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Psicopatologia Forense

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Prévia do material em texto

Psicopatologia 
Forense
Profa. Dra. Sabrina Martins Barroso
Material instrucional integrante do curso de Psicopatologia Forense vinculado 
à Renova Cursos – proibido pela autora disponibilizar na internet
Livros para baixar de graça no endereço: www.sabrinabarroso.webnode.com
Livros a venda na editora Juruá ou Vozes
Plano de Aula
 Parte I: Conceitos em Psicologia Jurídica e Psicopatologia
 Definição de Psicologia
 Definição de Psicologia Jurídica e suas Subáreas
 Fundamentos da Perícia Psicológica Forense
 Definição de Psicopatologia
 Parte II: Psicopatologia
 Imputabilidade, semi-imputabilidade, inimputabilidade e 
periculosidade
 Reflexões sobre o normal e o patológico
 Transtornos Mentais Orgânicos
 Transtornos Mentais Relacionados a Substâncias Psicoativas
 Transtornos Esquizotípicos (Esquizofrenia)
 Transtornos de Ansiedade, Dissociativos e Somatoformes
 Transtornos de Personalidade
Plano de Aula
 Parte III: Psicopatologias associadas a Crimes
 Personalidade Criminosa
 Antissocial, Psicopatias e Sociopatias
 Serial Killers
 Crimes Sexuais
 Parte IV: Avaliação Psicológica Forense
Parte I:
Conceitos em Psicologia 
Jurídica e Psicopatologia
Etimologia (grego):
Psykhé
Logos
Alma
Estudo
(Serbena & Raffaelli, 2003)
Psicologia: ciência que estuda o comportamento 
humano, seus processos cognitivos, emocionais, 
relacionais e psicológicos.
Entre as várias áreas de atuação da ψ
PSICOLOGIA JURÍDICA
Aplicação do saber psicológico às questões relacionadas 
ao saber do Direito.
PSICOLOGIA FORENSE
Psicologia aplicada no âmbito de um processo ou 
procedimento em andamento no Foro.
PSICOLOGIA CRIMINAL
Estuda as condições psíquicas do criminoso e o 
modo pelo qual ocorre a ação criminosa.
PSICOLOGIA JUDICIÁRIA
Prática psicológica realizada a mando e a serviço 
da justiça (perícia).
(Leal, 2008)
Conceitos em Psicologia Jurídica 
e Psicopatologia
PSICOLOGIA PENITENCIÁRIA (Huss, 2011)
Não atua diretamente como perito em processos, mas atua em 
instituições correcionais (prisões e cadeias).
PSICOLOGIA POLICIAL (Huss, 2011)
Traçar perfil criminal, adequação para avaliações de 
responsabilidade, negociação de reféns. 
PSICOLOGIA CRIMINAL (Leal, 2008)
Estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual 
ocorre a ação criminosa.
PSICOLOGIA INVESTIGATIVA (De Leo et al., 2000)
Envolve traçar perfil criminológico, estudo vitimológico, 
psicologia do testemunho.
PSICOLOGIA JURÍDICA: ÁREAS DE ATUAÇÃO (Leal, 2008)
Infância e Juventude: adoção, risco, abrigo, infratores.
Direito da Família: separação, disputa, guarda, visitas.
Direito Civil: interdições, indenizações, dano psíquico.
Direito Penal: perícia, insanidade mental e crime.
Trabalho: acidente de trabalho, indenizações.
Testemunho: estudo do testemunho, falsas memórias.
Penitenciária: penas alternativas, intervenção ao recluso. 
Policial e das Forças Armadas: seleção e formação policial.
Mediação: mediador em direito penal e família.
Direitos Humanos: defesa e promoção dos direitos.
Proteção a Testemunhas: atendimento psicológico.
Formação/atendimento aos Juízes e Promotores: seleção.
Vitimologia: avaliação e atendimento vítimas de violência.
Autópsia Psicológica: avaliação por informação de 3ºs.
Comprar em: www.universovozes.com.br
Capítulo sobre 
Avaliação 
Psicológica no 
contexto prisional
Fundamentos da Perícia 
Psicológica Forense
Fundamentos da Perícia 
Psicológica Forense
PERITO
ASSISTENTE TÉCNICO
PSICÓLOGO AUTÔNOMO -
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 
PARA FINS JURÍDICOS
Juiz
Partes
Partes
PERITO
Etimologia (latim):
Peritia Destreza, habilidade
É o exame de situações ou fatos relacionados a
coisas e pessoas, praticado por especialista na
matéria que lhe é submetida, com o objetivo de
elucidar determinados aspectos técnicos (em geral
especificados por meio de quesitos pré-definidos ou
já estudados).
(Brandimiller, 1996)
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL - PERITO
• Art. 156 Código de Processo Civil:
• Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o 
juiz será assistido por perito, segundo disposto no art. 421.
• §1º Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, 
devidamente inscritos no órgão de classe competente (...)
• Art. 465: - ASSISTENTE TÉCNICO
• §1º Incumbe às partes, dentro de cinco dias, contados da intimação 
do despacho de nomeação do perito:
• I – indicar o assistente técnico;
• II – apresentar quesitos.
