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Disciplina de Melhoramento Genético Animal Humaitá – Amazonas – Brasil 2019 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Roteiro: 1. Introdução Geral 2. Grandes avanços da avicultura 3. Objetivo do melhoramento genético em aves no Brasil 4. Melhoramento genético em aves no Brasil 5. Seleção recorrente recíproca 6. Seleção recorrente recíproca combinada 7. Comparação do desempenho do frango de 1957 e de 1991 8. O Chester 9. Considerações finais 10. Referências 2 1. Introdução Geral 3 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Os avanços ocorridos na genética de aves viabilizaram a estrutura avícola dos países desenvolvidos e, posteriormente, dos países em desenvolvimento. Os países que dominam a genética avícola investem no melhoramento genético de aves desde o final da segunda guerra mundial. 4 Com esse investimento, grande avanços foram e vem sendo conseguidos nas características produtivas, tais como: redução da idade ao abate, melhora na conversão alimentar, aumento do peso de abate, do rendimento de carcaça e de cortes nobres, entre outros, trazendo resultado a redução nos custos de produção. 1. Introdução Geral MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 5 A partir dos anos 60, as linhagens de aves produzidas disseminaram-se internacionalmente via empresas multinacionais detentoras das marcas, por empresas representantes especializadas e por empresas integradoras, que além de produzirem para o seu próprio consumo ofertavam ao mercado a linhagem representada. 1. Introdução Geral MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Fonte: www.incrivel.club 6 Os trabalhos de melhoramento genético tiveram o inicio em 1982 com a formação das populações bases de aves para corte, por meio de cruzamentos dialélicos envolvendo linhagens comercias. A finalidade principal era gerar um produto comercial que pudesse atender a demanda da cadeia de frango de corte. 1. Introdução Geral MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Fonte: www.incrivel.club 7 Essa estratégia tinha como principal finalidade melhorar a eficiência produtiva e favorecer a exportação de carne de frango. A partir desse trabalho, foram geradas as linhas macho (LL) e fêmea (PP) que cruzadas eram responsáveis pela produção do frango de corte denominado na época de Embrapa. 1. Introdução Geral MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 8 2. Grandes avanços da avicultura MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Áreas: genética, nutrição, ambiência, manejo, instalações, equipamentos, sanidade, abate e processamento e comercialização. Há 50 anos – aves de dupla aptidão Hoje – aves altamente especializadas 9 2. Grandes avanços da avicultura MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Tabela 1: Evolução do frango de corte 10 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 3. Objetivo do melhoramento genético em aves no Brasil Acelerar o crescimento Melhorar a conversão alimentar Animais precoces Alto rendimento de cortes nobres Animais saudáveis Alta prolificidade Melhor conformação de carcaça Fonte: www.avv.pt 11 Linhagens de frango de corte importadas: Hubbard, Peterson, Cobb Farms (americanas), Ross, Indian River (europeias), Shaver (canadense). Pacote comercial – Embrapa-021 formada pelas linhas puras das raças Cornish branca e Plymounth rock branca, também cruzadas entre si. Fonte: www.embrapa.br Fonte: www.embrapa.br Fonte: www.embrapa.br MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil 12 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Companhias de melhoramento, seleção Multiplicadores - formação de matrizes híbridas Criadores comerciais envolvendo quatro linhas 13 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Taxa de crescimento (TC): representada pela curva de crescimento Importante para a produção de carne, altamente correlacionada com a eficiência alimentar Moderada a alta h² (0,40) Fonte: Freitas, 2010 14 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Taxa de crescimento (TC): representada pela curva de crescimento Vantagens: (Consequências do crescimento rápido) a) abate de aves mais jovens que necessitam menos alimento para alcançar peso de mercado; b) redução de custos: menos energia elétrica para luz e ventilação, menor depreciação dos galpões. 