal – 574, CPP. (referência 411 à 416) o OBS 01: Este princípio é aplicado ao MP e ao defensor constituído, dativo ou público. o OBS 02: Os recursos em regra são voluntários, mas a própria lei (art. 474, I e II – O inciso II entende-se tacitamente revogado, pois vai contra o sistema acusatório e presunção de inocência). Refere-se ao recurso de ofício. (o recurso de ofício são três espécies: 1 – duplo grau obrigatório; 2 – reexame necessário; 3 – duplo grau ‘ex officio’) são exceções por não serem voluntários. ▪ Parte da doutrina entende que o recurso de ofício não é um recurso, pois não tem voluntariedade. • O fundamento é que o recurso de ofício seria uma condição de eficácia objetiva da decisão, ou seja, a decisão só poderia produzir seus efeitos regulares quando confirmada pelo juízo “ad quem” (significa decisão colegiada). Súmula 423, STF. Se não houver o recurso de ofício, não vai ser transitada em julgado a sentença, pois considera imperioso (obrigatório) a sua imposição em virtude da lei. • Outra discussão acerca disto, é que quando a CF/88 entrou em vigor, discutiu-se se o recurso de ofício havia sido recepcionado pela CF. A posição minoritária diz que ocorreu em virtude do sistema acusatório pela CF, impedindo o juiz agir de ofício. A doutrina majoritária entende que houve a recepção do recurso de ofício, pois mesmo tendo a nomenclatura de ofício, se trata na sua natureza de uma condição objetiva de eficácia. Assim o recurso de ofício é entendido de como recurso de forma imprópria, por que falta voluntariedade. Por isso é necessário majoritariamente como condição a preclusão ou ao transito em julgado de determinada decisão. ▪ OBS 03: Quando há recurso de ofício a devolução ao juízo ‘ad quem’ é ampla, não se falando em violação a ampla defesa e ao contraditório. (Súmula 170 – STF). ▪ Outras hipóteses de recurso de ofício: art. 746; art. 14, §1° (Lei 12.016/09 – Lei do Mandado de Segurança). ▪ No processo penal tende-se no “in dubio pro societate”, diferente do Direito penal que é “in dubio pro reo”; em benefício ao réu e no acima é em benefício à sociedade, por isso existe o recurso de ofício. 2.5 Princípio da Disponibilidade dos recursos: ➢ Funciona como um desdobramento do princípio da voluntariedade, porém após a sua interposição. ➢ Basicamente, depois de interpor um recurso, não pode desistir. 2.6 Princípio da “non reformatio in pejus” (efeito prodômico da sentença); ➢ Existem dois sistemas quanto ao efeito devolutivo (efeito devolutivo = quanto a devolução da matéria para o órgão julgador do recurso); o 1° sistema: da proibição da reformatio in pejus; ou seja, o recorrente não poderá sofrer nenhum prejuízo. (Aplica-se quando ocorre o recurso de apenas um réu). No Brasil utiliza-se este sistema. Também se aplica este sistema em HC e a revisão criminal. o 2° sistema: sistema do benefício comum; ou seja, o recurso interposto por uma das partes poderá beneficiar ambas, sendo assim é possível que uma parte seja prejudicada por seu próprio recurso. (Aplica-se em situações que tiver mais de um réu, onde analisarão os dois recursos podendo piorar o melhorar a situação de cada um dos réus). Existem algumas doutrinas a favor, mas são excepcionais. o Conceito do princípio da non reformatio in pejus: No caso de recurso exclusivo da defesa, não se admite a reforma do julgado impugnado para piorar a situação do acusado, quer do ponto de vista quantitativo, quer sob o ângulo qualitativo, nem mesmo para corrigir eventual erro material. HC – 176.320/AL – STJ; HC 203.488/SP – STJ; Erro da dosimetria da pena, não corrige a sentença. (ex; colocou 2 anos invés de 20, não será reformado); Aumento da fundamentação não incide o princípio. Ou seja, entrou com recurso, e o juiz mantém a mesma pena, fundamentando ainda o por que manteve a sentença. Este excesso de fundamentação não viola o princípio. 15° Aula – Dia 18.06.2019 ➢ Trabalho Extra; 16° Aula – Dia 25.06.2019 ➢ Correção do trabalho CONTINUAÇÃO DIRETA DA AULA ACIMA: o Conceito o Previsão Normativa: ▪ 1° Corrente (Majoritária): Vem do art. 5°, LV, da CF, sendo um desdobramento do contraditório e da ampla defesa. Isto torna o princípio da non reformatio in pejus em princípio constitucional. ▪ 2° Corrente (Minoritária): Diz que o princípio surge do Art. 617 (Apelação) e 626 (Revisão Criminal),CPP. Pois não dá diz que este princípio é constitucional. o Reformatio in pejus direta: O tribunal não pode agravar a situação do acusado em seu recurso exclusivo. (os recursos exclusivos da defesa não podem agravar a situação do réu). o Reformatio in