(Código de Processo Civil, 2016)
BASES PARA SOLICITAÇÃO DE AUXÍLIO PERICIAL
PERITO
• Fornecer prova
• Indicar formas de elucidar o problema
• Determinado pelo juiz (requisição formal)
• Seu parecer não constitui verdade soberana, podendo 
ser contestado
• Áreas: cível, criminal e trabalhista
• Resultado apresentado por um laudo
(Lago, 2013)
• Prazos:
• Nomeação do perito é feita pelo juiz e o 
profissional tem 5 dias para dar sua resposta.
• Aceitar: ofício, proposta de honorário, 
comprovação de especialização, cronograma de 
trabalho (início até 30 dias após o aceite).
• Não aceitar: ofício de recusa com justificativa.
• Pagamento: 50% - 50% ou tudo ao final (laudo)
• Nomeação do perito: 15 dias para indicação de 
assistentes técnicos e apresentação de quesitos (art
465 CPC).
• Laudo: Prazo estipulado pelo juiz (mínimo 20 dias 
antes da audiência de instrução – praxe 30 dias).
(Lago, 2013; CPC, 2016)
O profissional pode solicitar alteração de prazos
Art. 473 CPC - Laudo pericial deverá conter:
• I - a exposição do objeto da perícia;
• II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
• III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e 
indicando sua regulamentação pelo conselho;
• IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados 
pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
• § 1 – Usar linguagem simples e com coerência lógica, 
indicando como alcançou suas conclusões.
• § 2 - É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua 
designação, emitir opiniões pessoais que excedam o exame 
técnico ou científico do objeto da perícia. (CPC, 2016)
• Pode apenas ignorar a convocação???
• Pode levar a pena de 6 meses de reclusão
• Escusa por “motivo legítimo”
• Falta de conhecimento técnico
• Perícia que comprovadamente impliquem em risco à 
vida do perito ou seus familiares
• Demasiado ocupado com outras perícias ou atividades 
comerciais/profissionais
• Sigilo profissional (relação terapêutica)
(Lago, 2013)
• Vedada a participação:
• Parte na ação
• Depoimento como testemunha
• Advogado ou parte for cônjuge ou parente próximo (2º 
grau)
• Amigo íntimo de uma das partes ou advogados
• Interesse na causa
(Lago, 2013)
ASSISTENTE TÉCNICO
O assistente técnico é um psicólogo autônomo,
contratado por uma das partes, cujo conhecimento
específico sobre a matéria deve ser empregado com a
função de complementar e/ou argumentar acerca do
estudo psicológico desenvolvido pelo perito no
processo judicial.
É, portanto, um assessor da parte, devendo estar
habilitado para orientar e esclarecer sobre as
questões psicológicas que dizem respeito ao conflito,
bem como questionar inconsistências observadas na
atuação do perito.
(Amendola, 2014)
• Contratado pelas partes
• Não é obrigatória sua indicação
• Não pode estar presente durante os procedimentos
do psicólogo perito (Resolução CFP 08/2010)
• Art 466 – Código Processo Civil
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o 
acompanhamento das diligências e dos exames querealizar, com prévia 
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.
• “Fiscal” do trabalho do perito
• Critica o trabalho do perito em um parecer, que deve 
ser entregue até 15 dias após a entrega do laudo
(CPC, 2016)
Resumindo:
(Lago, 2013)
Perito Assistente Técnico
Solicitante:
De confiança do juiz, 
sujeito a impedimento 
e suspeição.
De confiança da parte, 
não-sujeito a 
impedimento e 
suspeição.
Objetivo:
Auxilia o juiz em suas 
decisões.
Auxilia a parte naquilo 
que acha certo.
Atividade:
Examina, verifica e 
comprova os fatos de 
uma determinada 
questão.
Analisa os 
procedimentos e os 
achados do perito.
Documento: Elabora um laudo.
Redige um parecer 
crítico.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA FINS JURÍDICOS
Psicólogo contratado por uma das partes, sem haver
nomeação de perito. Caso haja solicitação de perícia
psicológica, o psicólogo pode se tornar um assistente
técnico.
Ao final de seu trabalho elabora-se um
relatório/laudo psicológico, pois é resultado de seu
trabalho avaliativo.
(Lago, 2013)
O trabalho do psicólogo nesse 
contexto consiste em quê?
 Diferenciar o puramente criminológico 
do psicopatológico
 Distinguir o “normal” do “patológico”
Parte II:
Psicopatologia
O que é ?
Ouvir algo que outros não ouvem?
Se comunicar com mortos?
Casar com sua mãe/irmã?
Comer os restos mortais dos seus parentes?
Matar para ter ganhos pessoais?
Falar sozinhos?
Mutilar-se?
PSICOPATOLOGIA
Etimologia (grego):
Psykhé
Pathos
Logos
Alma
Doença
Estudo
Conjunto de conhecimentos referentes ao
adoecimento mental do ser humano. Esforça-se por
ser sistemático, descritivo, elucidativo e
desmistificante. Visa ser científico, não incluindo
critérios de valor, nem dogmas ou verdades a priori.
(Dalgalarrondo, 2008)
Imputabilidade
Imputar:
• Significa atribuir ao comportamento de um sujeito a 
causa de uma ação/fenômeno (entender a relação causa 
- efeito).