15 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Desvantagens Peso corporal adulto maior maior custo de mantença de reprodutores pesados. Seleção para TC: apetite. Portanto: a) necessário restringir alimento das matrizes b) facilita acúmulo de gordura quando as aves têm acesso à vontade ao alimento Reprodutores alimentados em excesso: Nº ovos viáveis para incubação 16 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil EFICIÊNCIA ALIMENTAR (EA=PC/CR) Recente utilização (20 anos): avaliação individual de machos Componentes: a) perdas externas (desperdício) b) digestibilidade dos nutrientes c) requerimentos de mantença (atividades físicas, regulação da perda de calor, empenamento, composição corporal) EA possui h² moderada (0,30) 17 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Vantagens ao Medir EA: Aves mais eficientes: a) necessitam de menos alimento/unidade de peso de carcaça produzida Importante: a nutrição representa mais de 50% dos custos de produção (NOGUEIRA Jr., 2000) b) têm carcaça mais magra (resposta correlacionada de 75%) Seleção para EA favorece crescimento de aves magras. 18 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Vantagens ao Medir EA: Considerando que: Carcaças gordas possuem propriedade isolante Reprodutores gordos tendem a ser menos tolerantes ao calor ( mortalidade) Seleção para crescimento de frangos de corte sob restrição alimentar como meio de melhorar a eficiência alimentar e evitar aves gordas não tem sido eficiente 19 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 4. Melhoramento genético em aves no Brasil Desvantagens ao Medir EA: a) custo para medição da característica b) dificuldade para medir o alimento oferecido e não ingerido c) Necessário, no mínimo, duas pesagens para controle d) Uso de comedouros/gaiolas individuais e) Equipamentos para pesar pequenas quantidades Considerar: - Benefícios: EA e carcaças mais magras Fonte: agrotvnews.com.br 20 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 5. Seleção recorrente recíproca Seleção Recorrente Recíproca (SRR), tem por objetivo melhorar a heterose entre duas populações visando unicamente a obtenção de linhagens. 20 21 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 6. Seleção recorrente recíproca combinada 22 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE Seleção de linhagens consanguíneas 23 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 8. Comparação do desempenho do frango de 1957 e de 1991 Havenstein et al., (1994) 24 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 9. O Chester Desenvolvido nos Estados Unidos - Roaster (muito mais carne no peito e coxas) Em 1979, por 750 mil dólares a Perdigão comprou o pacote genético do Roaster no Brasil Chester São 7 linhagens puras (constantemente melhoradas) Características: peso de abate 3,75 kg, idade ao abate 70 dias e conversão alimentar de 2,34 25 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 9. O Chester 26 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 10. Considerações finais Para que se tenha um resultado satisfatório do melhoramento genético, além do critério de seleção, é fundamental o descarte dos animais para reprodução. Os reprodutores não podem ter qualquer tipo de doença, precisam ser impecáveis para que seus descendentes não contraiam doenças congênitas, que muitas vezes são podem ser curadas. Para o descarte também é usado à conversão alimentar,sinalizando a quantidade de ração ingerida e o ganho de peso. O animal que consumir mais ração e demorar mais para atingir o peso será descartado. 27 MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES DE CORTE 11. Referências CAMPOS, E. J.; PEREIRA, J. C. C. Melhoramento genético das aves. In: PEREIRA, J. C. C. Melhoramento genético aplicado à produção animal. Belo Horizonte: FEPMVZ. 1999. FIGUEIREDO, E. A. P. de; SCHMIDT, G. S.; ROSA, P. S.; LEDUR, M. C. O programa de Melhoramento Genético de Aves da Embrapa. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL, 2000, Belo Horizonte, MG. Anais. Belo Horizonte: SBMA, 2000. GAYA, L. G; MOURÃO, G. B; FERRAZ, J.B.S. .Aspectos genético-quantitativos de características de desempenho, carcaça e composição corporal em frangos. Cienc. Rural, v. 36, n. 2, p.154-157, 2006. HAVENSTEIN, G.B. et al. Carcass composition and yield of 1991 vs 1957 broilers when fed “typical” 1957 and 1991 broiler diets. Poultry Science, v.73, p. 90-97, 1994. MARTINS, Z. Agricultura paulista: uma História maior que 100 anos. São Paulo: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, 1993. SCHMIDT, G. S; MUNARI, D. P; FIGUEIREDO, E. A. P. de; ZANOTTO, D. Z; LEDU,M. C.MUDANÇAS GENÉTICAS EM LINHAS PURAS DE FRANGO DE CORTE.Pesq. agropec. bras. v.34, n.4,1999. SILVA, M. A. N; FILHO, J. A. D. B.; ROSÁRIO, M. F.; SILVA, C. J. M.; SILVA, I. J. O.; SAVINO, V. J.M.; COELHO, A. A. D.Fatores de estresse associados à criação de linhagens de avós de frangos de corte. R. Bras. Zootec. v. 36, n.3, 2007. 28 OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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