pejus indireta: Se a decisão impugnada for anulada num recurso exclusivo da defesa (HC ou revisão criminal), o juízo singular que vier a proferir nova decisão, ficará vinculado ao máximo de pena aplicado na primeira decisão, não podendo prejudicar o acusado. (Meios autônomos de impugnação = HC e revisão criminal). o Reformatio in pejus e incompetência absoluta: ▪ Outra corrente minoritária: Sentença condenatória transitada em julgado tenha caso de incompetência absoluta, conforme Eugênio Pacelli, afirma que o princípio do juiz natural teria envergadura constitucional e a reformatio in pejus tem status de lei ordinária. Se uma competência de juízo estadual for delimitada a um juiz de competência federal, o juiz federal poderia aplicar uma pena maior que a decisão. (posição minoritária). • (Doutrinador Eugenio Pacelli - MPF) ▪ Segunda corrente: Prevalente no STJ, entende que a reformatio in pejus tem status constitucional ou seja, o juiz ficará adstrito a pena aplicada na primeira decisão. HC 105.384/SP – STJ o Princípio da “reformatio in mellius” ▪ Reforma em benefício do acusado. ▪ A Acusação pode melhorar a pena por recurso? ▪ 1° Corrente: (Minoritária) contrária a este princípio. • Viola o efeito devolutivo, ou seja, não permite que o tribunal julgue uma matéria cujo conhecimento não lhe foi devolvido. • ▪ 2° Corrente: (Majoritária) • Favorável ao princípio da reformatio in mellius, por três fundamentos: a) Desdobramento da Ampla Defesa (art. 5°, LV, CF b) CPP – HC de Ofício (art. 654, §2°, CPP). • Permite que os tribunais deem hc’s de ofício, então não tem por que não melhorar o recurso. c) Art. 617, CPP – interpretação em sentido contrário; • A pena poderá ser melhorada se apenas a acusação tiver feito o recurso da sentença. • O MP pode em recurso arguir causas de diminuição de pena, atenuantes não reconhecidas, excluir qualificadoras e até absolver o acusado. o Princípio da Dialeticidade (súmula 707, STF); ▪ Embate dos argumentos entre as partes, baseado no contraditório. ▪ Permite que o tribunal delimite as matérias apreciadas no recurso, ou seja, que o efeito devolutivo esteja delimitado na petição de interposição. (ou seja, o conteúdo da petição de interposição deve conter exatamente o que tem no recurso). Tem duas correntes que se contrapõem. ▪ Questões relevantes deste princípio: art. 589, CPP (RESE). A doutrina entende que os recursos não podem subir pois viola este princípio da dialeticidade. Já os tribunais entendem que os recursos podem subir sem as contrarrazões. • Característica do RESE: o próprio juiz de primeiro grau que deu a decisão pode reformar a própria decisão antes de mandar pro Tribunal. Juízo de Retratação, ele pode se retratar antes de mandar o RESE pro Tribunal. (art. 589, § Único, CPP). • *Procedimento do RESE > Petição de Interposição > Dois dias pra apresentar as Razões > por fim as contrarrazões * • Art. 601, CPP (Apelação). Hipóteses estão no art. 593 (Rol Taxativo). • O próprio réu pode pedir apelação (não precisa ser o advogado). • Se não tiver advogado para apresentar as razões, nomeia-se advogado dativo. • Se o MP não apresentar as contrarrazões, o juiz aplica o art. 28, CPP. (indisponibilidade da ação pública). ▪ OBS: (REJEIÇÃO DA DENÚNCIA = não ocorre citação) o Princípio da Complementariedade ▪ Após apresentadas as razões não se pode complementar as mesmas, em virtude da preclusão consumativa. Em virtude deste princípio, se houver modificação da decisão por conta de embargos de declaração, a parte eventualmente sucumbente poderá complementar as razões. ▪ Função integrativa da sentença. o Princípio da Variabilidade ▪ O indivíduo pode variar de recurso dentro do prazo interposto. Não é aplicável no Brasil. Pois é incompatível com a preclusão consumativa. o Princípio da Colegialidade ▪ A ideia é que o recurso seja apreciado por um órgão colegiado. A ideia é que haja uma troca de argumentos entre a turma etc. Na prática ta difícil ocorrer. Art. 609 (diz que quem vai julgar o recurso é o órgão colegiado). ▪ Julgamento monocrático; • Não tá disciplinado pelo CPP. Quem diz acerca disto é o CPC, no art. 932; o 1° Corrente (Minoritária) diz que se aplica ao CPC e pode ter julgamento monocrático; o 2° Corrente (Majoritária) diz que por conta do art. 609 abordar apenas as apelações, os recursos em sentido estrito e embargos serão julgados por órgãos colegiados. Já os recursos com natureza extraordinária e o HC, junto aos tribunais superiores, aplica-se a lei 8038/90 que permite o julgamento monocrático.
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