Imputabilidade:
• É uma qualidade que tem em si uma ação ou um 
fenômeno qualquer que o torna atribuível àquela causa
(Peres & Filho, 2002)
A imputabilidade estabelece uma relação 
causal entre o comportamento de um sujeito 
em uma ação delituosa e suas 
consequências.
Inimputabilidade
• Quando a capacidade de imputabilidade for nula, isto 
quer dizer que o agente era, à época do delito, incapaz 
de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Androvandi et al., 2007)
Quem pode ser inimputável?
• Aquele que por anomalia psíquica e/ou retardo mental 
não pode responder por si judicialmente (Código Penal 
Brasileiro, Artigo 26, 1940).
• Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984)
• Os menores de 18 (Art. 104 do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, Lei nº 8.069, 1990).
Semi-Imputabilidade
• São aqueles que, sem ter o discernimento ou autocontrole 
abolidos, tem-los reduzidos ou prejudicados no momento do 
ato ilícito.
• Ex: Caso babá em Ouro Branco – MG
• Art 26, Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 
agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Não impede a culpabilização, mas a pena pode ser reduzida 
de um a dois terços.
Babá - inimputável Pai – semi-imputável
Nos casos de INIMPUTABILIDADE se 
aplica MEDIDA DE SEGURANÇA
• Art. 76. A aplicação da medida de segurança pressupõe:
• I — a prática do fato previsto como crime;
• II — a periculosidade do agente.
(Peres & Filho, 2002)
Medida de Segurança (art. 96)
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à 
falta, em outro estabelecimento adequado;
II - sujeição a tratamento ambulatorial.
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua 
internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for 
punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento 
ambulatorial.
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo 
indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante 
perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá 
ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Perícia médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e 
deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o 
determinar o juiz da execução.
(Código Penal Brasileiro, Lei nº 7.209,1984)
A custódia e o tratamento 
psiquiátrico – Débora Diniz
 Censo 2011 – 26 instituições – 3989 pessoas
 1 em cada 4 indivíduos não deveria estar internado; 
 47% estão encarcerados sem fundamentação legal e 
psiquiátrica; 
 21% cumprem pena além da estipulada em sentença;
 sem contar o contingente internado há mais de 30 anos -
pena máxima admitida pelo regime jurídico brasileiro
 Débora Diniz “se considerarmos os indivíduos internados 
com laudos psiquiátricos ou exames de cessação de 
periculosidade em atraso são 1.194 pessoas que não 
sabemos se deveriam estar internadas
Critérios de Normalidade
(Dalgalarrondo, 2008)
Normal é o que não está doente
“A SAÚDE É O SILÊNCIO DOS ÓRGÃOS”.
NORMAIS SÃO AQUELES LIVRES DE QUALQUER TRANTORNO MENTAL
Normal é o que a cultura julga ser normal (ideal)
Falha
Utópica
Baseada em determinantes sujeitos a variações de 
tempo e determinações sociais mutáveis, 
doutrinas, moralismos e totalitarismos
Ex: Frenologia, Mãe geladeira
(Dalgalarrondo, 2008)
Nem tudo que é frequente é saudável 
nem tudo o que é raro é patológico
É O QUE SE OBSERVA COM MAIS FREQUÊNCIA
Normal é o que o mais frequente (estatística)
(Dalgalarrondo, 2008)
Falha
Utópica
Poucas pessoas (ou ninguém) seria normal
É O COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL
Normal é o bem-estar
(Dalgalarrondo, 2008)
Falho
Extremamente subjetivo
Controverso
MARCO DIVISÓRIO É A PERCEPÇÃO INDIVIDUAL DA 
PRÓPRIA NORMALIDADE
Normal é de acordo com a percepção pessoal
(Dalgalarrondo, 2008)
Restrito para situações específicas
Viável apenas se consensual
Controverso
Mutável
DEFINE-SE A PRIORI O QUE É NORMAL E PATOLÓGICO E 
PROCURA-SE TRABALHÁ-LOS OPERACIONALMENTE. 
CRITÉRIOS ASSUMIDAMENTE ARBITRÁRIOS, 
COM FINALIDADES PRAGMÁTICAS
Normal é operacionalmente definido
Dicas de leitura
 Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade – Sigmund Freud
 O ciclo de vida completo – Erik H. Erikson
 Terapia centrada no cliente – Carl Rogers
 Em busca de sentido (Um psicólogo no campo de concentração) – Vitor Frankl
 Walden II – B. F. Skinner
 Terapia Cognitiva – Judith Beck
 Memórias do Delírio – Luiz Ferri de Barros
 Neuropsicologia Forense \ Temas em psiquiatria e Psicologia Jurídica | Psicologia 
e práticas forenses - Antônio Serafim
Normal
Controle Social
Pode viver
em sociedade
Precisa de controle 
ou tratamento
Transtornos Mentais
• Orgânicos
• Relacionados a Substâncias Psicoativas
• Esquizotípicos
• de Ansiedade
• Dissociativos 
• Somatoformes
• Personalidade
• Psicopatias
Transtornos Mentais Orgânicos
 Transtornos mentais que possuem uma etiologia
demonstrável de doença ou lesão cerebral.
 São constituídos pelas demências, transtornosrelacionados a algum tipo de lesão ou disfunção
cerebral, delirium e síndrome amnéstica (ambos
não induzidos pelo álcool ou por substâncias
psicoativas).
 Estudos epidemiológicos não confirmam que
pacientes com lesão cerebral importante cometem
mais crimes do que a população geral.
(Reis et al., 2013)
Exemplo de caso Orbitofrontal
Dick é um senhor pacato. De uns anos 
para cá, porém, sua personalidade 
mudou drasticamente. 
"Dick sempre foi bom de piadas e 
histórias. Mas, depois da doença 
(coagulo), perdeu a noção do que 
pode magoar as pessoas. Passou a 
ser inconveniente e não liga a 
mínima pra isso.", diz Lynn 
Lingham, mulher de Dick.
"Um dos efeitos colaterais da 
minha doença é que eu 
simplesmente não consigo me 
preocupar com nada. Nem com a 
minha mulher, que eu amo tanto. 
O que de certa forma até que é 
bom", comenta Dick Lingham”.
(Pinel, 2005)
Não avaliei, mas... Concurso de Selfie com morto, Rússia (2015)
Exemplo de caso Dorsolateral
Após almoçar com sua esposa e mãe,
Charles Whitman escreveu uma carta
de despedida, onde pediu a autópsia
de seu cérebro, pois acreditava que
algo estivesse errado lá.
Ele afirmou estar sofrendo com
ideias bizarras e instigantes e que o
atendimento psiquiátrico não estava
ajudando.
Todos os relatos dizem que Whitman
era uma boa pessoa, entretanto em
01/08/66, ele matou a esposa e a
mãe (s/e para que não sofressem as
consequências).
(Pinel, 2005)
Exemplo de caso Dorsolateral
02/08/66 Whitman foi ao campus de sua
universidade, espancou a recepcionista até a
morte e baleou 4 pessoas a caminho da torre de
observação da universidade, levou água, comida
e 6 armas.
As 11:30 chegou à torre, abriu fogo contra as
pessoas no Campus e nas ruas próximas (até
300m).
13:24 a polícia conseguiu detê-lo (atirando).
Whitman matou 16 pessoas (fora a esposa e a
mãe) e feriu outras 31.
Síndrome Dorsolateral
Transtornos Mentais 
Relacionados a Substâncias 
Psicoativas
Transtornos Mentais 
Substâncias Psicoativas
 Compreende numerosos transtornos 
que diferem entre si seja:
 pela gravidade variável 
 pela sintomatologia diversa
 mas têm em comum o fato de serem todos 
atribuídos ao uso de uma ou de várias 
substâncias psicoativas, prescritas ou não 
por um médico
Consequências do uso indevido de substâncias 
psicoativas:
 Durante a intoxicação:
 Maior risco de acidentes pessoais
 Criminalidade
 Violência familiar
 Suicídios
 Cronicamente: 
 Desnutrição 
 Predisposição a infecções; 
 Piora da qualidade do sono, alimentação, 
cuidados pessoais e higiene; 
 Causa direta e indireta de diversas doenças 
clínicas e psiquiátrica; 
 Abandono e perda de emprego; 
 Abandono familiar.
 Durante a abstinência: 
 Complicações físicas e psíquicas; 
 Criminalidade e suicídio
Substâncias Psicoativas
Classificação das drogas:
Estimulantes
• Anfetaminas
• Cocaína
• Cafeína
• Nicotina
Depressoras
• Álcool
• Sedativos
• Benzodiazepínicos
• Opioides
• Solventes ou 
inalantes
Perturbadoras
• Maconha
• LSD
• Ecstasy
• Anticolinérgicos 
naturais e 
sintéticos
(Chalout, 1971)
ALERTA!!!! ALERTA!!!! ALERTA!!!! 
 Pesquisas indicam que o uso de drogas precede 
atos infracionais (Martins & Pillon, 2010) e aumentam 
o risco da criminalidade (Valença & Moraes, 2006).
 Uso nocivo e crônico do álcool aumenta 
significativamente a violência e criminalidade. 
(Almeida, Pasa e Scheffer, 2009)
 Curitiba: 130 processos de homicídio (1990-1995) 
– 53,6% das vítimas e 58,9% dos autores dos 
crimes estavam sob o efeito de bebidas alcoólicas 
na ocorrência criminal. (Galduróz & Caetano, 
2004)
Transtornos Esquizotípicos
Esquizofrenia
Etimologia: Esquizo
Phrenia
Divisão
Mente
(Silva, 2006)
Transtornos psicóticos mais graves (grupo 4A), que 
alteram a habilidade da pessoa em pensar claramente, 
fazer bom julgamento, responder adequadamente 
emocionalmente, comunicar-se efetivamente, entender 
a realidade e se comportar adequadamente.
 Os 4 As:
 Autismo (perda de interesse em pessoas e no
ambiente);
 Ambivalência (sentimentos opostos, como
ódio e amor, expressos ao mesmo tempo);
 Afeto embotado (manifestado por uma
expressão facial suave e imperturbável);
 Perda de associação (no qual a pessoa
encadeia pensamentos sem uma lógica
evidente, frequentemente misturando
palavras sem sentido).
(DSM 5, 2014) 
Outros Sintomas:
• Alucinações e delírios
• Fala desorganizada e incoerente
• Pensamento confuso
• Comportamento estranho e possivelmente perigoso
• Movimentos lentificados ou atípicos
• Perda de interesse na higiene pessoal
• Perda do interesse em atividades
• Problemas escolares ou no trabalho e nos 
relacionamentos
• Maneira fria e distante com a incapacidade de 
expressar emoção
• Variação do humor ou outros sintomas do humor, como 
depressão ou mania
Dicas de filmes
 Bicho de sete cabeças
 Estamira
 Um estranho no ninho
 O enigma das cartas
 O enigma de Kaspar Hauser
Transtornos de Ansiedade, 
Dissociativos e Somatoformes
Transtornos Ansiedade
(OMS, 1997)
• Transtornos Fóbico-Ansiosos
• Agorafobia/Fobia Social/Fobia Específica
• Transtorno do Pânico
• Transtorno de Ansiedade Generalizada
• Transtorno Obsessivo-Compulsivo
• Reação Aguda ao Estresse
• Estado de Estresse Pós-Traumático
• Transtorno de Adaptação
Transtornos Ansiosos e Criminalidade
(Disposti, 2011)
• Devido ao grau de ansiedade e à dificuldade de 
controle desses tipos de condições psicopatológicas, 
sujeitos com quadros clínicos semelhantes podem 
infringir leis.
• Ex: Estresse Pós-Traumático
• Trauma: Tentativa de Assalto à Mão Armada
• Situação: Avista (de repente) um mendigo no portão 
da garagem de madrugada, os sintomas emergem 
fortemente, e apresenta uma resposta automática 
de atirar o carro contra o mendigo (sem evidências 
de que haveria uma nova tentativa de assalto).
Ex: Policiais no Rio – trauma que leva a surto psicótico?
Transtornos Dissociativos
Transtornos ligados à perda de função psicológica
• A característica central dos transtornos dissociativos é 
o distúrbio das funções normalmente integradas de 
consciência, memória, identidade ou percepção do 
ambiente. Tais distúrbios podem ser súbitos ou 
graduais, transitórios ou crônicos.
(OMS, 1997)
Transtornos Dissociativos e Criminalidade
(Negro Júnior, Palladino-Negro, Louza, 1999)
• Ex.: Dissociação de identidade
• Formação de identidade má (cindida de uma 
identidade boa).
• Amnésia Dissociativa
• Fuga Dissociativa
• Estupor Dissociativo
• Transtorno de Transe e Possessão
• Transtornos Dissociativos Motores
• Convulsões Dissociativas
• Anestesia e perda Sensorial Dissociativas
• Transtorno Dissociativo Misto [de Conversão]
Mais filmes/séries
 Cisne negro
 O clube da Luta
 Identidade
 Seriado: Estados Unidos de Tara
Transtornos Somatoformes
Etimologia:
Sôma
(Grego)
Formis
(Latim)
Corpo físico, cadáver
Que toma a forma de, aparência de
Significado literal: aquilo que toma a forma corpórea
(Tófoli & Andrade, 2007)
• Transtorno de Somatização
• Transtorno Somatoforme Indiferenciado
• Transtorno Hipocondríaco
• Transtorno Neurovegetativo Somatoforme
• Transtorno Doloroso Somatoforme Persistente
Transtornos de Personalidade
Transtornos ligados ao modo de ser
• Trata-se de distúrbios graves da constituição
caracterológica e das tendências comportamentais do
indivíduo, não diretamente imputáveis a uma
doença, lesão ou outra afecção cerebral ou a um
outro transtorno psiquiátrico.
• Estes distúrbios compreendemhabitualmente vários
elementos da personalidade, acompanham-se em
geral de angústia pessoal e desorganização social;
aparecem habitualmente durante a infância ou a
adolescência e persistem de modo duradouro na
idade adulta. (OMS, 1997)
Transtornos de Personalidade
• Personalidade Paranóica
• Personalidade Histriônica
• Personalidade Anancástica (Obsessivo-Compulsiva)
• Personalidade Dependente
• Personalidade com instabilidade emocional (Borderline)
• Personalidade Dissocial (Antissocial)
(APA, 2014)
Transtorno de Personalidade com 
Instabilidade Emocional (Borderline)
 Transtorno de personalidade caracterizado por
tendência nítida a agir de modo imprevisível sem
considerar as consequências (em pelo menos 2 áreas);
 Humor imprevisível e caprichoso;
 Tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de
controlar os comportamentos impulsivos;
 Surge no início da vida adulta
(OMS, 1997; APA, 2014)
 Dois tipos podem ser distintos:
 O tipo impulsivo, caracterizado principalmente
por instabilidade emocional e falta de controle
dos impulsos;
 O tipo “borderline”, caracterizado pela
instabilidade emocional e perturbações da
autoimagem, do estabelecimento de projetos e
das preferências pessoais, por uma sensação
crônica de vacuidade, por relações interpessoais
intensas e instáveis e por uma tendência a adotar
um comportamento autodestrutivo,
compreendendo tentativas de suicídio e gestos
suicidas.
(OMS, 1997)
 Embora geralmente possuam uma autoimagem de
malvados, podem, por vezes, ter o sentimento de não
existirem em absoluto.
 Esses indivíduos podem apresentar pior desempenho em
situações de trabalho ou escolares não estruturados.
 Criminalidade:
 Abuso de drogas
 Crimes sexuais
 Infrações de trânsito
 Crimes passionais
(APA, 2014)
Psicopatologias Criminosas
Personalidade Antissocial, 
Psicopatia e Sociopatia
Personalidade Criminosa
Pinatel (1963, 1981):
 Criminologia clínica: estudar fatores que conduzem ao
ato delinquente e identificar traços psicológicos
subjacentes a este.
 Defende que não há nos criminosos em geral tipos
psicopatológicos classificáveis dentro das categorias
psiquiátricas tradicionais.
 Há conjugações de traços de personalidade agrupados,
que ajudam a identificar fatores associados ao
comportamento delinquente.
 Traços da Personalidade Criminosa:
 Agressividade
 Egocentrismo
 Labilidade
 indiferença afetiva
Comunidade científica atual questiona-se se 
existe uma personalidade criminosa!?!!!!
(Pinatel, 1963, 1981)
• CID-10 são sinônimos (Dissocial)– como gradações
• DSM diferencia entre Transtorno 
Antissocial/Sociopatia e Psicopatia
• Alguns autores (especialmente ingleses) 
diferenciam
Personalidade Antissocial
 Caracterizado por um desprezo pelas obrigações
sociais e falta de empatia com os outros.
 O comportamento não é facilmente modificado
pelas experiências adversas, inclusive pelas
punições.
 Existe uma baixa tolerância à frustração e um
baixo limiar de descarga da agressividade,
inclusive da violência.
 Existe uma tendência a culpar os outros ou a
fornecer racionalizações plausíveis para explicar
um comportamento que leva o sujeito a entrar
em conflito com a sociedade.
(OMS, 1997)
 A característica essencial do Transtorno da
Personalidade Antissocial é um padrão invasivo
de desrespeito e violação dos direitos dos outros,
com uso de mentira e engodo, que inicia na
infância ou começo da adolescência e continua na
idade adulta.
(APA, 2014)
 Dependendo das 
características este 
padrão também é 
conhecido como 
psicopatia, sociopatia ou 
transtorno da 
personalidade dissocial. 
 Para receber este 
diagnóstico, o indivíduo 
deve ter pelo menos 18 
anos (Critério B) e ter 
tido uma história de 
alguns sintomas 
de Transtorno da 
Conduta antes dos 15 
anos (Critério C).
(APA, 2014)
 Envolve um padrão de comportamento repetitivo e 
persistente, com violação dos direitos básicos dos 
outros, de normas ou regras sociais importantes e 
adequadas à idade. 
 Os comportamentos específicos característicos 
do Transtorno da Conduta ajustam-se a uma dentre 
quatro categorias: 
1. agressão a pessoas e animais
2. destruição de propriedade
3. defraudação ou furto
4. séria violação de regras.
(APA, 2014)
Transtorno de Conduta
Mary Bell
James Bulger – 2,5 anos
Jon Venables – 10 anos
Robert Thompson – 10 anos
1993 - crime
2001 - condicional
2008 – briga /
posse de drogas
2010 - pornografia
2013 - soltura
42 golpes – barra de 
ferro, tijolos e 
pedras
Idade penal UR = 10 anos
 Transtorno de Conduta surge na infância
 O padrão de comportamento antissocial TENDE a 
persistir na idade adulta, tornando-se PERSONALIDADE
ANTISSOCIAL/SOCIOPATIA ou PSICOPATIA. 
 Os indivíduos com Transtorno da Personalidade 
Antissocial não se conformam às normas pertinentes 
a um comportamento dentro de parâmetros legais 
(Critério A1). 
 Eles podem realizar repetidos atos que constituem 
motivo de detenção (quer sejam presos ou não), tais 
como destruir propriedade alheia, importunar os 
outros, roubar ou dedicar-se à contravenção.
(APA, 2014)
 Frequentemente enganam ou manipulam os outros,
a fim de obter vantagens pessoais ou prazer (por
ex., para obter dinheiro, sexo ou poder) (Critério
A2).
 Podem mentir repetidamente, usar nomes falsos,
ludibriar ou fingir. Um padrão de impulsividade pode
ser manifestado por um fracasso em planejar o
futuro (Critério A3).
 As decisões são tomadas sem considerar as
consequências para si mesmo ou para outros, o que
pode levar a mudanças súbitas de empregos, de
residência ou de relacionamentos.
(APA, 2014)
 Tendem a ser irritáveis ou agressivos, podendo entrar
em lutas corporais ou cometer atos de agressão física
(inclusive espancamento do cônjuge ou dos filhos)
(Critério A4).
 Podem exibir desrespeito imprudente pela segurança
própria ou alheia (Critério A5). Por ex: dirigir
intoxicado, comportamento sexual de risco,
negligenciar um filho, etc.
 Tendem a ser consistente e extremamente
irresponsáveis (Critério A6).
 Demonstram pouco remorso pelas consequências de
seus atos (Critério A7).
(APA, 2014)
 Eles podem mostrar-se indiferentes ou oferecer uma
racionalização superficial para terem ferido,
maltratado ou roubado alguém (por ex., "a vida é
injusta", "perdedores merecem perder" ou "isto iria
acontecer de qualquer modo“, “ele mereceu”).
 O comportamento antissocial não deve ocorrer
exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou
de um Episódio Maníaco (Critério D).
(APA, 2014)
Serial Killers (Assassinos em Série)
 Indivíduos que cometem uma série de homicídios
com características em comum, durante um
período determinado de tempo.
 Raramente, o serial killer conhece sua vítima. As
vítimas parecem ser escolhidas sem nenhuma
razão aparente.
 A vítima representa um símbolo. 
 Na verdade o crime é a gratificação, pelo poder e 
controle exercido sobre a vítima. 
(Casoy, 2004)
 Os serial killers são divididos em 4 tipos: 
VISIONÁRIO: completamente insano, psicótico. Ouve vozes
dentro de sua cabeça e as obedece. Pode também sofrer
alucinações ou ter visões.
MISSIONÁRIO: socialmente não demonstra ser um psicótico, mas
internamente tem a necessidade de livrar o mundo do que julga
imoral ou indigno. Este tipo escolhe um certo grupo para matar,
como prostitutas, homossexuais, etc. (Ex. Maníaco do Parque)
EMOTIVOS: matam por pura diversão. Dos quatro tipos, é o que
realmente tem prazer em matar e utiliza requintessádicos e cruéis.
LIBERTINOS: são os assassinos sexuais. Matam por “tesão”. Seu
prazer será diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob
tortura e a ação de torturar, mutilar e matar lhe traz prazer sexual.
Canibais e necrófilos fazem parte deste grupo. (Ex: Ted Bundy)
(Casoy, 2004)
 Seis fases do ciclo do serial killer:
1. FASE ÁUREA: onde o assassino começa a perder a
compreensão da realidade;
2. FASE DA PESCA: quando o assassino procura a sua
vítima ideal;
3. FASE GALANTEADORA: quando o assassino seduz ou
engana sua vítima;
4. FASE DA CAPTURA: quando a vítima cai na armadilha;
5. FASE DO ASSASSINATO OU TOTEM: auge da emoção
para o assassino;
6. FASE DA DEPRESSÃO: que ocorre depois do
assassinato.
(Casoy, 2004)
Assassinos em Massa e Terroristas
 Assassino em Massa é a denominação empregada
para qualificar aquele que mata quatro ou mais
vítimas num mesmo local, envolvidas em um único
episódio criminoso.
 Terrorismo emprego do terror contra um
determinado público, cuja meta é induzir (e não
compelir nem dissuadir) num outro público (que
pode, mas não precisa, coincidir com o primeiro) um
determinado comportamento cujo resultado
esperado é alterar a relação de forças em favor do
ator que emprega o terrorismo, permitindo-lhe no
futuro alcançar seu objetivo político – qualquer que
este seja.
(Alvarez, 2005; Spadano, 2004)
11/09 – Jornal Charlie Hebdo
Crimes Sexuais
 Abusadores sexuais
 Molestador Situacional
 Criança não é o objeto central
 Molestador Preferencial
 Criança é o objeto central
(Serafim et al., 2009)
 PEDOFILIA
 Não necessariamente são criminosos (nunca realizam 
o ato).
 Pedófilo Abusador: atitudes mais sutis e discretas no 
abuso sexual, geralmente se utilizando de carícias, 
visto que em muitas situações a vítima não se vê 
violentada.
 Pedófilo Molestador: mais invasivo, menos discreto 
e geralmente consuma o ato sexual contra a criança.
 Principais abusadores são pais, avós, irmãos e 
vizinhos
(Burghes, 2011)
 ESTUPRO
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso
 ESTUPRO DE VULNERÁVEL
 Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar
outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos
 § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as
ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato
(...) não pode oferecer resistência.
(Código Penal Brasileiro, 1940)
Parte IV: 
Avaliação Psicológica Forense
Como?
 Entrevista Clínica
 Observação do comportamento
 Escalas (poucas e com falhas psicométricas)
 Testes (poucos e com falhas psicométricas)
Exame do Estado Mental
ENTREVISTA CLÍNICA
Aparência:
Modo de andar, 
postura, roupas, 
adornos, higiene 
pessoal, cabelos 
(alinhados ou 
não), atitude 
(amigável/hostil), 
humor, modulação 
afetiva, etc.
Comportamento:
Psicomotor: 
normal, acelerada 
ou retardada.
Movimentos 
estereotipados, 
maneirismos, 
negativismo, 
ecopraxia e 
flexibilidade 
cérea.
Atitude frente ao 
examinador:
Reservado, 
envergonhado, 
reticente, aberto, 
hostil, bajulador, 
sedutor, amigável, 
cooperativo, 
irônico, defensivo, 
ambivalente, etc.
(Cordioli et al., 2014)
Aspectos do Paciente na Entrevista Inicial
Comunicação:
Características da 
fala (quantidade, 
velocidade e 
qualidade).
Normalmente 
responsivo, 
loquaz, taciturno, 
prolixo, volúvel, 
não espontâneo.
Coerência:
Coerência da 
história e 
respostas 
apresentadas, das 
razões atribuídas e 
das explicações. 
Coerência entre o 
sentimento 
manifesto e o 
assunto abordado.
(Cordioli et al., 2014)
Sentimentos 
despertados:
Impressão geral 
transmitida pelo 
paciente: tristeza, 
pena, irritação, 
desejo de ajudar. 
São pistas para a 
psicopatologia 
subjacente.
Funções Psicofisiológicas
Sono/Vigília:
Insônia inicial, terminal, ou no meio da noite; hipersonia; 
sonambulismo; terror noturno; apnéia do sono; alterações do ciclo 
sono-vigília, diminuição da necessidade de sono.
(Cordioli et al., 2014)
Apetite:
Aumento ou diminuição, com ou sem alteração no peso (considerar 
variações maiores que 5% do peso usual).
Sexualidade:
Diminuição ou aumento do desejo ou da excitação (depressão e 
mania); incapacidade de atingir o orgasmo; parafilias; ejaculação 
precoce, retardada, vaginismo.
Alterações súbitas de hábitos:
Alterações em padrões de sono, alimentação, apetite ou humor 
que tenham sido observados sem explicação externa aparente.
Funções Psicológicas Básicas
Exame do Estado Mental
Atenção
Sensopercepção
Consciência
Orientação
Memória
Pensamento
Linguagem
Inteligência
Conduta
Afetos e humor
Juízo crítico
(Cordioli et al., 2014)
Escalas e Testes
 Imputabilidade – Testes cognitivos básicos 
(MEEM, Teste de Inteligência Geral, Teste de 
Flexibilidade Mental, Funções Executivas)
 Escalas de checagem de humor (Depressão, 
Ansiedade, Impulsividade)
BDI, PHQ-9, BAI
 Testes de Personalidade (BFP, IFP, CPS, 
Rorschach, Zulliger, DFH, HTP)
PERSONALIDADE
Exemplo de testes 
psicométricos
Bateria Fatorial de Personalidade
Inventário Fatorial de Personalidade
Escalas Comrey de Personalidade
Escala DASS 21
Escala de Impulsividade
Versão desaconselhada pelo CFP
Escala Stone de Índice de Maldade (Stone, 1993)
1. Matam em defesa própria e não tem tendências psicopatas (pessoas normais);
2. Amantes ciumentos sem tendências psicopatas (também pessoas normais);
3. Cúmplices de assassinos: personalidade distorcida e com problemas anti-sociais;
4. Matou em auto-defesa, mas provocou a vítima de forma extrema;
5. Pessoas desesperadas com traumas que matam parentes abusivos ou outras pessoas 
para sustentar vícios. Sem tendências psicopatas e mostram remorso genuíno;
6. Pessoas impetuosas que matam em acessos de fúria, sem tendências psicopatas;
7. Narcisista psicótico, não-psicopata, que mata as pessoas próximas por um motivo 
(seja lá qual for);
8. Pessoas que matam em acessos de fúria;
9. Amantes ciumentos psicopatas;
10. Matadores de pessoas que estavam “em seu caminho” ou testemunhas. Ou seja, 
egocêntricos, mas não psicopatas;
11. Psicopatas assassinos de pessoas “em seu caminho”;
12. Psicopatas megalomaníacos que mataram quando ameaçados;
13. Pessoas com problemas de personalidades cheios de ódio em crise;
14. Psicopatas egoístas que montam esquemas;
15. Psicopatas à sangue frio ou assassinos múltiplos;
16. Psicopatas cometendo vários atos criminosos;
17. Assassinos sexualmente pervertidos, torturadores-matadores (o estupro é o principal 
motivo, não a tortura);
18. Torturadores-matadores onde o principal motivo é o assassinato;
19. Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação de vítimas (tortura), intimidação e 
estupro (sem assassinato);
20. Torturadores-matadores onde a tortura é o principal motivo, mas em personalidades 
psicóticas;
21. Psicopatas que torturam até o limite, mas sem nunca terem cometido um 
assassinato;
22. Psicopatas que torturam, onde a tortura é o principal motivo (e matam).
Coleção: Os monstros da 
minha casa
Criança vítima de Bullying
Criança vítima de abuso sexual
Contato:
Núcleo de Avaliação Psicológica e Investigações 
em Saúde: smb.uftm@gmail.com
www.sabrinabarroso.webnode.com
Lista de vídeos utilizados na apresentação
 Ormie_the_Pig_Wants_a_Cookie (as vezes utilizado) ESTUPRADOR DISSE QUE VÍTIMA DE 9 ANOS ERA COMO UMA 
FILHA PARA ELE - MS URGENTE BAND (as vezes utilizado)
 O Maior Picareta do Brasil - Marcelo Nascimento da Rocha –
YouTube (as vezes utilizado)
 Pastor é Preso - Pedofilia - Tubarão - SC - Unisul Tv – 2011 
(as vezes utilizado)
 Pedófilo é preso no Guamá (as vezes utilizado)
 Pedrinho Matador (Completo)
 September 11th Video Tribute (as vezes utilizado)
 TED BUNDY - MENTES DIABÓLICAS #9
 Tem gente que enfia cada coisa... Furico li furico la!!!
 TESTE DE PERCEPO LEGENDADO (as vezes utilizado)
 Torre de celular
 Um dia de furia Hamburger - YouTube
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Intertem@s, 9(9), s/p.
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Assistente Técnico”. Texto apresentado no 7º Encontro de Psicólogos Jurídicos 
do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Serviço de Apoio aos 
Psicólogos do Corregedoria Geral de Justiça, novembro de 2006. Disponível 
em www.canalpsi.psc.br/artigos/artigo09.htm. Acessado segunda-feira, 17 de 
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